Acidentes de Trabalho - Jovens

TEXTOS SOBRE SEGURANA, HIGIENE E SADE NO TRABALHO
ACIDENTES DE TRABALHO
Jovens merecem ateno especial!

As estatsticas mais recentes disponveis so claras. Em 2001 o nmero de acidentes no grupo dos trabalhadores com idades de menos de 25 anos quase iguala o grupo de 45 a 54 anos. Efectivamente, no referido ano aquele grupo etrio mais jovem ultrapassou os 43 mil acidentes, sendo 38 mortais1. um pesado tributo a que urge pr fim ou, pelo menos, reduzir drasticamente. Um relatrio publicado em 2004 pela Agncia Europeia para a Segurana e a Sade no Trabalho constata que os jovens trabalhadores com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos tm 50 por cento mais probabilidades de sofrer um acidente de que o trabalhador mdio em pases industrializados. Os autores do relatrio chamam a ateno para o facto de que a maior parte dos jovens entra para o mercado de trabalho com pouca formao na rea da preveno dos riscos profissionais. Esta realidade levou aquela Agncia, representada em Portugal pelo Instituto para a Segurana, Higiene e Sade no Trabalho (ISHST), a promover a divulgao de vrios projectos de Boas prticas desenvolvidos em vrios pases europeus que procuram integrar a sade e segurana do trabalho na educao. o caso do Programa Nacional de Educao para a Segurana e Sade no Trabalho (PNESST) coordenado pelo ISHST, que tem como objectivo promover e apoiar projectos de sensibilizao e formao da comunidade educativa e incluso de contedos de segurana e sade no trabalho nos programas curriculares no sistema educativo e de formao profissional. Quer a legislao nacional quer o normativo comunitrio tm vindo progressivamente a preocupar-se com os jovens trabalhadores e, muito em particular, com os jovens menores de idade. No entanto, e para alm do esforo de sensibilizao e formao dos jovens para a preveno, na escola e na formao profissional, necessrio que as empresas, e sobretudo as pequenas empresas, tomem medidas especiais no dia a dia de trabalho. Especiais, porque, de facto, o jovem trabalhador tem caractersticas especficas, nomeadamente quando est a ingressar pela primeira vez no mundo do trabalho. H que considerar a sua maneira de encarar o risco, as competncias adquiridas, o contacto a srio, e pela primeira vez, com o posto e o local de trabalho, a disciplina de horrios, a utilizao dos equipamentos de trabalho, a sua idade e constituio fsica e muitos outros aspectos que necessrio ter em conta na gesto do trabalho. Podemos, assim, afirmar que o servio ou o responsvel pela sade e segurana na empresa deve organizar um acompanhamento especfico para os jovens trabalhadores. Nomeadamente:
Direco-geral de Estudos, Estatstica e Planeamento do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social.
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Acolhimento na empresa e enquadramento no posto de trabalho dos jovens. De salientar o papel das chefias e dos servios de segurana e sade no trabalho, nomeadamente na avaliao de riscos; Informao e formao sobre eventuais riscos e medidas de preveno e proteco; Exames de sade previstos no Cdigo do Trabalho2, nomeadamente para os menores. A responsabilidade tcnica da vigilncia da sade cabe ao mdico do trabalho; Ateno especial na eventual movimentao manual de cargas que deve ter em conta os pesos mximos estabelecidos na legislao3 e a idade do jovem. Utilizar de preferncia os meios mecnicos. Caso o jovem tenha menos de 16 anos apenas pode desempenhar trabalhos leves. No distribuir aos jovens tarefas ou funes com riscos acrescidos ou que envolvam processos ou produtos perigosos. Para os jovens menores de 16 anos a lei referencia concretamente as actividades, processos e condies de trabalho proibidos4. No devem ser estimulados, antes pelo contrrio, comportamentos de risco do prprio jovem trabalhador. Logo que possvel, estabelecer uma situao estvel e de segurana no emprego. O vnculo precrio contribui para as condies de insegurana. Daqui se depreende que a segurana e sade dos jovens trabalhadores exige uma cultura preventiva na empresa e o efectivo funcionamento de estruturas de segurana e sade no trabalho. As medidas acima referidas parecem simples mas exigem uma gesto que integre a preveno dos riscos profissionais. a vida e integridade fsica e psquica dos jovens trabalhadores que est em causa. A empresa e toda a sociedade perdem econmica e socialmente com os milhares de jovens que todos os anos entram nas estatsticas da sinistralidade laboral. Para mais informaes contacte o Instituto para a Segurana, Higiene e Sade no Trabalho em www.ishst.pt
Antnio Brando Guedes Gabinete de Comunicao e Imprensa Instituto para a Segurana, Higiene e Sade no Trabalho
Regulamentao do Cdigo do Trabalho. Lei n. 35/2004, de 29 de Julho (art. 245). Decreto-lei n. 330/93, de 25 de Setembro. 4 Regulamentao do Cdigo do Trabalho. Lei n. 35/2004, de 29 de Julho (arts. 116 a 126).
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