Via Das Pentoses

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4) Descreva a importncia biolgica da via das pentoses e de exemplos de compostos que apresentam ribose na sua molcula?

A via das pentoses-fosfato, ou mais simplesmente via das pentoses, uma via alternativa de oxidao de glicose-6-fosfato, que leva produo de 3 compostos, a ribose-5-fosfato, CO2 e o NADPH.As pentoses fosfato do energia para o organismo. Isso faz com que tenhamos energia para a respirao celular, que nada mais do que a entrada de oxignio no organismo que faz com que nosso corpo trabalhe. Se no tiver pentoses fosfato a resprao celular no possui energia e consequentemente, a respirao celular menor . * A ribose-5-fosfato a pentose constituinte dos nucleotdeos, que vo compor os cidos nucleicos, e de muitas coenzimas, como o ATP, NADH, FADH2 e coenzima A.

A glicose 6-fosfato pode ter outro destino: Tanto na via da gliclise como na da gliconeognese a glicose 6-fosfato um intermedirio muito importante. Na via glicoltica a primeira reao consiste na transformao da glicose em glicose 6-fosfato pela enzima hexocina se com gasto de ATP. E vo se prosseguindo uma srie de reaes at a obteno do piruvato, este produto final da glicliseparticipa em grande parte do ciclo deKrebs, no qual se processam vriasreaes para a obteno posterior de ATP. Na via da gliconeognese a glicose6-fosfato o ltimo intermedirio para a formao da glicose pela ao da enzima glicose 6-fosfatase. No s das vias da gliclise e da gliconeognese que a glicose 6-fosfato participa, ela essencial para outras vias catablicas para agerao de outros produtos essenciaispara a sobrevivncia da clula. De grande importncia entre essas vias, em alguns tecidos, est a oxidao da glicose 6-fosfato em pentoses fosfatoatravs da via das pentoses fosfato (tambm chamada de via do fosfogliconato ou das hexoses monofosfato).1 As pentoses so utilizadas tanto por clulas em diviso acelerada (medula ssea, mucosa intestinal e do tecido epitelial) para a sntese de RNA, DNA,ATP, NADH+H , FADH2 e coenzima A como em outros tecidos, tendo ento como produto final principal o NADPH que utilizado na defesa contraos radicais do oxignio e em redues biossintticas. O NADPH oriundo da via das pentoses muito utilizado pelos tecidos nos quais existem a sntese intensa de cidos graxos, colesterol e de hormnios esterides. As clulas que esto sempre em contato com o oxignio comoas da crnea e do cristalino e nos eritrcitos devem manter umambiente redutor para que assim possa prevenir ou recuperar o dano oxidativo. A fase oxidativa produz pentoses fosfato e NADPH: A primeira reao da via das pentoses fosfato a oxidao da glicose6-fosfato pela glicose 6fosfato desidrogenase (GPD) para a formao de 6-fosfoglicono--lactona, um ster intramolecular. O NADP+ o receptor deeltrons e o equilbrio final est muito deslocado na direo da formao doNADPH. A lactona hidrolisada pela ao de uma lactonase especfica eforma o 6-fosfogliconato que sofre desidrogenao e descarboxilao pela6-fosfogliconato desidrogenase para formar a cetopentose ribulose 5-fosfatono seu ismero aldose, a ribose 5fosfato. Em alguns tecidos, a via daspentoses fosfato termina nesse ponto e a equao final pode ser descritacomo: Glicose 6-fosfato + 2 NADP++ H2O ribose 5-fosfato + CO2+2NADPH + 2H+ Os produtos finais NADPH e ribose 5-fosfato tm importncia fundamental, como j citado anteriormente, na preveno e at no tratamento de problemas ocasionados pelo contato com radicais livres oriundos do oxignio e como precursores para a sntese de nucleotdeos respectivamente. A fase no-oxidativa recicla as pentoses fosfato em glicose6-fosfato: Nos tecidos onde a necessidade de NADPH maior que a de ribose 5fosfato, as pentoses fosfato que so produzidas na fase oxidativa sorecicladas em glicose 6fosfato. Nessa fase no-oxidativa, a ribulose 5-fosfato epimerizada em xilulose 5-fosfato.

Figura 2: Transformao daribulose 5-fosfato em xilulose 5-fosfato

As Ento, em uma srie de rearranjos dos esqueletos carbnicos dos acares, seis molculas de acar fosfato com seis tomos de carbono so convertidas em cinco molculas de acar fosfato com seis tomos de carbono, completando o ciclo e permitindo a oxidao contnua da glicose 6fosfato com a produo de NADPH. As enzimas que agem nas interconverses so a transcetolase e a transaldolase.

Figura 3 Fase de Rearranjo da Via da Pentose-

A transcetolase catalisa atransferncia de um fragmento dedois tomos de carbono de uma Cetose doadora para uma aldose receptora. Nessa sua primeira apario na via das pentoses fosfato a transcetolase transfere C-1 e C-2 daxilulose 5-fosfato para a ribose 5fosfato, formando um produto comsete tomos de carbono asedoeptulose 7-

fosfato. O fragmento com trs tomos de carbonoremanescente da xilulose ogliceraldedo 3fosfato. Aps essa reao com atranscetolase a transaldolase catalisa uma reao similar reao daaldolase na gliclise: Um fragmentode trs tomos de carbono removido da sedoeptulose 7-fosfatoformando a eritrose 4fosfato que condensada com o gliceraldedo 3-fosfato que leva a formao de frutose 6fosfato. Agora, a transcetolase age novamente formando frutose 6-fosfato egliceraldedo 3fosfato a partir da eritrose 4-fosfato e xilulose 5-fosfato.Duas molculas de gliceraldedo 3fosfato podem ser convertidas em uma de frutose 1,6-bifosfato, e, finalmente a FBPase-1 e a fosfohexose isomerase convertem a frutose 1,6-bifosfato em glicose 6-fosfato completando o ciclo.

Figura1: Reaes oxidativas da via das pentoses fosfato.

As duas primeiras reaes da via das pentoses fosfato oxidativa so irreversveis, pois so oxidaes com variao de energia negativa muito grande. As reaes da parte no-oxidativa so prontamente reversveis e podem converter hexoses fosfato em pentoses fosfato. Todas as enzimas na via das pentoses fosfato esto localizadas no citosol, como aquelas da gliclise e a maioria das da gliconeognese. As trs vias esto conectadas por meio de vrias enzimas e de vrios intermedirios compartilhados. A glicose 6-fosfato repartida entre a gliclise e a via das pentoses fosfato: A entrada da glicose 6-fosfato na via da gliclise ou na via daspentoses fosfato depende das necessidades momentneas da clula e da concentrao do NADP+ no citosol. Quando o nvel de NADP+ est alto a viadas pentoses fosfato favorecida. Quando o nvel de NADP+ cai, a glicose 6-fosfato deslocada para a gliclise. Sendo assim a velocidade da viapentose fosfato controlada pelo nvel de NADP+. Baixos nveis de NADP+ inibem a desidrogenao da glicose 6fosfato, pois esta necessria como um aceptor de eltrons. Este efeito grande uma vez que o NADPH compete com o NADP+ pela ligao enzima. O marcante efeito do nvel de NADP+ na regulao da velocidade da via das pentoses fosfato,especificadamente na fase oxidativa assegura que a gerao de NADPH no ocorra ao menos que esteja baixo o suprimento necessrio para asbiossnteses redutoras. J a fase no-oxidativa desta via controladaprincipalmente pela disponibilidade de substratos.2

Diferentes Modos de Ao da Via das Pentoses-Fosfato: Modo 1 Necessidades equilibradas de NADPH e ribose 5- fosfato.Nessas condies a reao que predomina a formao de duas molculas de NADPH e uma de ribose 5-fosfato a partir de uma deglicose 6-fosfato pela fase oxidativa da via pentose fosfato. Aestequiometria do modo 1 : Glicose 6-Fosfato + 2 NADP+ + H2O Ribose 5-Fosfato + 2 NADPH +2H+ + CO2 Modo 2 Muito mais necessidade de ribose 5-fosfato do que de NADPH. Como exemplo deste modo, temos as clulas em processo de

diviso, que necessitam rapidamente de ribose 5-fosfato para asntese de nucleotdeos precursores de DNA. A maior parte da glicose6-fosfato transformada em frutose 6fosfato e gliceraldedo 3fosfato pela via glicoltica. Aps a transaldolase e a transcetolasetransformam duas molculas de frutose 6-fosfato e uma degliceraldedo 3-fosfato em trs molculas de ribose 5-fosfato, pelareverso das reaes antes descritas. A estequiometria do modo 2 : 5 Glicose 6-Fosfato + ATP 6 Ribose 5-Fosfato + ADP + 2H+ Modo 3 Necessidade de NADPH e ATP. Como alternativa, a ribose 5-fosfato formada pela fase oxidativa da via pentose fosfato pode ser convertida a piruvato. A frutose 6-fosfato e o gliceraldedo 3-fosfato derivados da ribose 5-fosfato entram na via glicoltica em vez dereverterem glicose 6-fosfato. Nestas condies geramseconcomitantemente ATP e NADPH, e cinco dos seis carbonos daglicose 6-fosfato emergem em piruvato. Este piruvato formado pode ainda ser oxidado para gerar mais ATP, ou pode ser utilizado como um elemento de construo numa gama de biossnteses. 3 Glicose 6-Fosfato + 6 NADP+ + 5 NAD+ + 5Pi+ 8 ADP 5 Piruvato+ 6 NADPH + 5 NADH+ 8H+ + 3 CO2 + 8ATP + 2 H2O

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