Contabilidade para Nao Contadores
Contabilidade para Nao Contadores
Contabilidade para Nao Contadores
SUMRIO OBJETIVOS DO CURSO..................................................................................................... 2 UTILIZAO DA CONTABILIDADE............................................................................... 2 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE.................................................................................. 2 USURIOS DA CONTABILIDADE................................................................................... 3 INFORMAES PRESTADAS PELA CONTABILIDADE...............................................3 CONCEITO DE CONTABILIDADE....................................................................................5 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE.................................................6 PATRIMNIO DAS EMPRESAS........................................................................................7 EXERCCIOS.......................................................................................................................10 REGISTROS CONTBEIS.................................................................................................11 PLANO DE CONTAS..........................................................................................................11 MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS.........................................................................13 EXERCCIOS.......................................................................................................................14 BALANO PATRIMONIAL...............................................................................................16 EXERCCIO.........................................................................................................................27 DEMONSTRAO DOS RESULTADOS DO EXERCCIO............................................29 PRINCPIO DA COMPETNCIA.......................................................................................30 EXERCCIO.........................................................................................................................32 SEGREGAO DAS CONTAS CONTBEIS..................................................................34 DEPRECIAO DE ATIVOS.............................................................................................34 LIVROS............................................................................................................................... 38 EXERCCIO.........................................................................................................................39 CONJUNTO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS.....................................................44 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL.........................................................48 EXERCCIO.........................................................................................................................51 GESTO DOS NEGCIOS ATRAVS DA CONTABILIDADE.....................................51 TCNICAS DE ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS..............................52 EXERCCIOS.......................................................................................................................55 RECOMENDAES PARA UMA BOA ANLISE..........................................................59 MODELO DE RELATRIO DE ANLISE.......................................................................61 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................................64 1 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
OBJETIVOS DO CURSO
DELIMITAO DO ASSUNTO Por conta da complexidade que exigiria a dedicao de um espao exclusivo, deixaremos de abordar aspectos relacionados s esferas fiscal e societria.
Olharemos para a contabilidade, sobretudo, como um instrumento para gesto dos negcios.
UTILIZAO DA CONTABILIDADE
Avaliao de performance: comportamento das vendas; Avaliao de risco de negcio: aquisio de empresas / abertura de conta bancria pessoal. Continuidade: perspectiva futura para o negcio / evento subseqente.
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
O principal objetivo da contabilidade, o de permitir, a cada grupo de usurios, a avaliao da situao econmica e financeira da entidade, num sentido esttico, bem como fazer inferncias sobre suas tendncias futuras.
USURIOS DA CONTABILIDADE
Toda pessoa fsica ou jurdica que tenha interesse na avaliao da situao e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidades no lucrativas, ou mesmo patrimnio familiar.
EXEMPLOS DE USURIOS:
A.
As informaes de natureza econmica devem ser sempre entendidas dentro da viso que a Contabilidade tem do que seja econmico e no, necessariamente, do tratamento que a Economia daria ao mesmo fenmeno; em largos traos, podemos afirmar que os fluxos de receitas e despesas, bem como o capital e o patrimnio lquido, em geral, so dimenses econmicas da Contabilidade, ao passo que os fluxos de caixa, de capital de giro, por exemplo, caracterizam a dimenso financeira.
Exemplo: Bons lucros e expanso atraem os estrangeiros O que vem atraindo a ateno de instituies financeiras internacionais que buscam melhorar seu posicionamento no mercado bancrio brasileiro a expanso que o setor vem tendo e sua alta lucratividade... ... ... Folha de So Paulo, 11 de maio de 2006 Caderno Dinheiro.
B.
Constitui um importante desdobramento dentro da evoluo da teoria dos sistemas contbeis, pois as mais recentes pesquisas sobre evoluo de empreendimentos tm revelado que um bom sistema de informao e avaliao no pode repousar apenas em valores monetrios, mas dever incluir, na medida do possvel, mensuraes de natureza fsica, tais como: quantidades geradas de produto ou servios, nmero de depositantes em estabelecimentos bancrios e outras que possam permitir melhor inferncia da evoluo do empreendimento por parte do usurio.
Exemplo: O nmero de clientes de internet banking aumentou 49,7% em 2005, chegando a 26,3 milhes, segundo dados da Federao Brasileira de Bancos (Febraban), divulgados nesta quarta-feira (10/05). O dado faz parte de balano sobre o mercado bancrio. Em 2005, foram 35 bilhes de transaes. Desta, 5,8 bilhes foram realizadas pela internet, que representou 16,5% do total. Segundo a Febraban, havia 68 milhes de cartes de crditos em 2005, que realizaram 1,7 bilho de transaes e 129 bilhes de pagamentos. A rede de agncias passou de 98,7 mil para 123,9 mil, um crescimento de 25,6% em comparao a 2004. Portal de notcias UOL maio de 2006. 4 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
C.
Compreende a utilizao mista de conceitos valorativos (financeiros no sentido restrito) e quantitativos (fsicos no sentido restrito), como, por exemplo: receita bruta per capita, depsitos por cliente, etc.
As informaes de natureza econmica e financeira, ainda assim, constituem o ncleo central da Contabilidade. O sistema de informao, todavia, deveria se capaz de, com mnimo custo, suprir as dimenses fsicas e de produtividade. Na evidenciao principal (demonstraes contbeis publicadas), todavia, as dimenses fsicas e de produtividade tem carter acessrio.
CONCEITO DE CONTABILIDADE
a cincia social que visa ao registro e ao controle dos atos e fatos econmicos, financeiros e administrativos das entidades.
um sistema de informao e avaliao destinado a prover seus usurios com demonstraes e anlises de natureza econmica, financeira, fsica e de produtividade, com relao entidade objeto de contabilizao.
ATOS CONTBEIS - so acontecimentos que no alteram o patrimnio, por isso, no so registrados nos livros contbeis. Ex: contratos, avais, fianas, oramentos,etc
FATOS CONTBEIS - Fato contbil aquele que provoca modificao no Patrimnio da entidade, sendo, por isso, objeto de contabilizao atravs de conta patrimonial ou conta de resultado, podendo ou no alterar o Patrimnio Lquido.
Os princpios fundamentais de contabilidade so regras, doutrinas e teoria que a profisso contbil utiliza para fixar padres de comparao e de credibilidade em funo do
reconhecimento dos critrios adotados para a elaborao das demonstraes financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilitam a adequada interpretao entre empresas e profissionais contbeis. O Conselho Federal de Contabilidade, atravs da Resoluo n 750/93, determinou os seguintes Princpios Fundamentais de Contabilidade: Entidade; Continuidade; Oportunidade; Registro pelo Valor Original; Atualizao Monetria; Competncia; Prudncia. Principio da Entidade: A Contabilidade deve ter plena distino e separao entre pessoa fsica e pessoa jurdica. Enfim, o patrimnio da empresa jamais se confunde com o dos seus scios.
Principio da Continuidade: O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta circunstncia.
Principio da Oportunidade: Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variaes patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos fsicos e monetrios. A integridade dos registros de fundamental importncia para a anlise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contbeis devem ser registrados. 6 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
Principio do Registro pelo Valor Original: Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valore originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da entidade.
Principio da Atualizao Monetria: Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.
Principio da Competncia: As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
Principio da Prudncia: Determina a adoo do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido. visa a prudncia na preparao dos registros contbeis, com a adoo de menor valor par os itens do ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de despesa.
PATRIMNIO
Conjunto de bens, direitos de obrigaes de uma entidade. O patrimnio das entidades, corresponde ao objeto da contabilidade.
BENS E DIREITOS
(NATUREZA DEVEDORA)
(NATUREZA CREDORA)
ELEMENTOS PATRIMONIAIS
BENS: So os itens que a empresa possui para satisfazer suas necessidades de troca, consumo ou aplicao e podem ser classificados como: tangveis e intangveis. TANGIVEIS : So bens matrias, concretos, ou seja, so corpreos. INTANGIVEL: So Bens imatrias, abstratos, ou seja, so intangveis. Exemplos de bens:
DIREITOS: a representao do que a empresa tem a receber por conta de uma negociao. Os direitos so facilmente identificados por conta das expresses a receber ou a recuperar 8 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
Exemplos de direitos: Aplicaes financeiras; Duplicatas a receber; Investimentos. CARTER DE ENTRADA (+)
OBRIGAES: So as dvidas ou repasses de responsabilidade da empresa junto a terceiros. A exemplo dos direitos, as obrigaes tambm so facilmente identificadas por contas das expresses a pagar ou a recolher.
PATRIMNIO LQUIDO: Definimos Patrimnio Lquido como o excedente do valor de bens e direitos ao valor das obrigaes.
PL = B + D O
Onde: PL = Patrimnio Lquido; B = Bens; D = Direitos; O = Obrigaes
B BENS
D DIREITOS
O OBRIGAES.
1) Mercadorias em estoque
2) Duplicatas a pagar
3) Emprstimos a pagar
4) Computadores
5) Impostos a recolher
6) Caixa
7) Duplicatas a receber
8) Terrenos
9) Bancos
10) Mveis
B. QUAL O VALOR DO PATRIMNIO LQUIDO DE UMA EMPRESA QUE APRESENTA OS SEGUINTES ELEMENTOS PATRIMONIAIS:
Emprstimo a pagar Terrenos Caixa Duplicatas a receber Mveis Fornecedores Aplicao financeira Salrios a pagar Bancos
REGISTROS CONTBEIS
Dbito corresponde ao aumento de bens ou diretos ou ainda a diminuio de obrigaes. Crdito corresponde diminuio de bens ou direitos ou o aumento de obrigaes.
PLANO DE CONTAS O Plano de Contas o elenco de todas as contas utilizadas pelo contabilista e criado de acordo com a natureza da entidade. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade , o plano de contas a estrutura bsica da escriturao contbil, pois com sua utilizao que se estabelece o banco de dados com informaes para gerao de todos os relatrios e livros contbeis, tais como: Dirio, Razo, Balancete, Balano Patrimonial, Demonstrao de Resultado e Anlises, alm de outros. 11 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
Observadas as regras e explicaes acima, para que sejam estruturadas um Sistema Contbil adequado necessrio um plano de contas que atenda de fato os requisitos da Entidade. Deve-se analisar no apenas o momento atual mas prever como ser o futuro da Entidade, bem como seu possvel crescimento, possveis negociaes com terceiros, tributao, despesas, custos, etc, ou seja, o Plano de Contas dever contemplar nomenclaturas para as mais variadas situaes que necessitem contabilizao. E com o passar do tempo o plano de contas recebem adaptaes necessrias em conformidade com novos negcios ou fatos que possam ocorrer nesta Entidade. De acordo com o Conselho Federal Contabilidade a funo das contas no Plano de Contas tem como objetivo homogeneizar o sistema de escriturao, classificao dos documentos, tratamento e anlise dos resultados e dos fatos contbeis.
Assim, neste modelo, apresentamos um plano de contas de 5 (cinco graus) ou seja, com cinco nveis onde:
1o Nvel (x) - Identifica os Grandes Grupos Ativo, Passivo, Receitas, Despesas e Contas de Apurao. 2o Nvel (x.x) - Identifica os Grupos especficos em que se dividem os grandes grupos. 3o Nvel (x.x.x) - Identifica os subgrupos em que se dividem os grupos. 4o Nvel (x.x.x.x) - Identifica as contas sintticas agregadas das contas analticas que representam os elementos do patrimnio. 5o Nvel (x.x.x.x.x) - Representa as contas ANALTICAS que identificam os bens, direitos, obrigaes, receitas e despesas e o nvel que receber os lanamentos.
O mtodo pressupe que, no registro dos fatos administrativos, para cada dbito, em uma ou mais contas, de determinado valor, corresponder um crdito de igual valor, em uma ou mais contas. Origem: aprimoramento das partidas simples.
Origem
Dbito
Crdito
EXERCCIO PARA FIXAO Com base no exemplo, classificaremos os fatos a seguir, visualizando graficamente seus efeitos para o patrimnio:
Exemplo: Duas pessoas constituem uma empresa, com a entrega de $ 500 em dinheiro por parte de cada uma: ATIVO Bens / Direitos: caixa / banco PASSIVO
1.000
11 1.000
1 Aquisio junto ao banco: Total $ 150.000. Total do Ativo de emprstimo 1.000 do Passivo ATIVO Total do Ativo PASSIVO Total do Passivo
1.000
2 Compra de veculos a prazo: $ 8.000. ATIVO Total do Ativo PASSIVO Total do Passivo
4 Aumento de capital pelos scios: $ 1.000 em dinheiro e $ 2.500 em mquinas. ATIVO PASSIVO
Total do Ativo
6 Compra de material para estoque, metade vista e metade a prazo: $ 600. ATIVO PASSIVO
Total do Ativo
Total do Passivo
BALANO PATRIMONIAL (Estrutura Bsica) ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades, contas a receber PASSIVO CIRCULANTE de Duplicatas e contas a pagar, impostos a
clientes, estoques e outros valores a receber e recolher, emprstimos e financiamentos e a realizar, dentro do prazo de um ano. outras obrigaes, vencveis dentro do prazo de um ano.
normalmente
(empresas e entidades em geral) tenham a (Adiantamento de clientes, por exemplo). seu favor. Exemplo: Duplicatas a receber de longo prazo.
b)
Investimentos:
as
participaes
classificveis no ativo circulante, e que no se destinem manuteno da atividade da companhia ou da empresa. Exemplo: Obras de arte; Participaes em outras empresas; etc
manuteno das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operaes que 16 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
transfiram companhia os benefcios, riscos e controle desses bens d) Intangvel: os direitos que tenham por objeto
bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido.
PATRIMNIO LQUIDO Valor das entradas de capital, mais as reservas originrias de lucros retidos, alm de estatutrias e outras que se fazer relevante.
a) Para indicar a condio caracterstica quando da transformao dos bens, direitos e obrigaes em moeda, para o ativo e passivo; b) Para indicar o momento da ocorrncia dos eventos econmicos para as despesas e receitas.
Assim um ativo realizado quando realizado quando recebido ou transformado em dinheiro e um passivo , quando pago ou obrigao que representa liquidada. Uma receita, por sua vez, realizada ao considerar-se que foi efetuada a sua transmisso para a outra parte e ao ser reconhecida pela entidade como direito, independente de seu
recebimento. Uma despesa realizada quando a entidade reconhece a aceitao do servio por ela prestada.
dentro de um perfil mnimo de vencimento, convencionou-se considerar que os ativos circulantes so os bens e direitos realizveis at um ano aps a data de encerramento do balano. Todos os bens e direitos no permanentes, cujo vencimento ou expectativa de realizao seja superior a um ano da data de encerramento do balano so considerados de longo prazo. O mesmo conceito aplicado ao passivo: obrigaes vencveis dentro de um ano da data do balano so classificadas como passivo circulante e todas as obrigaes vencveis ou com expectativa de pagamento superior a um ano da data do balano so classificadas como exigvel em longo prazo.
Data do balano
Longo prazo
os elementos do ativo
devem ser dispostos em ordem decrescente de grau de liquidez ou realizao. Realizao, neste caso, significa a transformao do ativo em moeda corrente; assim, os ativos que se transformam mais rapidamente em dinheiro devem ser apresentados em primeiro lugar. Essa a razo das contas de caixa e bancos (disponibilidades) aparecerem em primeiro lugar no ativo circulante, assim como o prprio ativo circulante e apresentado antes do realizvel a longo prazo. Desse modo, os ativos so apresentados na melhor ordem, obedecendo ao grau de liquidez. Logo a seguir s disponibilidades, vem as aplicaes financeiras de curtssimo prazo, depois os valores a receber, as demais aplicaes financeiras, e assim sucessivamente.
Ativos no circulante:
ativos circulantes e no circulantes. Consideram-se ativos imobilizados (ou ativos fixos) os bens e direitos adquiridos com a inteno de no-venda, ou seja, para utilizao no desenvolvimento das atividades operacionais da companhia, como imveis operacionais, mquinas, equipamentos, instalaes, veculos, moveis e etc, para os itens exemplificados atribumos a classificao de imobilizado. Nesse grupo (no circulante) incluem-se os investimentos em outras empresas, adquiridos em carter de permanncia. Outro tipo de ativos no circulantes so as despesas extraordinrias, cujo efeito tem durabilidade maior do que um ano, e so classificadas como diferido. Como exemplo, podemos citar despesas com desenvolvimento tecnolgico, despesas pr-operacionais, despesas com sistemas e softwares etc. A definio de classificar no permanente feita no momento de sua aquisio ou construo. Se a empresa entende que o bem ou direito no ser objeto de revenda, que no h essa inteno preliminar e bsica, o elemento patrimonial ser classificado como no circulante.
contabilidade societria: os ativos so avaliados pelo custo. A regra genrica que somente se avaliar por um preo diferente do custo, um preo de mercado, caso este seja menor que o custo. Isto significa que outros critrios de avaliao no so considerados pela contabilidade tradicional.
LEITURA FUNDAMENTAL.
Resoluo CFC 750/93 PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL. Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da ENTIDADE. Pargrafo nico. Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta: I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposio destes; II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero ter alterados seus valores extrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposio em elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimnio, inclusive quando da sada deste; ... ... ...
ATIVO CIRCULANTE Caixa e Bancos Aplicaes financeiras Ttulos a receber de clientes (-) Ttulos descontados (-) Crditos de liquidao duvidosa
PASSIVO CIRCULANTE Ttulos a pagar a fornecedores Impostos a recolher sobre mercadorias Impostos a recolher sobre os lucros Salrios e encargos a pagar Contas a pagar
Estoques (mercadorias, materiais, produtos em Adiantamento de clientes elaborao, produtos acabados) Adiantamentos a fornecedores Emprstimos e financiamentos Participaes a pagar
Outros crditos (impostos a recuperar, outros Dividendos e lucros a distribuir valores a recuperar) Despesas do exerccio seguinte ATIVO NO CIRCULANTE REALIZVEL A LONGO PRAZO Ttulos a receber Crditos com empresas ligadas Ttulos mobilirios Investimentos temporrios INVESTIMENTOS Investimentos em outras empresas PATRIMNIO LQUIDO Capital social Reservas de capital IMOBILIZADO Imobilizado (-) depreciao acumulada Reservas de lucros + / - Ajuste de Avaliao Patrimonial - Aes / Quotas em tesouraria - Prejuzos acumulados INTANGIVEL (-) amortizao acumulada TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO PASSIVO NO CIRCULANTE EXIGIVEL A LONGO PRAZO Emprstimos e financiamentos Impostos financiados Mtuos de coligadas e controladas
ATIVO CIRCULANTE
CONTEDO
CRITRIO DE AVALIAO
Caixa e Bancos
Aplicaes financeiras
aplicado
mais
juros
Contas a receber de clientes Duplicatas a receber de Valor nominal das duplicatas. clientes por vendas a prazo. (-) Proviso para devedores Estimativa das provveis Percentual mdio histrico de duvidosos perdas com as contas perdas e/ou critrio fiscal para fins de imposto de renda. ou e saques Valor nominal das duplicatas ou recebidos saques.
antecipadamente Estoque de materiais Estoque de materiais diretos Custo (matrias-primas, de aquisio menos
componentes, embalagens) preo mdio ponderado ou critrio e materiais de consumo PEPS (manuteno e escritrio) (-) Proviso retificadora Primeiro a Entrar,
Estoque de materiais em Estoques em elaborao, Custo real/histrico de fabricao processo Estoque de semi-acabados. produtos Estoques de no estgio produtos Custo real/histrico de fabricao 22 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
acabado.
Saldos recuperar
credores de
ou
diretos ou indiretos Despesas seguinte do exerccio Despesas antecipadamente competncia futura pagas Valor da despesa a ser lanada na de competncia seguinte.
CONTEDO
CRITRIO DE AVALIAO
Depsitos espontneos
compulsrios para contenciosos. Incentivos fiscais. Crditos obtidos legislao. fiscais Valor nominal deduzido das
CONTEDO
CRITRIO DE AVALIAO
Investimentos
Aes de outras empresas Valor de custo ou valor patrimonial (controladas, coligadas). equivalente na data do balano.
(coligadas / controladas). Imobilizado bruto Bens e direitos adquiridos em Custo de aquisio menos impostos carter de permanncia recuperveis, corrigidos monetariamente at 31.12.95. Imveis, mquinas, Bens ligados s atividades Custo de aquisio menos impostos equipamentos operacionais recuperveis, corrigidos monetariamente at 31.12.95. Outros imobilizados Outros bens permanentes Custo de aquisio menos impostos recuperveis, corrigidos monetariamente at 31.12.95. INTANGVEL So direitos que tenham por Diferena entre o valor da avaliao a objeto bens incorpreos preos de mercado (-) o valor contbil
destinados manuteno da corrigido. companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio software
adquirido.Exemplo:
adquirido, Marcas adquiridas. (-) Depreciao Perda estimada de valor dos Aplicao das taxas de depreciao bens por desgaste e anuais sobre o valor corrigido/reavaliado dos bens.
acumulada
obsolescncia Diferido
Despesas que contribuem para Custo corrigido at 31.12.95, menos mais de um perodo amortizao at a data do balano.
PASSIVO CIRCULANTE
CONTEDO
CRITRIO DE AVALIAO
Fornecedores
Duplicatas
pagar
fornecedores por compras a em moeda estrangeira, atualizado prazo / faturas a pagar a monetariamente fornecedores do exterior balano. at a data do
Salrios e encargos a Vencimentos dos empregados Valor das remuneraes pagar ainda no quitados Encargos legais a recolher Valor nominal dos encargos a (INSS, FGTS) recolher.
Proviso de encargos salariais Valor dos duodcimos calculados a pagar em cima dos salrios na data do balano. Frias / dcimo terceiro Impostos a recolher s/ Valor mercadoria dos impostos apurados Data do balano e Valor das guias, corrigidas por a indexador legal, mais multa e juros, em caso de atraso. dos impostos apurados e Valor das guias, corrigidas por a indexador legal, mais multa e juros, em caso de atraso. recebido Valor nominal dos adiantamentos
contribuies vencer
contribuies vencer
Adiantamento clientes
de Valor
Emprstimos
Emprstimos e financiamentos Valor atualizado monetariamente, bancrios ou de mutuo mais juros devidos at a data do balano.
Dividendos a pagar
Valor
destinado
Valor
nominal
(corrigido,
caso
esteja estabelecido)
CONTEDO
CRITRIO DE AVALIAO
Emprstimos e financiamentos Valor atualizado monetariamente, bancrios ou de mtuo. mais juros devidos at a data do balano
PATRIMNIO LQUIDO
CONTEDO
CRITRIO DE AVALIAO
Capital social
Entradas e aumentos de capital Valor das entradas e dos aumentos at a data do balano. de capital corrigidos
monetariamente at 31.12.95 Reservas de capital Incentivos governamentais, (doaes) Valor corrigido monetariamente at gio na 31.12.95
subscrio de capital Reserva de reavaliao Contrapartida das reavaliaes Valor corrigido monetariamente at contabilizadas no imobilizado 31.12.95 diminudo das reavaliaes realizadas. Reservas de lucros Lucros acumulados, no Valor corrigido monetariamente at
capitalizados ou distribudos, 31.12.95 reservados Lucros acumulados Lucros acumulados espera de Valor corrigido monetariamente at destinao 31.12.95
A partir do conhecimento dos elementos que compem o patrimnio da empresa, bem como da estrutura do BP Balano Patrimonial, monte o mesmo considerando as informaes abaixo:
Estoques Capital social Emprstimos e financiamentos Investimentos temporrios lp Contas a pagar Caixa e Bancos Terrenos Adiantamentos a fornecedores Salrios e encargos a pagar (-) Depreciao acumulada Lucros e prejuzos acumulados Emprstimos e financiamentos lp Aplicaes financeiras Ttulos a receber de clientes Edificaes Veculos
1.332; 9.800; 2.565; 1.956; 543; 2.009; 4.574; 333; 765; 2.508; 1.555; 899; 2.122; 854; 5.012; 443;
PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE
NO
PASSIVO NO CIRCULANTE
PATRIMONIO LQUIDO
TOTAL DO ATIVO
TOTAL DO PASSIVO
A informao meramente quantitativa do resultado de um perodo no o bastante para concluses na esfera da gesto empresarial; to ou mais importante do que saber quanto foi ganho saber como foi ganho.
O resultado das atividades resulta de uma grande variedade de eventos econmicos, cada um com seu processo de gerao de ganho ou perda. necessrio identificar todos os tipos relevantes de eventos econmicos que produzem resultados e classific-los de acordo com sua natureza, para que seja possvel prover as administraes de instrumentos de anlise e planejamento de aes futuras.
A partir do conhecimento das receitas e despesas ao final de um dado perodo, podemos estruturar a Demonstrao dos Resultados. Abaixo esto identificadas as principais atividades geradoras de lucro de uma empresa:
obtido
na
compra
venda e mercadorias ou servios, que a diferena entre o valor das vendas e os impostos incidentes sobre elas, deduzidos de seus custos de aquisio;
corresponde
ao
lucro bsico das operaes de compra/produo/venda, diminuindo do lucro bruto os gastos com os setores administrativos e comerciais;
atividades
no
relacionadas especialidade da empresa (atividade-fim) devem ser segregadas dos resultados operacionais, pois tm uma administrao alheia as operaes principais;
linha
final
da
demonstrao do resultado que mostra o efeito de ganho ou perda em um dado 29 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
perodo de tempo, precedida da retirada de impostos no caso de perodo com lucro. LEITURA FUNDAMENTAL.
Resoluo CFC 750/93 e 1282/10 PRINCPIO DA COMPETNCIA. "Artigo 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas."
Vendas Brutas (com impostos) (-) Impostos e contribuies sobre Vendas (=) Vendas Lquidas
XXXX
X.XXX
(-) Despesas Operacionais Comisses s/ Vendas Despesas Administrativas (X.XXX) (X.XXX) (X.XXX)
X.XXX (XXX)
X.XXX
1. Qual o valor das vendas brutas e tambm do lucro do exerccio, a partir das informaes abaixo:
Custo da mercadoria vendida: Despesas financeiras: Impostos s/ o lucro Despesas administrativas Lucro bruto Receitas financeiras Comisses s/ vendas Lucro antes dos impostos Impostos sobre vendas Lucro operacional Total de despesas operacionais Estoques Vendas lquidas
60.000; 770; 475; 1.150; 4.990; 250; 1.340; 1.980; 2.010; 2.500; 2.490; 49.332; 64.990;
Vendas Brutas (com impostos) (-) Impostos e contribuies sobre Vendas (=) Vendas Lquidas
CONTAS PATRIMONIAIS:
CONTAS DE RESULTADO:
DEFINIO o registro contbil da diminuio do valor de bens do ativo imobilizado, resultante do desgaste pelo uso, pela ao da natureza ou pela obsolescncia.
Ilustrao da depreciao:
Depreciao - $ 65.000
Despesa na competncia
Despesa na competncia
VALOR RESIDUAL o valor do bem imobilizado diminudo de sua depreciao acumulada: Exemplo: imvel da ilustrao anterior na data 02. valor de aquisio: (-) depreciao acumulada (=) valor residual 500.000 (130.000) 370.000
ATIVO
PASSIVO
500 (65)
435
ATIVO
PASSIVO
500 (130)
370
500 (500)
Nota: As normas internacionais de contabilidade, determinam que a depreciao econmica , ou seja, a depreciao contbil (taxa real de depreciao) deve ser apurada pela empresa (pelo gestor / administrador) , conforme o desgaste e uso real do bem/direito. As taxas de depreciao acima, s tem validade para fins fiscais, ou seja, para fins do Imposto de renda e para a CSLL. Essa nova regra (depreciao contbil) so advindas das normas internacionais, com a Lei 11638/07; essa norma so para as Sociedades Annimas (S/A) e Sociedade de Grande Porte (aquelas que faturarem acima de R$ 300 milhes no exerccio ou tenha um ativo total de R$ 240 milhes no exerccio. Porm o CFC Conselho Federal de Contabilidade, com base na Lei 12.249/10, art.76 e 77, baixou a Res. CFC 1255/09, que determina que todos os contabilizadas devem fazer a contabilidade com base nas normas em destaque nessa norma, ou seja, as normas para as PME Pequenas e Mdias Empresas e essas, por sua vez,, determinam diversas regras das normas internacionais, tal como a depreciao econmica.
LIVROS
Dirio
Todos os registros efetuados no decorrer do exerccio pela, empresa ou entidade, devem ser escriturados em um livro que chamamos de Dirio. Sendo um dos livros obrigatrios para efeitos de registros, e posteriores fiscalizaes pelos rgos competentes, deve seguir algumas formalidades para ser escriturado. Essas formalidades devem ser seguidas, no caso de escriturao manual, antes de comear a serem feitos os registros. Hoje como pode ser impresso este livro j com os seus lanamentos, pode seguir as formalidades da mesma forma, s que aps de impresso. As formalidades so as seguintes: deve ser escriturado em ordem cronolgica de data do lanamento; deve conter numerao das pginas, que nunca podem ser manuscritas; possuir termos de abertura e de encerramento; no podem conter erros, rasuras, borres nos lanamentos; deve ser registrado na repartio competente: para comrcios e indstrias na junta comercial, e sociedades civil em cartrio de registro de ttulos e documentos. deve conter assinatura dos funcionrios destas reparties.
Razo Este livro tem por finalidade informar a movimentao de cada conta escriturada no livro Dirio. Ele seguira a mesma ordem cronolgica que o Livro Dirio. No Razo ser demonstrado em cada folha de seu livro, o movimento de uma determinada conta, sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentao do perodo e o saldo final, sendo devedor ou credor. Para este livro, no existe nenhuma formalidade bsica, seja para a sua escriturao ou para o seu registro. Para a legislao comercial, ele no um livro obrigatrio para as empresas, sendo um livro facultativo, j para os contribuintes do imposto de renda com base no Lucro Real se torna obrigatrio conforme a legislao fiscal. Balancete de Verificao Balancete de Verificao tem a finalidade de identificar os possveis erros aps ter feito os registros no livro dirio e no razo. uma demonstrao facultativa para as empresas ou entidades, e a sua estrutura ter trs colunas, onde na primeira encontra-se saldo inicial da conta, na Segunda a movimentao (a dbito e a crdito) do referido perodo e na terceira, o saldo final da conta. Esses saldos, no Balancete de verificao devem ser iguais, aos do Dirio e Razo.
Existem tambm outros modelos de Balancete que j vem nos software de contabilidade, que tambm so aceitos para serem impressos se a empresa ou entidade preferir cabendo at registro. Exemplo Prtico: A Empresa Y iniciou as atividades em 01 de janeiro de 2003, ter que efetuar a escriturao contbil. No primeiro ms, a empresa realizou as seguintes operaes:
01 - Integralizao de capital no valor de 100.000,00, sendo 30.000 em dinheiro e 70.000 e mveis e utenslios 05 - Abertura de uma c/c no Banco X com depsito inicial de........... 20.000 10 - Compra de um Veculo para uso da empresa sendo no valor de 25.000 sendo 15.000 vista com cheque 0001 e o saldo para 30 dias. 25 - Venda de Servio vista, com depsito no Banco X no valor de 2.500 25 - Venda de Servio a prazo no valor de 2.000 31 - Pagamento de Aluguel com cheque n. 0002 no valor de 600 31 - Pagamento de Conta Telefnica com cheque n. 0003 no valor de 150 31 Pagamento de Energia Eltrica e gua com dinheiro do caixa no valor de 50 31 Contabilizao da folha de salrios e encargos sociais no valor total de 1.220
RAZO
BALANCETE DE VERIFICAO
EMPRESA: PERODO
Y jan/03
BALANCETE DE VERIFICAO
CONTAS
SALDO ANTERIOR
TOTAL
Nota: Todas as empresas / entidades, ou seja, empresrio (antiga firma individual), sociedades tais como LTDA,SCP,S/A,S/S, Cooperativas, Associaes, Fundaes, etc so obrigadas a terem a contabilidade devidamente registrada no Livro Dirio, no Livro Razo, por fora da Lei 10406/02 Cdigo Civil. A nica forma societria que no obrigado a ter contabilidade, com base na lei citada acima, o MEI Microempreendedor Individual. lei.Independente de opo tributaria. No confundir norma civil e contbil com norma fiscal (tributaria).
RESULTADO DO EXERCCIO Alm das variaes patrimoniais observadas atravs do conjunto que compem o patrimnio das empresas Bens, Direitos e Obrigaes, medidas pela aplicao da Equao Fundamental da Contabilidade: PL = B + D O, existem os efeitos provocados pelas atividades praticadas pelas empresas ao longo de cada perodo (exerccio fiscal). Atribumos a estes efeitos o ttulo de Resultado. O Resultado de um exerccio apurado atravs do confronto entre as receitas e despesas ou contas de resultado, gerando lucro quando as receitas forem superiores e prejuzos quando as despesas forem superiores. O processo de apurao consiste em efetuar lanamentos de transferncia dos saldos das receitas e despesas para uma conta temporria chamada ARE Apurao do Resultado do Exerccio. Naturalmente este procedimento gerar escriturao no dirio, razo e a necessidade do levantamento de um novo balancete de verificao. O resultado apurado neste processo, qualquer que seja (lucro ou prejuzo), imediatamente transferido para a conta Lucros/Prejuzos Acumulados no Patrimnio Liquido refletindo, portanto, o aumento ou diminuio na situao patrimonial da empresa.
EXEMPLO DE APURAO DE RESULTADO DO EXERCCIO Procederemos agora a apurao do resultado do exerccio relativo ao exemplo anterior.
RAZO
BALANCETE DE VERIFICAO EMPRESA: PERODO Y jan/03 MOVIMENTAO DEBITO CREDITO SALDO ATUAL DEVEDOR CREDOR
CONTAS
SALDO ANTERIOR
TOTAL
BP Balano Patrimonial Relatrio Obrigatrio; DRE Demonstrao dos Resultados do Exerccio - Relatrio Obrigatrio; DOAR Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos No mais obrigatrio a partir de 2008 Lei 11638/07; DLPA Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados - Relatrio Obrigatrio; DMPL Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido - Relatrio Obrigatrio; DFC Demonstrao dos Fluxos de Caixa - Relatrio Obrigatrio; DVA Demonstrao do Valor Adicionado - Relatrio Obrigatrio apenas para empresas S/A - de capital aberto (aes em bolsa) Lei 11638/07. RA Relatrio da Administrao; NE Notas Explicativas.
MODELOS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS A exceo do Balano Patrimonial e da Demonstrao dos Resultados do Exerccio, apresentaremos a seguir modelos bsicos das demais demonstraes: DOAR
x x x
DMPL: Movimentao Capital Social Saldo inicial Aumento de capital em dinheiro X X Reservas Lucros Acumulados X X Total
Distribuio de dividendos
Saldo final
DFC:
DVA:
considerada com a contabilidade tradicional, que cumpre as exigncias legais atravs de procedimentos e relatrios destinados aos usurios externos. Por conta deste padro entre as contabilidade possvel comparar as empresas dentro de seus segmentos ou mesmo situlas em relao ao mercado como um todo.
Contabilidade Gerencial:
Os usurios internos das empresas, no necessitas especificamente dos relatrios formais, ou legalmente exigidos para avaliao dos negcios. Desta maneira, por conta da liberdade em relao ao que esta estabelecido em termos legais para a contabilidade financeira, a contabilidade gerencial constitui elemento de fundamental importncia no aspecto do controle econmico das entidades e no auxilio para a tomada de deciso.
CONTABILIDADE FINANCEIRA Princpios Fundamentais de Contabilidade; Aspectos Fiscais; Relatrios Padronizados; Escriturao de dados; Controle a posteriori; Moeda Corrente.
CONTABILIDADE GERENCIAL Teorias das Decises; Informaes Ilimitadas; Relatrios Livres; Dados Livres; Dados Ilimitados; Moeda Livre.
Embora apresentem caractersticas diferentes as duas estruturas sustentam o processo decisrio de uma organizao. O atendimento a aspectos formais pela contabilidade financeira, atravs do registro de fatos passados e da elaborao de relatrios padronizados complementado pela flexibilidade oriunda da contabilidade gerencial compondo, assim, o sistema de informao contbil.
A administrao de uma empresa esta pautada em um processo constante de tomada de decises visando, sobretudo, a continuidade das atividades. No basta apenas, como em um passado longnquo, apresentar ao empresrio o lucro obtido em um dado perodo, ou em uma determinada atividade. necessrio, mais do que tudo, avaliar a capacidade de cumprimento de seus compromissos financeiros, a capacidade de produo de bens ou servios, o poder de venda, situar a empresa no mercado, avaliar as perspectivas futuras,
enfim, conhecer todos os elementos capazes de sustentar uma deciso por parte dos administradores, cujo resultado se aproxime ao mximo do nvel desejado.
Todo negcio est exposto a riscos, sendo assim, basear as decises em avaliaes internas e externas, a partir da unio de mtodos e ferramentas das quais a contabilidade dispe, significa minimizar estes riscos e zelar pela continuidade dos negcios.
LEITURA FUNDAMENTAL.
PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE Resoluo CFC 750/93 Art. 1 1 A observncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade obrigatria no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. PRINCPIO DA CONTINUIDADE. Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
Para as prticas ou procedimentos abaixo, aponte qual recurso seria utilizado pelo usurio (contabilidade financeira ou gerencial):
PRTICA / PROCEDIMENTO 1 Administrador medindo desempenho 2 Governo fiscalizando as empresas 3 Sociedade escolhendo as empresas de sua confiana 4 empresrio tomando decises dirias 5 Auditor desenvolvendo seus trabalhos
RECURSO
Gesto, corresponde ao ato de administrar que por sua vez s possvel quando relacionada a algo que conhecemos. Como pode ser possvel administrar algo quando no conhecemos as verdades a respeito dele? Na esfera empresarial no diferente; as decises devem ter como propsitos primordiais, a busca de melhores resultados. O que nos leva a decidir algo visando melhor o nvel de uma atividade o conhecimento de seu desempenho, que somente pode ser medido atravs de um conjunto de procedimentos denominado : Anlise das Demonstraes Financeiras.
A anlise das demonstraes financeiras constitui-se em um processo de meditao sobre os demonstrativos contbeis, a fim de avaliar a situao da empresa em seus aspectos operacionais, econmicos, patrimoniais e financeiros. A avaliao sobre a empresa busca 51 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
analisar o processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. A utilizao de ma srie de clculos matemticos, traduz os demonstrativos financeiros em indicadores, que por sua vez buscam evidenciar as caractersticas dos principais relacionamentos existentes entre os componentes do balano patrimonial. Os efeitos de uma anlise devem contribuir para o gerenciamento da informao contbil, portanto, um meio til e eficaz a utilizao de indicadores que levem a uma comparao em aspectos como:
Perodos passados; Perodos orados; Padres setoriais; Padres internacionais; Padres internos; Concorrentes.
O acompanhamento dos indicadores de forma contnua possibilita apreender situaes de tendncia futura, permitindo aos gestores agirem em relao as suas estratgias.
ANLISE VERTICAL AV Corresponde a participao percentual de cada elemento do balano do demonstrativo em relao ao elemento principal. Para a anlise do balano patrimonial estabeleceu-se como elementos principais a eles atribudos taxa de 100%, o total do ativo e o total do passivo. 52 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
Para a demonstrao de resultados o elemento 100% corresponde ao valor das vendas liquida dos impostos ou tambm chamada de receita operacional lquida. A atribuio como elemento principal para a receita liquida operacional possibilita o conhecimento atravs da anlise da DRE da estrutura de custos e despesas da empresa em relao as suas vendas.
ANLISE HORIZONTAL AH Ao contrrio da AV que mede a relao entre os elementos patrimoniais do mesmo perodo, a anlise horizontal serve para medir o comportamento dos mesmos em relao a outros perodos. Ao assumirmos a taxa de 100% para todos os elementos do perodo base, conseguimos mediar a evoluo ou diminuio de cada um em relao aos demais perodos analisados. Vale lembrar que esta anlise considerada nominal, j que sua base a moeda corrente sem a retirada dos efeitos inflacionrios.
INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS a gerao de um painel bsico de indicadores para complementar a anlise vertical e horizontal. Tais indicadores podem ser tanto de relaes entre elementos do balano patrimonial como de elementos da demonstrao de resultados que se relacionam com o balano. So apresentados em termos de ndices, percentuais ou nmeros absolutos.
AVALIAO FINAL
A avaliao final so as concluses obtidas a partir do conjunto das anlises dos demonstrativos, atravs de um parecer objetivo que apresenta a situao atual da empresa e sobretudo, as tendncias futuras, quando possvel for.
LIQUIDEZ OU CAPACIDADE DE PAGAMENTO Indicador Liquidez Imediata Frmula Disponibilidades / Passivo Circulante Conceito Poder de pagamento de Parmetro Quanto maior,
todo passivo circulante com melhor. recursos de caixa/bancos. Liquidez Corrente Ativo Circulante / Passivo Circulante Poder de pagamento de dividas de curto prazo. Liquidez Seca AC (-) Estoques / Passivo Circulante Poder de pagamento de dvidas de curto prazo via ativos lquidos. Quanto maior, melhor. Quanto maior, melhor.
ESTRUTURA DE CAPITAL Indicador Participao de Capital de Terceiros. Frmula Capital de terceiros / Patrimnio Liquido x 100 Conceito Parmetro
Quanto empresa tomou de Quanto menor, capitais de terceiros em relao ao capital prprio. melhor.
Composio do Endividamento
Imobilizaes do PL
RENTABILIDADE Indicador Giro do Ativo Frmula Receita Operacional Lquida / Ativo Total Margem Lquida Conceito Quanto empresa vendeu em relao ao ativo total Parmetro Quanto maior, melhor.
Lucro / Receita Operacional Lquida x Quanto empresa obtm de Quanto maior, 100 lucro em relao s vendas melhor.
Quanto empresa obtm de Quanto maior, lucro em relao ao ativo total melhor.
Rentabilidade do PL
Lucro / PL x 100
Quanto empresa obtm de Quanto maior, lucro em relao ao capital prprio. melhor.
A partir dos saldos abaixo, monte o BP, DRE e em seguida a AV para os dois relatrios, alm dos clculos dos indicadores (liquidez, estrutura de capital e rentabilidade)
LIQUIDEZ
ESTRUTURA DE CAPITAL
RENTABILIDADE
Provises retificadoras para estoques; Provises para perdas: investimentos, contingncias fiscais e trabalhistas; Proviso para crdito de liquidao duvidosa; Obs.: 1.Esta segurana e fundamental para analistas e usurios da contabilidade; 2.Pea chave: Parecer dos auditores. depsitos em juzo,
PARMETROS BSICOS DE UMA ANLISE: Os ndices de liquidez esto bons ou no? O endividamento aceitvel? O giro do ativo est melhorando? A rentabilidade do capital prprio est dentro da mdia do custo de oportunidade?
QUANTOS INDICADORES SO NECESSRIOS PARA UMA BOA ANLISE? o No h regra. o Depende do grau de profundidade da anlise.
COMO AVALIAR OS INDICADORES? o Pelo significado intrnseco; o Pela comparao dos indicadores no tempo; o Comparao com padres.
Exemplo extrado da obra de MATARAZZO, Dante C., Anlise Financeira de Balanos , 6a Ed Atlas 2003, pginas 252,253 e 254.
NOTA EXTRA: Lei n 12.249/2010 altera Lei de Regncia da Contabilidade e institui Exame de Suficincia No dia 11 de junho de 2010 o presidente Luiz Incio Lula da Silva sancionou a Lei n 12.249. Os Artigos que se referem profisso contbil so os de nmeros 76 e 77. Eles trazem substanciais modificaes ao Decreto-lei n 9.295, de 1946, que criou o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade. Dentre as principais mudanas esto: a) O direito do CFC de emitir as Normas Brasileiras de Contabilidade fica estabelecido na nova lei, incluindo-se a as Normas Internacionais de Contabilidade, adaptadas para o Brasil e emitidas pelo CPC (Comit de Pronunciamentos Contbeis). B) Instituio do Exame de Suficincia para obteno de registro em Conselho Regional de Contabilidade, de forma similar realizada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e qual se submetem os bacharelandos em Direito. c) Curso Tcnico: Validade at 2015 para quem cursar neste perodo tendo que participar do exame de suficincia. c) Aos contabilistas que no seguirem as normas do CFC sero penalizados e at censurados. 63 Autor: Alex Rodrigues de Brito Atualizao: Luiz Fernando S. Fonseca
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial Teoria e Prtica ed. Atlas. So Paulo, 1998.
IUDCIBUS, Srgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades Por Aes ed. Atlas Sexta Edio. So Paulo, 2003.
MATARAZZO, Dante C. Anlise Financeira de Balanos ed. Atlas Sexta Edio. So Paulo,2003.
PADOVANE, Luiz Clvis. Introduo Contabilidade, com abordagem para no contadores ed. Thomson. So Paulo, 2006.
BRASIL, Resoluo CFC 1255 de Dezembro de 2009. Aprova a NBC T 19.41 Contabilidade para pequenas e mdias empresas. BRASIL, Lei 12.249 de 11 de junho de 2010. Altera os dispositivos Decretos-Leis nos 9.295,
de 27 de maio de 1946.
(Lei do contabilista).