Pink - A Lei e Os Santos
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ARTHUR W. PINK
Fonte: Providence Baptist Ministries (http://www.pbministries.org) Traduo: Rodrigo Reis de Faria ([email protected]) 13/02/2014
INTRODUO
J foi dito que todo pecador no-regenerado tem o corao de um fariseu. Isto verdade; e igualmente verdade que todo pecador no-regenerado tem o corao de um antinomista. Este o carter expressamente conferido mente carnal ela inimizade contra Deus; e a prova disto que no sujeita lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser (Rm 8:7). Deveramos nos surpreender, ento, se encontrssemos os princpios subjacentes do farisasmo e do antinomismo unidos na mesma mente? Certamente que no. No existe entre estes princpios aparentemente opostos oposio mais real do que entre a inimizade e o orgulho. Muitos servos indolentes j aborreceram a seu mestre e seu servio, e, contudo, tiveram arrogncia e presuno suficientes para exigirem o seu salrio. O farisasmo e o antinomismo se unem, assim como Herodes e Pilatos, contra a Verdade. O termo antinomiano significa algum que contra a Lei, logo, quando declaramos que a nossa poca de ilegalidade, este apenas outro modo de dizer que uma poca caracterizada pelo antinomismo. H pouca necessidade de pararmos e apresentar prova de que esta uma poca de ilegalidade. Em cada esfera da vida, o triste fato nos confronta. Na quase total ausncia de qualquer disciplina real na maioria das igrejas, vemos o princpio exemplificado. No mais do que duas geraes atrs, milhares, dezenas de milhares, dos membros de vida relaxada cujos nomes agora so retidos nos rols de membros, teriam sido desmembrados. O mesmo ocorre na grande maioria de nossos lares. Com excees comparativamente raras, esposas no esto mais em sujeio aos seus maridos (Ef 5:22, 24); e, quanto a obedec-los (1 Pe 3:1, 2, 5, 6), ora, a maioria das mulheres exige que essa palavra to detestvel seja lanada para fora da cerimnia de casamento. Do mesmo modo com as crianas como poderia ser diferente? A obedincia aos pais uma coisa quase que totalmente do passado. E as condies no mundo? A infidelidade conjugal abundante, o comrcio dominical, o banditismo, linchamentos, greves, e vrias outras coisas que poderiam ser mencionadas, tudo d testemunho da assustadora onda de ilegalidade que est inundando o pas. Qual , podemos apropriadamente inquirir, a causa da ilegalidade que agora prevalece tanto? Para cada efeito h uma causa, e o carter do efeito geralmente sugere a natureza da causa. Estamos certos de que o atual e difundido desprezo pela lei humana o fruto inevitvel do desrespeito pela Lei divina. Onde no existe temor a Deus, no devemos esperar que haja muito temor ao homem. E por que existe tanto
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desrespeito pela Lei divina? Este, por sua vez, apenas o efeito de uma causa antecedente. E esta tambm no difcil de se encontrar. Ser que as declaraes dos mestres cristos durante os ltimos vinte e cinco anos no contribuem para explicar a situao que agora nos confronta? A histria tem se repetido. No passado, Deus lamentou acerca de Efraim: Escrevilhe as grandezas da Minha Lei, porm essas so estimadas como coisa estranha (Os 8:12). Observe como Deus fala da Sua Lei: As grandezas da Minha Lei! No so preceitos de pouca importncia, para serem apenas frivolamente considerados, e menosprezados; mas so de grande autoridade, importncia e valor. Mas, assim como ento, do mesmo modo nos ltimos anos elas tm sido estimadas como coisa estranha. Os mestres cristos tm competido entre si em denunciar a Lei como um jugo de servido, um fardo pesado, um inimigo desapiedado. Eles tm declarado ao som de trombetas que os cristos devem considerar a Lei como uma coisa estranha; que ela nunca foi projetada para eles; que ela foi dada a Israel, e ento encerrada na Cruz de Cristo. Eles tm alertado o povo de Deus para que no tenham nada que ver com os Dez Mandamentos. Eles tm denunciado como legalistas os cristos do passado, os quais, como Paulo, serviam Lei (Rm 7:25). Eles tm afirmado que a Graa exclui a Lei da vida do cristo to absolutamente como a excluiu da sua salvao. Eles tm exposto ao ridculo aqueles que defenderam um Sbado cristo, e os tm classificado com os adventistas do stimo dia. Tendo semeado ventos, surpresa que agora estejamos colhendo tempestades? O carter da causa determina o carter do efeito. Tudo o que um homem semear, isto (o mesmo em espcie) ele tambm colher. Aos que no passado consideraram as grandezas da Lei de Deus como coisa estranha, Deus declarou: Porquanto Efraim multiplicou os altares para pecar, ter altares para pecar (Os 8:11). E, porque muitos de nossos lderes cristos tm repudiado publicamente a Lei divina, Deus nos visitou com uma onda de ilegalidade em nossas igrejas, lares e vida social. No erreis: Deus no Se deixa escarnecer! Tambm no temos nenhuma esperana de conter o avano da mar, ou de fazer os lderes cristos mudarem sua posio. Tendo se comprometido publicamente, os exemplos da histria passada nos avisam que o orgulho os impedir de fazerem a humilhante confisso de que erraram. Mas temos uma esperana de que alguns daqueles que tm estado sob a influncia do antinomismo do sculo vinte tero discernimento espiritual suficiente para reconhecer a verdade quando apresentada sua considerao; e para eles que escrevemos agora.
INTRODUO
Na edio de janeiro de 1923 de um contemporneo, apareceu o segundo artigo de autoria do Dr. McNichol, diretor da Escola Bblica de Toronto, sob o ttulo: Exagerando as Dispensaes. O propsito destes artigos alertar os filhos de Deus contra os perigos que jazem no caminho de grande parte do ensino positivo prmilenista de hoje. Citando, Dr. McNichol diz: 1. H perigo quando a Lei colocada contra a Graa. Nenhum esquema de interpretao proftica pode ser seguro quando obrigado a apresentar as dispensaes da Lei e da Graa como sistemas opostos, um excluindo e contrrio ao outro. Se este fosse o caso, significaria que Deus havia tido atitudes opostas e contraditrias para com os homens nestas duas eras diferentes. Em ltima anlise, esta representao da relao entre lei e graa afeta o carter de Deus, assim como tudo aquilo que perverte as Escrituras, perturbando deste modo o espelho da Sua mente, acaba por fazer. Longe de serem sistemas opostos, lei e graa, tais como reveladas na Escritura, so partes de um s plano harmonioso e progressivo. A presente dispensao expressa como a era da graa, no porque a graa lhe pertence exclusivamente, mas porque nela a graa foi manifestada plenamente. Quando Joo declarou que a lei foi dada por Moiss, mas a graa e a verdade vieram por Jesus Cristo, ele estava contrastando a lei e a graa, no como dois sistemas contrrios e irreconciliveis, mas como duas partes relacionadas de um s sistema. A lei era a sombra, Cristo era a essncia. A lei era o padro, Cristo era a realidade. A graa que esteve por trs da lei veio luz atravs de Jesus Cristo, de modo que pudesse ser percebida. O fato que a graa esteve em operao desde o princpio. Ela comeou no den, com a primeira promessa de redeno imediatamente aps a queda. Toda a redeno pela graa; no pode haver salvao sem ela, e at a prpria lei procede com base na graa. A lei foi dada a Israel no para que fossem redimidos, mas porque haviam sido redimidos. A nao fora tirada do Egito pelo poder de Deus sob o sangue do cordeiro imolado, o mesmo sendo o smbolo e sinal da Sua graa. A lei foi acrescentada no Sinai como o padro de vida necessrio para um povo resgatado, um povo que agora pertencia ao Senhor. Ela comeava com uma declarao da sua redeno: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servido (Ex 20:2). Ela se apoiava na base da graa, e incorporava o princpio de que a redeno implicava em uma conformidade com a ordem moral de Deus. Em outras palavras, a pr-
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pria graa que redimiu Israel trazia consigo a necessidade de revelar a lei a Israel. A lei foi dada para que eles andassem dignos da relao em que agora estavam com Deus, dignos de uma salvao que j era sua. O concerto da lei no suplantou o concerto da promessa, mas apresentou o tipo de vida que se esperava que aqueles que foram redimidos pelo concerto da promessa vivessem. A lei no era um concerto de obras no sentido de que a salvao de Israel dependia da obedincia a ela. O israelita devoto era salvo pela f na promessa de Deus, que naquela ocasio estava incorporada nos servios do tabernculo. Ele vislumbrava atravs dos sacrifcios uma salvao que os mesmos prefiguravam, e pela f a aceitava, assim como olhamos para trs para a Cruz e pela f aceitamos a salvao que foi realizada. Os santos do Antigo Testamento e os santos do Novo Testamento, ambos so salvos do mesmo modo, e isto pela graa de Deus atravs de Jesus Cristo somente. claro que o povo no guardou a lei. Ela apenas trouxe o pecado luz e provou que a justia no podia vir deste modo, como Paulo assinala na Epstola aos Romanos. Ela tornou tudo ainda mais evidente de que havia uma necessidade da obra de Cristo. Mas Cristo no veio para pr a lei de lado e introduzir outro plano. No vim para destruir, declarou Ele, mas para cumprir; no para dissolver as obrigaes da lei e nos liberar delas, mas para substanciar a lei e confirmar tudo o que ela exigia. No Sermo do Monte, Ele exps e expandiu a lei, em toda a sua profundidade e extenso, e em toda a sua amplitude perscrutadora. Este Sermo Ele pronunciou aos Seus discpulos; foi a Sua lei para eles. No foi planejado para outra era e outro povo; apresentava o tipo de vida que Ele esperava que o Seu prprio povo vivesse na presente era. claro que no podemos cumprir a lei do Sermo do Monte como um padro de vida exterior. Nosso Senhor no a deixou por isso. Ele Mesmo ia tornar possvel aos Seus discpulos cumprirem-na, mas Ele ainda no poderia lhes dizer como. Quando morreu e ressuscitou e subiu ao cu, e o Seu Esprito Santo o mesmo Esprito que havia cumprido e exemplificado essa lei completamente em Sua prpria vida fluiu de volta para as vidas dos Seus discpulos, ento eles tiveram de guard-la. A lei foi escrita em seus coraes. Suas vidas foram conformadas lei, no por obedincia escravizadora a um padro exterior, mas pelo livre constrangimento de um esprito interior. A ordenana da lei cumprida neles quando andam, no segundo a carne, mas segundo o esprito.
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esta mesma caracterstica da graa que parece torn-la um sistema totalmente diferente e separado da lei, pois ela no existia na dispensao do Antigo Testamento. No poderia ser percebida antes que a obra redentora de Cristo fosse realizada e o Esprito Santo viesse. Os israelitas ocuparam uma posio diferente em relao lei daquela ocupada pelos cristos agora. A lei exigia uma obedincia que o corao natural no poderia oferecer. Em sua atuao prtica, portanto, a lei veio necessariamente para estar sobre um homem como um credor que reivindica a justia que no havia sido satisfeita. Estas reivindicaes Cristo satisfez na Cruz e as tirou do caminho. Mais do que isto, por virtude da nossa unio com Ele em Sua morte e ressurreio, Ele nos levou da esfera em que a lei, como uma autoridade exterior, exige obedincia do homem natural, para a esfera em que a lei escrita no corao pelo poder do Esprito Santo. Ele nos fez um novo homem, cuja natureza cumprir a lei por um poder e princpio interior. isto o que Paulo queria dizer quando afirmou: Eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus (Gl 2:19), e quando escreveu aos romanos: Porque o pecado no ter domnio sobre vs, pois no estais debaixo da lei, mas debaixo da graa (Rm 6:14). Esta nova relao com a lei foi criada pela graa de Deus atravs da obra de Jesus Cristo. Mas a lei ainda permanece. Ela o reflexo do Seu prprio carter e a revelao da Sua ordem moral. Ele no pode coloc-la de lado, pois, neste caso, Ele negaria a Si mesmo. A maravilha e a glria da graa consistem nisto, que ela veio, no para se opor lei e substitu-la por outro plano, mas para confrontar e satisfazer todas as suas reivindicaes e prover um modo de cumprir todas as suas obrigaes. Aprouve ao Senhor pela Sua graa engrandecer a lei e torn-la gloriosa. Com as observaes acima estamos sinceramente de acordo.1 uma concluso superficial e errnea a que supe que o Antigo e o Novo Testamentos sejam antagnicos. O Antigo Testamento est cheio da graa; o Novo Testamento est cheio da Lei. A relao do Novo Testamento com o Antigo como a do carvalho com a bolota. Muitas vezes j se disse, e com verdade: O Novo est contido no Antigo, o Antigo explicado pelo Novo! E certamente isto deve ser assim. A Bblia como um todo, e em suas partes, no apenas para Israel ou para a Igreja, mas uma revelao de Deus escrita para e em favor de toda a raa humana. realmente triste ver como esta verdade elementar pouco compreendida hoje, e que confuso prevalece.
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Exceto que, nos pargrafos finais, Dr. McNichol um tanto confuso sobre a presente relao da Lei com o
crente.
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At o falecido Mr. F. W. Grant, em suas notas sobre xodo 19 e 20, foi to inconsistente consigo mesmo que disse, primeiro: est claro que a redeno, na medida em que traz a alma at Deus, coloca o Seu trono dentro dela, e a obedincia a nica liberdade. Est claro tambm que existe uma justia da lei que a prpria lei no d poder para cumprir, mas que cumprida em ns, que no andamos segundo a carne, mas segundo o esprito (Rm 8:4). O que meramente dispensacional passa, mas no o que a expresso do carter de Deus e exigido por ele. Nada disto pode passar ... a graa ainda deve afirmar isto, portanto, e no coloc-la (a obedincia) de lado; mas ela faz o que a lei no faz ela providencia o cumprimento da condio. Antes de tudo, a obedincia de Outro, que no devia nada a ningum, glorificou a Deus infinitamente com respeito queles que deviam mas no pagavam. Em segundo lugar pois nem mesmo isto no poderia liberar (nem poderia haver beno em liberar) da obrigao pessoal a graa apreendida no corao traz o corao de volta a Deus, e o corao trazido de volta em amor serve por necessidade (itlicos nossos). Com as palavras acima citadas da Bblia Numrica estamos em pleno acordo, e apenas desejamos que sejam ecoadas pelos seguidores de Mr. Grant. Mas, em segundo lugar, e de modo muito inconsistente e errneo, Mr. Grant diz: Na sabedoria de Deus, essa mesma lei, cujo princpio era fazei e vivei, contudo, poderia ser o tipo da obedincia da f naqueles que so objetos de uma redeno espiritual, da qual o princpio vivei e fazei. Lembremos, porm, que a lei em si retm o seu carter enquanto oposto graa, e que, como um tipo, ela no representa mais a lei; no estamos, como cristos, em qualquer sentido debaixo da lei, mas debaixo da graa (itlicos seus). Isto um equvoco, ainda mais srio porque cometido por algum cujos escritos constituem agora, em certos crculos, o teste de ortodoxia na interpretao da Palavra de Deus. O que foi dito acima revela a necessidade de um exame srio e cuidadoso do ensino da Escritura Sagrada concernente Lei. Mas ao que nos referimos quando falamos de Lei? Este um termo que precisa ser cuidadosamente definido. No Novo Testamento, trs expresses so usadas, concernente s quais tem havido no pouca confuso. Primeiro, h a Lei de Deus (Rm 7:22, 25, etc.). Segundo, h a Lei de Moiss (Jo 7:23; At 13:39; 15:5; etc.). Terceiro, h a lei de Cristo (Gl 6:2). Agora, estas trs expresses no so de modo algum sinnimas, e s quando aprendermos a distingui-las que poderemos esperar chegar a algum entendimento claro do nosso tema.
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A Lei de Deus expressa a mente do Criador, e obrigatria a todas as criaturas racionais. o padro moral imutvel de Deus para regular a conduta de todos os homens. Em alguns lugares, a Lei de Deus pode se referir a toda a vontade revelada de Deus, mas, na maior parte, faz referncia aos Dez Mandamentos; e neste sentido estrito que usamos o termo. Esta Lei foi gravada na natureza moral do homem desde o princpio, e, embora atualmente cado, ele ainda mostra a sua obra escrita em seu corao. Esta lei nunca foi anulada, e, na prpria natureza das coisas, no pode ser. Deus ab-rogar a Lei moral seria afundar o universo inteiro em anarquia. A obedincia Lei de Deus o primeiro dever do homem. por isso que a primeira queixa que Jeov fez contra Israel depois que deixaram o Egito foi: At quando recusareis guardar os Meus mandamentos e as Minhas leis? (Ex 16:28). por isso que os primeiros estatutos que Deus deu a Israel foram os Dez Mandamentos, ou seja, a Lei moral. por isso que, no primeiro discurso de Cristo registrado no Novo Testamento, Ele declarou: No cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: no vim ab-rogar, mas cumprir (Mt 5:17), e ento passou a expor e aplicar a Lei moral. E por isso que, na primeira das Epstolas, o Esprito Santo nos ensinou extensamente a relao da Lei com os pecadores e os santos, em conexo com a salvao e a subseqente caminhada dos salvos; a palavra lei ocorre em Romanos no menos do que setenta e cinco vezes, embora, naturalmente, nem toda a referncia seja Lei de Deus. E por isso que os pecadores (Rm 3:19) e os santos (Tg 2:12) sero julgados por esta Lei. A Lei de Moiss todo o sistema de legislao, judicial e cerimonial, que Jeov deu a Israel durante o tempo em que estiveram no deserto. A Lei de Moiss, como tal, no obrigatria a ningum mais que os israelitas. Esta Lei no foi anulada. Que a Lei de Moiss no obrigatria para os gentios est claro a partir de Atos 15. A Lei de Cristo a Lei moral de Deus, mas nas mos do Mediador. a Lei sob a qual o Prprio Cristo foi feito (Gl 4:4). a Lei que estava dentro do Seu corao (Sl 40:8). a Lei que Ele veio cumprir (Mt 5:17). A Lei de Deus agora denominada a Lei de Cristo na medida em que se relaciona com os cristos. Como criaturas, estamos sob a obrigao de servir Lei de Deus (Rm 7:25). Como pecadores redimidos, somos servos de Cristo (Ef 6:6), e, como tais, estamos sob a obrigao de servir ao Senhor Cristo (Cl 3:24). A relao entre estes dois apelativos, a Lei de Deus e a Lei de Cristo, claramente sugerida em 1 Co 9:21, onde o apstolo declara que no estava sem Lei para com Deus, pois ele estava debaixo da Lei de Cristo. O sentido disto muito simples. Como uma criatura humana, o apstolo ain-
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da estava sob a obrigao de obedecer Lei moral de Deus, seu Criador; mas, como um homem salvo, ele agora pertencia a Cristo, o Mediador, por redeno. Cristo o havia comprado; ele era Seu, portanto, ele estava sob a Lei de Cristo. A Lei de Cristo, ento, apenas a Lei moral de Deus agora nas mos do Mediador e Redentor cf. Ex 34:1 e o que se segue! Se algum objetar contra a nossa definio da distino entre a Lei moral de Deus e a Lei de Moiss, solicitamos que atentem bem para o que se segue. Deus tomou cuidados especiais para nos mostrar a clara linha de demarcao que Ele Mesmo traou entre as duas. A Lei moral incorporou-se na Lei mosaica,2 contudo, esta foi nitidamente distinguida daquela. A prova disto vem a seguir: Em primeiro lugar, que o leitor note atentamente as palavras com que Ex 20 se inicia: Ento falou Deus todas estas palavras. Observe que no : O Senhor falou todas estas palavras, mas: Deus falou. Isto ainda mais notvel porque, logo no verso seguinte, Ele diz: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, etc. Agora, os ttulos divinos no so usados livremente, nem so empregados alternadamente com o propsito de variao. Cada um possui uma significao definida e distinta. Deus o ttulo criacional (veja Gn 1:1). Senhor Deus em relao pactual, por isso que o Senhor Deus em todo Gn 2. Em Gn 1, Deus em conexo com as Suas criaturas. Em Gn 2, o Senhor Deus em conexo com Ado, com o qual Ele havia entrado em um concerto veja Os 6:7, variante. O fato, ento, de que Ex 20 se inicie com: Ento Deus falou todas estas palavras, etc., prova conclusivamente que os Dez Mandamentos no eram e no so projetados apenas para Israel (o povo do concerto), mas para toda a humanidade. O uso do ttulo Deus em Ex 20:1 ainda mais vigoroso, porque, nos vv. 2, 5, 7, 10, 11, 12, o Senhor mencionado, e mencionado a porque a Israel que est sendo dirigido. Em segundo lugar, os Dez Mandamentos, e somente estes, de todas as leis que Jeov deu a Israel, foram promulgados pela voz de Deus, em meio s mais solenes manifestaes e sinais da presena e majestade divina.
E isto por necessidade. Conforme j explicado, os Dez Mandamentos revelam a vontade do Criador para toda a
criatura humana, e, como os israelitas foram primeiro criaturas de Deus antes de serem trazidos relao de Seu povo pactual, a Lei moral fora dada a eles antes da Lei mosaica. Isto explica por que os Dez Mandamentos so repetidos em Dt 5. Em Ex 20, so dirigidos s criaturas de Deus; em Dt 5, a Israel como o povo pactual de Jeov. Note a ausncia em Dt 5 de Deus falou todas estas palavras!
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Em terceiro lugar, os Dez Mandamentos, e somente estes, de todos os estatutos de Jeov para Israel, foram escritos diretamente pelo dedo de Deus, escritos em tbuas de pedra; e escritos assim para denotar a sua natureza duradoura e imperecvel. Em quarto lugar, os Dez Mandamentos ainda foram distinguidos de todas aquelas leis que tinham apenas uma aplicao local para Israel, pelo fato de que somente aqueles foram colocados na arca. Um tabernculo foi preparado pela direo especial de Deus, e dentro dele uma arca foi colocada, na qual as duas tbuas da Lei foram depositadas. A arca, formada da madeira mais durvel, estava coberta de ouro, por dentro e por fora. Sobre ela estava colocado o assento da misericrdia, que se tornou o trono de Jeov no meio de Seu povo. Enquanto o tabernculo no fosse erigido, e a Lei colocada na arca, Jeov no faria a Sua habitao no meio de Israel. Assim o Senhor significou a Israel que a Lei moral era a base de todos os Seus relacionamentos governamentais com eles. Assim fica claro, sem qualquer sombra de dvida, que os Dez Mandamentos, a Lei moral de Deus, foram nitidamente distinguidos da Lei de Moiss. A Lei de Moiss, excetuando a Lei moral incorporada nela, no era obrigatria a ningum mais que os israelitas, ou proslitos gentios. Mas a Lei moral de Deus, ao contrrio da mosaica, obrigatria para todos os homens. Uma vez que esta distino seja percebida, muitas dificuldades menores se esclarecem. Por exemplo, algum diz: Se devemos guardar o santo dia do Sbado, como fez Israel, por que no devemos observar os outros sbados o ano sabtico, por exemplo? A resposta : Porque somente a Lei moral obrigatria para os gentios e cristos. Ora, pode-se perguntar, a pena de morte vinculada profanao do dia de Sbado (Ex 31:14, etc.) ainda est em vigor? A resposta : Porque, embora esta fosse parte da Lei mosaica, no era parte da Lei moral de Deus, ou seja, no estava inscrita nas tbuas de pedra; portanto, no dizia respeito a ningum mais que os israelitas. Nos captulos que se seguem, propomos oferecer uma exposio das principais escrituras do Novo Testamento que se referem aos Dez Mandamentos. Primeiro, nos ocuparemos das passagens que so invocadas por aqueles que negam que a Lei seja em algum sentido obrigatria para os cristos. Segundo, trataremos de algumas das muitas passagens que provam inequivocamente que todos esto sob perptuas obrigaes de obedecer Lei de Deus. Terceiro, um livreto separado ser dedicado ao Sbado cristo.3 Quarto, em outro livreto separado, discutiremos a natureza da
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O Sbado Cristo.
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verdadeira liberdade crist.4 Que a graa divina ilumine os nossos entendimentos e governe os nossos coraes de tal modo que corramos no caminho dos mandamentos de Deus.
A Liberdade Crist.
CAPTULO 1
O ASPECTO NEGATIVO
Qual a relao entre a Lei e os santos? Por Lei nos referimos aos Dez Mandamentos gravados nas tbuas de pedra pelo dedo de Deus; por santos queremos dizer os crentes que vivem na presente dispensao. Qual , ento, a relao entre o cristo que vive hoje e os Dez Mandamentos formalmente proclamados no tempo de Moiss? Na realidade, triste que tal questo precise ser levantada, e que a resposta divina precise ser enfatizada para o povo de Deus. Houve um tempo em que no seria fcil encontrar um cristo que fosse ignorante sobre este tema; um tempo em que a primeira coisa confiada memria pelos filhos de pais cristos era os Dez Mandamentos. Mas, ah, pena que hoje seja to diferente. Agora est se tornando cada vez mais difcil encontrar aqueles que possam dar uma resposta clara e espiritual nossa questo inicial. E, quanto a encontrar crianas que possam repetir os Dez Mandamentos, estas so realmente raras. A Lei e os santos. Os ensinos de hoje sobre este tema, como sobre praticamente todos os outros temas escritursticos, so conflitantes e contraditrios. Na realidade, h poucas doutrinas divinas sobre as quais at mesmo os mestres cristos sejam uniformes em seu testemunho. Que diferenas de opinio existem concernente verdade da Igreja e das ordenanas! Que variedade de interpretaes da profecia confrontam-nos agora! Que falta de harmonia concernente doutrina da santificao! A mesma confuso prevalece com respeito relao da Lei com os santos. Assim como a Confuso de Lnguas (Gn 11) precedeu imediatamente ao chamado de Deus a Abrao (o pai de todos ns) para deixar sua terra natal e ir para aquela terra que ele havia de receber por herana (Gn 12), do mesmo modo existe uma confuso de lnguas no mundo teolgico, exatamente antes de o povo de Deus ser chamado para fora desta terra para a sua herana celestial (1 Pe 1:4). Que Deus tem um bom motivo para permitir a presente confuso de lnguas, no temos dvida E at importa que haja entre vs faces, para que os que so aprovados se manifestem entre vs (1 Co 11:19, R.V.). Qual a relao da Lei com os santos? Trs respostas tm sido oferecidas. Primeiro, que os pecadores tornam-se santos obedecendo Lei. Segundo, que a Lei uma regra de vida para os crentes. Terceiro, que a Lei no tem absolutamente nada a ver com os crentes de hoje. Aqueles que do a primeira resposta ensinam que a Lei define o que Deus exige do homem, e, portanto, o homem deve guard-la a fim
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de ser aceito por Deus. Aqueles que do a segunda resposta ensinam que a Lei revela um padro de conduta, e que, embora este padro do Antigo Testamento receba ampliao no Novo, o ltimo no pe de lado o primeiro. Aqueles que do a terceira resposta ensinam que a Lei era um jugo de servido, duro de ser suportado, e que foi encerrada no que diz respeito aos cristos. A primeira resposta legalismo puro e simples salvao pelas obras; a segunda relaciona-se com a verdadeira liberdade crist; a terceira antinomismo ilegalidade, um repdio autoridade governamental de Deus. A primeira opinio prevaleceu, via de regra, atravs da Idade Mdia, quando o Papado reinava praticamente supremo. A segunda viso prevaleceu, via de regra, durante o tempo dos reformadores e puritanos. A terceira opinio passou a ter proeminncia durante o ltimo sculo, e agora a crena popular de nosso tempo. Quo gratos deveramos estar por ser o nosso feliz privilgio nos retirarmos do tumulto teolgico que nos cerca, e entrarmos no tranqilo santurio da verdade de Deus, para que nos desviemos das vozes conflitantes dos homens, para ouvirmos o que Deus diz sobre o assunto. Confiamos que este o desejo sincero de nossos leitores. Nutrimos a esperana de que poucos dos que tm lido os pargrafos acima estejam to convencidos que suponham no ter necessidade alguma de examinar ou reexaminar o que as Escrituras ensinam sobre a relao da Lei com os crentes. Estamos persuadidos, antes, de que o leitor compartilha da convico do escritor, a saber, que esta uma necessidade imperativa. muito fcil concluir que nossas opinies acerca de certas verdades divinas foram formadas a partir do nosso prprio estudo do que temos (correta ou incorretamente) absorvido de mestres humanos. Nossa necessidade a dos bereanos (At 17:11) Examinar cada dia nas Escrituras para descobrir se o que ouvimos e lemos est ou no de acordo com a Palavra da Verdade. Alm do mais, isto certo: Se algum cuida saber alguma coisa, ainda no sabe como convm saber (1 Co 8:2). Portanto, cabe a cada um de ns olhar definitivamente para Deus em busca de luz e socorro, e ento voltar-se reverentemente para a Sua Palavra em busca da instruo necessria. Antes de apresentarmos ao leitor algumas das principais escrituras que definem a relao da Lei com os crentes desta dispensao, ser primeiramente necessrio examinar as passagens que so invocadas por aqueles que afirmam que a Lei no tem nenhuma relao com o povo de Deus que vive hoje. Voltemo-nos ento para estas passagens, e, sem preconceito (at onde isto seja possvel), procuremos averiguar o seu verdadeiro significado.
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1. Porque todos os que sem Lei pecaram, sem Lei tambm perecero ... porque, quando os gentios, que no tm Lei, fazem naturalmente as coisas que so da Lei, no tendo eles Lei, para si mesmos so Lei (Rm 2:12-14). Estes versos na verdade no tm relao direta com o nosso presente tema, visto que tratam de outros que no os santos. Contudo, como esta passagem se relaciona com o tema mais amplo da Lei em geral, e como utilizada por aqueles que inspida e calorosamente negam que a Lei tenha alguma relao com os crentes de hoje, damos-lhe uma breve ateno. afirmado por alguns, os quais respeitamos, mas dos quais, sobre este tema, somos obrigados a divergir, que a Lei foi dada nao de Israel e a ningum mais, e, portanto, nem os gentios, nem os cristos esto sob qualquer obrigao de guardla. Que a Lei foi dada formalmente a Israel no Sinai francamente aceito. Mas, ser que isto prova que ela no foi designada para ningum mais que os descendentes de Jac? Certamente que no. Escrevendo aos santos em Roma (muitos dos quais eram gentios, veja 1:13; 11:13; 15:15, 16, etc.), Paulo disse: Mas agora temos sido libertados da Lei (7:6). E ainda, em 8:7, ele declara: A inclinao da carne inimizade contra Deus, pois no sujeita Lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser; note, no a inclinao judaica, mas a inclinao da carne tanto em judeus como em gentios. Agora, no haveria razo nesta declarao se a inclinao do homem, enquanto homem, no estiver obrigada a sujeitar-se Lei de Deus. A inclinao do homem no sujeita, e por causa da sua depravao inata no pode ser; no obstante, deveria ser. Mais uma vez, note como, em Ef 2:2, dito que os mpios so filhos da desobedincia isto no faz sentido se eles no esto sob a obrigao de obedecer aos mandamentos de Deus. Estas escrituras, ento, so suficientes para estabelecer o fato de que os gentios, assim como os judeus, esto sob a Lei. Voltando agora para Rm 2:12, 13. O sentido simples destes versos de que os gentios nunca receberam as duas tbuas de pedra nas quais os Dez Mandamentos foram gravados, nem estiveram de posse das Escrituras, nas quais esses Mandamentos estavam registrados. Mas deve-se atentamente notar que Rm 2:15 prossegue dizendo que estes mesmos gentios mostram a obra da Lei escrita em seus coraes. Sobre estes versos, o Prof. Stifler disse apropriadamente: O argumento (do v. 14) repousa nisto, que os gentios possuem o que equivalente Lei moral. O fato de que os gentios so uma lei para si mesmos mostra que Deus lhes deu o equivalente daquilo que Ele deu ao judeus, a saber, um padro de certo e errado. No caso dos primeiros, foi escrito em seus coraes, no caso dos ltimos, foi escri-
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to em tbuas de pedra, e depois nas Escrituras. A partir disto fica claro que a Lei moral dada a Israel por Moiss foi apenas uma transcrio, ou compndio, da Lei que Deus, na criao, havia estampado na natureza moral do homem ... A Lei moral, portanto, no era inteiramente nova no tempo do xodo; nem era algo exclusivamente para Israel, mas foi um presente para toda a raa, e, portanto, deve ser de validade perptua (Mr. Wm. Mead). 2. Pois no estais debaixo da Lei, mas debaixo da graa (Rm 6:14). Este o verso favorito daqueles que tomam a posio de que a Lei no tem nenhuma relao com os crentes desta dispensao. No debaixo da Lei explcito, e parece terminante. O que temos, ento, a dizer concernente ao mesmo? Isto: que, assim como todos os outros versos da Bblia, este no deve ser divorciado da sua composio, mas precisa ser estudado e fielmente interpretado luz do seu contexto. Qual , ento, o contexto? Primeiro, do que trata o contexto remoto? Segundo, qual o tema do contexto imediato? Por contexto remoto queremos dizer a Epstola como um todo. Esta sempre a primeira coisa a ser ponderada em conexo com a exposio de qualquer passagem. A falha aqui responsvel pela grande maioria das interpretaes e aplicaes errneas da Escritura. Deve-se notar atentamente que as palavras no estais debaixo da Lei, mas debaixo da graa encontram-se no em Hebreus, mas em Romanos. Isto, por si s, deveria nos alertar de que no debaixo da Lei precisa ser entendido em um sentido limitado. Se fosse verdade que a Lei foi ab-rogada, ento a Epstola aos Hebreus seria o primeiro lugar dentre todos os outros em que deveramos esperar encontrar isto sendo ensinado. O tema de Hebreus : A superioridade do Cristianismo sobre o Judasmo.1 Na expanso deste tema, o apstolo, repetidas vezes, mostra como as coisas proeminentes no Judasmo esto agora obsoletas veja o captulo 7 para a mudana do sacerdcio, do aranico para a ordem de Melquisedeque; captulos 8 e 9 para a substituio do velho concerto pelo novo, etc. E, contudo, nem uma palavra ali dita de que a Lei agora est suplantada pela graa. No debaixo da Lei, mas debaixo da graa encontra-se em Romanos, cujo grande tema : a justia de Deus; a necessidade do homem da justia de Deus, como esta se torna do crente, quais so as conseqncias legais disto, e o efeito que deveria ter em nossa conduta. A caracterstica proeminente destes oito primeiros captulos de Romanos que tratam do aspecto judicial da verdade do Evangelho, ao invs do
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experimental e prtico. Romanos 5 e 6, especialmente, tratam da justificao e suas conseqncias. luz deste fato, no difcil descobrir o sentido de 6:14. Pois no estais debaixo da Lei, mas debaixo da graa significa: Vs estais debaixo de um sistema de justificao gratuita. Todo o argumento anterior explica esta sentena. Ele se refere nossa aceitao. Ele se volta para a justificao da culpa, sem as obras da Lei, o ato da livre graa; e brevemente o reafirma assim, para que ele possa assumir novamente a posio de que esta gloriosa liberao no significa licenciosidade, mas ordem divina (Bishop Moule 1893). Pois no estais debaixo da Lei, mas debaixo da graa. O contraste no entre a Lei de Moiss e o Evangelho de Cristo, como duas economias ou dispensaes; antes, um contraste entre Lei e graa como os princpios de dois mtodos de justificao, um falso, o outro verdadeiro; um de inveno humana, o outro de proviso divina. Debaixo da Lei significa governado pela Lei como um concerto de obras (Dr. Griffith-Thomas). Lei e graa aqui so paralelos a Lei das obras e Lei da f em 3:27! Rm 6:14 era to verdadeiro em relao aos santos do Antigo Testamento como aos crentes do Novo Testamento. Calebe, Josu, Davi, Elias, Daniel, no estiveram mais debaixo da Lei, no sentido que tm estas palavras em Rm 6:14, do que os cristos esto hoje. Ao invs disso, eles estiveram debaixo da graa na questo da sua justificao, to verdadeiramente quanto ns estamos. No debaixo da Lei no significa no debaixo da obrigao de obedecer aos preceitos da Lei moral; mas significa no guardando a Lei para ser salvo. O apstolo afirma neste verso que os cristos no esto debaixo da Lei, como um meio real, efetivo, adequado de justificao ou santificao, e, se eles estiverem, sua causa est completamente perdida, pois a runa deve inevitavelmente se seguir. Que isto tudo o que ele quer dizer fica evidente a partir da seqncia de suas observaes (6:15-8:39). O que pode ser mais claro do que o fato de que a Lei moral, como preceito, totalmente aprovada e reconhecida por ele? Veja o captulo 7:12-14. No somente isto, mas o apstolo est to longe de argumentar em favor do esquecimento e anulao dos preceitos morais que ele afirma diretamente (8:3, 4) que o Evangelho tem o propsito de assegurar a obedincia a estes preceitos morais o que a Lei era incapaz de fazer. , ento, da Lei vista sob esta luz, e esta somente, a saber, como inadequada para efetuar a justificao e assegurar a obedincia dos pecadores, que o apstolo declara que estamos livres.
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Que ningum abuse, ento, desta declarao, imaginando que ela conceda em qualquer caso uma base para crer que os cristos esto livres da obrigao de obedecer aos preceitos da Lei moral. O que a Lei divina seno uma transcrio da vontade divina? E no devem os cristos se conformar com esta? No toda a Lei resumida nestas duas declaraes: Amars ao Senhor de todo o teu corao; e ao teu prximo como a ti mesmo?! E os cristos esto absolvidos de amarem a Deus e ao seu prximo? Se no, ento esta parte do tema permanece desembaraada de qualquer coisa que o apstolo tenha dito em nosso texto ou contexto (Prof. Moses Stuart). A fora de Rm 6:14 torna-se mais evidente se observarmos o que se segue. Logo no verso seguinte, lemos: Pois qu? Pecaremos porque no estamos debaixo da lei, mas debaixo da graa? De modo nenhum. Isto antecipa uma objeo: Se no estamos debaixo da Lei, como a base de nossa justificao, ento, seremos ilegais? A resposta inspirada : De modo nenhum. Nada mais auto-evidente-mente certo, ento, do que, se a Lei moral no uma regra de vida para os crentes, eles esto em liberdade para desprezar os seus preceitos. Mas o apstolo rejeita este erro com a mais extrema averso. Citamos aqui parte dos comentrios de Calvino sobre Rm 6:15 Mas estamos muito enganados se pensamos que a justia que Deus aprova em Sua Lei abolida, quando a Lei ab-rogada; pois a ab-rogao de modo algum deve ser aplicada aos preceitos que ensinam o modo correto de viver, uma vez que Cristo confirma e sanciona estes, e no os ab-roga; mas a viso correta de que nada removido, seno a maldio, qual os homens sem a graa esto sujeitos. No que se segue, at ao fim deste captulo, o apstolo mostra que, embora o crente no esteja debaixo da Lei, como a base da sua justificao, ele est debaixo da Lei como uma regra de sua vida crist, ele est sob a obrigao de obedecer aos seus preceitos morais. No v. 18 (que contm a resposta positiva pergunta feita no v. 15), o apstolo declara: E, libertados do pecado, fostes feitos servos (escravos) da justia. Ainda no v. 22, ele diz: Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificao. Observe atentamente que aqui no dito: servos de Cristo, nem: servos do Pai o que introduziria um pensamento bem diferente mas servos de Deus o que refora a responsabilidade do crente para com o Legislador. Que este o sentido de Rm 6:18 e 22 fica claro por 7:25, onde o apstolo diz: Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo LEI DE DEUS.
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3. Assim, meus irmos, tambm vs estais mortos para a Lei ... Mas agora temos sido libertados da Lei (Rm 7:4, 6). Estas declaraes na verdade exigem uma exposio completa de Rm 7:1-6, mas ocuparia demasiado espao prover isto aqui. Talvez possamos chegar ao sentido destes dois versos por uma rota mais curta. Eles ocorrem em uma seo da Epstola que trata dos resultados da justia divina sendo imputada ao crente. O captulo 4 trata da imputao desta justia; os captulos 5 a 8 do os resultados. Os resultados (resumidos) so os seguintes: 5:1-11, justificao e reconciliao; 5:12-6:23, identificao com Cristo, o ltimo Ado; 7:1-25, emancipao da maldio da Lei; 8:1-39, preservao atravs do tempo e eternidade. Assim veremos que estes captulos tratam principalmente do aspecto divino ao invs do humano das coisas. Mortos para a Lei em 7:4 paralelo a mortos para o pecado em 6:2; paralelo neste sentido, de que morte objetiva, no subjetiva; o aspecto judicial da verdade, e no o prtico, que est em vista. Observe que dito que nos tornamos mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, no por uma revogao divina da Lei. Em outras palavras, morremos para a Lei vicariamente, na pessoa de nosso bendito Substituto. Do mesmo modo, tambm fomos libertados da Lei, ou, como a R.V. mais precisamente o expressa, fomos desincumbidos da Lei, porque morremos para aquilo em que estvamos retidos. Em Cristo, ns morremos para as ameaas judiciais e exigncias cerimoniais da Lei. Mortos para a Lei. Pelo termo Lei, nesta passagem, faz-se aluso Lei que obrigatria tanto para judeus como gentios. a Lei, cuja obra est escrita nos coraes de todos os homens; e aquela Lei que foi dada aos judeus na qual eles repousavam (2:17). a Lei tomada no sentido mais extenso da palavra, incluindo toda a vontade de Deus manifestada em qualquer sentido a toda a humanidade, quer judeus ou gentios. Todos aqueles a quem o apstolo est se dirigindo haviam estado debaixo desta Lei em seu estado de no-regenerados ... Exclusivamente Lei moral, aqui e por todo o restante do captulo, o apstolo se refere ... Mortos para a Lei significa liberdade do poder da Lei, como tendo sofrido a sua pena, e satisfeito as suas demandas. Ela cessou de ter uma reivindicao sobre a obedincia dos crentes para a vida (melhor, ela deixou de pronunciar a sua maldio sobre os crentes A.W.P.), embora ainda permanea o seu domnio de dever (Robert Haldane). Sobre as palavras agora temos sido libertados da Lei, Mr. Haldane diz: Cristo cumpriu a Lei, e sofreu a sua pena por eles, e, em conseqncia, eles esto livres das suas deman-
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das com o propsito de alcanar a vida, ou de, por conta da sua infrao, ter de sofrer a morte. Uma palavra adicional precisa ser dita sobre Rm 7:4-6. Alguns insistem que toda a passagem trata apenas dos crentes judeus. Mas isto certamente um equvoco. Quando Paulo diz no v. 1: falo aos que sabem Lei no h artigo no grego ele raciocina com base em que os seus leitores estavam plenamente cientes do princpio de que a Lei tem domnio sobre o homem por todo o tempo que vive. Se Paulo estivesse aqui limitando o seu discurso aos crentes judeus, ele teria dito: Falo aos que dentre vs sabem a Lei. Quando ele diz: No sabeis vs, irmos (v. 1), e: Assim, meus irmos (v. 4), ele est se dirigindo aos seus irmos em Cristo, como fica claro por uma comparao com 1:13. Quando est se referindo aos judeus, seus irmos por natureza, ele cuidado em indicar isto Meus irmos, que so meus parentes segundo a carne (9:3)! Finalmente, deveria ser cuidadosamente observado como o apstolo usa os pronomes vs e ns intercambiavelmente nos vv. 4 e 5. O enftico tambm vs no v. 4 parece especialmente designado para mostrar que a sua ilustrao nos versos anteriores, com sua bvia aluso histria de Israel, era estritamente aplicvel a todos os cristos. A libertao da Lei em Glatas a que leva filiao de todos os santos, enquanto a libertao em Romanos leva unio de todos os santos com Cristo. Mas em ambos eles so vistos como todos tendo estado do mesmo modo em servido sob a Lei, e todos sendo do mesmo modo libertados dela. Pois na verdade o propsito do Esprito Santo sempre levar os santos de todas as pocas a considerarem-se como libertados de uma culpa comum, redimidos de uma maldio comum a maldio da Lei resgatados de uma condenao comum; e tudo isto como resultado da maldio sendo cumprida na morte daquEle em quem todos de igual modo morreram (Charles Campbell). 4. Porque o fim da Lei Cristo para justia de todo aquele que cr (Rm 10:4). Frequentemente, apenas a primeira metade deste verso citada o fim da Lei Cristo. Mas isto no tudo o que dito aqui. Cristo o fim da Lei para justia, ou seja, diante de Deus. O contexto define inequivocamente o escopo e o significado desta expresso. Paulo havia acabado de afirmar que Israel, que era ignorante acerca da justia de Deus, havia procurado estabelecer a sua prpria justia. Mais uma vez a justificao que est em vista, e no o caminhar do crente. Diz o Dr. Thos. Chalmers: H um nico sentido bvio em que Cristo o fim da Lei, e quando a Lei,
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vista como um aio, nos leva concluso, quanto sua ltima lio, de que Cristo o nosso nico refgio, nossa nica justia. Do mesmo modo o Dr. C. Thomas: Com Cristo diante de ns, a justia legal chega necessariamente ao fim, e, ao no se submeterem a Cristo, os judeus estavam se recusando a submeter-se ao Deus que lhes dera a Lei. 5. Outra passagem frequentemente invocada por aqueles que insistem na abrogao total da Lei 2 Co 3. Expresses como o que transitrio (v. 11), e o que est abolido (v. 13) so consideradas como se aludissem aos Dez Mandamentos, escritos e gravados em pedras (v. 7). Que isto um engano, comprova-se facilmente. Pois, em Rm 13:9 e Ef 6:2, vrios dos Dez Mandamentos so citados e aplicados. Isto j suficiente para provar que a Lei moral no transitria. E escrituras como Is 2:2, 3; Jr 31:33, etc., deixam claro que a Lei no est abolida. Em 2 Co 3 (e repetidas vezes atravs da Epstola), Paulo est argumentando contra falsos apstolos (note 2:17 e veja ainda 6:1; 11:3, 4, 13, 22) os quais, pregando a Lei excluso de Cristo, estavam desviando o povo de Deus das bnos do novo concerto. Consequentemente, o apstolo no est tratando aqui da Lei como o padro moral de conduta dos crentes, mas como aquilo que condena os pecadores. O escritor inspirado est assinalando a loucura de se voltar Lei como a base de aceitao diante de Deus que era aquilo sobre o que os falsos apstolos insistiam. O mtodo que ele segue traar uma srie de contrastes entre o velho concerto e o novo, demonstrando a imensurvel superioridade deste ltimo sobre o primeiro. Ele mostra que, parte de Cristo, o velho concerto era apenas uma ministrao de condenao e morte; que, assim como o corpo sem o esprito est morto, do mesmo modo a Lei sem Cristo era apenas uma letra sem vida. 2 Co 3, ento, contrasta o Cristianismo com o Judasmo. O que transitrio o velho concerto; o que est abolido (para o cristo) a lei cerimonial. 6. Na Epstola aos Glatas h um nmero considervel de versos que so usados por aqueles que afirmam que a Lei no tem nenhuma relao com os crentes hoje e.g. 2:19; 3:13; 3:23-25; 4:5; 5:18. Agora, impossvel entender estes versos, a menos que vejamos, primeiro, qual o tema e o carter da Epstola na qual se encontram. O tema de Glatas a Emancipao do Crente em relao Lei. O carter especial da Epstola que ela foi escrita para confirmar a f dos cristos, os quais haviam sido perturbados e agitados pelos judaizantes. Mas uma leitura cuidadosa da Epstola dever mostrar que a Emancipao aqui contemplada no da Lei como o
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padro de conduta moral, e sim da maldio ou pena da Lei; e a heresia particular dos judaizantes no era que eles enfatizavam os Dez Mandamentos sobre os santos como uma regra de vida, mas que eles insistiam que as obras da Lei deviam ser cumpridas para que o pecador pudesse ser salvo (veja At 15:1). O problema na Galcia era o legalismo e o ritualismo. Estritamente falando, os dois so um; pois a tentativa de assegurar o favor divino atravs da observncia da lei leva inevitavelmente ao ritualismo em sua pior forma. Que os glatas estavam descendo ao nvel da lei para aceitao diante de Deus evidente por todo o teor da Epstola (Prof. W. G. Morehead sobre Glatas). O objetivo da Epstola aos Glatas era restaurar entre eles o Evangelho puro que haviam recebido, mas que haviam misturado com as obras e cerimnias humanas, e com uma noo do seu prprio livre arbtrio e obras, de tal modo que por pouco o haviam perdido (A Graa em Glatas, do Dr. George S. Bishop). A questo central levantada em Glatas no qual o padro de conduta para a vida do crente, mas qual a base da salvao do pecador. Em prova a esta afirmao, note atentamente que, em Gl 1:7, Paulo diz expressamente que os perturbadores judaizantes eram aqueles que queriam transtornar o Evangelho de Cristo. E ainda, evidente que pela Lei ningum ser justificado diante de Deus, etc. (3:11) mostra a linha do argumento. E ainda, de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que est obrigado a guardar toda a Lei (5:3 e cf. 6:15) indica em que os judaizantes erravam. Do mesmo modo, separados estais de Cristo, vs os que vos justificais pela Lei; da graa tendes cado (5:4) evidencia o tema da Epstola. Cair da graa no significa o cristo obedecer aos Dez Mandamentos, mas fazer as obras da Lei (moral e cerimonial) para ser justificado. A Lei e o Evangelho so irreconciliveis. Toda tentativa de combin-los fere igualmente a majestade da Lei e a graa do Evangelho. Sobre Gl 3:25, o Dr. George Bishop tem o seguinte a dizer: No estamos mais debaixo de aio! ou seja, para disciplina, para pena. Isto no significa para preceito. No significa que os Dez Mandamentos esto abolidos. Ele simplesmente diz: Voc no salvo por guardar os Mandamentos, nem se perde, caso falhe. Cristo quem o salvou, e voc no pode se perder. Agora, voc obedecer pelo instinto da nova natureza e por gratido, pois eles so santidade. Sobre 5:13, 14, ele diz: Servi-vos uns aos outros pelo amor. Aqui a Lei introduzida como um servio. Eu estou entre vs, disse Jesus, como aquEle que serve Se Me amais, guardai os Meus mandamentos. O Novo Testamento repete e aplica todos os Dez Mandamentos. Eles
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foram dados para serem guardados, e guardados sero, Mt 5:19. Porque toda a Lei cumprida em uma s palavra, a saber: Amars o teu prximo como a ti mesmo. A Lei cumprida a Lei foi dada para ser cumprida, no apenas por ns, mas em ns, que andamos no segundo a carne, mas segundo o Esprito. H o perigo aqui de um equvoco de ambos os lados pois, se no pregamos somente a f para a salvao, ningum salvo; mas, se pregamos uma f que no obedece, pregamos aquilo que anula a f que nos salva. Sobre Gl 5:18, o Dr. John Eadie tem o seguinte a dizer: Os glatas estavam se colocando em sujeio Lei, e ignorando o governo livre do Esprito. Ser guiado pelo Esprito incompatvel com estar debaixo da Lei. Do mesmo modo o incio de Gl 3. Estar debaixo da Lei , assim, reconhecer a sua reivindicao e procurar obedec-la na esperana de merecer a vida eterna. Ser guiado pelo Esprito incompatvel com estar debaixo da Lei porque o Esprito Santo conduz o pecador confiana somente em Cristo para a salvao. 7. Havendo riscado a cdula que era contra ns nas suas ordenanas, a qual de alguma maneira nos era contrria, e a tirou do meio de ns, cravando-a na cruz (Cl 2:14). Aqui se assume que a cdula de ordenanas refere-se aos Dez Mandamentos, e que era contra ns refere-se aos cristos. Tal distoro rapidamente revelada uma vez que esta interpretao seja exposta luz. Observe, antes de tudo, que, no incio do verso anterior, o apstolo refere-se aos crentes gentios E, quando vs estveis mortos nos pecados, e na incircunciso da vossa carne, etc. O ns do v. 14 refere-se ento aos crentes judeus. Mas, entre o vs e o ns h uma palavra que fornece a chave para o que se segue, a saber, a palavra juntamente, a qual aqui, assim como em Ef 2:5, 6, aponta para a unio espiritual dos gentios que crem com os judeus que crem. Os judeus e os gentios que crem foram vivificados juntamente. E como isto poderia ser? Porque eles foram vivificados juntamente com Ele. Cristo agiu vicariamente, como o Representante de todo o Seu povo, de modo que, quando Ele morreu, todos morreram (judicialmente); quando Ele foi vivificado, todos o foram; quando Ele ressuscitou, todos ressuscitaram no apenas uma parte deles, mas todos juntamente. Mas, para que os judeus e os gentios desfrutem de comunho, para que sejam trazidos juntamente, aquilo que at aqui os havia separado devia ser encerrado. E isto que est em vista em Cl 2:14. A cdula de ordenanas era contra ns, ou seja, contra os judeus, pois a sua Lei dada por Deus os proibia de todo intercurso religioso com os gentios. Mas o que havia sido contrrio aos judeus foi tirado do meio do caminho, sendo cravado na Cruz.
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E esta interpretao tambm no est sem apoio; ela indubitavelmente confirmada por uma passagem paralela. bem conhecido entre os estudantes da Palavra que as Epstolas de Efsios e Colossenses so em grande parte complementares e suplementares; e frequentemente se descobrir que uma absolutamente indispensvel interpretao da outra. Agora, em Ef 2, h uma passagem que estritamente paralela a esta poro de Cl 2. No v. 11, o apstolo dirige-se aos santos gentios, que eram da incircunciso note a referncia incircunciso em Cl 2:13. Ento, no v. 12, ele os lembra de como, em seu estado de no-convertidos, eles estavam separados da comunidade de Israel, etc. Mas, no v. 13, ele lhes diz que haviam chegado perto pelo sangue de Cristo. O resultado disto explicado no v. 14: Porque Ele a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um (i.e. tanto judeus crentes como gentios crentes), o de ambos fez um sendo paralelo a vivificados juntamente de Cl 2:13. A seguir, o apstolo diz como isto se tornou possvel: E, derrubando a parede de separao que estava no meio (que havia separado os judeus dos gentios), o que paralelo a e a tirou do caminho, etc. Ento o apstolo declara: Na Sua carne aboliu a inimizade, isto , a Lei dos mandamentos, que consistia em ordenanas, o que paralelo a havendo riscado a cdula de ordenanas! Assim Deus de modo mui gracioso nos tornou totalmente independentes de todas as interpretaes humanas sobre Cl 2:13, 14, interpretando-o para ns em Ef 2:11-15. Quanto perdemos por no comparar escritura com escritura! 8. Um outro verso devemos considerar, e este 1 Tm 1:9, Sabendo isto, que a Lei no feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os mpios e pecadores, etc. A chave para este fornecida no contexto imediato. Nos vv. 3 e 4, o apstolo manda Timteo advertir a alguns, que no ensinem outra doutrina, nem se dem a fbulas ou a genealogias interminveis, etc. Est claro que ele tem em mente aqueles que haviam sido infectados pelos judaizantes. No v. 5, o apstolo diz a seu filho qual era o fim dos mandamentos isto , a Lei moral, como fica claro a partir do que precede e do que se segue. O propsito ou objetivo dessa Lei, que santa, justa e boa (Rm 7:12), era dirigir e fazer progredir o amor a Deus e aos homens; mas este amor (caridade) s pode brotar de um corao puro, e de uma boa conscincia, e de uma f no fingida. A seguir, nos vv. 6 e 7, o apstolo acusa os judaizantes e aqueles que foram afetados por eles de terem se desviado do amor e da f, voltando-se para vs conten-
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das, e apresentando-se como mestres da Lei, no entendendo nem o que diziam ou afirmavam. Ento, no v. 8, o apstolo alerta seus leitores para que no faam uma falsa inferncia a partir do que ele acabara de dizer no v. 7, e por isso declara: Sabemos, porm, que a Lei boa, se algum dela usa legitimamente, ampliando assim o que ele havia afirmado no v. 5. Para que eles no pensassem que, porque havia refletido sobre os judaizantes, ele tambm tivesse desacreditado a prpria Lei, ele acrescentou esta salvaguarda no v. 8. Usar a Lei legitimamente us-la tal como Deus pretendeu que fosse usada no como um meio de salvao, mas como um padro de conduta; no como a base da nossa justificao, mas como o guia da nossa obedincia a Deus. A Lei usada ilegitimamente, no quando apresentada como a regra de vida do crente, mas quando oposta a Cristo! Finalmente, nos vv. 9 e 10, o apstolo contrasta o propsito da Lei no que diz respeito aos crentes e incrdulos: A Lei no feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, etc. Isto quer dizer que a Lei, como um instrumento de terror e condenao, no foi feita para o justo, mas para o mpio. A Lei, ameaando, compelindo, condenando, no feita para um justo, porque ele instigado ao dever por iniciativa prpria, e no mais guiado pelo esprito de servido e temor do castigo (Turretin). Por Lei deve-se entender a Lei moral, enquanto armada de aguilhes e terrores, para restringir os pecadores rebeldes. Por homem justo significado aquele em quem um princpio de graa divina implantado, e que, pelo conhecimento e amor a Deus, escolhe as coisas que so agradveis a Ele. Como a Lei possui vinculadas tantas e severas ameaas sua transgresso, ela evidentemente dirigida aos mpios, que apenas sero compelidos pelo temor da sua injuriosa violao (Anotaes de Poole). Agora temos examinado todas as passagens de alguma importncia no Novo Testamento que so usadas pelos antinomianos modernos. E nenhuma delas possui uma palavra a dizer contra os crentes nesta dispensao usarem a Lei como o padro de sua conduta moral. Em nosso prximo artigo, trataremos do aspecto positivo do assunto, e mostraremos que os filhos de Deus esto obrigados a obedecer aos Dez Mandamentos, no como uma condio de salvao, mas como o guia da sua obedincia a Deus. Neste artigo, afastamo-nos do nosso costume usual, citando um nmero considervel de comentaristas do passado. Isto foi feito, no porque desejamos apoiar as nossas exposies por um apelo a autoridades humanas embora as interpretaes
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de homens piedosos do passado no devam ser desprezadas e consideradas como obsoletas, antes devam receber o exame cuidadoso que merecem, pois foi sob tal ensinamento que foi produzida a conduta crist que pe em indescritvel vergonha a frouxido do modo de viver cristo moderno. No, temos apelado para os escritos de exegetas cristos do passado para que se pudesse ver que no temos dado uma interpretao forada e nova daquelas passagens que estavam no caminho do que consideramos ser a verdade sobre o tema da relao da Lei com os cristos; mas, ao invs disso, uma interpretao que, embora resultado de estudo pessoal, est em pleno acordo com aquela dada por muitos aos quais, pela piedade, erudio, discernimento espiritual e conhecimento das Escrituras, poucos hoje so dignos de ser comparados.
CAPTULO 2
O ASPECTO POSITIVO
Qual a relao da Lei (os Dez Mandamentos) com os cristos? Em nosso captulo anterior, assinalamos como trs respostas radicalmente diferentes tm sido dadas a esta questo. A primeira, que os pecadores tornam-se santos obedecendo Lei. Isto legalismo puro e simples. heresia da espcie mais perigosa. Todos os que realmente acreditam e agem de acordo com ela como a base da sua aceitao por Deus perecero eternamente. Segundo, outros dizem que a Lei no obrigatria ao cristo porque ela foi abolida. Isto , estamos plenamente seguros, um srio erro. Ele surge de uma interpretao equivocada de certas passagens das Epstolas. A tendncia inevitvel de tal erro o antinomismo, converter a graa de Deus em dissoluo (Jd 4). Terceiro, outros afirmam, e o escritor est entre este nmero, que os Dez Mandamentos so uma expresso do carter e vontade imutveis de Deus; que so um padro moral de conduta que desprezamos para o nosso prprio risco; que so, e sempre sero, obrigatrios para todos os cristos. Em nosso ltimo captulo, procuramos preparar o caminho para o presente. Ali, tratamos do aspecto negativo; aqui, trataremos do positivo. No anterior, procuramos apresentar o verdadeiro sentido das principais passagens do Novo Testamento invocadas por aqueles que negam que os Dez Mandamentos sejam atualmente obrigatrios para os cristos. No presente captulo, esforaremos por explicar algumas das muitas passagens no Novo Testamento que afirmam que os Dez Mandamentos so atualmente obrigatrios para os cristos. Portanto, convidamos a mais diligente e piedosa ateno do leitor para as escrituras citadas e para os nossos comentrios sobre elas. 1. No cuideis que vim destruir a Lei ou os profetas: no vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, at que o cu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passar da Lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, ser chamado o menor no reino dos cus; aquele, porm, que os cumprir e ensinar ser chamado grande no reino dos cus (Mt 5:17-19). Poderia parecer aos discpulos de Cristo que seu Mestre pretendia pr de lado Moiss e os profetas, e introduzir um padro de moralidade completamente novo. De fato, era verdade que Ele exporia o erro de depender da obra da Lei para aceitao diante de Deus (como Moiss e os profetas haviam feito antes dEle); mas no fazia parte do Seu propsito pr de lado
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a Lei em si mesma. Ele estava prestes a corrigir diversas corrupes, que prevaleciam entre os judeus, por isso cuidadoso em prefaciar o que Ele tem a dizer prevenindo-os a no interpretarem erroneamente os Seus propsitos. Longe de ter qualquer inteno de repudiar Moiss, Ele afirma do modo mais enftico primeiro, que Ele no veio destruir a Lei; segundo, que Ele veio cumpri-la; terceiro, que a Lei de obrigao perptua; quarto, que qualquer que viola um dos menores mandamentos da Lei e ensina os outros a cumpri-lo, sofrer perda; quinto, que aquele que guardou a Lei e ensinou os homens a respeitar e obedec-la seria recompensado. No vim destruir a Lei os profetas simplesmente explicaram a Lei, e censuraram Israel pelo seu fracasso em guard-la, e os precaveram das conseqncias da desobedincia continuada. No vim destruir a Lei. Nada poderia ser mais explcito. A palavra destruir aqui significa dissolver ou subverter. Quando, ento, nosso Senhor disse que no viera destruir a Lei, Ele nos deu a entender que no era o propsito da Sua misso revogar ou anular os Dez Mandamentos; que Ele no viera para libertar os homens das suas obrigaes para com os mesmos. E se Ele no destruiu a Lei, ento ningum poderia destru-la; e, se ningum a destruiu, ento a Lei ainda permanece com toda a sua autoridade divina; e, se a Lei ainda continua como a expresso imutvel do carter e da vontade de Deus, ento toda criatura humana est sob perptua obrigao de obedec-la; e, se toda criatura humana, logo, o cristo! Segundo, o Filho de Deus continuou dizendo: No vim destruir, mas cumprir. A palavra cumprir aqui significa encher, completar. Cristo cumpriu a Lei em trs sentidos primeiro, prestando obedincia pessoal aos seus preceitos. A Lei de Deus estava em Seu corao (Sl 40:8), e, em pensamento, palavra e obra, Ele satisfez perfeitamente as suas exigncias; e assim, pela Sua obedincia, Ele magnificou a Lei e a honrou (Is 42:21). Segundo, sofrendo (na Cruz) a pena de morte em favor do Seu povo que a tinha transgredido. Terceiro, manifestando a sua plenitude e espiritualidade e ampliando o seu contedo. Assim Cristo, o nosso Exemplo, cumpriu a Lei. Longe de Cristo ter revogado a Lei, Ele afirmou expressamente: at que o cu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passar da Lei, sem que tudo seja cumprido. Nestas palavras, Ele anuncia a perpetuidade da Lei. Enquanto o cu e a terra durarem, a Lei durar, e, por implicao necessria, as obrigaes perptuas de todos os homens de cumpri-la.
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Mas isto no tudo o que nosso Senhor disse aqui. Com previso onisciente, Ele antecipou o que Mr. Mead habilmente designou como o protesto moderno contra a Lei, e passa a advertir solenemente contra isto. Ele disse: Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, ser chamado o menor no reino dos cus. 2. Anulamos, pois, a Lei pela f? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei (Rm 3:31). Na parte anterior do captulo, o apstolo havia provado que no h um justo, nem um sequer (v. 10); segundo, ele havia declarado: Nenhuma carne ser justificada pelas obras da Lei (v. 20); ento, nos vv. 21-26, ele havia apresentado o caminho divino da salvao pela f no sangue de Cristo. No v. 28, ele resume o seu argumento afirmando: O homem justificado pela f sem as obras da Lei. Nos vv. 29, 30, ele prova que isto vale tanto para judeus como gentios. Ento, no v. 31, ele antecipa uma objeo: E quanto Lei, ento? Esta era uma questo muito pertinente. Duas vezes ele havia dito que a justificao era independente das obras da Lei. Se, ento, a Lei no servia para nada em efetuar a salvao dos pecadores, ela no tem absolutamente nenhuma funo? Se somos salvos pela f, a Lei intil? Devemos entender que voc quer dizer (Paulo) que a Lei foi anulada? De modo nenhum, a resposta do apstolo Estabelecemos a Lei. O que o apstolo queria dizer quando afirmou: Estabelecemos a Lei? Ele queria dizer que, como homens salvos, os cristos esto sob obrigaes adicionais de obedecer Lei, pois agora eles so providos de novos e mais poderosos motivos para servir a Deus. A justia imputada ao crente produz no justificado um tipo e um grau de obedincia que, de outro modo, no poderia ter sido alcanada. Longe de tornar sem efeito ou anular a autoridade e o uso da Lei, ela as mantm e confirma. A nossa obrigao moral para com Deus e o nosso prximo no foi enfraquecida, mas fortalecida. Abaixo apresentamos um ou dois breves excertos de outros expositores: Ser que a doutrina da f no esvazia o Antigo Testamento do seu significado, e ser que no anula a lei, e conduz ao seu desprezo? Ser que no abre a porta para a licenciosidade de vida? A isto o apstolo responde de modo nenhum; mas, pelo contrrio, o Evangelho pe a lei em uma base apropriada e a estabelece em seu fundamento como uma revelao da vontade de Deus (Dr. Griffith-Thomas). Cancelamos a lei, ento, por esta nossa f? Abrimos a porta, ento, para a licenciosidade moral? Abolimos o cdigo e o preceito, ento, quando no pedimos conduta, mas f? Fora com este pensamento; no, ns estabelecemos a lei; seguimos o pr-
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prio caminho para dar uma nova sacralidade a cada mandamento seu, e para revelar um novo poder para o cumprimento de todos eles. Mas como isto, e como deve ser, o argumento posterior mostrar (Dr. Handly Moule). Objeo: Se o homem justificado pela f sem as obras, ser que isto no anula completamente a lei, ou seja, no ensina a ilegalidade? Resposta: De modo nenhum. Isto estabelece a lei. Quando um homem salvo pela graa, isto no o torna sem lei. H um poder dentro dele que no destri, mas fortalece a lei, e faz com que ele a guarde, no por temor, mas por amor a Deus (H. S. Miller, M.A.). 3. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus; ... com o entendimento sirvo Lei de Deus (Rm 7:22-25). Neste captulo, o apstolo faz duas coisas: primeiro, ele mostra qual no e qual a relao da Lei com o crente judicialmente, o crente est emancipado da maldio ou pena da Lei (7:1-6); moralmente, o crente est sob a obrigao de obedecer Lei (vv. 22, 25). Em segundo lugar, ele previne uma falsa inferncia deduzida a partir do que havia ensinado no captulo 6. Em 6:1-11, ele apresenta a identificao do crente com Cristo como morto para o pecado (vv. 2, 7, etc.). Ento, do v. 11 em diante, ele mostra o efeito que esta verdade deveria ter sobre o andar do crente. No captulo 7, ele segue a mesma ordem de pensamento. Em 7:1-6, ele trata da identificao do crente com Cristo como morto para a lei (veja vv. 4 e 6). Ento, do v. 7 em diante, ele descreve as experincias do cristo. Assim, a primeira metade de Rm 6 e a primeira metade de Rm 7 tratam da posio do crente, ao passo que a segunda metade de cada captulo trata da condio do crente; mas com esta diferena: a segunda metade de Rm 6 revela qual deve ser a nossa condio, ao passo que a segunda metade de Rm 7 (vv. 13-25) mostra qual realmente a nossa condio.1 A controvrsia que tem se desencadeado sobre Rm 7 em grande parte fruto do perfeccionismo de Wesley e de seus seguidores. Que irmos, aos quais temos motivo para respeitar, tenham adotado este erro em uma forma modificada, apenas mostra quo difundido est hoje o esprito do laodiceanismo. Falar de sair de Rm 7 para entrar em Rm 8 inescusvel loucura. Rm 7 e 8 aplicam-se ambos, com fora e pertinncia reduzidas, a cada crente sobre a terra hoje. A segunda metade de Rm 7 descreve o conflito das duas naturezas no filho de Deus; simplesmente apresenta em detalhes o que resumido em Gl 5:17. Rm 7:14, 15, 18, 19, 21 atualmente valem para cada crente sobre a terra. Cada cristo fica aqum, muito aqum do pa1
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dro colocado diante de si queremos dizer o padro de Deus, no o dos mestres da assim chamada vida vitoriosa. Se algum leitor cristo estiver pronto a dizer que Rm 7:19 no descreve a sua vida, dizemos, com toda a amabilidade, que lamentavelmente ele est enganado. No queremos dizer com isto que todo cristo quebra as leis dos homens, ou que um transgressor pblico das leis de Deus. Mas queremos dizer que a sua vida est muito, muito abaixo do nvel de vida que nosso Salvador viveu aqui na terra. Queremos dizer que h muita coisa da carne ainda evidente em todo cristo e no menos naqueles que fazem ostentaes to sonoras de suas realizaes espirituais. Queremos dizer que todo cristo tem urgente necessidade de orar diariamente pelo perdo de seus pecados dirios (Lc 11:4), pois todos tropeamos em muitas coisas (Tg 3:2, R.V.). A segunda metade de Rm 7, ento, est descrevendo a condio do cristo, ou seja, o conflito entre as duas naturezas em seu interior. No v. 14, o apstolo declara: Sabemos que a Lei espiritual. Como esta linguagem diferente do modo aviltante como muitos agora se referem Lei de Deus! No v. 22, ele exclama: Segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus. Como isso est distante da iluso de que a Lei foi abolida, e que ela no serve mais para nada para o cristo! O apstolo Paulo no ignorou a Lei, muito menos a considerou como um inimigo. A nova natureza em seu interior deleitava-se nela; assim tambm o Salmista veja Sl 119:72, 97, 140. Mas a velha natureza ainda estava dentro dele tambm, combatendo contra a nova, e colocando-o em cativeiro lei do pecado, de modo que ele clamou: Miservel homem que eu sou! quem me livrar do corpo desta morte? (v. 24) e, sinceramente, temos pena de todo cristo professo que no faz eco a este clamor. A seguir, o apstolo agradece a Deus porque ele ainda ser livrado por Jesus Cristo nosso Senhor (v. 25), no pelo poder do Esprito Santo, note! O livramento futuro, na volta de Cristo, veja Fp 3:20, etc. Finalmente, e assinale que isto vem depois de ele ter falado acerca do livramento prometido, ele resume a sua experincia dual dizendo: Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo Lei de Deus, mas com a carne lei do pecado. Algo poderia ser mais claro? Ao invs de afirmar que a Lei no tinha nada a ver com ele como cristo, nem ele com ela, ele declarou expressamente que servia Lei de Deus. Isto suficiente para ns. Que os outros se recusem a servir Lei de Deus para o seu prprio risco. 4. Quem ama aos outros cumpriu a Lei. Com efeito: No adulterars, no matars, no furtars, no dars falso testemunho, no cobiars; e se h algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amars ao teu prximo como a ti mesmo. O
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amor no faz mal ao prximo. De sorte que o cumprimento da Lei o amor (Rm 13:8-10). Aqui, novamente, o apstolo, longe de fornecer o mnimo encorajamento estranha iluso de que os Dez Mandamentos se tornaram obsoletos para os cristos, na verdade cita cinco deles, e ento declara: O cumprimento da Lei o amor. O amor no uma substituio para a obedincia da Lei, mas aquilo que induz o crente a prestar obedincia a ela. Note atentamente, no : a ab-rogao da Lei o amor, mas: o cumprimento da Lei o amor. Toda a Lei est fundamentada no amor a Deus e no amor ao homem. Isto no pode ser violado sem a transgresso da Lei; e, se h amor, o mesmo nos influenciar observncia de todos os mandamentos de Deus (Haldane). O amor o cumprimento da Lei porque o amor aquilo que a Lei demanda. As proibies da Lei no so restries irracionais liberdade crist, mas as justas e sbias exigncias do amor. Podemos acrescentar que o que foi dito acima outra passagem que serve para explicar Rm 3:31, pois ela fornece um exemplo prtico do modo como o Evangelho estabelece a Lei como a expresso da vontade divina, a qual somente o amor pode cumprir. 6. Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que esto debaixo da Lei, como se estivesse debaixo da Lei, para ganhar os que esto debaixo da Lei. Para os que esto sem Lei, como se estivesse sem Lei (no estando sem Lei para com Deus, mas debaixo da Lei para com Cristo), para ganhar os que esto sem Lei (1 Co 9:19-22). O pensamento central desta passagem como o apstolo renunciava sua liberdade crist por amor do Evangelho. Embora livre de todos, no obstante, ele se fazia servo de todos. Para os judeus no-convertidos ele tornou-se um judeu At 16:3 fornece uma ilustrao. Para aqueles que se consideravam ainda sob a lei cerimonial, ele agia conformemente At 21:26 fornece um exemplo disto. Para os que estavam sem Lei, ou seja, os gentios sem a lei cerimonial, ele se abstinha do uso de todas as cerimnias tal como eles faziam cf. Gl 2:3. Contudo, ele no agia como se estivesse sem Lei para com Deus, mas, ao invs disso, como debaixo da Lei para com Cristo, ou seja, como ainda estando sob a Lei moral de Deus. Ele nunca se considerava livre dela, nem faria qualquer coisa contrria Lei eterna da justia. Estar debaixo da Lei para com Deus , sem dvida, estar sob a Lei de Deus. Portanto, estar debaixo da Lei para com Cristo, estar sob a Lei de Deus, pois a Lei no foi ab-rogada, mas aplicada por Cristo. Este texto fornece, ento, uma resposta clara e decisiva para a questo de como o crente est debaixo da Lei de Deus a saber, na medida em que ele est debaixo da Lei para com Cristo, pertencendo a Cristo, tal como pertence, por redeno.
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7. Porque vs, irmos, fostes chamados liberdade. No useis ento da liberdade para dar ocasio carne, mas servi-vos uns aos outros em amor. Porque toda a Lei se cumpre numa s palavra, nesta: Amars ao teu prximo como a ti mesmo (Gl 5:13, 14). Aqui o apstolo primeiro lembra os santos glatas (e ns) de que eles haviam sido chamados para a liberdade, ou seja, da maldio da Lei moral (3:13). Segundo, ele define os limites dessa liberdade, e mostra que ela no deve se deteriorar em licena carnal, mas que est limitada pelas exigncias da imutvel Lei moral de Deus, a qual exige que amemos o nosso prximo como a ns mesmos. Terceiro, ele repete aqui o que havia dito em Rm 13:8-10, a saber, que o amor o cumprimento da Lei. O novo mandamento de amar os nossos irmos abrangido no velho mandamento de amar o nosso prximo, por isso o primeiro reforado por um apelo ao ltimo. Porque vs, irmos, fostes chamados liberdade. No useis ento da liberdade para dar ocasio carne, mas servi-vos uns aos outros em amor (Gl 5:13). Citamos aqui parte dos comentrios do falecido Dr. George Bishop sobre este verso: O apstolo aqui enfatiza um perigo. O crente, antes de crer, apoiava-se em suas obras para salv-lo. Aps crer, vendo que no salvo de modo algum pelas suas obras, ele est em perigo de desprezar as boas obras e minimizar o seu valor. A princpio, ele era um arminiano vivendo pela lei; agora, ele est em perigo de tornar-se um antinomiano e colocar a lei completamente de lado. Mas a lei santa, e o mandamento santo, e justo, e bom. Ela o padro de Deus a Norma eterna. Cumprida por Cristo por ns, ela ainda permanece a reta e inerrante regra de justia. Estamos sem a lei para a salvao, mas no sem a lei para a obedincia. Os anjos esto sob a lei de guardar os mandamentos de Deus, ouvindo voz da Sua palavra (Sl 103:20). A lei ento imutvel o seu reinado, universal e sem exceo. A lei! Ela a transcrio da perfeio divina; o padro da justia eterna; a alegria e o xtase de todos os seres santos. A lei! Estamos acima dela para a salvao, mas debaixo dela, ou antes nela e ela em ns, como um princpio de santidade (Grace in Galatians). 8. Vs, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto justo. Honra a teu pai e a tua me, que o primeiro mandamento com promessa; para que te v bem, e vivas muito tempo sobre a terra (Ef 6:1-3). Uma vez mais temos uma citao direta das tbuas de pedra como o regulador da conscincia crist. Primeiro, o apstolo manda aos filhos que obedeam aos seus pais no Senhor. Segundo, ele refora
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isto por um apelo ao quinto mandamento no Declogo. Que prova isto de que o cristo est debaixo da Lei (pois o apstolo est escrevendo a cristos), debaixo dela para com Cristo. Terceiro, no apenas o apstolo cita aqui o quinto mandamento, mas nos lembra de que h uma promessa anexada ao mesmo, uma promessa concernente prolongao da vida terrena. Como isto refuta aqueles que declaram que as nossas bnos so todas espirituais e celestiais (Ef 1:3). Que aqueles que esto constantemente criticando aqueles que enfatizam sobre os filhos de Deus as escrituras que tm a ver com a nossa caminhada terrena, e que chamam isto de descer da nossa posio nos lugares celestiais, ponderem cuidadosamente Ef 6:2, 3 e tambm 1 Tm 4:8 Porque o exerccio corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que h de vir; e que estudem tambm 1 Pe 3:10. Na administrao do Seu governo, Deus age sobre princpios imutveis.2 9. Sabemos, porm, que a Lei boa, se algum dela usa legitimamente (1 Tm 1:8). A Lei usada ilegitimamente quando pecadores se apiam em sua obedincia imperfeita a ela como a base da sua aceitao por Deus. Do mesmo modo, os crentes tambm a usam ilegitimamente quando obedecem aos seus preceitos por temor servil. Mas, usada legitimamente, a Lei boa. Isto nunca poderia ter sido dito se a Lei fosse um inimigo a ser evitado. Nem poderia ter sido dito se ela tivesse sido anulada para o cristo. Neste caso, o apstolo teria dito: A Lei no obrigatria para ns. Mas ele no disse isto. Antes, ele declarou: A Lei boa. Ele disse mais do que isso, ele afirmou: Sabemos que a Lei boa. No um ponto debatvel, antes um que foi divinamente decidido por ns. Mas a Lei s boa se algum (no grego, qualquer um) usa dela legitimamente. Usar a Lei legitimamente consider-la como a expresso imutvel da vontade de Deus, e, portanto, deleitar-se nela. Usar a Lei legitimamente receb-la como o censor da nossa conduta. Usar a Lei legitimamente cumpri-la em amor. 10. Eis que viro dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Jud estabelecerei uma nova aliana ... Esta a aliana que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu corao as escreverei (Hb 8:8, 10). Note-se atentamente que esta passa2
Que alguns filhos obedientes tenham vida curta no desmente a palavra de Deus mais do que o fato de que
alguns homens diligentes sejam pobres, contudo, Pv 10:4 diz: A mo dos diligentes enriquece. A verdade que estas promessas revelam o propsito geral de Deus, mas Ele sempre reserva para Si o direito soberano de fazer de quem Ele quiser excees regra geral.
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gem demonstra inequivocamente duas coisas: primeiro, ela prova conclusivamente que a Lei no foi abolida! Segundo, ela prova que a Lei tem sim um uso e valor para aqueles que so salvos, pois o Israel salvo que aqui est em vista! E tambm no possvel qualquer espao para dvida quanto a se isto se aplica ou no a cristos gentios agora. A passagem h pouco citada refere-se ao novo concerto. Ser que o novo concerto restrito a Israel? Enfaticamente, no. Nosso Salvador no disse na Santa Ceia: Isto o Meu sangue, o sangue do Novo Concerto, que derramado por muitos, para remisso dos pecados (Mt 26:28, R.V.)? Ser que o sangue de Cristo do Novo Concerto era limitado a Israel? Certamente que no. Note como o apstolo cita as palavras de nosso Senhor quando escreve aos corntios, veja 1 Co 11:25. Do mesmo modo, em 2 Co 3:6 o apstolo Paulo tambm declara que Deus nos fez (no vai nos fazer) ministros do novo concerto. Isto prova positiva de que os cristos esto debaixo do novo concerto. O novo concerto feito com todos aqueles por quem Cristo morreu, e, portanto, Hb 8:8-10 nos assegura de que Deus pe as Suas leis nas mentes e as escreve nos coraes de cada um dos Seus redimidos. Mas alguns esto to ansiosos por se agarrar a tudo o que eles imaginam que favorece a sua argumentao de que em sentido algum os crentes esto debaixo da Lei, que esta passagem s vezes invocada em apoio. Argumenta-se que, visto como Deus agora escreveu (pela regenerao) a Lei no corao do crente, Ele no precisa mais de nenhum mandamento exterior para governar e direcion-lo. O princpio interior, afirma-se, agora o mover espontaneamente, de modo que toda a necessidade da lei externa removida. Este erro foi to habilmente exposto cinqenta anos atrs por Dr. Martin, que transcrevemos uma parte da sua refutao: Como foi com os nossos primeiros pais? Se alguma vez a lei exterior, categrica e imperativa, poderia ter sido dispensada, poderia no caso de Ado. Em todo o alcance da sua natureza, no havia nada de avesso lei de Deus. Ele era uma lei para si mesmo. Ele era a lei moral para si mesmo; amando a Deus de todo o seu corao, e ao seu prximo como a si mesmo, em todas as coisas contente, em nada cobioso. Era o mandamento imperativo, autoritativo, soberano, portanto, absolutamente desnecessrio? Deus achou desnecessrio dizer para ele: Tu fars, ou: Tu no fars? Foi exatamente aquilo que a sabedoria infinita viu que ele precisava. E, por isso, Ele deu mandamento No comers.
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Como foi com o ltimo Ado? Toda a lei de Deus estava operando em Seu corao, um princpio interior de graa; Ele certamente poderia, se algum pudesse, ter prescindido da estrita, imperativa e autoritativa lei e mandamento. Deleito-Me em fazer a Tua vontade, Deus Meu; sim, a Tua Lei est dentro do Meu corao. No havia, portanto, nenhum mandamento colocado nenhum estatuto de obedincia ordenado para Ele? Ou ser que Ele se queixou de que houvesse? No; eu O ouo especialmente Se regozijando nisto. Cada palavra que Ele expressou, cada obra que Ele fez, foi por mandamento: O Pai, que Me enviou, ele Me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar; portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai me deu mandamento. E os Seus membros, ainda que o Esprito regenerador habite neles, reivindicaro uma iseno daquilo de que o Filho no foi isento? Os crentes, porque o Esprito pe a lei em seus coraes, reivindicaro um direito de agir meramente pelo ditado do princpio gracioso interior, sem entraves, no-controlados por um estatuto peremptrio exterior? Apelo para Paulo no captulo sete de Romanos, onde ele diz: A lei santa, e acrescenta, como se para mostrar que no era nenhuma lei do corao atuando no interior, mas a lei mandatria de Deus vontade: a lei santa, e o mandamento santo, justo e bom. E apelo para o doce cantor de Israel, conforme o vejo no Sl 119, que do comeo ao fim o suspiro de um corao no qual a lei de Deus est escrita, reconhecendo-se com alegria como estando debaixo da lei peremptria exterior. Tu ordenaste os Teus mandamentos, para que diligentemente os observssemos. 11. Se cumprirdes, conforme a Escritura, a Lei real: Amars a teu prximo como a ti mesmo, bem fazeis (Tg 2:8). O propsito imediato do apstolo era corrigir um mal comum em todos os lugares e pocas do qual seus irmos eram culpados. Eles haviam prestado deferncia aos ricos, e lhes mostrado maior respeito do que aos pobres que assistiam sua assemblia (veja os versos precedentes). Eles haviam, na verdade, desonrado o pobre (v. 6). O resultado era que o bom nome de Cristo havia sido blasfemado (v. 7). Agora, surpreendente observar o mtodo seguido e o fundamento do apelo feito pelo apstolo Tiago ao corrigir este mal. Primeiro, ele diz: Se cumprirdes, conforme a Escritura, a Lei real: Amars a teu prximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepo de pessoas, cometeis pecado, e sois redargidos pela Lei como transgressores (vv. 8, 9). Ele mostra que, ao desprezar o pobre, eles haviam transgredido a Lei, pois a Lei diz: Amars o teu
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prximo como a ti mesmo. Aqui, ento, est a prova positiva de que a Lei era obrigatria para aqueles a quem Tiago escrevia, pois impossvel que algum que esteja em todo o sentido morto para a Lei seja um transgressor dela. E aqui provvel que alguns levantem a mincia de que a Epstola de Tiago judaica. Verdade, a Epstola dirigida s doze tribos dispersas. Contudo, no se pode negar que o apstolo estava escrevendo a homens de f (1:3); homens que haviam sido regenerados gerados (1:18); homens que eram chamados pelo bom nome de Cristo (2:7) e, portanto, cristos. E diante deles que o apstolo aqui apela para a Lei! outra prova conclusiva de que a Lei no foi abolida. O apstolo aqui chama a Lei de Lei real. Isto era para enfatizar a sua autoridade, e para lembrar seus irmos regenerados de que o menor desvio dela era rebelio. A Lei real tambm chamava a ateno para a suprema dignidade do seu Autor. Esta Lei real, aprendemos, est transcrita nas Escrituras a referncia aqui era, naturalmente, s Escrituras do Antigo Testamento. A seguir, o apstolo diz: Porque qualquer que guardar toda a Lei, e tropear em um s ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: No cometers adultrio, tambm disse: No matars. Se tu pois no cometeres adultrio, mas matares, ests feito transgressor da lei (vv. 10, 11). Seu propsito evidente. Ele insiste com aqueles a quem escreve que, aquele que falha em amar ao seu prximo to exata e verdadeiramente transgressor da Lei como o homem que culpado de adultrio ou assassinato, pois ele se rebelou contra a autoridade daquEle que deu toda a Lei. Nesta citao do 6. e 7. mandamentos, toda a dvida removida quanto a qual a Lei em vista nesta passagem. Finalmente, o apstolo diz: Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela Lei da liberdade. Porque o juzo ser sem misericrdia sobre aquele que no fez misericrdia; e a misericrdia triunfa do juzo (vv. 12, 13). Isto solene e precisa ser urgentemente enfatizado sobre o povo do Senhor hoje os cristos vo ser julgados pela Lei! A Lei o imutvel padro de conduta de Deus para todos; e igualmente todos, santos e pecadores, vo ser pesados em suas balanas; claro que no para determinar o seu destino eterno, mas para definir a distribuio de recompensa e castigo. Deve ser bvio para todos que a prpria palavra recompensa implica em obedincia Lei! Seja isto repetido, porm, que este juzo para os cristos no tem absolutamente nada a ver com a sua salvao. Ao invs disso, para determinar a medida de recompensa de que desfrutaro no Cu. Se algum obje-
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tasse contra a idia de algum juzo futuro (no castigo, mas juzo) para os cristos, gostaramos de lhes pedir que ponderassem cuidadosamente 1 Co 11:31, 32; 2 Tm 4:1; Hb 10:30 em cada caso, a palavra grega a mesma que aqui em Tg 2:12. Deve ser notado que o apstolo aqui designa a Lei pela qual seremos julgados de Lei da liberdade. Ela , naturalmente, a mesma que a Lei real do v. 8. Mas por que design-la como Lei da liberdade? Porque assim ela para o cristo. Ele a obedece (ou deveria faz-lo) no por temor, mas por amor. A nica liberdade verdadeira est na completa sujeio a Deus. Havia, tambm, uma propriedade peculiar no apstolo Tiago em designar aqui a Lei de Deus como Lei da liberdade. Seus irmos haviam sido culpados de fazer acepo de pessoas, mostrando indevida deferncia pelos ricos; e isto era, na verdade, servilismo da pior espcie. Mas amar o prximo nos libertar disto. 12. Outras passagens no Novo Testamento que mostram mais diretamente a relao da Lei com os crentes poderiam ser citadas, mas encerramos chamando a ateno para 1 Jo 2:6, Aquele que diz que est nEle, tambm deve andar como Ele andou. Isto muito simples e, contudo, profundamente importante. O crente aqui exortado a regular o seu andar pelo andar de Cristo. Como Ele andou? Respondemos: em perfeita obedincia Lei de Deus. Glatas 4:4 nos diz: Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei. Salmo 40:8 declara que a Lei de Deus estava em Seu corao. Todas as coisas registradas a respeito do Salvador nos quatro Evangelhos evidenciam a Sua completa sujeio Lei. Ento, se o cristo deseja honrar e agradar a Deus, se quer andar como Cristo andou, ele deve regular a sua conduta por e prestar obedincia aos Dez Mandamentos. No queremos insistir por um momento que o cristo no tenha nada mais do que os Dez Mandamentos para regular a sua conduta. No; Cristo veio para cumprir a Lei, e, conforme indicamos, uma coisa isto significa, e que Ele proclamou a plenitude do seu contedo, Ele trouxe luz a sua excelente espiritualidade, Ele nos mostrou (tanto diretamente como atravs dos Seus apstolos) a sua multiforme aplicao. Mas seja qual for a ampliao que a Lei tenha recebido no Novo TEstamento, nada foi dado por Deus que em qualquer sentido esteja em conflito com o que Ele primeiro gravou na natureza moral do homem, e depois escreveu com o Seu prprio dedo no Sinai nada que modifique no mnimo a sua autoridade ou a nossa obrigao de prestar obedincia a ela.
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Que o Esprito Santo ilumine os nossos entendimentos obscurecidos pelo pecado e atraia os nossos coraes a Deus, de tal modo que verdadeiramente digamos: Melhor para mim a Lei da Tua boca do que milhares de ouro ou prata ... Oh! quanto amo a Tua Lei! a minha meditao em todo o dia (Sl 119:72, 97).