Dia Do Comando Da Instrução e Doutrina

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MENSAGEM DE SUA EXCELÊNCIA O

GENERAL CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO


POR OCASIÃO DA CERIMÓNIA COMEMORATIVA DO
DIA DO COMANDO DA INSTRUÇÃO E DOUTRINA
General Chefe do 17MAI09
Estado-Maior do Exército

Oficiais, Sargentos, Praças e Funcionários Civis do Comando da Instrução e Doutrina,

É com apreço e satisfação que o Comandante do Exército se associa às comemorações do dia


do Comando da Instrução e Doutrina e dirige uma palavra de estímulo e consideração a todos
militares e civis, que servem neste Comando, bem como nas Unidades e Estabelecimentos na
sua dependência e que tanto colaboram, com a sua dedicação e saber, para a consolidação da
actividade de instrução, ensino e formação militar, de qualidade reconhecida, contribuindo para o
prestígio de que o Exército desfruta, quer na Sociedade Portuguesa, quer junto das nações
aliadas e países amigos com quem actua nas Forças Nacionais Destacadas.

Temos hoje um Exército orientado para a excelência, cada vez mais moderno, adaptado e
adaptável, expedicionário e capaz de actuar em todo o espectro do conflito actual. Esta
valorização do produto operacional tem por fundamentos, uma postura de exigência do ponto de
vista da qualidade da formação dos seus recursos humanos que impõe padrões de desempenho
muito elevados.

Por ser estrutural relativamente à acção, a Formação tem, desde há muito, sido uma prioridade
para o Exército que disponibiliza um variado e abrangente conjunto de cursos realizados quer a
nível nacional quer no quadro internacional, junto de exércitos tidos como de referência. Esta
escolha materializa-se numa reconhecida qualidade superior dos nossos Quadros, cuja
excelência consubstancia um precioso património nacional.

É um valor que queremos preservar e melhorar, pois é nele que assenta o desempenho das
nossas Unidades dentro e fora de fronteiras e a circunstância recorrente de vermos os nossos
Quadros e Tropas, serem objecto dos maiores encómios por parte de entidades nacionais e
estrangeiras e das consequentes solicitações para o desempenho de importantes cargos e
missões no âmbito interno e externo, com particular realce para as assumidas no quadro das
Organizações Internacionais de que Portugal faz parte.

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Neste domínio, é de central importância que se desenvolvam e aperfeiçoem os programas dos
cursos de formação dos líderes do futuro, em especial dos mais baixos escalões, de modo a
incorporarem a evolução e complexidade crescente da conflitualidade actual, bem como as
particularidades dos teatros de operações, numa óptica de os habilitar a responder aos desafios
concretos.

A evolução dos sistemas tecnológicos militares, a incerteza e dinâmica dos ambientes


operacionais, os novos desafios e ameaças, e a era da informação e do conhecimento em que
vivemos obrigam a uma evolução de paradigma, do “saber fazer como prescrito” para um “saber
agir consciente".

É necessário implementar no Exército uma cultura de missão, designadamente para os jovens


lideres do futuro, formando-os para o que se prospectiva ser necessário fazer, educar e estimular
a sua aptidão para responder a situações de incerteza e lidar com a ambiguidade e fomentar a
iniciativa e autonomia, para que sejam capazes de tirar partido das oportunidades,
desenvolvendo uma efectiva capacidade de decisão.

Importa por fim, actualizar as referências doutrinárias bem como os manuais e regulamentos, de
modo a incluírem os novos sistemas de armas e equipamentos que entraram ao serviço do
Exército, garantindo a maximização das suas capacidades.

A par desta evolução, o Exército colabora no esforço nacional para a qualificação dos cidadãos e
para a melhoria das competências académicas, através do seu Centro de Novas Oportunidades;
importa também, salientar o decisivo impulso dado para a definição do processo e ajustamento
de referenciais de curso, estabelecendo mecanismos que permitem o reconhecimento de
equivalências com os sistemas nacionais de formação e qualificação, garantindo a validação
formal de uma qualidade amplamente reconhecida no Exército e, simultaneamente, aumentando
o leque de oportunidades profissionais dos militares voluntários e contratados após a sua
passagem pelas fileiras.

Deve, neste domínio, prosseguir-se o esforço de acreditação de toda a estrutura de Formação


do Exército e, continuar o trabalho de ajustamento dos cursos militares ao Catálogo Nacional de
Qualificações que se constitui como instrumento de oferta formativa de dupla certificação, para
os cursos de nível não superior, numa modalidade de formação modular, abrindo-se desta forma
o Exército às necessidades da sociedade actual e afirmando-se uma vez mais como pilar
estruturante do País.

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O Comandante do Exército releva ainda o recém-criado Portal da Formação, que se constitui
como um importante contributo para o desafio da excelência do Exército no domínio da
Formação. Através do judicioso ajustamento e inovação de conceitos, métodos e procedimentos,
encontra-se permanentemente disponível a informação e os conteúdos que permitem a
eficiência do trabalho de planeamento da formação dos recursos humanos, do Exército.

Este é o conceito subjacente aos Sistemas de Lições Aprendidas que se deseja para o Exército,
permitindo o aperfeiçoamento da doutrina, formação e treino dos militares e unidades
constituídas, bem como a participação aberta à colaboração na melhoria das mesmas. De igual
forma, o Exército deseja dotar-se de novas modalidades de ensino/aprendizagem, recorrendo às
mesmas plataformas, privilegiando as abordagens b-Learning, como forma de rentabilizar e
flexibilizar os períodos de formação e trabalho dos militares.

Uma referência especial para o Instituto de Odivelas, Colégio Militar e Instituto Militar Pupilos do
Exército que cumprem da sua missão norteados pelos mais elevados padrões de exigência e
qualidade; requisitos que contribuíram para a sua inegável credibilidade e prestígio que, com
honra e valor, formam e preparam um conjunto de cidadãos, com o imprescindível apoio dos
pais e encarregados de educação, num ambiente de partilha de dificuldades e de superação de
desafios, e onde são aprendidos desde cedo e vividos diariamente, entre outros valores, a
lealdade, a camaradagem, o espírito de corpo, a disciplina e o brio pessoal e colectivo.

Não surpreende, pois, que continuem a ser conhecidos pela elevada qualidade do ensino
ministrado, quer ao nível pedagógico, como comprovam os rankings nacionais do Ensino
Secundário que têm sido divulgados, quer ao nível da formação moral e cívica.

Enquanto Comandante do Exército, considero o modelo educativo destes Estabelecimentos


Militares de Ensino naturalmente enquadrados com a visão e os objectivos do Exército,
importando por isso preservá-los e apoiá-los, de forma planeada e sustentada, colocando
permanentemente ênfase no acompanhamento da evolução que se vier a verificar a nível
nacional, com especial realce na actualidade, para o Plano Tecnológico.

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Oficiais, Sargentos, Praças e Funcionários Civis do Comando da Instrução e Doutrina,

O Comandante do Exército está ciente da capacidade de todos quantos servem no Comando de


Instrução e Doutrina e absolutamente seguro, que o seu profissionalismo permitirá ultrapassar
com êxito os exigentes desafios colocados à Formação e Doutrina, e exorta a todos, Oficiais,
Sargentos, Praças e Funcionários Civis que servem no Comando da Instrução e Doutrina a
prosseguir o seu “TRABALHO ILUSTRE, DURO E ESCLARECIDO”, com rigor e determinação, e
a contribuir para a eficácia e consequentemente para o prestígio do Exército, ao serviço de um
Portugal mais seguro e forte, mais moderno e mais respeitado.

13 de Maio de 2009

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

JOSÉ LUÍS PINTO RAMALHO


GENERAL

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