g p

Nome Yorub- g p Nome cientfico Elaeis guineensis jacq., Palmae Nome popular Dendezeiro Consideraes: O dendezeiro uma rvore que acompanha a civilizao dos povos Africanos no Brasil.Essa palmeira foi introduzida no Brasil no sculo XVII, onde encontrou em toda costa nordestina, local propcio para aclimatar-se, tornando-se o principal produto da economia de muitas cidades baianas. O dendezeiro, alm dos seus mltiplos e teis usos um smbolo da vida religiosa dos terreiros; terreiros que sempre guardaram sabedoria as tradies culturais, com as normas peculiares de cada nao e de cada culto religioso. A presena do dendezeiro e seus produtos so significativos no patrimnio afro-brasileiro, bem como crescente o consumo industrial. Sem dvida um dos emblemas dessa histria viva o dend (leo extrado da polpa do fruto do dendezeiro) que no Brasil recebeu nomes populares como azeite de dend, azeite de cheiro, ep, leo, leo de dend. O dendezeiro uma rvore to sagrada para o povo de santo, que os talos, folhas e fruto so revertidos num aproveitamento integral. Das folhas novas e tenras desfiadas artesanalmente, feito o mari, muito importante no uso do verde na tica religiosa nos terreiros de Candombl. Os talos ou taliscas do dendezeiro so o material bsico para feitura de dois tipos de ferramentas de santo, que so o Xaxar e o Ibiri. As formas dessas ferramentas seguem rgidos padres e se atm s funes especficas dos Orixs Obaluay e Nan. Portanto o dendezeiro um smbolo da memria africana e brasileira, convivendo e personalizando o povo, especialmente o Povo de Santo. um patrimnio de todos. Descrio : O dendezeiro (Elaeis guineensis), tambm conhecido como palmeira-de-leo-africana, aavora, palma-de-guin, palma, dendm (em Angola), palmeira-dendm ou coqueiro-de-dend, uma palmeira originria da Costa Ocidental da frica (Golfo da Guin). Seu fruto conhecido como dend, e seu leo como azeite de dend ou leo de palma. O dendezeiro encontrado em povoamentos subespontneos desde o Senegal at Angola, foi levado ao Brasil no sculo XVII, e adaptou-se bem ao clima tropical mido do litoral baiano. Dela extrai-se o azeite-de-dend. A palmeira chega a 15m de altura. Seus frutos so de cor alaranjada, e a semente ocupa totalmente o fruto. Seu rendimento muito grande, produz 10 vezes mais leo que a soja, 4 vezes mais que o amendoim e 2 vezes mais que o coco. Da amndoa do fruto se extrai tambm um leo usado em cosmtica e na fabricao de chocolate. Uso Ritualstico: Pertence ao Oris Oxal, Ogun e Oy. a palmeira imprescindvel em uma casa de candombl. Na formao de um terreiro, deve ser uma das primeiras rvores a ser plantada no seu espao -mato. Muito utilizado na religio. Dos brotos de suas folhas se faz vestimenta de alguns Oriss e suas folhas aps desfiadas, so espalhas pelos berais e entrada da casa de santo para espantar Eguns. Do talo central da folha se faz a Isa (Ixan), vareta de 1,5m, que serve para controlar Egun. As palmas recm brotadas constituem a representao mais importante de Ogun. Que outro vegetal pode ser mais importante para nosso contexto religioso que o dendezeiro? Creio que podem existir outros to importantes quanto ele mas nenhum mais importante do que ele. Das suas folhas fazem-se as franjas do mariwo, cortinas sagradas que tm por finalidade resguardar e separar o sagrado do profano. De seus frutos extrai-se o leo de palma, conhecido no Brasil como azeite de dend, no Caribe como manteca de corojo, entre os nags como epo pupa e entre todos os iniciados como "sangue vegetal". Retirada a polpa de seus frutos, de onde se obtm o azeite, resta uma semente, pequeno caroo no interior do qual se encontra um coquinho do qual se extrai um leo finssimo denominado leo de palmiche, conhecido em yorub pelo nome de ADI. Este leo seria a maior interdio de Exu e sua grande KISILA. No bastassem os diferentes produtos que nos fornecido por esta rvore, devemos nos reportar aos seus significados mais profundos. O dendezeiro a rvore sagrada de If e de seus frutos que se obtm os negros caroos que, depois de ritualisticamente consagrados, iro representar ORUNMIL em seus assentamentos, alm de servirem para as consultas ao orculo de If onde o prprio Orunmil contatado por seus sacerdotes, os babalas. Aos caroos assim consagrados d-se o nome de IKIN. Somente os coquinhos que possuam quatro olhos ou mais servem para esta finalidade, sendo que aqueles que possuem apenas trs olhos no devem ser usados para este fim.

Sabemos da existncia de escolas que utilizam indiscriminadamente os caroos, independente da quantidade de olhos que possuam, mas no meu objetivo questionar a validade deste fato na presente mensagem. O que importa deixar claro que, classificado cientificamente como "Elaeis Guineensis", pertencente a famlia das "palmceas", este vegetal possui ainda duas variaes que so a "communis" e a "idoltrica". A primeira, comum, a mais utilizada na cultura deste vegetal, por produzir, em maior quantidade, frutos maiores e que atendem melhor ao objetivo da produo de mais leo. A variedade idoltrica produz frutos menores e, por este motivo no cultivada como sua irm comum, mas ela que produz as sementes de quatro ou mais olho s o que no ocorre em relao espcie comum, que pode, ocasional e muito raramente oferecer-nos um caroo de quatro olhos entre milhares de trs, e isto uma exceo dificlima de ocorrer. Esta diferena sempre foi conhecida pelos africanos que do, s duas espcies, nomes diferentes. Segundo Verger, a variedade communis conhecida pelos YORUB pelos seguintes nomes: OP PNKR; PNKR; OP ARNF; OP RWA; OP ALRN; OP ELRAN; OP RW, ETC. A variedade idoltrica conhecida como: OP, OP IF, OP OLF, OP KIN; OP IKIN; OP YAYLA; OP PEKU PE YE; OP KANNAKNN E OP TMR ERK AD. A questo a que se segue: ser que existem, no Brasil, ps da variedade idoltrica? O Igi Ope como chamado pelos Nags/Ketu alm destas propriedades citadas que so utilizadas nos rituais sagrado dos Orisa, quero aqui complementar partes que so de grande importncia em nossos rituais religiosos. IBAL so os talos que so retirados das folhas do igi ope quando esto fazendo as franjas do mariwo, o Ibal um elemento de ancestralidade que os sacerdotes Asoba usam na confeco dos smbolos sagrados, o Orisa Obaluaiye e do Orisa Nana e dos orisa Osumare e Osayim, ressaltando que estes smbolos tem todo um ritual para serem feitos, e poder transmitir a fora de ase, que estes orisas possuem, hoje muitos compram em lojas de artigos religiosos, revertidos com produtos que no tem validade religiosa, como SASARA e IBIRI,que por sua vez deveriam ser feitos, nas prprias casas de ase. EKURO um elemento retirado das casca do Iki quando so cozidos para ser extrado o Epo Pupa, Ekuro utilizada no ritual de iniciao do culto do Orisa Aira e o GOS, outro elemento transmissor de ase que retirado do tronco do Igi Ope e utilizado no Ajere do Orisa Oya e Orisa Sango. tronco do Igi Ope e retirado o Em uma bebida usada no culto do Orisa Ogun, conhecido tradicionalmente como vinho de palma. Epo pupa elemento transformador de ase contrariando o que muitas pessoas pensam,ser elemento GUN, na verdade um elemento ERO. Os Igi Ope vive aproximadamente entre 40 a 50 anos, seus tronco depois de seco so feito atabaque pelos praticante do Culto de Batuqueje nos candomble do Semi-Arido Bahiano tocado entre as pernas de onde sai um som frentico. No sabemos exatamente a que poca surgiu o dendezeiro na Terra , contudo indcios dessa palmcea j foi encontrado em tumbas milenares do antigo Egito. Sua importncia tanta nas religies de matriz africana no Brasil que passou a nomear todos os crentes que comungam f nos Orixs , Voduns e Inkisses - o povo do azeite. Azeite este extrado dos frutos maduros do dendezeiro. com o azeite-de-dend que se prepara : os famosos acarajs de Oy ; o abar que acalma Yoba , que da cor ao ipet da Oxum , o omolukum que apazigua as Yami , que da sabor ao pir de batatas-baroas de Yiw , o carruru dos Ibejis , o latip de Obaluai , o sarapatel de Nan , o jacicou de Oxumar , o ej de Logun Ede e o eb Y de Iemanj. Ao contrrio do que muitos dizem , o azeite-de-dend no "esquenta" Ex , mas sim o acalma. Todas as divindades nag-yorub apreciam o azeite-de-dend, tambm chamado de azeite de cheiro, exceto, obviamente, os Funfum. Contudo , como foi magnificamente dito acima , dos frutos do dendezeiro se extrai um leo obtido do interior de suas sementes , chamado de adn. Ser com esse leo que se preparar diversas iguarias para deleitar essas divindades. Do tronco do dendezeiro se extrai uma seiva com a qual se prepara uma bebida extremamente alcolica chamada de vinho-de-palma , ser fazendo aluso a essa bebida tradicional que diversos orixs em suas danas sagradas rememoraro a embriaguez , to peculiar ao sexo masculino. Principalmente Iroko. As folhas do dendezeiro servem de vestimenta para Ogun , e das farpas de seu talo preparamos o "boi" para agradar este temperamental orix. Agradamos Oxosse com o axox , mais tambm assamos o lagarto redondo e mantas de carne-seca regadas no azeite-de-dend no intuito de que esse grande orix v caar para ns o que queremos , e que ele encontre essa "caa" com rapidez. No Benin conhecido como Detin em Lngua Fongbe e no dialeto Gun (de Allada) que uma variao do fongbe entre outras, e por Ede em adja. Os nags e iorubs denominam este coqueiro por Igi Okpe. Do fervimento se sua polpa surge o azeite-de-dend (zomi ou

ami-vovo dos fons; ep-pupa dos nags e iorubs). E do coquinho, o okwe conhecido pelos mahis, preparado o adin (leo de ss) e isto desagrada a Legba, sendo um legbasu (proibio de Legba; de suproibio) porqu envolve a destruio do coquinho para seu preparo, e os coquinhos so sagrados de F, divindade da advinhao com a qual Legba colabora servindo de intermedirio no F-Tit (Jogo do Okpele-If em yorb), trazendo as respostas de F atravs da leitura dos ds (destinos). Por isto Legba no gosta do adin. Devido ao temor que se tem da divindade, as indstrias no costumam utilizar do coquinho de quatro orifcios, ou olhos, sagrados do F, e procuram usar nos processos aqueles que no servem para o jogo, com nmeros de olhos distintos. O azeite-de-dend movimenta uma boa parte do mercado de exportao e do mercado interno de muitos pases do oeste africano. Ele o leo natural mais rico em vitamina A vegetal (b-carotenos) at ento conhecido. O dendezeiro, que d frutos que servem ao ritual de advinhao, consagrado ao vodun F. Continuao g p Sassanha: Ogn ko laso Mrw laso Ogn o! Ogun no tem roupa, Mrw a roupa de Ogun Ewe mariwo Ogun ara aso Mariwo awa aso Ogun-o mariwo Mariwo-l mariwo- l mariwo Ogun ara aso. Reza para desfiar o dendezeiro Biri biri bti Mrw J snyn wl Mrw Biri biri bti Mrw Ba wa Tr wa se Mrw Na escurido Mrw faz a luz E mostra o caminho de casa a Osaayn Na escurido Mrw faz a luz E ajuda-nos a concretizar nossos projetos

Outros nomes yorub: p, igi p, imo p, p olw, p pnkr, pnkr, p arnf, p rw, p elran, p alrn. TEXTO RETIRADO DA COMUNIDADE BICO DA BAIANA ...DO OG DE JAGUN...8/4/2010...