A Descoberta Do Princípio Alfabético
A Descoberta Do Princípio Alfabético
A Descoberta Do Princípio Alfabético
RESUMO
A humanidade sempre possuiu a grande necessidade de deixar a sua marca no mundo. Com isso,
consequentemente passamos a buscar algum sistema diferenciado que trouxesse a evolução para a
sociedade, surgindo assim o sistema da escrita. Diante desses acontecimentos nossa sociedade
passou a viver numa busca incessante por ferramentas que facilitem a descoberta da escrita
fazendo com que todos dominem o princípio alfabético e assim passem a compreender o processo
educacional tão presente hoje em nossa sociedade.
1 INTRODUÇÃO
Vivemos em uma época onde as crianças estão a cada dia mais espertas, motivadas a
investigação e descobertas. Elas se interessam por assuntos que até então eram tidos como sendo de
adultos. Estas crianças chegam à escola causando surpresas a muitos professores que foram
preparados para seguir receitas de alfabetização que estão aquém das expectativas das crianças em
relação ao que aprenderiam na escola.
O que não se pode esquecer ao se tratar de alfabetização são os conhecimentos prévios dos
alunos para se tornarem pontos de partida. Embora cada criança reaja de um jeito ao passar a
freqüentar uma escola, todas necessitam de situações que a incentivem e as desafiem a irem sempre
além, não desprezando sua idéia de escrita e possa através das concepções dos demais colegas,
refletir e construir sua própria escrita, tendo o professor como aliado neste processo.
Nas linhas que se seguem serão abordados aspectos relacionados aos caminhos que o
educando percorre para chegar ao tão esperado princípio alfabético. Também apresentará alguns
mecanismos que podem ajudá-los a chegar a este fim.
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2 A CAMINHADA ATÉ A DESCOBERTA DO PRINCÍPIO ALFABÉTICO
A grande maioria das crianças inicia a caminhada até a famosa alfabetização com os
primeiros desenhos, rabiscos que para elas significam muito mais do que isso. Essas crianças
conseguem contar longas histórias fazendo apenas pequenos traços em uma folha. Às vezes utilizam
certas marcas que acham importante por algum motivo ou passam a copiá-las de alguém, sempre
com o objetivo de representar o que ainda não sabem escrever com letras.
A primeira idéia que a criança tem em relação à escrita é que é uma forma de desenhar as
coisas. Ela não compreende que a escrita possui uma ligação com a fala e com o som das palavras.
Para a criança a escrita devia seguir o sentido da palavra, como por exemplo: coisas pequenas
possuem nomes pequenos, coisas grandes possuem nomes grandes, coisas altas possuem traços
altos e coisas baixas possuem traços baixos.
Ao escrever pela primeira vez as crianças produzem alguns traços que já não são desenhos,
mas também não são letras. São grafias que tentam se parecer com as letras. É nesse momento que
muitas crianças passam a perceber que existem dois tipos de signos gráficos: as letras e os números.
Mais tarde a criança começa a construir em sua mente duas hipóteses: a primeira de que é
necessário um número mínimo de letras para que esteja escrito alguma coisa e a segunda de que é
preciso um mínimo de variedades de caracteres para que uma palavra possa ser lida.
Essa importante etapa em que todos nós passamos de entender e interpretar o sistema da
escrita é uma das maiores dificuldades que as crianças enfrentam. Segundo Schotten (2006, p.23),
“para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita
representa e como ela representa graficamente a linguagem”.
Esse ensino da escrita é uma aprendizagem conceitual (tem uma lógica), e por isso são
necessárias operações mentais, não apenas memorizações.
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É nessa etapa que percebemos a importância de ter um profissional capacitado a lidar com
essas situações. Um ser motivado, desafiador, transformador que estimule seus alunos, promova
atividades e assim qualifique o educando para enfrentar a humanidade.
Cada criança possui em uma certa etapa da sua vida a grande necessidade de aprender a ler e
a escrever e para que isso se concretize é necessário que o aprendiz pense, reflita, raciocine e erre
para poder acertar. Segundo Vygotsky (apud ROJO 2009)
Assim sendo, a criança precisa estar no seu tempo certo para poder ser inserida no mundo da
escrita. Ela deve necessitar de desenvolvimento e com isso passar a ser motivada a querer sempre
aprender mais e mais.
Esse período se resume na fase em que a criança não tem a noção de que a escrita representa
a fala e o som das palavras. Suas escritas se resumem em traços desordenados, sem nenhuma lógica
em uma folha.
Logo passa a aproximar-se das letras propriamente ditas e a formar certas hipóteses, uma
delas é que para algo ser lido, não é necessário que esteja escrito, mas o que se escreve deve ter uma
quantidade mínima de letras. A outra hipótese que a criança passa a se dar conta é da diferenciação
das letras que compõem uma palavra.
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Em seguida conclui que para escrever nomes diferentes deve utilizar letras ou escritas
diferentes. É nesse período que o educando relaciona a quantidade de letras da palavra com o
tamanho da coisa que quer escrever. O período pré-silábico se resume em um momento de grande
desenvolvimento da criança.
Nesta fase a criança começa a se deparar com outras novas hipóteses, passa a fazer a relação
entre as letras que estão escritas e o som que as pertencem. Passa assim a surgir muitos conflitos
entre eles: o de ler as palavras escritas exatamente como devem ser lidas, vão passando assim a lhe
sobrar certas letras.
O que caracteriza esse período é a hipótese silábica da crença de que cada letra representa
uma sílaba. As crianças demoram até se darem conta da existência da variedade interna das
palavras.
Em certa hora a criança domina a teoria silábica em outra a teoria alfabética. Assim, este
período é caracterizado pela descoberta da criança em aceitar que o todo (sílaba) é diferente da
soma das partes (letras), passando assim a relacionar as unidades sonoras com as unidades
ortográficas.
Chegando neste nível a criança já compreendeu a maior parte do sistema alfabético, mas
passa a se defrontar com outros problemas próprios da escrita, entre eles: a reflexão sobre a
linguagem escrita, o processo de escrita e a leitura do que ela mesma escreve.
Os educandos passam a formar em sua volta um ambiente alfabetizador formulado por suas
próprias descobertas, atitudes e evoluções. Enfrentando todas essas etapas e a cada dia indo mais
além o aprendiz está se tornando um ser capacitado para enfrentar os desafios de uma sociedade que
muitas vezes não é igualitária e justa.
Aqui serão apresentadas algumas idéias expostas por Segundo Schotten (2006) para
impulsionar a descoberta do princípio alfabético.
O primeiro aspecto enfatizado pelo autor acima citado é o da importância de oferecer uma
boa situação de aprendizagem fazendo uso de agrupamentos positivos. Para que seja válido é
preciso que o professor conheça os aspectos cognitivos e psicológicos de cada aluno para que haja
crescimento mútuo. Os a Juntos podem confrontar suas hipóteses em relação a escrita, podendo
revê-las e evoluir na sua construção e entendimento. Veja bem, não podem ser formados ao acaso.
Uma boa estratégia pode ser a promoção de situações de leitura em sala de aula. Para tal, o
professor pode utilizar-se de textos que os alunos saibam de cor, estes podem ser músicas, versos,
regras de jogos, anedotas, entre outros. Embora os alunos não sejam capazes de realizar uma leitura
convencional, poderão familiarizar-se com as palavras que formam o texto. O professor valendo-se
disso, elabora atividades referentes às palavras do texto, sua formação, sílabas, entre outras. Os
alunos assim, valem-se do que sabem para evoluírem no processo de leitura e escrita.
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Outro ponto que cabe aqui comentar é a importância do papel do professor. É necessário que
ele seja motivador, responsável e comprometido. Precisa estar atento às hipóteses que os alunos
fazem para chegar a uma determinada resposta. Por trás de cada erro ou tentativa de escrita, existem
critérios de organização dos elementos da linguagem que cabem ao professor valorizá-las para
conduzir o aluno a novas hipóteses que o aproxima do sistema de escrita.
Muitas outras estratégias vêm sendo utilizadas com sucesso. Aqui ficam algumas relevantes.
Não segue um método em si, mas dão uma idéia de como pode ser conduzida a descoberta do
princípio alfabético.
4 CONCLUSÃO
Diante de todas as observações feitas neste trabalho pode-se concluir que a caminhada até a
descoberta do princípio alfabético é fundamental, deve ocorrer diante da necessidade que cada
criança encontra a sua frente e não menos importante que isso o educando deve ser estimulado,
apoiado, preparado para enfrentar cada uma dessas etapas.
5 REFERÊNCIAS
ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Garantindo a todos o direito de aprender. Disponível em:
<http://www.garantindooaprender.com.br/php_html >.Acesso em: 14 fev. 2009.