Instrumentação Basica1 PDF
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Instrumentação
Instrumentação Básica I
Pressão e Nível
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SENAI
Departamento Regional do Espírito Santo 1
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Instrumentação Básica- Pressão e Nível – Instrumentação
Supervisão ...............................................(CST)
Fernando Tadeu Rios Dias (SENAI)
Elaboração ...........................................(CST)
Ulisses Barcelos Viana (SENAI)
Aprovação (CST)
(CST)
Wenceslau de Oliveira (CST)
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Índice
Assunto Página
Introdução à instrumentação............................................................... 5
Simbologia da Instrumentação............................................................... 10
Modulação Analógica e Digital (Anexo A)............................................. 26
Field Bus (Anexo B).............................................................................. 29
Medição de Pressão.............................................................................. 35
Definições Básicas................................................................................ 35
Princípios, Leis e Teoremas da Física ................................................. 37
Definição de Pressão............................................................................. 39
Técnicas de medição de pressão......................................................... 41
Tipos de Manômetro Líquido................................................................. 46
Manômetro Tipo Elástico....................................................................... 50
Manômetro Padrão................................................................................. 65
Instrumento de transmissão de sinal..................................................... 69
Escolha do tipo de Medidor................................................................... 73
Recomendações para uso...................................................................... 73
Instrumentos para Alarme e Intertravamento......................................... 74
Instrumentos Conversores de Sinais...................................................... 79
Medição de nível................................................................................... 81
Classificação e Tipo de Medidores de Nível.......................................... 81
Medidores de Nível por Medição Direta.................................................. 83
Medidores de Nível por Medição Indireta............................................... 94
Escolha do tipo de Medidor de Nível..................................................... 118
Instrumentos para Alarme e Intertravamento......................................... 118
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OBJETIVOS
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1 – INTRODUÇÃO À INSTRUMENTAÇÃO
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Fig. 01 - Exemplo de configuração de uma malha de controle
INSTRUMENTO DEFINIÇÃO
Transmissor Instrumento que tem a função de converter sinais do detector em outra forma
capaz de ser enviada à distância para um instrumento receptor, normalmente
localizado no painel.
Indicador Instrumento que indica o valor da quantidade medida enviado pelo detector,
transmissor, etc.
Unidade Instrumento que realiza operações nos sinais de valores de entrada de acordo
Aritmética com uma determinada expressão e fornece uma saída resultante da operação.
Integrador Instrumento que indica o valor obtido pela integração de quantidades medidas
sobre o tempo.
Elemento final de Dispositivo cuja função é modificar o valor de uma variável que leve o processo
controle ao valor desejado.
2.2 - Classificação por Sinal de Transmissão ou Suprimento
Os equipamentos podem ser agrupados conforme o tipo de sinal transmitido ou o seu
suprimento. A seguir será descrito os principais tipos, suas vantagens e desvantagens.
2.2.1.1 - Vantagem
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A grande e única vantagem em seu utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de se
poder operá-los com segurança em áreas onde existe risco de explosão (centrais de gás,
por exemplo).
2.2.1.2 - Desvantagens
a) Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e
funcionamento.
b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, etc
..., para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partículas sólidas.
c) Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode ser enviado à longa
distância, sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão é limitada a
aproximadamente 100 m.
d) Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos instrumentos são difíceis
de serem detectados.
e) Não permite conexão direta aos computadores.
2.2.2.1 - Vantagens
a) Podem gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e dimensão.
b) Resposta rápida.
2.2.2.2 - Desvantagens
a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento.
b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca.
c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc...
2.2.3.1 - Vantagens
a) Permite transmissão para longas distâncias sem perdas.
b) A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de transmissão.
c) Não necessita de poucos equipamentos auxiliares.
d) Permite fácil conexão aos computadores.
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e) Fácil instalação.
f) Permite de forma mais fácil realização de operações matemáticas.
g) Permite que o mesmo sinal (4~20mA)seja “lido” por mais de um instrumento, ligando em
série os instrumentos. Porém, existe um limite quanto à soma das resistências internas
deste instrumentos, que não deve ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante do
transmissor.
2.2.3.2 – Desvantagens
a) Necessita de técnico especializado para sua instalação e manutenção.
b) Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em instalações localizadas em
áreas de riscos.
c) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais.
d) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos elétricos.
3.2.4.1 - Vantagens
a) Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento.
b) Pode utilizar um par trançado ou fibra óptica para transmissão dos dados.
c) Imune a ruídos externos.
d) Permite configuração, diagnósticos de falha e ajuste em qualquer ponto da malha.
e) Menor custo final.
3.2.4.2 - Desvantagens
a) Existência de vários protocolos no mercado, o que dificulta a comunicação entre
equipamentos de marcas diferentes.
b) Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se perder a informação e/ou
controle de várias malha.
3.2.5.1 - Vantagens
a) Não necessita de cabos de sinal.
b) Pode-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento.
3.2.5.2 - Desvantagens
a) Alto custo inicial.
b) Necessidade de técnicos altamente especializados.
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3.2.6 - Via Modem
A transmissão dos sinais é feita através de utilização de linhas telefônicas pela modulação
do sinal em freqüência, fase ou amplitude.
3.2.6.1 - Vantagens
a) Baixo custo de instalação.
b) Pode-se transmitir dados a longas distâncias.
3.2.6.2 - Desvantagens
a) Necessita de profissionais especializados.
b) baixa velocidade na transmissão de dados.
c) sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações.
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4 - SIMBOLOGIA DE INSTRUMENTAÇÃO
Com objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos documentos utilizados para
representar as configurações utilizadas para representar as configurações das malhas de
instrumentação, normas foram criadas em diversos países.
No Brasil Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através de sua norma NBR
8190 apresenta e sugere o uso de símbolos gráficos para representação dos diversos
instrumentos e suas funções ocupadas nas malhas de instrumentação. No entanto, como é
dada a liberdade para cada empresa estabelecer/escolher a norma a ser seguida na
elaboração dos seus diversos documentos de projeto de instrumentação outras são
utilizadas. Assim, devido a sua maior abrangência e atualização, uma das normas mais
utilizadas em projetos industriais no Brasil é a estabelecida pela ISA (Instrument Society of
America).
A seguir serão apresentadas as normas ABNT e ISA, de forma resumida, e que serão
utilizadas ao longo dos nossos trabalhos.
3) Sinal elétrico.
5) Sinal hidráulico.
T RC 2 A
1ª letra Letras sucessivas N° da cadeia Sufixo (normalmente não é utilizado)
* Multifunção indica que um único instrumento é capaz de exercer mais de uma função.
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OBSERVAÇÃO:
Os números entre parênteses se referem às notas relativas que são dadas a seguir.
NOTAS RELATIVAS
1) As letras “indefinidas” são próprias para indicação de variáveis não listadas que podem
ser repetidas em um projeto particular. Se usada, a letra deverá ter um significado como
“primeira-letra” e outro significado como “letra-subsequente”. O significado precisará ser
definido somente uma vez e uma legenda para aquele respectivo projeto. Por exemplo: a
letra N pode ser definida como Módulo de Elasticidade na “primeira-letra” na “letra-
subsequente”.
2) A letra “não-classificada”, X, é própria para indicar variáveis que serão usadas uma vez,
ou de uso limitado. Se usada, a letra poderá ter qualquer número de significados como
“primeira-letra” e qualquer número de significados como “letra-subsequente”. Exceto para
seu uso como símbolos específicos, seu significado deverá ser definido fora do círculo de
identificação no fluxograma. Por exemplo: XR-3 pode ser um “registrador de vibração”,
XR-2 pode ser um “registrador de tensão mecânica” e XX4 pode ser um “osciloscópio de
tensão mecânica”.
3) Qualquer primeira-letra, se usada em combinação com as letras modificadoras D
(diferencial), F (razão) ou Q (totalização ou integração), ou qualquer combinação, será
tratada como uma entidade “primeira-letra”. Então, instrumentos TDI e TI medem duas
diferentes variáveis, que são: temperatura diferencial e temperatura.
4) A “primeira-letra” A, para análise, cobre todas as análises não listadas na Tabela 1 e não
cobertas pelas letras “indefinidas”. Cada tipo de análise deverá ser definido fora do seu
círculo de indefinição no fluxograma. Símbolos tradicionalmente conhecidos como pH, O2,
e CO, têm sido usados opcionalmente em lugar da “primeira-letra” A. Esta prática pode
causar confusão particularmente quando as designações são datilografadas por
máquinas que usam somente letras maiúsculas.
5) O uso da “primeira-letra” U para multivariáveis em lugar de uma combinação de “primeira-
letra” é opcional.
6) O uso dos termos modificadores alto, baixo, médio ou intermediário e varredura ou
seleção é preferido, porém opcional.
7) O termo “segurança” se aplicará somente para elementos primários de proteção de
emergência e elementos finais de controle de proteção de emergência. Então, uma
válvula auto-operada que previne a operação de um sistema acima da pressão desejada,
aliviando a pressão do sistema, será uma PCV, mesmo que a válvula não opere
continuamente. Entretanto esta válvula será uma PSV se seu uso for para proteger o
sistema contra condições de emergência, isto é, condições que colocam em risco o
pessoal e o equipamento, ou ambos e que não se esperam acontecer normalmente. A
designação PSV aplica-se para todas as válvulas que são utilizadas para proteger contra
condições de emergência em termos de pressão, não importando se a construção e o
modo de operação da válvula enquadram-se como válvula de segurança, válvula de
alívio ou válvula de segurança e alívio.
8) A função passiva “visor” aplica-se a instrumentos que dão uma visão direta e não
calibrada do processo.
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9) O termo “indicador” é aplicável somente quando houver medição de uma variável. Um
ajuste manual, mesmo que tenha uma escala associada, porém desprovido de medição
de fato, não deve ser designado “indicador”.
10) Uma “lâmpada-piloto”, que é a parte de uma malha de instrumentos, deve ser designada
por uma “primeira-letra” seguida pela “letra subsequente”. Entretanto, se é desejado
identificar uma “lâmpada-piloto” que não é parte de uma malha de instrumentos, a
“lâmpada-piloto” pode ser designada da mesma maneira ou alternadamente por uma
simples letra L. Por exemplo: a lâmpada que indica a operação de um motor elétrico pode
ser designada com EL, assumindo que a tensão é a variável medida ou XL assumindo a
lâmpada é atuada por contatos elétricos auxiliares do sistema de partida do motor, ou
ainda simplesmente L. A ação de uma “lâmpada-piloto” pode ser acompanhada por um
sinal audível.
11) O uso da “letra-subsequente” U para “multifunção” em lugar de uma combinação de
outras letras funcionais é opcional.
12) Um dispositivo que conecta, desconecta ou transfere um ou mais circuitos pode ser,
dependendo das aplicações, uma “chave”, um “relé”, um “controlador de duas posições”,
ou uma “válvula de controle”. Se o dispositivo manipula uma corrente fluida de processo e
não é uma válvula de bloqueio comum atuada manualmente, deve ser designada como
uma “válvula de controle”. Para todas as outras aplicações o equipamento é designado
como:
a) uma “chave”, quando é atuado manualmente;
b) uma “chave” ou um “controlador de duas posições”, se é automático e se é atuado
pela variável medida. O termo “chave” é geralmente atribuído ao dispositivo que é
usado para atuar um circuito de alarme, “lâmpada piloto”, seleção, intertravamento
ou segurança. O termo “controlador” é geralmente atribuído ao equipamento que é
usado para operação de controle normal;
c) um “relé”, se é automático e não atuado pela variável medida, isto é, ele é atuado
por uma “chave” ou por um “controlador de duas posições”.
13) Sempre que necessário as funções associadas como o uso da “letra-subsequente” Y
devem ser definidas fora do círculo de identificação. Não é necessário esse procedimento
quando a função é por si só evidente, tal como no caso de uma válvula solenóide.
14) O uso dos termos modificadores “alto”, “baixo”, “médio” ou “intermediário”, deve
corresponder a valores das variáveis medidas e não dos sinais, a menos que de outra
maneira seja especificado. Por exemplo: um alarme de nível alto derivado de um
transmissor de nível de ação reversa é um LAH, embora o alarme seja atuado quando o
sinal alcança um determinado valor baixo. Os termos podem ser usados em combinações
apropriadas..
15) Os termos “alto” e “baixo”, quando aplicados para designar a posição de válvulas, são
definidos como:
alto
- denota que a válvula está em ou aproxima-se da posição totalmente aberta;
baixo
- denota que a válvula está em ou aproxima-se da posição totalmente fechada.
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Instrumento de Instrumento de
função única função única
Instrumento de Instrumento de
função múltipla função múltipla
Placa de orifício
Medidor Venturi
Tubo Pitot
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4.1.2.2 - Válvula de Controle
Válvula manual
Transmissor de vazão
Registrador de linha
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4.1.3.2 - Pressão
Indicador de pressão
(manômetro)
(montagem local)
Registrador de pressão no
painel.
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Registrador-controlador de pressão,
comandando válvula de controle, com
transmissão pneumática. Registrador no
painel e transmissor local.
4.1.3.3 - Temperatura
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Indicador de temperatura.
Controlador-indicador de temperatura,
tipo expansão comandando válvula de
controle, com transmissão pneumática.
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4.1.3.4 - Nível
Visor de Nível
LCV-301
Instrumento combinado: controlador, indicador de
nível e transmissor, comandando válvula de
controle, com indicador no painel e com
LIC LT
301 301 transmissão pneumática.
LI
301
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Instrumento combinado
de registro e controle de
nível, comandando
válvula de controle, com
transmissão pneumática.
Instrumento no painel
transmissores de locais.
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4.2 - Simbologia Conforme Norma ISA
4.2.1 - Finalidades
4.2.1.1 - Informações Gerais:
As necessidades de procedimentos de vários usuários são diferentes. A norma reconhece
essas necessidades quando estão de acordo com os objetivos e fornece métodos
alternativos de simbolismo. Vários exemplos são indicados para adicionar informações ou
simplificar o simbolismo.
Os símbolos dos equipamentos de processo não fazem parte desta norma, porém são
incluídos apenas para ilustrar as aplicações dos símbolos da instrumentação.
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( 5 ) sinal hidráulico.
( 6 ) tubo capilar.
( 7 ) sinal sônico ou eletromagnético (guiado).***
( 8 ) sinal sônico ou eletromagnético (não guiado). ***
( 9 ) conexão interna do sistema (software ou data link).
( 10 ) conexão mecânica.
4 5 6
Display
compartilhado,
controle
compartilhado
7 8 9
Função em
computador
10 11 12
Controle Lógico
Programável
13 14 15
GTE
2584-23
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* O tamanho do símbolo pode variar de acordo com a necessidade do usuário e do tipo
do documento. Sugerimos acima um tamanho de quadrado e círculo para diagramas
grandes. Recomenda-se coerência.
** As abreviaturas da escolha do usuário, tal como IPI (painel do instrumento nº 1), IC2
(console do instrumento nº 2). CC3 (console do computador nº 3) etc... podem ser
usados quando for necessário especificar a localização do instrumento ou da função.
*** Normalmente, os dispositivos de funções inacessíveis ou que se encontram na parte
traseira do painel podem ser demonstrados através dos mesmos símbolos porém, com
linhas horizontais usando-se os pontilhados.
Exemplo:
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ANEXO A
Modulação Analógica e Digital
Os dados que trafegam pelo computador são digitais, e são representados por dois valores distintos de
tensão elétrica. Um valor representa o bit 1, e o outro valor representa o bit 0. Na figura 1 vemos uma
seqüência de bits e a sua representação através de tensões elétricas apropriadas. Observe que a
seqüência é um sinal matemático, tratado pelo microprocessador. O sinal digital é uma seqüência
eletrônica, na forma de uma tensão elétrica que varia ao longo do tempo, com o objetivo de
representar a seqüência de bits. Um sinal digital nada mais é que uma tensão variável que assume dois
valores típicos para representar os bits 0 e 1.
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Se tentarmos ligar em um cabo de instrumentação, o sinal digital proveniente de uma interface serial,
ocorrerá uma grande distorção. Até alguns metros, este sinal pode trafegar sem grandes distorções,
mas com distâncias maiores, o sinal fica cada vez mais degradado. A figura 3 mostra este tipo de
degradação.
A solução para transmitir um sinal digital por um cabo simples, sem apresentar distorções, é usando
um processo conhecido como modulação e demodulação. Na modulação, o sinal digital é
transformado em analógico, e assim pode trafegar em um cabo simples sem apresentar distorções. Ao
ser recebido no seu destino, o sinal é demodulado, voltando a assumir a forma digital.
Existem vários métodos de modulação. A figura 4 mostra um sistema de modulação bem simples, no
qual cada bit é representado por um sinal analógico senoidal com uma determinada freqüência.
Observe que o bit 1 é convertido em uma freqüência maior, ou seja, varia mais rápido. O bit 0 é
convertido em um sinal de freqüência mais baixa, ou seja, varia mais lentamente.
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ANEXO B
Field Bus
1. Introdução
• Custos de instalação
• Procedimentos de manutenção
• Opções de upgrades
• Informação de controle de qualidade
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1.3. Definições
FIELDBUS é um sistema de comunicação digital bidirecional (Figura 1.4)
que permite a interligação em rede de múltiplos instrumentos diretamente no campo
realizando funções de controle e monitoração de processo e estações de operação (IHM)
através de softwares supervisórios.
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Exercícios de Instrumentação Básica - Introdução
2) Qual o motivo para que a maior parte dos sinais de transmissão comecem com um valor maior que zero
(exp: 1~5 Volts , 4~20 mA, 0.2 ~ 1.0 kgf/cm2 , 3 ~ 15 PSI) ?
3) Por que existe um limite da quantidade ou resistência máxima, de equipamentos que podem ser conectados
em série (as transmissões de sinais por corrente) ?
a)
b)
c)
d)
e)
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f)
g)
h)
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MEDIÇÃO DE PRESSÃO
1 - INTRODUÇÃO
Como já foi escrito, a instrumentação é a ciência que se ocupa em desenvolver e aplicar
técnicas de medição, indicação, registro e controle de processos de transformação, visando
a otimização da eficiência dos mesmos. Essas técnicas são normalmente suportadas
teoricamente em princípios físicos e ou físico-químicos e utiliza-se das mais avançadas
tecnologias de fabricação para viabilizar os diversos tipos de medição de variáveis
industriais. Dentre essas variáveis encontra-se a pressão cuja medição possibilita não só
sua monitoração e controle como também de outras variáveis tais como nível, vazão e
densidade. Assim por ser sua compreensão básica para o entendimento de outras áreas da
instrumentação iniciaremos revisando alguns conceitos físicos importantes para medição de
pressão.
2 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
2.1 - Sólido
Toda matéria cuja forma não muda facilmente quando submetida à uma força.
2.2 - Líquidos
Toda matéria cuja forma pode ser mudada facilmente quando submetida à uma força, porém
sem mudar o volume.
2.3 - Gás
Toda matéria cuja forma e volume podem ser mudadas facilmente quando submetida à
força.
2.4 - Fluido
Toda matéria cuja forma pode ser mudada e por isso é capaz de se deslocar. Ao ato de se
deslocar é caracterizado como escoamento e assim chamado de fluido.
Nota:
1 - Para líquidos a densidade de uma substância tem como referência a água destilada a
4ºC e 1 atm cujo valor foi convencionado ser igual a unidade.
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2 - Para gases e vapores a densidade de uma substância tem como referência o ar a 15ºC e
1 atm cujo valor foi convencionado ser igual a unidade.
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2.7 - Peso Específico
Relação entre peso e o volume de uma determinada substância. É representado pela letra
gama (δ) e cuja unidade usual é kgf/m3.
Esse teorema foi estabelecido por STEVIN e relaciona as pressões estáticas exercidas por
um fluido em repouso com a altura da coluna do mesmo em um determinado reservatório.
Seu enunciado diz:
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P2 - P1 = ∆P = (h2 - h1) . δ
Observação
1. Este teorema só é válido para fluidos em repouso.
2. A diferença de cotas entre dois pontos deve ser feita na
vertical.
Fig. 1
3.3 - Princípio de Pascal
A pressão exercida em qualquer ponto de um líquido em forma estática, se transmite
integralmente em todas as direções e produz a mesma força em áreas iguais.
Devido serem os fluidos praticamente incompressíveis, a força mecânica desenvolvida em
um fluido sob pressão pode ser transmitida.
Fig. 2
P1 = F1 e P2 = F2 como P1 = P2 ∴ F1 = F2
A1 A2 A1 A2
Outra relação:
Exemplo:
Sabendo-se que F1 = 20 kgf, A1 = 100 cm2 e A2 = 10cm2, calcular F2.
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Fig. 3
4 - DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
Pode ser definida como sendo a relação entre uma força aplicada perpendicularmente (90º)
à uma área (fig. 4) e é expressa pela seguinte equação:
P= F = Força 10 Kgf
A Área
1 cm
1 cm
2
Fig. 4 – Exemplo de aplicação de uma força em uma superfície (10 Kgf/cm ).
A pressão pode ser também expressa como a somatória da pressão estática e pressão
dinâmica e assim chamada de pressão total.
Pd = 1 . ρ . V2 (N/m2)
2
4.3 - Pressão total
É a pressão resultante da somatória das pressões estáticas e dinâmicas exercidas por um
fluido que se encontra em movimento.
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4.5 - Unidades de Pressão
A pressão possui vários tipos de unidade. Os sistemas de unidade MKS, CGS, gravitacional
e unidade do sistema de coluna de líquido são utilizados tendo como referência a pressão
atmosférica e são escolhidas, dependendo da área de utilização, tipos de medida de
pressão, faixa de medição, etc.
Em geral são utilizados para medição de pressão, as unidades Pa, N/m², kgf/cm², mHg,
mH2O, lbf/pol2, Atm e bar.
A seleção da unidade é livre, mas geralmente deve-se escolher uma grandeza para que o
valor medido possa estar na faixa de 0,1 a 1000. Assim, as sete unidades anteriormente
mencionadas, além dos casos especiais, são necessárias e suficiente para cobrir as faixas
de pressão utilizadas no campo da instrumentação industrial. Suas relações podem ser
encontradas na tabela de conversão a seguir.
Kgf/cm² lbf/pol² BAR Pol Hg Pol H2O ATM mmHg mmH2O kpa
Pol H2O 0,002537 0,03609 0,00249 0,07348 1 0,002456 1,8665 25,399 0,24884
H2O à 60ºF
Hg à 32ºF
5.1 - Introdução
A medição de uma variável de processo é feita, sempre, baseada em princípios físicos ou
químicos e nas modificações que sofrem as matérias quando sujeitas às alterações
impostas por essa variável. A medição da variável pressão pode ser realizada baseada em
vários princípios, cuja escolha está sempre associada às condições da aplicação. Nesse
tópico serão abordadas as principais técnicas e princípios de sua medição com objetivo de
facilitar a análise e escolha do tipo mais adequado para cada aplicação.
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Elemento de recepção:
Aquele que recebe a pressão a ser medida e a transforma em deslocamento ou força (ex:
bourdon, fole, diafragma).
Elemento de transferência:
Aquele que amplia o deslocamento ou a força do elemento de recepção ou que transforma o
mesmo em um sinal único de transmissão do tipo elétrica ou pneumática, que é enviada ao
elemento de indicação (ex: links mecânicos, relé piloto, amplificadores operacionais).
Elemento de indicação:
Aquele que recebe o sinal do elemento de transferência e indica ou registra a pressão
medida (ex: ponteiros, displays) .
5.3.1 - Manômetros
São dispositivos utilizados para indicação local de pressão e em geral divididos em duas
partes principais: o manômetro de líquidos, que utiliza um líquido como meio para se medir a
pressão, e o manômetro tipo elástico que utiliza a deformação de um elemento elástico
como meio para se medir pressão.
A tabela 2 classifica os manômetros de acordo com os elementos de recepção.
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O valor de pressão medida é obtida pela leitura da altura de coluna do líquido deslocado em
função da intensidade da referida pressão aplicada.
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b) Líquidos de enchimento
A princípio qualquer líquido com baixa viscosidade, e não volátil nas condições de medição,
pode ser utilizado como líquido de enchimento. Entretanto, na prática, a água destilada e o
mercúrio são os líquidos mais utilizados nesses manômetros.
c) Faixa de medição
Em função do peso específico do líquido de enchimento e também da fragilidade do tubo de
vidro que limita seu tamanho, esse instrumento é utilizado somente para medição de baixas
pressões.
Em termos práticos, a altura de coluna máxima disponível no mercado é de 2 metros e
assim a pressão máxima medida é de 2 mH2O caso se utilize água destilada, e 2 mHg com
utilização do mercúrio.
“d” é amplamente utilizado na faixa de 6 ~ 10mm. Na faixa de 6mm, o valor é muito grande
ou seja, 2,3mm para mercúrio e 5mm para água.
Assim, quando a pressão de medição é zero se pode confirmar a posição do menisco. Neste
instante. Mede-se a altura em que a parte de cima ou a parte de baixo mudam pela pressão.
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Neste caso não é preciso adicionar a compensação.
Quanto ao limite mínimo que se pode ler em uma escala graduada a olho nú, este é de
aproximadamente 0,5 mm. Assim, na prática, o valor mais utilizado para divisão de uma
escala é de 1mm para manômetro de líquido de uso geral e de 0,1mm (com escala
secundária) para manômetro padrão.
e) Influência da temperatura na leitura
Como a medição de pressão utilizando manômetro de líquido depende do peso específico
do mesmo, a temperatura do ambiente onde o instrumento está instalado irá influenciar no
resultado da leitura e portanto sua variação, caso ocorra, deve ser compensada.
Isto é necessário, pois na construção da escala é levado em consideração a massa
específica do líquido a uma temperatura de referência.
Se o líquido utilizado for o mercúrio, normalmente considera-se como temperatura de
referência 0ºC e assim sua massa específica será 13.595,1 kg/m3.
Se for água destilada o líquido utilizado considera-se como temperatura de referência 4ºC e
assim sua massa específica será 1.000,0 kg/cm3.
Na prática, utiliza-se a temperatura de 20ºC como referência e esta deve ser escrita na
escala de pressão.
Outra influência da temperatura na medição de pressão por este instrumento é no
comprimento da escala que muda em função de sua variação e em leituras precisas deve
ser também compensada.
No tipo ( a ), o zero da escala está no mesmo plano horizontal que a superfície do líquido
quando as pressões P1 e P2 são iguais. Neste caso, a superfície do líquido desce no lado de
alta pressão e, consequentemente sobe no lado de baixa pressão. A leitura se faz, somando
a quantidade deslocada a partir do zero nos lados de alta e baixa pressão.
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No tipo ( b ), o ajuste de zero é feito em relação ao lado de alta pressão. Neste tipo há
necessidade de se ajustar a escala a cada mudança de pressão.
No tipo ( c ) a leitura é feita a partir do ponto mínimo da superfície do líquido no lado de alta
pressão, subtraída do ponto máximo do lado de baixa pressão.
A leitura pode ser feita simplesmente medindo o deslocamento do lado de baixa pressão a
partir do mesmo nível do lado de alta pressão, tomando como referência o zero da escala.
P1 - P2 = δ (h2 + h1)
Como o volume deslocado é o mesmo, teremos:
A . h1 = a . h2 ∴ h1 = a . h2
A
P1 - P2 = δ . h2 (1 + a )
A
Como “A” é muito maior que “a”, equação anterior pode ser simplificado e reescrita. Assim
teremos a seguinte equação utilizada para cálculo da pressão.
P1 - P2 = δ . h2
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Quanto menores forem a/A e α, maior será a taxa de ampliação. Devido às influências do
fenômeno de tubo capilar, uniformidade do tubo, etc. é recomendável utilizar o grau de
inclinação de aproximadamente 1/10. A leitura neste tipo de manômetro é feita com o
menismo na posição vertical em relação ao tubo reto. O diâmetro interno do tubo reto é de 2
~ 3mm, a faixa de utilização é de aproximadamente 10 ~ 50mm H2O, e é utilizado como
padrão nas medições de micropressão.
6.4 - APLICAÇÃO
Os manômetros de líquido foram largamente utilizados na medição de pressão, nível e
vazão nos primórdios da instrumentação. Hoje, com o advento de outras tecnologias que
permitem leituras remotas, a aplicação destes instrumentos na área industrial se limite a
locais ou processos cujos valores medidos não são cruciais no resultado do processo ou a
locais cuja distância da sala de controle inviabiliza a instalação de outro tipo de instrumento.
Porém, é nos laboratórios de calibração que ainda encontramos sua grande utilização, pois
podem ser tratados como padrões.
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7 - MANÔMETRO TIPO ELÁSTICO
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7.1 - Manômetro Tubo Bourdon
Com a pressão agindo em seu interior, o tubo tende a tomar uma seção circular resultando
um movimento em sua extremidade fechada. Esse movimento através de engrenagens é
transmitido a um ponteiro que irá indicar uma medida de pressão em uma escala graduada.
A construção básica, o mecanismo interno e seção de tubo de Bourdo, são mostrados nas
figuras 11, 12, 13 e 14.
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b) Material de Bourdon
De acordo com a faixa de pressão a ser medida e a compatibilidade com o fluido é que
determinamos o tipo de material a ser utilizado na confecção de Bourdon. A tabela a seguir
indica os materiais mais utilizados na confecção do tubo de Bourdon.
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Manômetro e Vacuômetro
ERRO TOLERÁVEL
Classe Acima de 1/10 e abaixo de 9/10 Outra faixa da escala
da escala
0.5 ± 0.5% ± 0.5%
1.0 ± 1.0% ± 1.5%
1.5 ± 1.5% ± 2.0%
3.0 ± 3.0% ± 4.0%
Manômetro composto
ERRO TOLERÁVEL
Classe Para pressão acima da
atmosfera, acima de 1/10 e
abaixo de 9/10 da escala.
E parte de vácuo acima de 1.10 Outra faixa da escala
e abaixo de 9.10 da escala
1.5 ± 1.5% ± 2.0%
3.0 ± 3.0% ± 4.0%
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A figura 15 mostra na vista explodida desse manômetro.
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e.4) Manômetro com selagem líquida
Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos, sujeitos à alta
temperatura e/ou radioativos, a medição de pressão com manômetro tipo elástico se torna
impraticável pois o Bourdon não é adequado para essa aplicação, seja em função dos
efeitos da deformação proveniente da temperatura, seja pela dificuldade de escoamento de
fluidos viscosos ou seja pelo ataque químico de fluidos corrosivos. Nesse caso, a solução é
recorrer a utilização de algum tipo de isolação para impedir o contato direto do fluido do
processo com o Bourdon. Existem basicamente dois tipos de isolação, (que tecnicamente é
chamado de selagem), utilizada. Um com selagem líquida, utilizando um fluido líquido inerte
em contato com o Bourdon e que não se mistura com o fluido do processo. Nesse caso é
usado um pote de selagem conforme figura 19. Outro, também com selagem líquida porém
utilizando um diafragma como selo. O fluido de selagem mais utilizado nesse caso é a
glicerina, por ser inerte a quase todos os fluidos. Este método é o mais utilizado e já é
fornecido pelos fabricantes quando solicitados, um exemplo desse tipo é mostrado na figura
20.
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Acessórios para manômetro tipo Bourdon
A B C D
Fig. 21 - Amortecedores de pulsação
f.2) Sifões
Os sifões são utilizados, além de selo, para “isolar” o calor das linhas de vapor d’água ou
líquidos muito quentes, cuja temperatura supera o limite previsto para o instrumento de
pressão. O líquido que fica retido na curva do tubo-sifão esfria e é essa porção de líquido
que irá ter contato com o sensor elástico do instrumento, não permitindo que a alta
temperatura do processo atinja diretamente o mesmo.
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f.3) Supressor de pressão
Esse acessório tem por finalidade proteger os manômetros de pressões que ultrapassem
ocasionalmente, as condições normais de operação. Ele é recomendável nesses casos para
evitar ruptura do elemento de pressão.
Seu bloqueio está relacionado com a velocidade do incremento de pressão. Seu ponto de
ajuste deve ser atingido de modo que com incremento lento de pressão seu bloqueio se dê
entre 80 a 120% do valor da escala. Nesta condição, o bloqueio se dará em qualquer valor
inferior a 80% no caso de incrementos rápidos de pressão.
Para manômetros com escala inferior a 3 kgf/cm2 seu bloqueio poderá situar-se em até
130% do valor da escala.
Este tipo de medidor, utiliza o diafragma para medir determinada pressão, bem como, para
separar o fluido medido do mecanismo interno. Antes foi mostrado o manômetro tipo de
Bourdon que utiliza selagem líquida. Aqui, explica-se o medidor que utiliza um diafragma
elástico.
A figura 23 mostra este tipo de medidor.
A área efetiva de recepção de pressão do diafragma, muda de acordo com a quantidade de
deslocamento. Para se obter linearidade em função de grande deslocamento, deve-se fazer
o diâmetro com dimensões maiores. A área efetiva do diafragma é calculada pela seguinte
equação.
Onde:
a = diâmetro livre do diafragma
b = diâmetro de chapa reforçada
S = Ae . P . Cd
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Onde:
S = deslocamento (mm)
P = pressão do diafragma (kgf/cm2)
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Fig. 25 - Foles
Os metais usados na construção dos foles devem ser suficientemente finos para terem
flexibilidade, dúcteis para uma fabricação razoavelmente fácil e devem ter uma alta
existência à fadiga. Os materiais comumente usados são latão, bronze, cobre-berílio, ligas
de níquel e cobre, aço e monel.
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8 - MANÔMETRO PADRÃO
Os manômetros utilizados como padrão devem ter precisão superior em relação aos
manômetros que serão calibrados.
De acordo com as normas de medição, obriga-se a utilizar instrumentos padrões que foram
aprovados em inspeção.
Dois tipos de manômetros foram aprovados como padrão: manômetro tipo coluna, e
manômetro tipo peso morto (peso estático).
P = W/A (kgf/cm2)
Onde:
W = peso (kgf) do êmbolo e peso aplicado
A = área efetiva de recepção da pressão de êmbolo
P = pressão
Por isso, medindo-se antecipadamente a área efetiva de recepção de pressão “A”, pode-se
obter a pressão equivalente ao peso. Se no manômetro tipo peso morto escolher a área
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efetiva de recepção de pressão “A”, pode-se aumentar a faixa de medição e obter-se a
pressão com alta precisão e de faixa ampla de 3000 kgf/cm2 (aproximadamente 294 MPa)
até 0,005 kgf/cm2 (aproximadamente 490 Pa).
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Fig. 30
A = π d2
4
Onde:
d = diâmetro do êmbolo
A tabela abaixo indica os tipos de líquidos utilizados no manômetro tipo peso morto.
Para diminuir a resistência entre o embolo e o cilindro gira-se devagar o peso com a força
de 1/3 da pressão máxima, mantendo a rotação constante por 20 segundos. Caso se teste
manômetros que não permitam a utilização de óleo, deve-se utilizar um sistema que isole o
óleo do elemento sensor.
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9. INSTRUMENTO DE TRANSMISSÃO DE SINAL
São eles:
a) Método de equilíbrio de força (fig. 30)
A diferença básica entre esses dois métodos está somente na forma com que o sinal
detectado é convertido. No método de equilíbrio de força o bico se mantém fixo e somente a
palheta se afasta ou se aproxima do mesmo para ganhar uma contrapressão proporcional à
detectada, contrapressão essa que será amplificada pelo relé piloto.
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No método de equilíbrio de movimento tanto o bico quanto a palheta se movimentam para
obter a contrapressão correspondente à pressão detectada.
Fig. 30 - Método de equilíbrio de Movimento ou Posição Fig. 31 - Método de equilíbrio de força (equilíbrio de vetor).
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O elemento de resistência que mede pressão é utilizado como um lado de uma ponte como
mostra a figura 32 para indicar a variação de resistência.
Este tipo é utilizado como padrão para pressão maior que 3000 kgf/cm2. Por ter pouca
histerese e não possuir atraso de indicação é apropriado para medições de pressão
variável.
b) Sensor Piezoelétrico
A medição de pressão utilizando este tipo de sensor se baseia no fato dos cristais
assimétricos ao sofrerem uma deformação elástica ao longo do seu eixo axial, produzirem
internamente um potencial elétrico causando um fluxo de carga elétrica em um circuito
externo.
A quantidade elétrica produzida é proporcional a pressão aplicada, sendo então essa
relação linear o que facilita sua utilização. Outro fator importante para sua utilização está no
fato de se utilizar o efeito piezoelétrico de semi-condutores, reduzindo assim o tamanho e
peso do transmissor, sem perda de precisão.
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Cristais de turmalina, cerâmica Policristalina Sintética, quartzo e quartzo cultivado podem
ser utilizado na sua fabricação, porém o quartzo cultivado é o mais empregado por
apresentar características ideais de elasticidade e linearidade.
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12 - INSTRUMENTOS PARA ALARME E INTERTRAVAMENTO
A variável pressão quando aplicada em um processo industrial qualquer, submete os
equipamentos a ela sujeito a esforços de deformação que devem estar sempre abaixo de
limites de segurança para que não ocorra ruptura e consequentemente acidentes. A garantia
da permanência dos valores de pressão sempre abaixo dos limites de segurança deve ser
feito de forma automática através de instrumentos de proteção. No caso da pressão, um dos
instrumentos de proteção com grande aplicação e pressostato sobre o qual serão feitas
abordagens neste tópico.
12.1 - Pressostato
É um instrumento de medição de pressão utilizado como componente do sistema de
proteção de equipamento ou processos industriais. Sua função básica é de proteger a
integridade de equipamentos contra sobrepressão ou subpressão aplicada aos mesmos
durante o seu funcionamento.
É constituído em geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set-point e uma chave de
duas posições (aberto ou fechado).
Como elemento sensor, pode-se utilizar qualquer um dos tipos já estudado, sendo o mais
utilizado nas diversas aplicações o diafragma.
Como mecanismo de ajuste de set-point utiliza-se na maioria das aplicações uma mola com
faixa de ajuste selecionada conforme pressão de trabalho e ajuste, e em oposição à
pressão aplicada.
O mecanismo de mudança de estado mais utilizado é o micro interruptor, podendo ser
utilizado também ampola de vidro com mercúrio fechando ou abrindo o contato que pode ser
do tipo normal aberto ou normal fechado.
2) Pressostato de Teste
A escolha do tipo de pressostato a ser usado - diafragma, pistão ou bourdon - deve também
ser regida pela pressão de teste a qual poderão ser submetidos (Pressão de teste é o maior
impulso - pico - de pressão que pode ocorrer em um sistema). Deve ser lembrado que,
embora o manômetro registre uma pressão de operação constante, podem haver impulsos
através do sistema os quais o manômetro não possue sensibilidade para acusar. Os tipos
diafragma e bourdon são extremamente sensível e podem ser afetados por esses impulsos.
Os pressostatos tipo diafragma são disponíveis numa faixa ajustável desde vácuo até 20
Bar, com pressões de teste até 70 Bar. O tipo bourdon pode operar até 1.240 Bar, com
pressões de teste até 1.655 Bar. E os tipos pistão compreendem uma faixa ajustável que vai
até 825 Bar, com pressões de teste até 1.380 Bar.
3) Função do Pressostato
A função do pressostato é outro fator determinante na seleção. Três tipos de pressostatos,
baseados em sua função, são descritos abaixo:
a) Pressostato de 1 contato - atua sobre uma única variação de pressão, abrindo ou
fechando um único circuito elétrico, por meio da ação reversível do micro-interruptor.
b) Pressostato diferencial - atua sobre a variação entre 2 pressões numa mesma linha
controladas pelo mesmo instrumento.
6) Grau de Proteção
Especifica a proteção quanto a entrada de corpos sólidos e penetração de água nos orifícios
existentes no motor, responsáveis pela refrigeração do mesmo.
O grau de proteção segundo a ABNT é indicado pelas letras IP seguidas de dois algarismos.
a) Primeiro algarismo
0 - sem proteção;
1 - corpos sólidos com dimensões acima de 50 mm;
2 - corpos sólidos com dimensões acima de 12 mm;
3 - corpos sólidos com dimensões acima de 2,5 mm;
4 - corpos sólidos com dimensões acima de 1,0 mm;
5 - proteção contra o acúmulo de poeira;
6 - proteção contra penetração de poeira.
b) Segundo algarismo
0 - sem proteção;
1 - pingos de água na vertical;
2 - pingos de água até inclinação de 15º com a vertical;
3 - água de chuva ate a inclinação de 60º com a vertical;
4 - respingos em todas as direções;
5 - jatos de água em todas as direções;
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6 - imersão temporária.
CLASSE I
Ambientes nos quais gases e vapores estão ou podem estar presentes no ar em
quantidades suficientes para produzir misturas explosivas ou passíveis de ignição.
DIVISÃO 1
a) Ambientes nos quais a concentração perigosa de gases e vapores inflamáveis existe
continuamente, intermitentemente ou periodicamente, sob condições normais de
trabalho.
b) Ambientes nos quais essas concentrações podem existir frequentemente devido a
reparos, manutenção ou vazamentos.
c) Ambientes nos quais o desarranjo ou falha no funcionamento do equipamento ou
processo poderá permitir uma concentração perigosa de gases ou vapores inflamáveis,
podendo, simultaneamente ocorrer uma falha no sistema elétrico.
DIVISÃO 2
a) Ambientes nos quais líquidos voláteis, gases ou vapores são confinados em recipientes
fechados ou sistemas fechados, dos quais esses fluidos podem se libertar somente em
caso de ruptura acidental ou desarranjo de tais recipientes ou sistemas ou em casos de
funcionamento anormal do equipamento.
b) Ambientes nos quais a concentração perigosa de gases e vapores é normalmente
evitada através de ventilação mecânica eficiente mas pode se tornar perigosa por falta ou
mau funcionamento desse sistema.
c) Ambiente próximos aos ambientes referidos na classe I, divisão 2 e aos quais a
concentração de gases e vapores pode se estender embora esse fenômeno tenha sido
evitado por uma ventilação eficiente proveniente de uma fonte de ar puro e por medida de
segurança no caso de uma falha no sistema de ventilação.
CLASSE II
Ambientes perigosos devido a presença de poeiras combustíveis.
DIVISÃO 1
a) Ambientes nos quais poeiras combustíveis estão ou podem estar em suspensão no ar,
continuamente, periodicamente, intermitentemente, sob condições normais de trabalho,
em quantidades suficientes para produzir misturas explosivas ou passíveis de ignição.
b) Ambientes onde a falha mecânica ou funcionamento anormal das máquinas podem
causar essas misturas e ainda proporcionar fonte de ignição através de falha simultânea
do equipamento elétrico dos sistemas de proteção ou outras causas.
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c) Ambientes nos quais podem estar presentes de qualquer tipo de condutibilidade elétrica.
DIVISÃO 2
a) Ambientes nos quais poeira combustíveis não estão normalmente suspensas no ar, ou
não serão lançadas em suspensão pelo funcionamento normal do equipamento em
quantidade suficientes para produzir misturas explosivas passíveis de ignição.
b) Ambientes onde os depósitos ou acúmulo dessas poeiras podem ser suficientes para
interferir na dissipação segura do calor proveniente do equipamento elétrico ou de
aparelho.
c) Quando esses depósitos ou acúmulos de poeira na proximidade do equipamento elétrico
pode provocar a ignição através de arcos, centelhas ou partículas incandescentes do
referido equipamento.
GRUPOS DA CLASSE I
GRUPO D - Atmosfera contendo gasolina, álcool, acetona, hexano, nafta, benzina, propano,
benzol, vapor de solvente ou laca, gás natural, ácido acético, acrilonitrila, amônia, butano.
CLASSE II
GRUPO E - Atmosfera contendo poeira metálica, incluindo magnésio, alumínio e outros
metais.
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14 - INSTRUMENTOS CONVERSORES DE SINAIS
Os conversores tem como função básica modificar a natureza ou amplitude de um sinal para
permitir a interligação de instrumento que trabalham com sinais diferentes.
Existem diversas situações para justificar sua aplicação, dentre elas as conversões de sinais
de termopares para corrente ou tensão padrão de transmissão ( 4 a 20 mA e 1 a 5 VDC
respectivamente), as conversões eletropneumáticas, e etc... Todas as conversões são de
iguais importância, entretanto como as mais comuns são as que permitem a comunicação
entre sinais elétricos e pneumáticos, abordaremos aqui este tipo.
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Exercícios
1) Cite sensores de pressão quais se aplicam para medições em torno de:
a- 100 kPa
b-10 MPa
c- 1kPa
a- Bourdon
b- Diafragma
c- Coluna de líquido (tubo em "U")
6) Para indicadores de pressão tipo Bourdon, instalados em processos que variam bruscamente a pressão, o que
pode ser feito para aumentar a vida útil do medidor ?
a- 100 mmH2O
b- 0,5 kgf/cmm2
c- 100 mmHg
d- 2 ATM
c- 3 BAR
d- 10 Pol Hg
8) Qual a pressão(em kPa) no fundo de um reservatório aberto, cilíndrico de diâmetro igual a 20 metros e cujo
nível de água pura está em 8 metros ?
9) Qual seria a pressão (em kPa) no caso acima, se o reservatório possuísse secção transversal quadrada ?
ATM
nível
A
água
5m
7m
C
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MEDIÇÃO DE NÍVEL
1 - INTRODUÇÃO
A medição de nível, embora tenha conceituação simples, requer por vezes artifícios e
técnicas apuradas.
O nível é uma variável importante na indústria não somente para a operação do próprio
processo, mas também para fins de cálculo de custo e de inventário. Os sistemas de
medição de nível variam em complexidade desde simples visores para leituras locais até
indicação remota, registro ou controle automático.
Na indústria se requer medições tanto de nível de líquidos como de sólidos.
Para facilitar a compreensão costuma-se definir nível, como sendo a altura do conteúdo de
um reservatório, que poderá ser um líquido ou um sólido.
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A - Determinação do Nível
A preferência será dada às medições diretas, pois o peso específico do líquido a medir
varia com o tempo. Nos demais casos usa-se o outro método, de acordo com a
medição a efetuar.
B - Determinação do Volume
Dá-se preferência às medidas diretas. Conhecendo-se a área da base do reservatório,
tem-se:
V=S.h
Onde:
V = volume do líquido
h = altura do líquido
S = área da base do reservatório
C - Determinação da Massa
Dá-se preferência às medidas indiretas. Com efeito, tem-se:
∂
M = S. h . ρ mas ρ =
g
∂ P
M = S.h eh=
g ∂
P ∂ S. P
Logo M = S . ∴ M=
∂ g g
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Os tubos de vidro têm diâmetros normalizados onde para cada dimensão estão relacionados
valores de pressão e temperatura máximas permissíveis.
Devido às características construtivas, os visores de vidro tubular não suportam altas
pressões e temperaturas, bem como apresentam alta probabilidade de quebra acidental do
vidro por choque externo.
Devido às limitações quanto a sua resistência a segurança, os visores de vidro tubular são
recomendados para uso em processos que não apresentam pressões superiores a cerca de
2,0 bar e em temperaturas que não excedam a 100 graus Celsius.
Não se recomenda o seu uso com líquidos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos, visto que a
fragilidade destes instrumentos aumenta a possibilidade de perda de produto contido no
equipamento.
Recomenda-se que o comprimento do tubo não exceda os 750 mm. Caso seja necessário
cobrir faixas de variação de nível maiores, recomenda-se usar dois ou mais visores com
sobreposição (ver Fig. 03) de faixas visíveis.
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Apesar da diversidade de modelos e fabricantes, cada seção apresenta uma altura variando
de 100 a 350 mm e, dependendo do desnível a ser medido, os visores podem ser
compostos de várias seções (visor multisseção). Contudo, recomenda-se que cada visor
tenha, no máximo, quatro seções. Ultrapassa esse limite, o peso da unidade torna-se
excessivo e o visor pode deixar de ser auto-sustentável, necessitando de suportes
adicionais. Caso sejam previstas variações amplas na temperatura do fluido, o visor deverá
ser provido com loops de expansão para possibilitar a dilatação ou contração resultantes.
Quando o desnível a ser medido exigir um número de seções adicionais serão sobrepostos
como mostra a Fig. 04 (b).
Fig. 04 ( a ) - Visor de vidro plano com três seções Fig. 04 ( b ) - Visores sobrepostos
A principal desvantagem dos visores multisseções são as regiões de não visibilidade entre
seções adjacentes que medem tipicamente 38 mm.
A especificação dos materiais das diversas partes depende da aplicação (temperatura,
pressão, tipo de fluido, etc.), mas de um modo geral, pode-se dizer que seus componentes
são:
Vidro
É de borossilicato temperado capaz de suportar choques térmicos e mecânicos. Devido à
sua própria natureza, não deverá ser aplicado qualquer esforço que resulte em flexão.
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Corpo de Visor
A câmara por onde passa o fluido é geralmente em aço carbono usinado. Para fluidos
corrosivos ou alta pressão deverá ser utilizado aço inoxidável (AISI 304 ou 316).
Espelho
A tampa frontal, que deve suportar altas tensões, é fabricada em ferro modular ou aço
carbono/inoxidável (para pressões médias e elevadas).
Juntas
As juntas de vedação são em papelão hidráulico e as juntas almofadas de amianto
(grafitado).
Fig. 05
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ângulo não é ultrapassado (para a superfície vidro-água é de 62º). Consequentemente, é
possível ver a superfície que se apresenta na cor negra.
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− Válvula de dreno ( 5 ) instalada na extremidade inferior do visor. Eventualmente
poderá ser instalada também uma válvula para respiro em lugar do plugue
mostrado na Fig. 08.
− A especificação da classe de pressão, material e outras características das
válvulas, tubo e do próprio visor devem seguir a especificação do equipamento a
ele relacionado. Várias opções para instalação de instrumentos de nível podem
ser usadas. O API-RP550 (Manual of Instrumentation of Refinery Instruments and
Control System - Parte 1 - Seção 2), mostra várias alternativas para instalação de
visores, bem como recomendações quanto à dimensão e tipos de válvulas,
conexões e tubulações.
1 - Válvula de isolação
2 - Válvula de isolação
3 - Válvula de bloqueio
4 - Válvula de bloqueio
5 - Válvula de dreno
6 - Plug
7 - Equipamento
8 - Coluna
9 - Visor
Por segurança, as válvulas de bloqueio do visor podem ser dotadas de uma esfera de
retenção que previna a descarga de fluido para atmosfera se, porventura, ocorrer a quebra
do vidro ou vazamento excessivo no visor.
Quando se deseja maximizar a viabilidade, as válvulas de bloqueio deverão ser instaladas
lateralmente. Por outro lado, para facilitar o posicionamento do visor em relação ao
observador poderão ser instaladas válvulas “off-set” que permitem a comunicação sem
obstruções entre a conexão ao visor e a saída de dreno ou respiro, já que a haste da válvula
é deslocada lateralmente em relação ao canal de comunicação visor-dreno/respiro.
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Quando instalados em vasos onde também se encontram instrumentos de medição contínua
de nível recomenda-se que os visores cubram uma faixa maior que a destes, de forma a
facilitar o ajuste ou verificação de funcionamento dos medidores.
Os visores de vidro devem ser instalados em posição que permita ao operador uma boa
visibilidade e fácil acesso para manutenção do tubo de vidro, das válvulas e juntas.
O vidro deve ser mantido sempre limpo e verificadas sempre as condições das juntas de
vedação e válvulas de bloqueio.
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Neste medidor de nível, dispositivo esférico é colocado a flutuar no tanque, (como mostra a
figura 09) e seu movimento vertical é convertido pela alavanca em movimento rotativo para
um indicador externo.
A rotação da alavanca produz uma indicação direta ou acima um contato magnético. O
flutuador tipo esférico é normalmente usado quando grande resistência à pressão é
desejada.
O flutuador é desenhado de modo que a linha de centro da esfera coincida com o nível da
superfície do líquido, proporcionando uma máxima sensibilidade na mudança de nível.
O medidor de níveis com flutuador interno é usualmente utilizado em tanques abertos. Deve-
se ter o cuidado para assegurar que não ocorra vazamentos quando estes são usados com
pressão ou em tanque de vácuo.
Neste medidor o flutuador é colocado em uma câmara montada do lado de fora do tanque,
como mostra a figura 10. Conforme varia o nível do flutuador movimenta-se verticalmente.
Este por sua vez transmite esta variação ao elemento indicador através de um sistema de
alavancas.
Sua vantagem sobre o sistema com flutuador interno está no fato deste ser menos afetado
por oscilações na superfície do líquido contido no tanque ou por sua vaporização.
Com este medidor pode-se obter o nível em tanques sob pressão ou vácuo, medir nível de
interface entre dois líquidos de densidade diferentes e medir nível de líquido corrosivos. É
indicado especialmente para os casos em que a instalação de um flutuador tipo bóia dentro
do tanque de medição não for recomendado.
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Medidor de nível tipo flutuador livre indica a variação do nível do líquido através do
movimento ascendente e descendente do flutuador ligado por meio de uma fita metálica ou
corrente a um peso. O deslocamento do flutuador de utilização deste medidor é de
aproximadamente de 0 a 30m.
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Deslocador (DISPLACER)
O deslocador comumente utilizado como sensor de transmissores de nível tem a forma de
um cilindro oco, fabricado de materiais como aço inox 304 ou 316, monel, hastelloy, tefflon
sólido, etc. A escolha do material adequado é determinada principalmente pela temperatura
e poder corrosivo do fluido. No interior do cilindro, se necessário, são depositados
contrapesos granulados, a fim de ajustar o peso do deslocador. Uma vez que o empuxo
aumenta com o percentual de imersão, segue-se que o peso aparente do deslocador se
reduz com o aumento do nível.
Nas figuras 12 e 13, estão representados deslocadores típicos utilizados. O deslocador pode
trabalhar diretamente no interior do equipamento (ver fig. 14) ou dentro de um
compartimento denominado câmara, dependendo das características dinâmicas do
processo, propriedades físicas do líquido e facilidade de manutenção desejada (Figs. 15 e
16). Na realidade, a câmara é constituída de duas partes conforme mostrado na figura 17. A
câmara inferior abriga o deslocador e apresenta nas configurações LL e LB (Fig. 18) duas
conexões flangeadas ou roscadas para sua fixação no equipamento. A câmara superior
encerra o braço de torque e, nos casos em que as duas conexões estão localizadas na
câmara inferior, permite a remoção do deslocador sem que seja necessário desmontá-la do
equipamento.
Além disso, desacoplando os flanges de interface, pode-se girar as câmaras superior e
inferior de modo a reorientar as conexões com relação ao transmissor. Quando o deslocador
é especificado para ser fornecido com câmara, devem ser previstas duas conexões laterais
do equipamento principal, as quais serão interligadas às correspondentes conexões da
câmara através das tomadas de equalização (Fig. 15). Cria-se assim um sistema de vasos
comunicantes que garante, sob condições de estabilidade no líquido, igualdade entre os
níveis no equipamento e na câmara. As quatro configurações mostradas na Fig. 18 são
normalmente oferecidas pelos fabricantes, onde T significa topo, B base e L lado. A
distância D é preestabelecida pelo fabricante para cada comprimento do deslocador, fato
que deve ser considerado quando forem dotadas as tomadas de equalização. Além de
padronizar no comprimento, alguns fabricantes adotam um volume de referência (Fig. 13)
para seus deslocadores; Isto porque, fixadas a elasticidade do elemento de sustentação e a
densidade do líquido de processo, o alcance do sinal de entrada no transmissor é
completamente determinado pelo volume do deslocador.
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Fig. 12
Fig. 13 Fig. 14
Fig. 15
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1 - Óleo
2 - Óleo
3 - Água
Fig. 16
1 - Braço de torque
2 - Câmara superior
3 - Haste de deslocador
4 - Conexão flangeada para fixação no equipamento
5 – Conversor
6 - Câmara inferior
7 - Nível no interior do equipamento
8 - Conexão flangeada para fixação no equipamento
Fig. 17
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a ) Conexão TB ( c ) Conexão LL
( b ) Conexão TL ( d ) Conexão LB
Fig. 18
- Tubo de Torque
O Tubo de torque consiste em um tubo oco, fechado em uma das extremidades, fabricado a
partir de materiais tais como aço inox 304, 316, inconel, monel e outros. A espessura da
parede do tubo de torque é tipicamente 1/32 pol, embora os tubos para medição de
densidade sejam fabricadas até com 1/64 pol. Os fabricantes oferecem modelos para
atender até 160 kg/cm2, estendendo-se a faixa de temperatura de trabalho de - 200ºC a +
400ºC.
De acordo com a ilustração da Fig. 19 quando o nível desce, o deslocador movimenta-se
para baixo, devido a redução da força empuxo. Surge uma torção ao longo do tubo do
torque. Esta torção eqüivale à distensão de uma mola, que equilibra o esforço que lhe é
aplicado através de uma reação proporcional à deformação linear sofrida(Mesmo princípio
de funcionamento dos torquímetros). Da mesma forma, o ângulo com que gira à
extremidade livre do tubo de torque é proporcional ao momento com que reage o tubo de
torque em resposta ao acréscimo do peso aparente. Como a variação do empuxo é
proporcional à variação de nível (pois o empuxo é proporcional ao volume deslocado, que,
por sua vez, é proporcional ao percentual submerso do deslocador), segue-se que a rotação
da extremidade livre do tubo de torque é proporcional à variação de nível. Esta rotação,
transmitida integralmente ao conversor através do eixo de transmissão e se situa entre 4 e 5
graus para uma excursão completa do nível ao longo do comprimento do deslocador.
Observe que a haste do deslocador e o braço de torque por um lado e o eixo de transmissão
por outro lado constituem o acoplamento, que “penetra” através do elemento de vedação
representado pelo tubo de torque.
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A extremidade livre da haste é
ligada ao sistema de
transmissão que pode ser
pneumático ou elétrico.
Fig. 19
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Neste caso, o medidor de pressão pode ser usado em vez do transmissor de pressão
diferencial.
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Fig. 23
4.2.2 - Materiais
Apesar de existir o recurso da utilização de sistemas de selagem para proteger seus
internos contra fluidos corrosivos, o transmissor pode apresentar uma série de combinação
de materiais para as partes que têm contato com fluido: Aço Inoxidável 316 e 316L,
Hastelloy C, Monel, Tântalo, Duranickel. Também podem ser fornecidos com preparação
especial dos internos para operações com oxigênio e hidrogênio.
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Os corpos (câmara de pressão) são geralmente de aço inoxidável forjado ou de aço carbono
forjado (niquelado ou cadmiado).
O invólucro da eletrônica é normalmente de liga de alumínio alto impacto.
4.2.3 - Fórmulas de cálculo da altura do líquido
a) Para tanque aberto (fig. 24)
∆ P = ρ . h2 . g
∆P
h2 =
ρ. g
Onde:
∆P = P1 - P0
P0 = pressão atmosférica
Fig. 24 - Nível em tanque aberto utilizando transmissor de flange
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4.2.4 - Instalação
Na maioria dos casos é instalado no campo um suporte para tubulação (vertical ou
horizontal).
Seu posicionamento na linha de processos depende quase que exclusivamente da variável
a ser medida. Existem instalações típicas para medições de vazão de líquidos, gases e
vapor. Para medições de nível, devem ser consideradas as colunas de pressão atuantes no
transmissor no momento do seu ajuste e calibração (fig. 26).
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a) Tanque aberto
Span: (x + y + z) . δ1
Elevação de zero: Y . δ1 + Z . δ2
b) Tanque fechado
Span: (x + y + z) . δ1
Elevação de zero: Y . δ1 + Z . δ2
c) Com selagem líquido
Span: (x + y) . δ1
Supressão de zero: d . δ2 - Y . δ1
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Quando o nível do líquido sobe ou desce a pressão interna do tubo aumenta ou diminui
respectivamente acompanhando o nível; esta variação de pressão é sentida pelo
instrumento receptor. Uma coluna de líquido maior requer, maior pressão de ar para que
haja expulsão de bolhas de ar e para colunas menores, pressões menores de ar.
Para termos um bom índice de precisão, é necessário que o fluxo de ar ou gás seja mantido
constante em qualquer situação e para conseguirmos esta condição temos diversas
maneiras, seja pela utilização de orifícios de restrição, válvulas-agulha, rotâmetros com
reguladores de pressão diferencial, borbulhadores reguláveis, entre outros.
As válvulas-agulha e os orifícios de restrição são utilizados por constituírem limitadores de
vazão. Podem ser regulados, no caso das válvulas-agulha, até obter o borbulhamento ideal
e calculado, no caso de orifícios de restrição.
Já o rotâmetro com reguladores de pressão diferencial apresentam ótima precisão, pois,
além de permitirem vazão de ar ou gás, mantêm o fluxo do mesmo constante regulando
permanentemente a queda de pressão à montante e a jusante do rotâmetro.
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A - Materiais
O tubo de medição pode ser executado em qualquer material, de acordo com o fluido a ser
monitorado. Ele poderá ser de aço inox ou aços especiais materiais plásticos como PCV,
teflon, etc.
B - Erros de Calibração
O erro neste tipo de medição é devido somente ao erro do elemento receptor. O sistema
não introduz erros consideráveis desde que convenientemente montado e regulado.
Fig. 28
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No caso de instalação não concêntrica, o valor da capacitância pode ser obtida conforme
figura 30 a seguir.
7,36. K
C= = pF/ft
D 2 − 4b 2
log 10
D. d
D 2 − 4b 2
Deq =
D
A - Princípio de Funcionamento
O medidor por capacitância consiste de uma sonda vertical inserida no vaso no qual se
deseja monitorar o nível. A sonda pode ser isolada ou não e serve como uma das placas do
capacitor. A outra placa é formada pelas paredes do vaso e o fluido comporta-se como
dielétrico. A capacitância é medida através de um circuito em ponte AC, excitado por um
oscilador de alta frequência (500 kHz a 1,5 MHz). Ao variar o nível no interior do vaso,
altera-se as proporções entre o líquido e o vapor. Como a constante dielétrica da maioria
dos líquidos é maior que a dos vapores as variações de nível se traduzem em variações
(quase) lineares de capacitância. Consequentemente, as sondas capacitivas também
podem ser utilizadas para detectar a interface de líquidos com constantes dielétricas (K)
distintas. A figura 31 ilustra a instalação de uma sonda capacitiva para medição do nível de
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um líquido isolante em um vaso com paredes condutoras. É mostrado, também, o circuito
elétrico equivalente.
No circuito, C1 representa a capacitância parasita apresentada, pelo isolador da soda e é
constante. As capacitâncias C2 e C3 representam os efeitos das constantes dielétricas das
fases de vapor e líquido, respectivamente. O valor do resistor R deve ser muito elevado
(tendendo ao infinito) e representa a resistência efetiva entre a sonda e as paredes do vaso.
As condições de pressão e temperatura determinam o tipo de isolador da sonda enquanto
que as condições do fluido (corrosivo ou não) determinam o seu revestimento.
B - Recomendações de Utilização
Para tanques com diâmetros grandes, é preferível que a sonda seja formada por um
condutor central e uma blindagem concêntrica, agindo como a outra placa do capacitor. Isto
aumentará a sensibilidade (∆C/∆L) da sonda, além de possibilitar também a utilização na
medição, aumentando a precisão. Essa configuração também é utilizada quando a parede
do vaso não é condutora.
Se o fluido for condutor, uma corrente fluirá entre as placas do capacitor prejudicando a
precisão. Sondas com revestimento total de Teflon ou material isolante similar deverão ser
utilizados. Neste caso, o revestimento da sonda é o dielétrico, enquanto que o fluido
comporta-se como a outra placa do capacitor. A figura 32 mostra sondas com revestimentos
isolante.
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S = sonda
i = isolador
V = vaso 1 - Cabeçote
Ce = C1 + C2 + C3 2 - Sonda
3 - Placa externa
0.0242Ka(L − 1) 0,0242Kpl
= C1 + + 4 - Placa interna
log10 A/ B log10 A/ B 5 - Revestimento
As sondas capacitivas com revestimento podem também ser utilizadas quando o fluido for
corrosivo. A figura 33 ilustra este tipo de sondas, seu circuito equivalente e a capacitância
efetiva.
C 2C 4 C3 C5
Ce = C1 + +
C2 + C4 C3 + C 5
Para tanques com alturas elevadas (acima de 3m), a sonda pode consistir de um cabo de
aço isolado ancorado ao fundo. Sondas montadas horizontalmente possuem uma precisão
maior e são adequadas para detecção pontual de nível ou interface líquido-líquido-vapor ou
sólido-vapor.
A utilização das sondas capacitivas apresentam, por outro lado, alguns inconvenientes:
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• A temperatura do material altera a constante dielétrica. Um vapor típico do coeficiente de
temperatura é - 0,1% / ºC. Portanto se é prevista a variação de temperatura do material,
deve-se dotar o sistema de medição com um compensador automático de temperatura.
• A composição química e física do material ou alteração de sua estrutura pode afetar a
constante dielétrica. Este efeito é mais pronunciado nas aplicações com sólidos onde a
granulometria das partículas e o seu volume específico (m3/kg) afetam a constante
dielétrica.
• Em aplicações com líquidos condutivos viscosos, é possível que o material incruste na
superfície da sonda. Em uma redução de nível a camada aderida à superfície acarreta
um erro de medida, já que o instrumento indicará o nível anterior à redução. Nesse caso
utiliza-se sistema com proteção contra incrustação.
Polpas condutores de baixa fluidez, por exemplo, que são freqüentes nas aplicações da
indústria alimentícia (mostarda, coalhada, massa de tomate, etc.), formam uma camada
sobre a sonda que escoa com dificuldade e impede a medição do nível, até que a camada
tenha diminuído de espessura, de forma a tornar a sua resistência elétrica ao longo do
comprimento da sonda, e através do líquido até a parede do reservatório, menor ou no
máximo igual à reatância capacitiva.
• A presença de bolhas de ar ou espuma na superfície do líquido pode acarretar indicações
falsas.
• A interface entre dois líquidos condutores não pode ser detectada por esse tipo.
• A contaminação do fluido com água afeta bastante a constante dielétrica, alterando a
indicação, devido à elevada constante dielétrica da água. Outro problema é a
contaminação do isolamento da sonda com umidade.
Esta contaminação é especialmente problemática com certos líquidos ou polpas (pastas)
condutoras.
Assim, líquidos como ácido clorídrico e soluções de cloretos (água do mar) formam um fino
filme condutor contínuo na superfície do isolamento, que por sua resistência relativamente
baixa, altera totalmente as características elétricas da sonda capacitiva de detecção.
Tabela 1 - Constante dielétricas de vários materiais
Sólidos
Material K Material K
Ácido acético 4,1 Fenol 4,3
Asbestos 4,8 Polietileno 4,5
Asfalto 2,7 Polipropileno 1,5
Baquelite 5,0 Porcelana 5,7
Carbonato de Cálcio 9,1 Quartzo 4,3
Celulose 3,9 Borracha 3,0
Óxido de ferro 14,2 Areia 3,5
Vidro 3,7 Enxofre 3,4
Óxido de chumbo 25,9 Açúcar 3,0
Óxido de magnésio 9,7 Uréia 3,5
Naftaleno 2,5 Sulfato de zinco 8,2
Nylon 45,0 Teflon 2,0
Papel 2,0
Líquidos
Material Temp.(ºC) K K Temp.(ºC) K
Acetona 22 21,4 Heptano 20 1,9
Amônia -32 22,4 hexano 20 1,9
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Anilina 0 7,8 Ácido clorídrico 28 4,6
Benzeno 20 2,3 Iodo 107 118,0
Benzila 94 13,0 Querosene 21 1,8
Bromo 20 3,1 Metanol 25 33,6
Butano -1 1,4 Álcool metílico 20 33,1
Tetracloreto de carbono 20 2,2 Éter metílico 26 5,0
Óleo de rícino 16 4,7 Óleo mineral 27 2,1
Cloro 0 2,0 Naftaleno 20 2,5
Clorofórmio 0 5,5 Octano 20 2,0
Cumeno 20 2,4 Pentano 20 1,8
Ciclohexano 20 2,0 Fenol 48 9,9
Dimetil-heptano 20 1,9 Fosgênio 0 4,7
Dinetilpentano 20 1,9 Propano 0 1,6
Dowtherm 21 3,3 Piridina 20 12,5
Etanol 25 24,3 Estireno 25 2,4
Acetona etila 20 6,4 Enxofre 400 3,4
Etilbenzeno 20 2,5 Tolueno 20 2,4
Cloreto de etileno 20 10,5 Uretano 23 3,2
Éter etílico 20 4,3 Éter vinílico 20 3,9
Etilbenzeno 24 3,0 Água 20 80,0
Ácido fórmico 16 58,5 Água 0 88,0
Freon 12 21 2,4 Água 100 48,0
Glicol 20 41,2 Xileno 20 2,4
A - Geração do ultra-som
As ondas de ultra-som são geradas pela excitação elétrica de materiais piezelétricos.
A característica marcante desses materiais é a produção de um deslocamento quando
aplicamos uma tensão. Assim sendo, eles podem ser usados como geradores de ultra-som,
compondo, portanto, os transmissores.
Inversamente, quando se aplica uma força em um material piezelétrico, resulta o
aparecimento de uma tensão no seu terminal elétrico. Nesta modalidade, o material
piezelétrico é usado como receptor de ultra-som.
Pela sua estabilidade, o quartzo cultivado é um dos materiais mais recomendados para
fabricação do sensor transdutor.
A excitação destes transdutores pode ser realizada de três maneiras:
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a) Pulso: a excitação de pulso consiste em excitar o transdutor com pulsos que podem
atingir uma tensão acima de 500V e com a duração de alguns nanosegundos. A
frequência de repetição dos pulsos é da ordem de 300 a 1000 kHz.
1 - Material Piezoelétrico
Fig. 34 - Geração de ultra-som
Quando uma onda ultra-sônica, que se propaga em um meio, incide sobre a interface de
duas substâncias de densidades diferentes, faz surgir duas ondas emergentes: uma onda
ultra-sônica proveniente da reflexão nessa interface (onda refletida) e outra proveniente da
mudança de meio de propagação, denominada onda refratada (ver figura 36). Cada
interface refletirá de forma diferente conforme esquematizado na figura 37.
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Fig. 36 - Reflexão e refração da onda ultra-sônica Fig. 37 - Diferentes meios resultam em diferentes
reflexões
O tipo de instalação A prevê dois transdutores, um para emissão e outro para recepção,
montados em receptáculos distintos. Neste caso, a onda é gerada no ar, propagando-se até
a interface ar-líquido, onde ocorre a reflexão, para depois a onda refletida ser recebida no
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cristal receptor. A medição contínua do nível de líquido se faz de uma maneira indireta, uma
vez que todo o percurso da onda é realizado no meio ar.
Em B o transdutor gera um trem de pulsos (“burst”) ultra-sônico e, enquanto a energia
acústica é gerada, o receptor está desativado.
O emissor e o receptor estando num único receptáculo, faz-se necessário a ativação do
receptor após a emissão do trem de ondas, visando à detecção do eco. A montagem da
unidade emissão/recepção no meio gasoso traz a vantagem de se evitar o contato com o
fluido do processo; em contrapartida, apresenta a desvantagem de transferir para o meio
gasoso uma parcela maior de sua energia.
Nas aplicações para medição de nível de líquidos, a direção do ângulo de incidência deve
ser de ± 2º em relação à vertical. Na instalação C, o tempo de eco ultra-sônico indica
diretamente o nível do produto.
A unidade pode ainda ser montada externamente ao vaso (situação D), apresentando a
vantagem adicional da não necessidade, de vazar o equipamento.
As instalações C e D discutidas neste sub-item são aplicáveis à detecção de nível de
líquidos limpos, enquanto os esquemas A e B podem ser usados também para medir níveis
de sólidos.
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Fig. 39
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Para silos pequenos podem ser usadas células de carga que são deformadas por tração,
sendo neste caso o silo suspenso por uma única célula, eliminando-se o problema de
distribuição de carga.
Os sistemas de medição de nível através de pesagem exigem que o silo seja fisicamente
isolado da estrutura do prédio, evitando, desta forma, que forças estranhas sejam aplicadas
às células de carga, introduzindo erros na medição.
Algumas alterações do projeto estrutural do prédio poderão ser necessárias, uma vez que o
peso do silo não está mais distribuído em uma estrutura de sustentação, mas, sim,
concentrando em pontos onde serão instaladas as células de carga. Os sistemas de
enchimento e esvaziamento do silo deverão ser cuidadosamente projetados tendo em vista
minimizar sua interferência no sistema de medição. Deve ser evitada a instalação de
vibradores, motores e outras fontes de vibração em contato direto com o silo. Em silos mais
altos ou instalados em local sujeito a vibrações excessiva, recomenda-se a colocação de
barras estabilizadoras nas laterais do silo para absorver os eventuais esforços horizontais
que tendam a desequilibrar o silo prejudicando o desempenho do sistema.
4.8 - Medição de Nível de Sólidos
O aparecimento de modernas plantas com processos que exigem o manuseio de materiais
sólidos granulados com melhor monitoração e/ou controle vem pressionando os fabricantes
de instrumentos de medição a desenvolver/melhorar as técnicas de medição dessa variável
onde as tecnologias convencionais não se aplicam.
Hoje, encontramos no mercado vários tipos de dispositivos eletromecânicos, eletrônicos,
sônicos ou nucleares para atender às diversas situações, nas quais é necessário o controle
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do volume ou massa de sólidos armazenados em silos, depósitos de compensação e
sistemas de dosagem. Embora alguns deles tenham aplicação quase que universal com
ótimos resultados, perdem lugar devido a seu custo elevado, para dispositivos mais simples,
menos precisos, desde que estes atendam satisfatoriamente aos requisitos do processo e
às condições físicas para a sua instalação. Para a seleção do dispositivo mais adequado
para cada caso, torna-se imprescindível o conhecimento do funcionamento e das limitações
dos diversos tipos de transdutores existentes, devendo ser considerados ainda aos fatores,
tais como: material estocado; geometria e estrutura do silo; precisão requerida; custo; etc.
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quando o nível atinge um ponto fixo, cujo valor é informado à chave através de ajuste a ela
inteligíveis.
As chaves de nível são capazes de dar como saída somente um dentre dois estados:
energizado e desenergizado. Para cumprirem esta tarefa, as chaves são compostas
basicamente de duas partes: um detetor de nível e um circuito de saída. O detetor se
encarrega de informar ao circuito de saída a presença ou ausência do nível em determinada
posição; e esse circuito, de mudar o estado de saída da chave em função desta informação.
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c) Aplicações
A chave de nível tipo lâmina vibratória distingue-se de outros dispositivos mecânicos e
eletromecânicos pela ausência de partes móveis e pela estanqueidade da chave com
relação ao interior do recipiente, podendo ser utilizada em pressões da ordem de até
10kg/cm2. Normalmente, há limitação de temperatura do meio a ser detectado, de cerca de
80ºC.
A chave de nível tipo lâmina vibratória é utilizada na detecção do nível de sólidos a granel
cuja granulometria, no caso da chave de duas lâminas, não deve exceder a,
aproximadamente, 10mm para evitar que um pedaço maior possa ficar preso entre as
mesmas, impedindo a sua operação. Pela própria construção esta chave de nível é mais
sensível na extremidade das lâminas vibratórias, já que a amplitude da vibração neste ponto
é maior.
d) Instalação
A chave de nível tipo lâmina vibratória poderá, dependendo da configuração em que é
executada, ser instalada lateralmente ou de topo no equipamento (fig. 42), devendo ser
evitados cantos onde possam haver acúmulo de material, bem como aquelas áreas em que
ocorra a queda de material alimentando o silo ou reservatório.
Fig. 42
c) Aplicações
As chaves de nível por admitância são aplicáveis a grande maioria das situações de
medição de nível por ponto não importando ser o produto um líquido, pasta ou sólido
granulado.
d) Cuidados na Instalação
Os sistemas de medição de nível por ponto foram projetados para montagem em campo.
Entretanto, eles devem ser montados no tanque de forma que vibrações, atmosféricas
corrosivas e quaisquer efeitos por danos mecânicos sejam minimizados.
Caso não seja possível, deve-se instalar sistema com eletrônica remota.
Não existe restrição para montagem vertical ou horizontal desde que especificado o sensor
adequado. Entretanto para serviços em grânulos eletricamente isolantes, recomenda-se a
montagem com orientação a 45º graus da parede do tanque. Como os sistemas são
fabricados com elemento contra incrustação (cote-shield) incorporado ao sensor, deve-se
atentar a fato de que quando de sua instalação, o primeiro isolamento (isola o cote-shield
da rosca de montagem) deve ter seu comprimento superior ao do pescoço da montagem.
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EXERCÍCIOS DE NÍVEL
a- Água pura
c- Areia
2) Quais os cuidados que devem ser tomados para instalar medidores de nível (por
diferença de pressão) em tanques fechados ?
3) No reservatório abaixo, qual deve ser a faixa de medição (em pressão) do transmissor de
nível ?
5) Quais tipos de medidores de nível poderiam ser utilizados em reservatórios para sólidos
(Cal, minério, areia, grãos...) ?
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