Forma Farmacêutica Granulados e Comprimidos para Impressão
Forma Farmacêutica Granulados e Comprimidos para Impressão
Forma Farmacêutica Granulados e Comprimidos para Impressão
Generalidades
Os granulados so, geralmente, constitudos por substncias medicamentosas associadas a acar e/ou outros adjuvantes, apresentando-se formados por aglomerados, cujo conjunto tem aspecto homogneo. Podem constituir um medicamento diretamente administrvel por via oral ou destinarem-se a preparao dos comprimidos. Seus gros so formados por aglomerados de um grande nmero de cristais ou de partculas vegetais, sendo diferenciados dos ps porque, nestes ltimos, os gros so formados por cristais macroscpicos ou partculas vegetais.
Tipos de Preparao
seco; Por fuso (raramente utilizada); mido a mais utilizada sendo elaborado atravs das fases: Mistura das substncias slidas envolvidas; Umidificao da mistura. Passagem da massa formada por um crivo de malha larga; Secagem Calibrao dos gros passando-os por um tamis de malha mais larga que o anterior
Ensaios de granulados
Tempo de desagregao: devem desagregar-se rapidamente em gua aquecida a 37C; teste semelhante feito nos comprimidos. A desagregao proporcional a solubilidade na gua, tamanho dos gros e a umidade; Resistncia: se for excessiva, aumenta o perodo de desagregao e se for pequena fragmenta-se facilmente. Os granulados obtidos com solues aglutinantes so mais resistentes do que os obtidos por simples adio de dissolventes como a gua ou o lcool. Umidade: a umidade excessiva pode ser prejudicial estabilidade do frmaco;
Acondicionamento e conservao
Frascos de vidro; Embalagem de material plstico hermeticamente fechada.
Professora Dra. Rosemary Sousa Cunha Lima Departamento de Farmcia Universidade Estadual da Paraba
Conceito
So preparaes farmacuticas de consistncia slida, forma variada, geralmente cilndrica ou lenticular, obtidas por meio de presso, vrias substncias medicamentosas, secas e podendo ou no encontrar-se envolvidos por revestimentos especiais, sendo denominado comprimidos revestidos.
Conceito (Farm.Bras.V)
Comprimido a forma farmacutica slida contendo uma dose nica de um ou mais princpios ativos, com ou sem excipientes, obtida pela compresso de volumes uniformes de partculas. Pode ser de uma ampla variedade de tamanhos, formatos, apresentar marcaes na superfcie e ser revestido ou no. Abreviatura: comp.
Excipientes
GRANULADOS
Excipientes
COMPRIMIDOS
Cpsulas
Drgeas
Generalidades
Em 1843, Bronckedon registrou, na Inglaterra, uma patente para a obteno de plulas de grafite por presso entre dois punes que recebeu o nome de Tabloids. Em 1865 foi publicada a primeira monografia oficial sobre comprimidos na Farmacopia Britnica. Em 1877, nos Estados Unidos e Alemanha foram registradas uma nova forma farmacutica denominada pastilhas comprimidas compressed tablets. A partir de 1894 foi iniciada a industrializao (Estados Unidos). A partir da Primeira Guerra mundial (1914-1918) seu uso foi difundido.
Vantagens
Preciso de dosagem; Conservao praticamente ilimitada; Rapidez na preparao; Economia atendendo a facilidade de produo e rendimento; Boa apresentao; Fcil deglutio; Reduzido volume.
Desvantagens
Difcil deglutio do comprimidos em idosos e crianas Irritao local da mucosa gstrica (alguns frmacos) Diminuio da biodisponibilidade
Classificao
Quanto a tecnologia de obteno:
Compresso direta Compresso direta com adio de adjuvantes Compresso com granulao prvia Seca mida
Classificao
Quanto utilizao
Dissoluo na boca
Oral
Teraputica
Injetvel ou implantao
Qumico
Meios de diagnstico
Tipos de comprimidos
1. Comprimidos mastigveis (ex.: anticidos e vitaminas) 2. Comprimidos sublinguais (absoro rpida) 3. Comprimidos efervescente (reao: cido ctrico + bicarbonato de sdio em meio aquoso) 4. Comprimidos com multicamadas (incompatibilidade, liberao prolongada, aparncia) 5. Comprimidos revestidos por compresso (incompatibilidade) 6. Comprimidos revestidos com acar (mascarar odor e sabor, mascarar falhas de processamento) 7. Comprimidos revestidos com polmeros 8. Comprimidos com revestimento entrico (liberao do frmaco no intestino)
ADIO DE AGLUTINANTE
MISTURA MIDA
GRANULAO MIDA
SECAGEM
Desintegrvel
Ex.: urotropina, KCl, KBr, Clorato, Dicromato e permanganato de potssio, NH4Cl, NH4I, NaCl, NaBr, Cicrato de sdio, cido brico, Sulfato de zinco.
Deslizantes e promotores de escoamento Derivados da slica Talco Amido de milho Corantes, aromatizantes e edulcorantes Edulcorantes naturais e artificiais Aromas
Diluentes
Tem a finalidade de originarem comprimidos de peso conveniente quando as substncias ativas forem empregadas em pequenas quantidades. Diluentes solveis: lactose, sacarose, cloreto de sdio, manitol etc. Diluentes insolveis: amidos de batata, de araruta, de mandioca, de trigo, de milho, de arroz e de banana; celulose microcristalina, p de cacau, caulino, leite em p; compostos minerais de clcio (carbonato, sulfato, fosfato, citrato), de magnsio(carbonato, xido). Diluentes mistos: So obtidos pela mistura de diluentes solveis com insolveis.
Absorventes
Tem como finalidade: Absorver gua dos extratos; Fixar compostos volteis; Incorporar substncias higroscpicas. Exemplos: amido de trigo, arroz ou mandioca; ps vegetais como alcauz e a altia; lactose, dextrina; xido e carbonato de magnsio; anidrido carbnico entre outros.
Aglutinantes
Permite a compresso de substncias que no apresentem as caractersticas de compressibilidade; Permite empregar com menor fora de compresso na mquina; Deve ser utilizado na menor proporo possvel; Exemplos: sacarose, glicose, lactose, amidos sob a forma de cozimentos, gomas arbica e adraganta; gelatina, polividona ou polivilnilpirrolidona (PVP), pectina, cido algnico e alginatos, derivados de celulose (metilcelulose, etilcelulose, carboximetilceluose sdica), parafina, cido esterico, manteiga de cacau, carbowaxes (polietilenoglicis).
Desagregantes ou desintegrantes
Utilizado para acelerar a dissoluo ou a desagregao dos comprimidos na gua ou nos lquidos do organismo; A desagregao deve ocorrer em um tempo limite previamente estabelecido, de acordo com o princpio ativo em estudo; Fatores que influenciam a velocidade de desagregao: fora de compresso; quantidade e concentrao do aglutinante; quantidade e concentrao do desagregante; solubilidade dos componentes; metodologia de granulao: os granulados mido se desintegram mais lentamente.
Desagregantes (continuao)
Processos de atuao e exemplos:
Inchando em contato com a gua: amidos, p de laminria, pectina, casena, agar-agar, derivados de celulose, etc. Reagindo com a gua ou com o cido clordrico do estmago, promovendo a liberao de gases: carbonatos, bicarbonatos, ps efervescentes, perxidos; Dissolvendo-se na gua e abrindo assim canalculos que facilitam a desagregao dos comprimidos: lactose, glicose, cloreto de sdio etc.
Lubrificantes
So substncias capazes de assegurarem o completo enchimento da matriz e de evitar a aderncia dos ps ao punes da mquina; Agem: Facilitando o deslizamento do granulado do distribuidor para a matriz; Diminuindo a tendncia do produto para aderir aos punes e a matriz, facilitando a ejeo dos comprimidos. Classificam-se em: Deslizantes. Ex: talcos e carbowaxes; Anti-aderentes. Ex. estearatos, gorduras, parafinas etc.
Lubrificantes (continuao)
Em sua maioria, so insolveis em gua e dotados de propriedades hidrfobas, opondo-se a penetrao de gua nos comprimidos; So empregados quase sempre, associaes, utilizando-se lubrificantes dos dois tipos mencionados;
A sua distribuio pode ser executada por dois processos fundamentais: Povilhando-o, manualmente, utilizando um tamis de seda, sobre o granulado seco; Em mquinas misturadoras que revolvem o granulado com o lubrificante, sem que ele fique triturado.
Molhantes
Opem-se a ao provocada pelas propriedades hidrfobas dos lubrificantes, evitando a liberao dos ps, durante a compresso;
A maioria tem propriedades tensoativas, provocando um aumento da velocidade de dasagregao dos comprimidos;
Exemplos: Sulfato de Laurilo e de sdio; Sais de trietanolamina;
Tampes
Utilizados para manter o pH da frmula estvel: fosfatos alcalinos, carbonato de clcio, glicinato de alumnio, trissilicato de magnsio, glicocola, etc.
Corantes
Tem a finalidade de tornar os comprimidos mais atrativos e de identific-los; A colorao azul e vermelho so utilizados mais para comprimidos txicos ou de uso externo. Exemplos de corantes aceitos mundialmente: eritrosina, carmim, xido de ferro, tartrazina, betacaroteno, indigotina, caramelo, dixido de titnio.
Edulcorantes
Utilizados para corrigir o gosto de uma dada preparao. Sua utilizao tem sido considerada no recomendvel por favorecer a utilizao excessiva. Ex: sacarina, ciclamato de sdio e de clcio, aspartame, etc.
Aromatizantes
Tem ao complementar a dos edulcorantes, constituindo-se de essncias, como as de laranja, limo, cereja, hortel, hortel-pimenta etc.
Compresso
a fase de preparao dos comprimidos em que o produto convenientemente preparado submetido a uma presso entre dois punes no interior duma cmara de compresso ou matriz, cujo fundo constitudo por um puno inferior.
Compresso
Compresso Direta
Compresso
Compactao =
compresso + consolidao
Reduo da quantidade de ar - influenciada por diversos fatores, a saber: Cristalinidade - os ps cristalizados no sistema cbico, so mais provveis de se deixar comprimir diretamente; Granulometria - gros de tamanho homogneo e com dimetro compreendidos entre 250 a 2000m, especialmente as superiores a 420m resultam em produtos mais coesos; Plasticidade ou elasticidade das partculas deformam-se, facilitando a compresso; Porosidade quanto mais poroso, mais difcil de compactar; Fora de compresso na maioria dos casos, quanto maior a fora, mais fcil a compresso.
Numa compresso seco, as foras de atrao molecular so responsveis pela adeso das partculas entre si. Segundo Marshall, aps a compresso a atrao entre as molculas aumenta porque as partculas se aproximam. A formao de um comprimido deve-se a diminuio da energia livre de superfcie do p ou granulado, correspondendo a reduo do grau de heterogeneidade do sistema bifsico que passa a apresentar algumas caractersticas de corpos slidos.
Pontes de Hidrognio
Comportamento do Material
Mquinas de excntrico
Presso necessria: 1500 a 2000 kg por cm2, podendo chegar a 40-50 toneladas; Nmero de punes variado, podendo chegar a 5 pares ou mais; Cadncia: 60 a 90 compresses/minuto; Rendimento: 5.000comprimidos/hora por par de punes.
Mquinas rotativas
Os punes inferiores e superiores, bem como as matrizes, so montadas face a face sobre a mesma coroa circular, animada de movimento contnuo, sempre no mesmo sentido. Durante uma volta, efetuam-se os seguintes movimentos: A compresso se d de forma gradual, exercida nas duas faces e no de uma fora brusca aplicada unicamente de cima para baixo, como nas mquinas de excntrico. Os comprimidos formados tem estrutura mais homognea e tm menos ar retido entre os poros. Enquanto que de um lado da coroa est havendo a compresso, do outro est havendo o enchimento.
Mquinas Rotativas
Habitualmente tem 16 matrizes e 32 punes e um distribuidor; Cada matriz pode ter capacidade de receber mais de um par de punes; Pode ter 2 a 3 distribuidores e 40jogos de punes e matrizes. A coroa circular pode dar entre 10-20 voltas por minuto. O rendimento pode atingir entre 100.000-250.000 comprimidos por hora; Existem mquinas rotativas duplas, em que a compresso pode ocorrer em dois pontos.