Apostila Estgio of SGT Mun Set10

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13 COMPANHIA DEPSITO DE ARMAMENTO E MUNIO

ESTGIO DE OFICIAIS E SARGENTOS DE MUNIO 1 Nvel -

SUMRIO
Pgina 1 Dotao 1.1 Conceito de DO 1.2 Conceito de DMA 1.3 Conceito de DEsp. Normas Regulamentares Relativas Administrao de Munio 2.1 Boletim de Existncia de Munio 2.2 Estojos Vazios 2.3 Munio de Salva 2.4 Fornecimento de Munio 2.5 Recolhimento de Munio para os Depsitos Regionais 2.6 Recebimento e Entrega de Suprimento Classe V 2.7 Escolta de Comboios 2.8 Inspeo Anual de Munio (IAMEx) Munies e Artifcios 3.1 Munies 3.2 Artifcios 3.3 Tabelas de Nomenclatura, abreviaturas e cdigos de cores empregados em munio Medidas de Segurana e Conservao 4.1 Depsitos e Paiis 4.2 Princpios Gerais 4.3 Cuidados com o pessoal 4.4 Manuseio de Explosivos e Munies 4.5 Medidas de segurana relativas s espoletas 4.6 Preveno contra incndio 4.7 Escriturao do paiol Provas e Exames 5.1 Finalidade 5.2 Categoria de Munies 5.3 Procedimentos de tomada de amostras 5.4 Periodicidade de Exames Explosivos 6.1 Definio 6.2 Velocidade de transformao 6.3 Classificao 6.4 Propriedades principais dos Explosivos 6.5 Explosivos Militares 6.6 Baixo explosivo 6.7 Alto explosivo 6.8 Medidas de Segurana constantes no C5-25 relativas s espoletas Destruio 7.1 Destruio de Explosivos, munies e elementos componentes 7.2 Mtodos de destruio 7.3 Destruio de munies falhadas 7.4 Documentao para Destruio 04 04 04 05 05 06 06 06 06 07 07 07 21 22

25 26 27 27 29 30 31 32 32 33 33 43 43 44 44 45 46 48 51 52 53 60 62 63

Fontes de consulta

Guarnies apoiadas pela 13 Cia DAM (Sup Cl V - Munio)

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio

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1. Dotao de Munio
1.1 Conceito de Dotao Orgnica (DO) a quantidade de cada item de suprimento classe V expressa em tiros por arma, ou em outra medida adotada para distribuio, que determinada organizao militar deve manter em seu poder para atender as necessidades de emprego operacional (C 100-10). Para fins especficos desta diretriz, que trata do suprimento e empaiolamento de munio em tempo de paz, a DO ficar centralizada nos paiis e depsitos regionais, buscando as melhores condies para a sua administrao. Entretanto, a implementao desta medida em sua plenitude fica condicionada a avaliao por parte dos Comandos de rea de sua exeqibilidade, j que em hiptese alguma poder ocorrer o comprometimento da misso e da operacionalidade de qualquer Organizao Militar. O Comando Militar de rea dever informar ao EME e DMB quando no estiver mantendo centralizada as DO de suas OM subordinadas e o motivo para esse procedimento. Os Estabelecimentos de Ensino, Depsitos de Suprimento, Depsitos de Subsistncia, Parques Regionais, Arsenais de Guerra, Tiros de Guerra, Contingentes e outras OM no operacionais, no disporo de DO. 1.2 Conceito de Dotao de Munio Anual (DMA) a quantidade de munio necessria para a Organizao Militar desenvolver as atividades de instruo, adestramento e ensino( para os Estabelecimentos de Ensino), conforme previsto em Diretrizes de Instruo, Programas-Padro ,Diretrizes de Ensino e Currculos Escolares, no perodo de 01 (um) ano. - Inclui tambm, a munio necessria para a realizao do "Teste de Aptido de Tiro" (TAT); - Para a defesa do aquartelamento utilizar-se- a munio da DMA existente na OM destinada ao consumo do Ano A e, caso necessrio, complementada com a munio da DMA do Ano A+1, j distribuda pelas Regies Militares. - O clculo da DMA teve como parmetro o nmero de armas previstas nos Quadros de Dotao de Material (QDM) e a natureza das OM. 1.3 Conceito de Dotao Especial de Munio (DEsp) a quantidade de munio para a OM atender s necessidades decorrentes de "SITUAES ESPECIAIS". So consideradas "SITUAES ESPECIAIS":

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio - cerimnias diversas; - concurso de tiro; - demonstraes; - exerccios em campanha de nvel brigada ou superior.

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A "Dotao Especial de Munio" (DEsp) uma dotao regional. Por conter eventos variveis anualmente, as Regies Militares devero quantific-la a cada ano, enviando, atravs dos canais de comando, proposta consolidada das GU apoiadas, com justificativa de consumo, at o final do 3 Trimestre, para o Estado-Maior de Exrcito, de modo que este possa publicar a Portaria de Dotao.

2. Normas Regulamentares Relativas Administrao de Munio


2.1 Boletim de Existncia de Munio: um boletim preenchido bimestralmente no qual consta todas as alteraes ocorridas no estoque de munio da OM. Normas para o preenchimento do Boletim de Existncia de Munio: (Manual anexo) 2.2 Estojos vazios (Port 006 DMB, de 24 ago 94 e Bol R Res 10 de 31 Mai 94 e Adt nr 016 ao Bol R Res nr 12 de 30 Jun 08) Todas as OM devero recolher ao rgo provedor de apoio, atravs de uma Guia de Recolhimento, todos os estojos vazios dos diversos calibres utilizados na instruo, informando na guia o calibre e a quantidade a ser recolhida. As munies 9mm, .38, 7,62mm e .50, devero ser recolhidas por peso e as munies de Armt Pesado devero ser recolhidas por unidade. Em qualquer dos casos, os estojos devero ser recolhidos nos cunhetes originais e no mais curto prazo a fim de agilizar os trabalhos de recarga treino e de produo de tiros salva. Fica proibida a alienao, na rea da 3 RM, de estojos vazios dos diversos calibres de munio fornecida pela cadeia de suprimento. Obs: Percentuais de perda: Os percentuais de perdas de estojos vazios devero ser os menores possveis, admitindo-se os seguintes: - Exerccios de tiro em estandes: 5% - Exerccios de tiro no terreno: 10% - Exerccios de tiro no terreno com munio de festim: 50%

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio 2.3 Munio de Salva

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O CMS determina que todas as munies de salva fornecidas pela cadeia de suprimento devero estar hipotecadas e o fornecimento dever ocorrer mediante autorizao do CMS (Adt nr 031 ao Bol R Res nr 24, de 31 Dez 08). Munio de salva recomendao: A Diretoria de Suprimento recomenda que no deve ser realizada a montagem de tiros de salva em Corpos de Tropa, visando a segurana. 2.4 Fornecimento de munio: O suprimento de munio poder ocorrer de duas formas: - Ordem de fornecimento automtico (O F A), via processamento automtico de dados (planejamento da Regio Militar), ou Ordem de fornecimento especial, mediante pedido a RM.

2.5 Recolhimento de munio para os Depsitos Regionais (3 BSup e 13 Cia DAM) Poder ser recolhida : - a munio classificada na Categoria D (Desempenho no satisfatrio), juntamente com a cpia do Bol R Res que publica o resultado do Exame Balstico. - atravs de Ordem de Recolhimento (expedida pela RM) desmancho/destruio ou incluso na cadeia de suprimento; e para

- para Exames Qumico e Balstico de acordo com os anexos E, F e G da Portaria 061-EME-Res de 05 Jun 98. ( proibido o transporte da munio classificada na Categoria E). Esta dever ser destruda na OM e confeccionado um Termo de Desmancho e Destruio (anexo) que ser remetido ao Cmdo da RM, conforme Manual Tcnico T9-1903. 2.6 Recebimento e entrega de Sup Cl V: (Bol R Res n11, de 31 Jul 97 e Of n 012-SAM/3.2 Circ de 02 Mai 02 da 3 RM) Aps o recebimento da Ordem de Fornecimento, expedida pela Regio Militar, a OM dever entrar em contato com o rgo Provedor para o agendamento da apanha da munio. Para efetuar o fornecimento e recolhimento da munio OBRIGATRIA a presena de um oficial (cadastrado no rgo Provedor) e que o mesmo traga consigo um Oficio de Apresentao.

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2.7 Escolta de comboios: (Bol Res CMS nr 005, de 30 jun 97 e Bol R Res nr 11 de 31 Jul 97) COMBOIO DE SUPRIMENTO ESCOLTA 01 Vtr com 01 GC de segurana, At 2 Vtr de Suprimento deslocando-se no intervalo das duas. 02 Vtr, cada uma com 01 GC, uma De 3 a 6 Vtr de Suprimento frente e outra retaguarda do comboio Ser regulado pela RM responsvel Acima de 6 Vtr de Suprimento pelo transporte 2.8 Inspeo Anual de Munio do Exrcito IAMEx (BE nr 010 de 31 Out 98 e Port 001-DMB-Res de 12 Out 98) realizado no ms de dezembro; Deve ser realizado em todas as OM; Contagem fsica da munio; Conferncia do estado de conservao e validade de exames; Lanar todo o estoque no BEM 6 bimestre.

3. Munies e Artifcios
3.1 Munies Conceituao: Munies so corpos carregados com explosivos ou agentes qumicos destinados a produzir danos. Como munies tambm se entendem os tiros de exerccio e salva. Munio Qumica: todo e qualquer engenho de guerra que contenha agentes qumicos capazes de produzir txico, fumgeno e incendirio. 3.1.1 Classificao: a. Quanto s Caractersticas: a.1 Munies de Armamento Leve - utilizada em revlveres, pistolas, carabinas, mosquetes, metralhadoras e fuzis metralhadoras. a.2 Munio de Armamento Pesado - Compreende rojes, granadas de morteiro e todos os tipos de granadas utilizadas em canhes e obuseiros. a.3 Munio de Arremesso - Granadas de mo e de bocal.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio a.4 a.5 Minas Terrestres - Anticarro e antipessoal. Munio para armamento de alma lisa.

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b. Quanto a Organizao de seus Elementos: b.1 Encartuchada - Quando utiliza estojo para reunir o projtil aos elementos de projeo (carga de projeo, estopilha ou espoleta). A munio encartuchada pode ser: b.1.1 ENGASTADA - a que utiliza estojo preso, rigidamente, ao projetil. b.1.2 DESENGASTADA - a que utiliza o estojo separado do projetil, permitindo variar as cargas de projeo. b.2 Desencartuchada - a munio que no utiliza o estojo. Os elementos (projetil, carga de projeo e estopilha) so carregados separadamente na arma. c. Das Munies Qumicas: c.1 MUNIO TXICA - toda a munio qumica que, por sua ao txica, empregada como antipessoal. c.2 MUNIO FUMGENA - toda a munio qumica destinada a produzir fumaa ou neblina. c.3 MUNIO INCENDIRIA - toda a munio qumica que contm agentes destinado a provocar incndios. d. Quanto ao Emprego: d.1
-

Guerra: Explosivas; Perfurantes Explosivas; Perfurantes, De Balins; Qumicas. Emprego Especial: Exerccio; Manejo; Salva, Festim; Iluminativas.

d.2
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3.1.2 Munies de Armamento Leve Cartucho o conjunto do projtil e os componentes necessrios para lan-lo, no disparo.

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O cartucho contm um tubo oco, geralmente de metal, com um propelente no seu interior; em sua parte aberta fica preso o projtil e na sua base encontra-se o elemento de iniciao. Este tubo, chamado estojo, alm de unir mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato externo apropriado para que a arma possa realizar suas diversas operaes, como carregamento e disparo. O projtil uma massa, em geral de liga de chumbo, que arremessada a frente quando da detonao, a nica parte do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge o alvo. Para arremessar o projtil necessria uma grande quantidade de energia, que obtida pelo propelente, durante sua queima. O propelente utilizado nos cartuchos a plvora, que, ao queimar, produz um grande volume de gases, gerando um aumento de presso no interior do estojo, suficiente para expelir o projtil. Como a plvora relativamente estvel, isto , sua queima s ocorre quando sujeita a certa quantidade de calor; o cartucho dispe de um elemento iniciador, que sensvel ao atrito e gera energia suficiente para dar incio queima do propelente. O elemento iniciador geralmente est contido dentro da espoleta. Componentes do cartucho Um cartucho completo composto de:

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Projtil Propelente Estojo Espoleta

Para alguns usos especiais, o cartucho poder no conter um desses componentes, o caso da munio de manejo, que no contm plvora e espoleta. Outros exemplos so: cartuchos de festim (no possuem projtil) e cartuchos de treinamento (no tm plvora). a. Projtil Projtil a parte do cartucho que ser lanada atravs do cano. O projtil pode ser dividido em trs partes: Ponta: parte superior do projtil, fica quase sempre exposta, fora do estojo; Corpo: cilndrico, geralmente contm canaletas destinadas a receber graxa ou para aumentar a fixao do projtil ao estojo.

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Base: parte inferior do projtil, fica presa no estojo e est sujeita ao dos gases resultantes da queima da plvora. a.1 Projteis de Chumbo Como o nome indica, so projteis construdos exclusivamente com ligas desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de projteis, destinados aos mais diversos usos, os quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta e tipo de base. Tipos de pontas: Ogival: uso geral, muito comum; Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais ntida;

Semi canto-vivo: uso geral; Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prtico (IPSC) por provocar menor nmero de "engasgos" com a pistola; Cone truncado: mesmo uso acima

Semi-ogival: tambm muito usado em tiro prtico; Ponta oca: capaz de aumentar de dimetro ao atingir um alvo humano (expansivo), produzindo assim maior destruio de tecidos. a.2 Projteis encamisados So projteis construdos por um ncleo recoberto por uma capa externa chamada camisa ou jaqueta.

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A camisa normalmente fabricada com ligas metlicas como: cobre e nquel; cobre, nquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou ao. O ncleo constitudo geralmente de chumbo praticamente puro, conferindo o peso necessrio e um bom desempenho balstico. Os projteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta (projteis slidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projteis expansivos). Os projteis slidos tm destinao militar, para defesa pessoal ou para competies esportivas. Destaca-se sua maior capacidade de penetrao e alcance. Os projteis expansivos destinam-se defesa pessoal, pois ao atingir um alvo humano capaz de amassar-se e aumentar seu dimetro, obtendo maior capacidade lesiva. Esse tipo de projtil teve seu uso proibido para fins militares pela Conveno de Genebra. Os projteis expansivos podem ser classificados em totalmente encamisados (a camisa recobre todo o corpo do projtil) e semi-encamisados (a camisa recobre parcialmente o corpo, deixando sua parte posterior exposta. a.3 Projteis de uso militar Comum

Perfurante contm um ncleo de ao endurecido (ao cromo tungstnio ou ao mangans molibdnio), com um enchimento de chumbo na ogiva.

Perfurante incendiria contm um ncleo de ao endurecido e em vez de enchimento de metal na ogiva tem uma mistura incendiria.

- Perfurante traante incendiria semelhante a anterior, possui na parte final do culote uma composio traante.

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Incendiria possui ncleo com mistura incendiria.

Traante ncleo de liga chumbo e antimnio uma composio traante retaguarda.

b) Estojo O estojo o componente de unio mecnica do cartucho, apesar de no ser essencial ao disparo, j que algumas armas de fogo mais antigas dispensavam seu uso, trata-se de um componente indispensvel s armas modernas. O estojo possibilita que todos os componentes necessrios ao disparo fiquem unidos em uma pea, facilitando o manejo da arma e acelera o intervalo em cada disparo. Atualmente a maioria dos estojos so construdos em metais noferrosos, principalmente o lato (liga de cobre e zinco), mas tambm so encontrados estojos construdos com diversos tipos de materiais como plsticos (munio de treinamento e de espingardas), papelo (espingardas) e outros. A forma do estojo muito importante, pois as armas modernas so construdas de forma a aproveitar as suas caractersticas fsicas. Exemplo de estojo:

1 - Culote - Possui as inscries de identificao, (Fbrica, lote, tipo de munio, calibre nominal ...); 2 - Alojamento da espoleta; 3 - Bigorna - (Somente nos estojos tipo Berdan), com o percussor, faz o esmagamento do alto explosivo iniciador existente na cpsula; 4 - Evento(s) - Permite que a chama da cpsula atinja a carga de projeo 5 - Gola - Aloja a garra do extrator. 6 - Virola - Permite a extrao. 7- Corpo - Seu formato (cilndrico ou tronco cnico) est totalmente ligado ao sistema de funcionamento da arma. 8 - Gargalo - Faz a reduo cmara / cano. 9 - Boca - Recebe e fixa o projetil.

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Classificao: - Quanto forma do corpo: Cilndrico: o estojo mantm dimetro por toda sua extenso; seu

Cnico: o estojo tem dimetro menor na boca, pouco comum; e Garrafa: o estojo estrangulamento (gargalo). tem um

Cabe ressaltar que, na prtica, no existe estojo totalmente cilndrico, sempre haver uma pequena conicidade para facilitar o processo de extrao. Os estojos tipo garrafa foram criados com a finalidade de conter grande quantidade de plvora, sem ser excessivamente longo ou ter um dimetro grande. Esta forma comumente encontrada em cartuchos de fuzis, que geram grande quantidade de energia e, muitas vezes, tm projteis de pequeno calibre. - Quanto aos tipos de base:

Com aro: com ressalto na base (aro ou gola); Com semi-aro: com ressalto de pequenas propores e uma ranhura(virola); Sem aro: tem apenas a virola; e Rebatido: A base tem dimetro menor que o corpo do estojo. A base do estojo importante para o processo de carregamento e extrao, sua forma determina o ponto de apoio do cartucho na cmara ou tambor (headspace), alm de possibilitar a ao do extrator sobre o estojo. - Quanto ao tipo de iniciao:

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Fogo Circular: A mistura detonante colocada no interior do estojo, dentro do aro, e detona quando este amassado pelo percursora Fogo Central: A mistura detonante est disposta em uma espoleta, fixada no centro da base do estojo. c) Espoleta A espoleta um recipiente que contm a mistura detonante e uma bigorna, utilizado em cartuchos de fogo central. A mistura detonante, um composto que queima com facilidade, bastando o atrito gerado pelo amassamento da espoleta contra a bigorna, provocada pelo percursor. A queima dessa mistura gera calor, que passa para o propelente, atravs de pequenos furos no estojo, chamados eventos. Os tipos mais comuns de espoletas so: Boxer: muito usada atualmente, tem a bigorna presa espoleta e se utiliza de apenas um evento central, facilitando o desespoletamento do estojo, na recarga. Berdan: utilizada principalmente em armas de uso militar, a bigorna um pequeno ressalto no centro da base do estojo estando a sua volta dois ou mais eventos; e Bateria: utilizada em cartuchos de caa, tem a bateria incorporada na espoleta de forma a ser impossvel cair, facilitando o processo de recarga do estojo.

d) Propelente Propelente ou carga de projeo a fonte de energia qumica capaz de arremessar o projtil a frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia produzida pelos gases resultantes da queima do propelente, que possuem volume muito maior que o slido original. O rpido aumento de volume de matria no interior do estojo gera grande presso para impulsionar o projtil. A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a velocidade dos explosivos, gera presso suficiente para causar danos na arma, isso no ocorre porque o projtil se destaca e avana pelo cano, consumindo grande parte da energia produzida. Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa a plvora qumica ou plvora sem fumaa. Desenvolvida no final do sculo passado, substituiu com grande eficincia a plvora negra, que hoje usada apenas em velhas armas de caa e rplicas para tiro esportivo. A plvora

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qumica produz pouca fumaa e muito menos resduos que a plvora negra, alm de ser capaz de gerar muito mais presso, com pequenas quantidades. Dois tipos de plvoras qumicas so utilizadas atualmente em cartuchos de armamento leve: Plvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a queima, aumentando a durabilidade da arma; e Plvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior contedo energtico. O uso de ambos tipos de plvora muito difundido e a munio de um mesmo calibre pode ser fabricada com um ou outro tipo. 3.1.2 Munies de Armamento Leve (armt de alma lisa) Ex. Cal 12

COMPONENTES: 1 - Estojo. 2 - Espoleta. 3 - Carga de projeo. 4 - Bucha 5 - Projetil ou projetis 3.1.3 Munies de Arremesso a. Granadas de Mo um engenho de forma cilindro ogiva ou oval, munido de espoleta e carregado com uma carga explosiva ou qumica. Lanadas mo, destina-se a reforar o fogo das armas leves no combate aproximado, produzir cortinas de fumaa ou produzir efeitos especiais . So classificados em: explosivos (defensivas ou ofensivas) qumicas de exerccio lastradas

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Constituio:

Corpo Carga Espoleta

TIPOS: a. Granada de mo explosiva - Carregadas com alto explosivos, TNT ou composio B - defensivas agem pelo estilhaamento do invlucro - ofensivas agem pelo efeito da onda explosiva resultante da detonao de sua carga b. Granada de mo qumica c. Granada de mo iluminativas - Possui carga luminosa que acionada, ilumina a rea desejada. d. De exerccio - Contm pequena carga de plvora negra, de sinalizao, sendo usadas na instruo e. Lastrada - Inertes, destinam-se instruo. b. Granadas de Bocal Definio So projteis explosivos ou qumicos, dotados de uma carga interna e de um dispositivo de acionamento e so lanados por fuzil. Classificao: Antipessoal; Anticarro; Iluminativas; Exerccios (lastradas ou com carga de plvora negra).

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Constituio: (A) Corpo (B) Carga (C) Espoleta (D) Empenagem.

3.1.4 Munies de Armamento Pesado a . Classificao da munio de armamento pesado. a.1 Quanto colocao dos elementos; - encartuchada: - engastada - desengastada, - desencartuchada a.2 Quanto ao emprego: Guerra - Explosivas - perfurantes explosivas - perfurantes - balins - qumicas Emprego especial - Exerccios - Manejo - Salva - Iluminativas

b. Composio Chama-se tiro, a munio completa para o tiro. Um tiro compese de: - Estojo - Estopilha - Carga de projeo - Granada - Espoleta (1) na munio desencartuchada, no se encontra estojo. (2) na munio perfurante (APDS, APFSDS) no se encontra espoleta. (3) na munio de salva no se encontra granada e espoleta.

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Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio c. Projteis

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c.1 Finalidade - O projtil macio uma massa capaz de causar algum dano, pelo impacto violento ou penetrao Os projteis qumicos e explosivos so veculos que conduzem uma carga qumica ou explosiva.

c.2 Constituio

- Cinta de turgncia uma cinta polida, que tem calibre quase igual ao de arma ( menor). Vento a diferena entra o calibre da arma e o da cinta de turgncia. Batimento a trepidao de granada no interior do tubo, devido ao excesso de vento. - Cinta de foramento engraza-se nas raias da arma, proporcionando o movimento de rotao granada e fazer a obturao dos gases frente. d. Estopilhas - iniciam a cadeia explosiva da carga de projeo (inflamar diretamente a carga de projeo ou escorva). Podem ser: eltricos, frico, combinados- eltricos e frico e percusso.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio e. Estojo (munio encartuchadas)

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e.1 Finalidade: Conter a carga de projeo e fazer a obturao das cmara. e.2 Construo: So feitos de ao ou lato e fabricados pelo processo de estiramento. So protegidos interna e externamente por verniz. e.3 Vantagens na utilizao do estojo - rapidez de tiro - obturao pelo estojo] e.4 Desvantagens da utilizao dos estojos - requer aparelho extrator - alto custo de fabricao - acmulo junto a pea durante o tiro e.5 Formato - cilndrico - tronco cnico e.6 Constituio

gola A gargalo B externamente ombro C corpo D virola E culote F internamente cmara G alojamento estopilha H

e.7 Estudo das partes do estojo - Gargalo: Encontra-se sulcos para fixao do projtil. Pode no existir gargalo caso os estojos sejam cilndricos. - Corpo: Na munio dos canhes sem recuo perfurado para escapamento de gases. - Culote inscries e gravaes. fabricante ano lote calibre modelo emprego - alojamento da estopilha: com rosca ou no.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Virola tipos:

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f. Munio dos Obuseiros de Campanha - Obus 105 mm (munio nacional) Encartuchada, desengastada, de carga de projeo varivel. - Obus 155 mm (munio nacional) Desencartuchada, de carga de projeo varivel. g. Munio dos Canhes sem Recuo - Encartuchada, engastada de carga de projeo nica Possui um pr-raiamento na cinta de foramento o que permite a utilizao de uma presso de cmara mais baixa o que possibilita a utilizao de cmara e tubos de paredes menos espessas. Os estojos de ao so perfurados. A fim de proteger a carga de projeo e evitar sua perda atravs dos seus orifcios, o estojo possui um invlucro interno de papel ou de plstico flexvel. As perfuraes no estojo permitem que o gs escape para a cmara onde sua fora usada para eliminar o recuo. h. Munio para Canhes antiareos - Munio 35 mm Oerlinkon. Grande quantidade de explosivos de grande potncia, trajetria tensa, grande velocidade de impacto, grande poder de penetrao, autodestruio do projtil. Se no atingir o alvo dentro de determinao durao de trajeto a auto destruio ocorre. - Munio 40 mm AE Ae Granada explosiva com espoleta de percusso, carga luminosa e dispositivo de autodestruio. Espoletas de proximidade utilizando radares. i. Munio para Morteiros Munio de morteiros: Carga de projeo constituda de suplementos de plvoras que permitem variar o alcance de tiro; EOP: espoleta (de ogiva); Reforador (detonador); Cartucho de projeo; Suplemento. Possui empenagem. Tipos de granadas : Granadas de alto explosivo, qumicas, fumgenas, iluminativas, exerccio, manejo e inertes. j. Munio de carros de Combate Encartuchadas, engastada, com carga de projeo fixa. Rotao e empenagem. Tipo: HEAT; HE-T SMOKE; HESH-T (cabea esmagvel).

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3.2 Artifcios
Conceituao: So engenhos destinados a produzir efeitos visuais ou auditivos, ou ainda provocar a inflamao ou detonao de explosivos. Classificao: Iniciadores destinados inflamao ou detonao Pirotcnicos so os que produzem efeitos luminosos, fumgenos e incendirios. 3.2.1 Artifcios Iniciadores a. Estopim comum/hidrulico: - Iniciao de carga explosivas, ncleo de plvoras negra, velocidade de queima: 1 m em 90 Seg.

b. Cordel detonante Detonao de petardos e cargas explosivas, ncleo (branco) contendo o explosivo reforador (nitropenta). c. Espoleta comum
Carga detonadora (Nitropenta) Carga iniciadora (sensvel chama) Tubo de alumnio Orifcio para introduo do estopim

Detonao instantnea de carga explosivas em geral. d. Espoleta eltrica: shunt


Carga detonadora Tubo de alumnio Carga iniciadora Filamento Composio prova dgua Condutores eltricos Extremidade estriada

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio 3.2.2 Artifcios Pirotcnicos - So corpos que produzem efeitos luminosos, fumgenas e incendirios.

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3.3 Tabelas de nomenclatura, abreviaturas e cdigos de cores empregados em munio.


Relao das Abreviaturas mais usadas nas Munies.
API AC AP A APC EOP AMP AP ARM SIM AZL APC-T AT AA AMRL AE ART BE BD AG BO BRNC BP BJ Cartridge CA CN CG 0 ORD CAR CLR CG COMP B CG CG PRJ DEMO CM EC DEPRS CP N CPS DET DEF EODE ETJ EOT EPIM EOINE ENOTH Perfurante Incendiria Anticarro Antipessoal Modificao Perfurante Coifada Espoleta de Ogiva de Percusso Ampola Perfurante Artifcio Simulado Azul Perfurante Coifada com Traante Anticarro Arma Automtica Amarelo Auto Explosivo Artifcio Ejeo no Culote Detonao no Culote Agente Bocal Branco Plvora Negra Bujo Cartucho Carabina Cloroacetofenona Carga Zero Cordel Cartucho Claro Fosgnio Composio B Carga Carga de Projeo Demolio Comum Espoleta de Culote Descompresso Capacidade Normal Cpsula Detonador Defensiva Espoleta de Ogiva de Duplo Efeito Estojo Espoleta de Ogiva de Tempo Estopim Espoleta de Ogiva Inerte Encartuchada G G CP GA GB GB GR H H HD HE HEAT HEI HEP HIDRL HVAP IGN ILM INC INE INST INST LAC LAM LMT LST M M M MM MN MNJ MT MTSQ OFS PF PD PET PI PIBD PRJ PRS PV AG S/R SIM GR SLV SPMLT SUP SUP CG Canhes Grande Capacidade Tabum Sarim Somam Granada Tsq Tempo e Supersensvel Obuses Mostarda Mostarda Destilada ALTO Explosivo ( Usa ) ALTO Explosivo Anticarro Auto Explosivo Anticarro Auto Explosivo Plstico Hidrulico Supervelocidade Anticarro Ignio Iluminativa Incendiria Inerte Instantnea Instruo Lacrimognea Lmina Lanamento Lastrada Morteiro Modelo Metro Milmetro Mina Manejo Mecnica de Tempo Mecnica de Tempo Supersensvel Ofensiva Perfurante Detonao na Ogiva Petardo Iniciao Na Ogiva Iniciao na Ogiva de Detonao Projeo Presso Plvora Dgua Canho Sem Recuo Simulacro de Granada Salva Suplemento Super Super Carga

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FS ELTR EXC FRAG EOFS ETPLH ESP FT EPLT FUM FUSE FR Fosgnio Eltrica Exerccio Fragmentao Espoleta de Ogiva Falsa Estopilha Especial Festim Espoleta Fumgeno Espoleta Frico TB FUM TIR TJL TNT TOX TP TR TR VD VLT VRML WP Tubo Fumgeno Tiro Tijolo Trotil Txico Exerccio Traante Trao Verde Violeta Vermelho Fsforo Branco

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Pintura e Inscries da Munio Norte Americana


MUNIO ALTO EXPLOSIVA ALTO EXPLOSIVO ANTICARRO ALTO EXPLOSIVA PLSTICA (Acima de 40mm) FUMGENA (exceto fsforo branco ou fsforo branco plastificado) FUMGENA (Fsforo Branco ou Fsforo Branco plstico) ILUMINATIVA GRANADA ILUMINATIVA COM CARGAS SEPARADAS EXERCCIO C/ OU S/ CARGA EXPLOSIVA EXRCCIO C/ ALTO EXPLOSIVO EXERCCIO C/ BAIXO EXPLOSIVO AGENTE TXICO NO PERSISTENTE Q U M I C A AGENTE IRRITANTE PERSISTENTE AGENTE IRRITANTE NO PERSISTENTE AGENTE S DAS SRIES G e V PERFURANTE E PERFURANTE C/ FALSO CORPO C/ OU SEM CARGA PERFURANTE C/ ALTO EXPLOSIVO FABRICAO ANTIGA VERDE - OLIVA C \ RISCO AMARELO VERDE - OLIVA C/ RISCO AMARELO VERDE - OLIVA C/ RISCO AMARELO CINZA C/ FAIXA E RISCO AMARELO CINZA C/ FAIXA E RISCO AMARELO CINZA C/ FAIXA E RISCO BRANCO CINZA C/ FAIXA E RISCO BRANCO AZUL OU PRETO C/ RISCO BRANCO AZUL OU PRETO C/ RISCO BRANCO AZUL OU PRETO C/ RISCO BRANCO CINZA C/ FAIXA E RISCO VERDE CINZA C/ DUAS FAIXAS E RISCO VERMELHO CINZA C/ FAIXA E RISCO VERMELHO CINZA C/ UMA FAIXA VERDE P/ G E DUAS P/ V E RISCO VERDE PRETO COM RISCO BRANCO PRETO C/ RISCO AMARELO FABRICAO RECENTE VERDE - OLIVA C/ RISCO AMARELO PRETO C/ RISCO AMARELO VERDE - OLIVA C/ FAIXA PRETA E RISCO AMARELO VERDE - CLARO COM RISCO PRETO VERDE - CLARO C/ RISCO PRETO BRANCO C/ RISCO PRETO VERDE - OLIVA C/ FAIXA E RISCO BRANCO AZUL COM RISCO BRANCO AZUL C/ FAIXA AMARELA E RISCO BRANCO AZUL C/ FAIXAS MARROM E RISCO BRANCO CINZA C/ FAIXA E RISCO VERDE (uma faixa amarela p/ carga de arrebentamento) CINZA C/ DUAS FAIXAS E RISCO VERMELHO(uma faixa amarela p/ carga de arrebentamento CINZA C/ FAIXA E RISCO VERMELHO (uma faixa p/ carga de arrebentamento) CINZA C/ TRS FAIXAS E RISCO VERDE (UMA FAIXA AMARELA PARA CARGA DE ARREBENTAMENTO) PRETO COM RISCO BRANCO PRETO C/ RISCO AMERELO

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VERDE-OLIVA C/ FAIXA AMARELA, RISCO BRANCO E DIAMANTES BRANCOS VERDE - OLIVA C/ RISCO BRANCO VERDE - OLIVA C/ RISCO E DIAMAN -TES TES BRANCOS BRONZE C/ RISCO BRANCO

GRANADA ANTIPESSOAL PORTA BALINS C/ BALOTES PORTA FLECHETAS MANEJO

PRETO C/ RISCO BRANCO PRETO C/ RISCO BRANCO PRETO C/ RISCO BRANCO PRETO OU AZUL C/ RISCO BRANCO

Cdigo de cores da Munio Brasileira


ELEMENTOS GRANADA EXPLOSIVA GRANADAS EXPLOSIVAS GRANADAS PERFURANTES E EXPLOSIVAS GRANADAS PERFURANTES COIFADAS (Granadas perfurantes sem explosivos) GRANADA PERFURANTE GRANADAS QUMICAS COM AGENTES TXICOS GRANADAS ILUMINATIVAS GRANADAS QUMICAS COM AGENTES IRRITANTES GRANADAS FUMGENAS Exceto as de fsforo branco (WP e PWP) GRANADAS FUMGENAS DE FSFORO BRANCO GRANADAS INCENDIRIAS GRANADAS DE EXERCCIO GRANADAS DE MANEJO GRANADAS DE MO DEFENSIVAS GRANADAS DE MO OFENSIVAS GRANADAS DE MO LACRIMOGNEAS COR PINTURA DA GRANADA INSCRIES E MARCA VERDE OLIVA VERDE OLIVA VERDE - OLIVA PRETA PRETA CINZA CINZA CINZA VERDE - CLARA VERMELHA - CLARA VERMELHA - CLARA AZUL AMARELA (na ogiva) PRETA (no corpo e culote) VERDE - OLIVA ALUMNIO CINZA BRANCAS AMARELAS PRETAS VERMELHAS(Vermelha carmim) AMARELAS AMARELAS AMARELAS BRANCAS BRANCAS VERDES BRANCAS VERMELHAS (vermelha carmim) PRETAS PRETAS PRETAS PRETAS

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4. Medidas de Segurana e Conservao


4.1. Depsitos e Paiis: Definies: a. Depsito de munio: o conjunto de instalaes dotadas de meios destinados a receber munies, mant-las estocadas em condies satisfatrias de conservao e segurana. rea de paiis e armazns: o local destinado a localizao dos paiis e armazns. rea de desmancho e destruio: Local afastado do aquartelamento destinado a execuo da atividade de desmancho e destruio de munio. rea de aquartelamento: rea onde se encontram as dependncias da unidade ou Subunidade. rea residencial: rea onde se encontram as residncias destinadas aos militares da unidade ou Subunidade. Depsito de Unidade: aquele destinado a estocar as dotaes orgnicas e de instruo de uma unidade, estabelecimento ou repartio militar. Depsito de Guarnio: aquele destinado a atender s necessidades das organizaes militares de uma guarnio. Depsito Regional: destinado a atender s necessidades das OM sediadas no territrio da regio. Depsito Central: destinado a suprir as necessidades em todo o territrio nacional. Sua administrao da responsabilidade da Diretoria de Suprimento. Paiol de munio: construo especial destinada estocagem prolongada de munies em timas condies de conservao e segurana. Os paiis de munio podem ser:

b. c.

d. e.

f.

g.

h.

i.

j.

- Cobertos de terra: Tm estrutura, paredes e teto de concreto armado ou de outro material que oferea as mesmas condies de resistncia e so cobertos por uma camada de terra com espessura mnima de 60 cm que, no s serve como proteo

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contra fragmentos oriundos de exploses externas, mas tambm capaz de conservar a temperatura interior mais uniforme. Podero Ter ou no trincheiras frente sua entrada; - No cobertos de terra: A uniformidade da temperatura interna conseguida atravs de paredes e cobertura projetadas especialmente para esse fim, as paredes so duplas de alvenaria e os espaos entre elas e entre o telhado e o forro so ventilados. - Tanques de plvora: So construes que se assemelham a tanques de gua e que se destinam guarda, por tempo indeterminado, da plvora envelhecida ou em condies precrias de conservao, destinada a posterior recuperao da matria prima. - Armazm de munio: Construo comum que se destina guarda de munio quando a previso de estocagem no excede a um ano. Dadas as caractersticas no especializadas de sua construo, no oferece proteo muito eficiente contra as variaes de temperatura e umidade e por isso, deve-se Ter ateno redobrada na inspeo dos materiais nele estocados. 4.2. Princpios gerais A maioria dos acidentes com munio causada por circunstncias perfeitamente evitveis como: a) Inobservncia dos princpios bsicos de segurana relativos aos locais onde so manuseados e estocados esses materiais. b) Desrespeito as instrues relativas ao manuseio e estocagem, motivado pelo excesso de confiana ou pelo desconhecimento das normas preconizadas neste manual; c) Inobservncia dos perodos de inspeo e exames de estabilidade; d) Emprego de pessoal no habilitado; e) Inobservncia as medidas de preveno contra incndio; f) A obedincia aos trs princpios bsicos de segurana (o respeito as regras de manuseio e trato do material explosivo no s reduziro as probabilidades de ocorrncia de acidentes, como tambm limitaro seus efeitos; g) de suma importncia, portanto, que o pessoal que trabalha com munies seja convenientemente instrudo; h) Uma atitude calma e consciente fator importante que completa as regras de segurana. Indivduos extremamente nervosos no so indicados para lidar com explosivos sensveis; i) Choques bruscos, descuidos, utilizao de equipamento deficiente ou inadequado podem provocar os mais diversos tipos de acidentes no manuseio de munies; j) Os explosivos, alm do perigo natural que oferecem, ainda podem apresentar o de intoxicao quando inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele;

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l) A inalao de p ou de vapores dos nitrocompostos, como o TNT, o cido pcrico e o totril podem provocar resultados fatais; m) Os efeitos causados pelo contato de explosivos com a pele variam desde, uma simples descolorao da epiderme at uma dermatite e de uma simples dor de cabea at o envenenamento; n) Por isso, e tambm por serem inflamveis as misturas de poeiras de explosivos com o ar, os explosivos devem ser manuseados em locais bem ventilados; o) Ao manusear explosivos, as mos devem estar bem secas, porque a umidade facilita a absoro atravs da pele. Ao trmino do trabalho, as mos devem lavadas com um solvente apropriado, como seja, uma soluo aquosa de sulfito de sdio a cerca de 2% e, depois, com gua e sabo; p) Quanto mais sensvel for o explosivo, tanto menor dever ser a quantidade manipulada de cada vez e maiores as precaues a tomar, a fim de reduzir ao mnimo os danos em caso de exploso acidental. Deve-se ter em mente que sensibilidade uma caracterstica que acarreta a iniciao por qualquer fonte de energia aplicada, seja por atrito, compresso, choque, calor, meios mecnicos diversos, meios qumicos ou eltricos; q) As munies e os artifcios podem explodir espontaneamente, devido decomposio das plvoras ou dos explosivos com que so carregados. 4.3. Cuidados com o pessoal a) As munies devem ser manuseadas sob a superviso direta de pessoa competente. b) Todo aquele que trabalha com munio deve ter sempre em mente que a sua prpria segurana, bem a de outros, depende dos cuidados dispensados no trato a estes materiais. c) O pessoal empregado no manuseio da munio no deve mexer em seus componentes nem fazer experincias com os mesmos sem que seja devidamente autorizado. d) Toda lama ou areia deve ser removida dos calados antes de se entrar em locais onde se houver explosivos ou munies. e) Sapatos apropriados devem ser usados nos locais onde houver explosivos expostos pois que inflamam por descarga de eletricidade esttica, devido ao atrito ou choque. f) O estado fsico e mental do pessoal que manuseia materiais explosivos deve constituir preocupao constante por parte dos responsveis pelos depsitos de munies. Demonstraes peridicas devem ser realizadas com finalidade de mostrar os efeitos de uma exploso, e alertar sobre os riscos a que esto sujeitos pelo excesso de confiana adquiridas com a rotina de trabalho ou pela inobservncia das regras de segurana. 4.4. Manuseio dos explosivos e munies

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a) O manuseio das munies deve ser sempre conduzido de forma a limitar ao menor nmero possvel o pessoal exposto, bem como reduzir a quantidade material perigoso a ser manuseado de cada vez. b) proibido fumar, acender fsforos ou isqueiros nas reas em que operem com munies. c) No interior ou nas proximidades dos paiis no permitida a utilizao de empilhadeiras. As munies devem ser transportadas a brao, podendo ser empregados meios auxiliares de madeira ou de outro material que no possa produzir fasca. Tambm vedado o emprego de ganchos de metal para suspender cunhetes de munio. d) As munies devem ser manuseadas cuidadosamente. Os cunhetes no podem ser empurrados, arrastados, rolados ou lanados uns sobre os outros. e) Ferramentas ou equipamentos cujas partes de metal sejam capazes de produzir fascas no podem ser utilizadas no manuseio dos explosivos. f) As ferramentas empregadas na abertura, conserto ou fechamento dos cunhetes devem ser de madeira, bronze chumbo ou ligas de berilo que, sob condies normais, no produzem fascas. mesmo assim, tais operaes s podem ser executadas fora dos paiis ou armazns, obedecida a distncia de segurana prescrita neste manual. g) Espoletas, iniciadores, reformadores e detonadores, mesmo quando convenientemente embalados, devem ser manuseados com especial cuidado por serem extremamente sensveis ao choque e ao atrito. h) As granadas desengastadas podero ser roladas desde que suas cintas estejam protegidas, exceto quando estas granadas tiverem espoletas de culote ou de ogiva, porque elas podero armar-se. i) Tarugos de madeira ou de plstico ou de outros meios de vedao devem ser usados para proteger os explosivos contidos nos elementos de munies, durante o seu transporte. j) Quando as munies carregadas com alto-explosivos possurem as paredes delgadas, especial cuidado exigido no seu manuseio a fim de evitar mossas em suas paredes. l) Sendo necessrio retirar temporariamente os cunhetes dos paiis de munies, estes devero ser protegidos por materiais refratrios e dispostos de forma a permitir livre circulao de ar entre as pilhas. m) Munies no devem ficar expostas ao tempo ou umidade, nem ficar sob a ao direta dos raios solares por perodo maior do que o absolutamente necessrio ao transporte. n) Nenhuma munio pode ser desmanchada, modificada, recondicionada ou recuperada dentro da rea dos paiis, salvo em locais especialmente construdos e destinados para tal fim. o) Se algum explosivo vier a ser derramado ou extravasar por fendas de seu invlucro, o trabalho que estiver sendo realizado deve ser interrompido at que o explosivo tenha sido removido e o local lavado e dessensibilizado. p) Viaturas ou empilhadeiras movidas a gasolina no devem ser utilizadas no transporte de explosivos expostos.

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q) No interior de armazns, o uso de empilhadeiras fica condicionado as seguintes normas de segurana. (1) A empilhadeira deve ser eltrica com proteo blindada nas baterias ou, preferencialmente a gs, por ser mais econmico e adaptvel ao motor a exploso, desde que o recipiente de gs (bujo) seja tambm protegido. (2) Deve ser usada, apenas, uma empilhadeira em cada armazm, necessria e suficiente realizao do empilhamento. (3) Antes de a empilhadeira iniciar a operao nos armazns, devero ser realizados inspees nos cabos das baterias das empilhadeiras eltricas (cabos apertados nos bornes) ou na tubulao e no bujo de gs (verificao de vazamento). (4) Deve ser verificado o perfeito funcionamento da empilhadeira, antes da sua entrada no armazm (aquecer o motor, testar o sistema de elevao, verificar a posio e o funcionamento dos garfos). (5) proibido realizar depanagem no interior do armazm. (6) A munio dever estar cuidadosamente disposta em paletes, para evitar eventuais quedas. (7) A empilhadeira no deve permanecer, em hiptese alguma, em local de depsito de munio, devendo ser retirada logo aps a sua utilizao no armazm. (8) Como medida de segurana adicional, dever-se- revestir os braos e pra-choques das empilhadeiras com borracha, ou material semelhante evitando-se desta forma, a formao de fascas resultantes de atritos com o cho do armazm. (9) As empilhadeiras s podem ser operadas por profissionais habilitados que podero ser formados pela prpria OM, j que o seu manuseio no apresenta grande dificuldades. (10) Deve ser previsto, obrigatoriamente, um auxiliar para orientar o operador nas manobras com empilhadeiras. (11) Devem ser seguidas rigorosamente as regras bsicas de segurana na operao com empilhadeiras, de acordo com o tipo das mesmas, constantes dos manuais fornecidos pelo fabricante. 4.5. Medidas de segurana relativas s espoletas: a) No deixar as espoletas ou explosivos expostos aos raios diretos do sol ou a qualquer outra fonte de calor. O calor faz com que o explosivo da espoleta fique mais sensvel, tornado assim mais perigoso de ser manuseado. b) No transportar espoletas nos bolsos; c) No retirar as espoletas da caixa, utilizando arame, prego ou instrumento semelhante. d) No bater, nem experimentar de outra forma uma espoleta. e) No estriar as espoletas com dentes ou faca. Usar o alicate de estriar. As espoletas so extremamente sensveis e explodem quando no so manejadas com o devido cuidado.

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Devem ser protegidas contra o choque e calor elevado e no devem sofrer presses fortes. Nunca devem ser armazenadas juntamente com outros explosivos. S devem ser transportadas numa mesma viatura com outros explosivos. S devem ser transportadas numa viatura com explosivos, em casos de emergncia.

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4.6 Preveno contra incndio Embora no seja o fogo o elemento mais perigoso, conforme propagam, , entretanto, a causa iniciadora mais comum. Os incndios so motivados principalmente por: a.Deteriorao da munio, plvora, explosivo ou artifcio; b.Centelhas; c.Eletricidade esttica; d.Raios; e.Cabos eltricos; f. Motores. A falta de instruo do pessoal, a negligncia, a inobservncia das instrues e precaues para o manuseio de munies so causas freqentes de acidentes que podem provocar incndios ou exploses. O desrespeito mais comum s regras de segurana a utilizao de fsforos e cigarros na rea de paiis e o descaso no trato com munies e explosivos, particularmente granadas e espoletas. O conhecimento das causas mais comuns provocadoras de incndio permitir aos responsveis pelos paiis tomar as devidas precaues, atendendo sempre s medidas de segurana. O perigo de incndio e a intensidade com que este se desenvolve varia com a natureza do material considerado. Certos explosivos detonam ou explodem imediatamente ao contato de uma centelha ou de uma chama, enquanto outros queimam, ora lenta, ora rapidamente. Entre esses, alguns passam a ter comportamento explosivo quando a quantidade envolvida for grande. Devero ser observadas as seguintes medidas gerais: a. Manter uma faixa de terreno limpo com a largura mnima de 20 m; b. Treinar intensamente um efetivo na instruo de combate a incndio; c. Instalar hidrantes afastados de 15 a 20 metros de cada paiol; d. Prover viaturas equipadas com material contra incndio, bombas para jato de gua ou de areia e, se possvel, com depsito de gua ou de areia. Essas viaturas devero estar capacitadas ao transporte rpido do pessoal habilitado; e. Prover caixas de areia, baldes, ps, enxadas, foices, machados, ancinhos e outras ferramentas, guardadas em locais conhecidos por todos que trabalhem na preveno contra incndio; f. Proibir a entrada de pessoas, mesmo autoridades, conduzindo armas, fsforos, isqueiros, materiais inflamveis ou capazes de produzir centelha;

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g. Proibir, a pessoas que no estejam caladas com sapatos de sola de borracha ou cordas, a entrada nos paiis de munio ou edificaes onde haja a presena de mistos fulminantes, plvora mecnica e outros materiais de fcil iniciao. Nos que contenham outros materiais, ser exigida a limpeza dos ps no capacho; h. Em todos os casos de incndio, aquele que pressentir qualquer fumaa oriunda dos paiis de munio ou construes fechadas, dever dar alarme imediato, no sendo necessrio seu ingresso no interior daquelas edificaes para constatar a causa da fumaa. Se o fogo for pressentido nas adjacncias do paiol de munio ou edificao, aquele que o observar dever, imediatamente, tomar todas as providncias, usando os meios disponveis para extinguir o fogo; somente dar o alarme quando verificar ser impossvel controlar ou extinguir o fogo. Se o incndio for pressentido em edificao onde haja pessoal trabalhando, dever ser dado o alarme, previamente convencionado, para a evacuao do prdio; ento, uma equipe j treinada entre os operrios tomar as primeiras providncias para debelar o fogo, somente dando o alarme geral quando houver impossibilidade de domin-lo; i. Sempre ser dado o alarme quando estiver incendiando elementos das classes representadas pelo smbolo (1). Em todos os casos, a ao ter que ser rpida, e o pessoal eficientemente treinado para o uso dos meios adequados ao combate a incndio de conformidade com o material envolvido. j. Manter consigo uma cpia atualizada do plano de combate a incndio da unidade que contenha os principais procedimentos pela equipe de combate no caso de fogo no paiol e nas proximidades. k. Fazer resfriamento do paiol sempre que a temperatura interna seja maior que 30 e conforme o tipo de explosivo.

4.7 Escriturao do paiol Os paiis de munio devero possuir em seu interior os seguintes documentos em seu interior, tanto para controle quanto para o seu preenchimento dirio: (T9-1903 anexo B Captulo 06 pg n 89). - Livro Estoque de Munio; - Livro de ocorrncia; - Livro das condies meteorolgicas.

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5. Provas e Exames
5.1 Finalidade As provas e exames tm por finalidade determinar o estado de conservao das munies, explosivos e artifcios, permitindo, em qualquer poca, retir-lo de uso antes que suas condies anormais ofeream graves perigos no armazenamento ou no emprego. Especialmente as plvoras qumicas, esto sujeito a um processo de decomposio logo aps a fabricao, processo esse e acelerado por influncia do calor e da umidade. Essa decomposio mais acentuada nas plvoras de BASE DUPLA do que nas de BASE SIMPLES, e naquelas, seu crescimento diretamente proporcional percentagem de nitroglicerina nelas encerradas. Os produtos da decomposio, em presena da umidade do ar, formam cidos de outros compostos que aceleram a deteriorao da plvora. Essa decomposio pode provocar combusto espontnea, sendo, portanto perigosa e prejudicial existncia de explosivos nessas condies. H necessidade de PROVAS e exames peridicos, para verificar-se o estado atual das plvoras e caracterizar a estabilidade dos mesmos. As provas sero feitas nos prprios depsitos e os exames, em laboratrios regionais especializados, ou outros devidamente autorizados pelo rgo competente. 5.2 Categoria da Munies As munies, explosivos e artifcios so classificados nas seguintes categorias: Categoria A: Com data de fabricao inferior ou igual a 10 anos; Categoria B: Com data de fabricao entre 11 e 15 anos; Categoria C: Com data de fabricao superior ou igual a 15 anos (Exame Qumico BOM ou REGULAR e Prova de Valor Balstico SATISFATRIO) ou, com qualquer data de fabricao e Exame de Estabilidade Qumica REGULAR e Prova de Valor Balstico SATISFATRIO; Observaes: - aps 15 anos de fabricao, toda vez que a munio realizar Exame de Estabilidade Qumica, se satisfatrio o resultado, realizar tambm a Prova de Valor Balstico; - a munio classificada nesta categoria com: Exame de Estabilidade Qumica BOA pode ser utilizada para instruo mesmo antes de receber o resultado da Prova de Valor Balstico. Categoria D: Com qualquer data de fabricao, Exame de Estabilidade Qumica BOA ou REGULAR e Prova de Valor Balstico INSATISFATRIO, tornando-se assim, imprestvel para fins militares; Categoria E: Com qualquer data de fabricao e Exame de Estabilidade Qumica M. Neste caso, torna-se desnecessria a Prova de Valor Balstico (esta munio deve ser destruda).

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio 5.3 Procedimentos de tomada de Amostras

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Para se remeter uma amostra de Exame Qumico ou Prova Balstica, necessrio observar alguns detalhes especiais: a) Validade do Exame: faz-se necessrio observar a data de execuo ou revalidao do Exame para no deixar a munio, explosivo ou artifcio em uso suspenso, ou seja, remete-la antes de vencer quela. b) Datas de recebimento diferentes: quando se possui fraes de mesmo lote, com datas de recebimento diferentes, deve-se remeter uma amostra de cada frao para realizao de Provas ou Exames; c) Antecipao de remessa de amostra: para viabilizar a realizao do Exame em tempo hbil, faz-se necessrio o envio da amostra com antecipao de pelo menos 3 (trs) meses; d) Ficha de encaminhamento: necessrio o envio da Ficha de encaminhamento junto amostra para ser observado peculiaridades sobre quele material a ser examinado; e) Recolhimento de amostra sem quantidade mnima de estoque: ao recolher uma amostra, precisa ser observada a quantidade mnima que se deve ter para realizao das Provas ou Exames, pois sem essa, torna-se invivel a execuo dos mesmos. 5.4 Periodicidade de Exames Para realizao das Provas e periodicidade especfica de cada material: Exames, deve-se observar a

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio ANEXO E (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98) Periodicidades dos exames qumicos e balsticos de explosivos, munies e artifcios Material
Cargas de projeo de munies Cargas de projeo de Rj e Mrt Dinamites Altos explosivos Detonadores, reforadores, cpsulas, acionadores, e espoletas Artifcios Piro, Lac e Fumgenos Epim Hidrl, algodo plvora e nitrocelulose Simulacro de granadas

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1 fase
cinco anos aps fabricadas um ano aps fabricadas Trimestralmente cinco anos aps fabricados dez anos aps fabricados cinco anos aps fabricados aps dois anos de fabricados

Demais exames
de dois em dois anos cinco anos aps 1 exame; aps, anualmente desaconselhvel a estocagem por mais de 2 anos de dois em dois anos de cinco em cinco anos de dois em dois anos semestralmente anualmente de dois em dois anos. Se houver exsudao informar UU RM

Obs
I II III IV IV V

dois anos aps fabricao aps 5 anos de fabricado, por inspeo Projetis de Artilharia e canhes, direta para ver se h petardos, Gr Mrt e Gr M com trotil exsudao; caso positivo, info UU RM

OBSERVAES: I - Incluem-se nestes itens as cargas de projeo das seguintes munies: Car 7,62, Car 9mm, Car .50, Tiro 105, Tiro 155, Tiro 75, Car 5,56, Car .22, Car .30, car .38, Car 12 VELOX PB, Tiro 40, Tiro 57, Tiro 60, Tiro 75 SALVA, Tiro 90,Tiro 106. II - Incluem-se neste itens: Car 60 CG "O", SPLMT 60, Car 81 CG "O", SPLMT 81, CAR IGN 4.2, CG PRJC 4.2, Car 120 CG "O", CG PRJC 20, RJ 2.36, RJ 3.5. III- Incluem-se neste item: cordel detonante, minas auto-explosivas, e outros elementos base de altos explosivos (granadas 105, 106, 90, 155, 81, 60). IV - Os elementos deste item no tero exames qumicos, mas apenas exames de emprego prtico (balstico) no Campo de Prova de Marambaia. V - Os simulacros sero submetidos a exames prticos no Dep Reg de acordo com o Of n 149 S/1 - Circ DAM, de 11 Ago 84.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio ANEXO G (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98) TABELA DE TAMANHO DE AMOSTRAS E MATERIAL AUXILIAR PARA EXAME BALSTICO QTDE P/ AMOST RA 20 30 5 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 6 12 12 12m 10m 12 12 12 12 12 (1) QME 700 200 10 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 200 12 50 100 500 500 24 24 24 24 24

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TIPO 1. Mun p/ arma porttil 2. Car .50 e .30 3. Mun p/ Can at 178mm 4. Mun p/ obus e morteiros 5. Estopilha 6. Detonador 7. Granada 8. EOP 9. EODE 10. Gr M s/ EOT 11. Gr M c/ EOT 12. EOT 13. Gr BC s/ Car Lmt 14. Gr BC c/ Car Lmt 15 Car Lmt 16. Mina 17. Petardo 18. Artifcios 19. Cordel detonante 20. Estopim 21. Acionadores 22. Acionador de retardo 23. Acendedor de Pavio 24. Espoleta Eltrica 25. Espoleta Comum

MATERIAL AUXILIAR E OBSERVAES sendo 11 de cada tipo


sendo 6/cg min e 6 p/ cg max 12 tiros completos, s/ etphl 12 tiros completos, s/ det 12 tiros completos, s/ gr 12 tiros completos, s/ EOP 12 tiros completos, s/ EODE 12 EOT 12 Gr M 12 Car Lmt 11 Gr s/ Car Lmt 12 Eplt Cm e 4m Epim, ou 12 Eplt Eltr (s/ Epim) de cada tipo ou cor Em Epim, 3 Pet AE 100g e 3 Eplt Cm n 8 8 Eplt Cm n 8 e 100g Plv N"A" 12 Eplt Cm n 8 4 Pet AE 100g ou 50g e 1m Crd Det Em Epim 4 Pet AE 100g ou 50g e 1m Crd Det 8m Epim, 4 Pet AE 100g ou 50g 1m Crd Det e 12 Acnd Fr

(1) QME - Quantidade mnima de estoque na OM para ser vivel a remessa da amostra para a Prova Balstica.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio ANEXO F (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98)

Pg. 39

TABELA DE QUANTIDADE DE MUNIO E SUA PERIODICIDADE PARA EXAME DE ESTABILIDADE QUMICA NOMENCLATURA PADRO DA TABELA CAR .22 LONGO CAR .22 CURTO CAR 7,62 COMUM CAR 7,62 PERF CAR 7,62 TR CAR 7,62 FT CAR 7,62 LCMT CAR .32 COMPETIO CAR 9mm COMUM CAR .38 LONGO CAR .38 COMPETIO CAR CAL 16 P/ CAA CAR CAL 20 P/ CAA CAR CAL 12 (CGD) CAR .50 COMUM CAR .50 TR CAR .50 PERF CAR .50 FT CAR .50 FUZIL APONTADOR TIR 40 ET AP/AC PERIODICIDADE 1 2 EXAME EXAME de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos QUANT P/ EXAME 300 525 035 035 035 060 035 250 200 150 200 025 025 055 010 010 010 010 010 001 QME (1) 2500 4700 300 200 200 400 300 900 700 600 1200 300 300 300 200 200 200 200 200 10

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio NOMENCLATURA PADRO DA TABELA TIR 40 AE TIR 40 EXC TIR 40 C/ 60 AE TR TIR 40 C/ 60 LST TR TIR 40 C/ 70 PF AE TIR 40 C/ 70 EXC TR TIR 57 SR AE TIR 57 SR AE AC TIR 57 SR FUM TIR 57 SR EXC TIR 60 AE TIR 60 ILM CAR 24 SUB CAL MRT 60 TIR 60 FUM TIR 60 EXC CAR 60 CG "O" SPLMT 60 TIR 75 AE M2 C/ ETJ M3 TIR 75 LST M2 C/ ETJ M3 TIR 75 SLV C/ ETJ M3 TIR 75 AE M2 C/ ETJ M6 TIR 75 LST M2 C/ ETJ M6 TIR 75 SLV C/ ETJ M6 PERIODICIDADE 1 2 EXAME EXAME 5 anos de 2 em 2 anos 5 anos de 2 em 2 anos 5 anos de 2 em 2 anos 5 anos de 2 em 2 anos 5 anos de 2 em 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos 1 ano 1 ano 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos
5 anos aps 1 exame, aps anualmente 5 anos aps 1 exame, aps anualmente

Pg. 40 QUANT P/ EXAME 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 020 001 001 020 020 001 001 001 001 001 001

QME (1) 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 05 05 200 05 05 100 300 05 05 05 05 05 05

de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio NOMENCLATURA PADRO DA TABELA TIR 81 AE (CP N) TIR 81 AE (G CP) TIR 81 ILM CAR 24 SUB CAL MRT 81 TIR 81 FUM TIR 81 EXC CAR 81 CG "O" SPLMT 81 TIR 90 OCC TIR 90 AE AC TR TIR 90 OE TIR 90 FUM TIR 90 OSCC TIR 90 SLV TIR 90 AE TR TIR 90 EXC AE AC TR TIR 90 FUM TR TIR 105 AE GR 105 AE (C/ CG PRJC) TIR 105 FUM WP TIR 105 ILM TIR 105 SLV (C/ ETJ M3) PERIODICIDADE 1 2 EXAME EXAME de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos 1 ano 1 ano 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos
5 anos aps 1 exame, aps anualmente 5 anos aps 1 exame, aps anualmente

Pg. 41 QUANT P/ EXAME 001 001 001 020 001 001 010 010 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001 001

QME (1) 05 05 05 200 05 05 100 100 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05

de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio NOMENCLATURA PADRO DA TABELA TIR 105 SLV (C/ ETJ M1) (OTO MELARA) TIR 106 SR AE AC CAR 24 SUB CAL MRT 4.2 TIR 4.2 AE TIR 4.2 FUM TIR 4.2 ILM CAR 24 SUB CAL MRT 120 TIR 120 AE TIR 155 AE GR 155 AE TIR 155 FUM TIR 155 ILM CG PRJC 155 GR BC AE AP GR BC AE AC GR BC INC GR M DEF M4 (C/ EOT M 14) GR M DEF/OFS M3 (S/ EPLT) GR M OFS SIMULACRO DE GRANADA RJ 2.36 AE AC RJ 2.36 EXC RJ 2.36 FUM PERIODICIDADE 1 EXAME 2 EXAME de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos 1 ano 5 anos Insp Dir 5 anos Insp Dir 5 anos Insp Dir 5 anos Insp Dir 5 anos Insp Dir 5 anos Insp Dir 2 anos/ Insp Dir 5 anos 5 anos 5 anos
5 anos aps 1 exame, aps anualmente

Pg. 42 QUANT P/ EXAME 001 001 020 001 001 001 020 001 001 001 001 001 005 003 003 003 003 003 003 005 001 001 001 QME (1) 05 05 200 05 05 05 200 05 05 05 05 05 10 10 20 10 10 10 10 10 05 05 03

de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos Anualmente de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio NOMENCLATURA PADRO DA TABELA RJ 3.5 AE AC RJ 3.5 EXC RJ 3.5 FUM RJ 3.5 AE MIN AE AP MIN AE AC ART 303 ESTLA (2) ART 304 ESTLA (2) ART 305 (COLC) (2) ART 305 FACHO (2) ART 313 BLM (2) ART 314 (COLC) (2) ART 314 ESTLA (2) ART 314 FUM (2) ART 314 SIN PQD (2) LAMA EXPLOSIVA EXPLOSIVO PLSTICO COMPOSTO C-3 COMPOSTO C-4 POLVORA DE MINA ESTOPIM COMUM ESTOPIM HIDRL EPLT CM NR 8 (2) ACIONADOR DE RETARDO PET 50 g PERIODICIDADE 1 2 EXAME EXAME de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos Trimestral Trimestral de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos de 2 em 5 anos 2 anos 2 anos Semestral 10 anos de 5 em 5 a 10 anos de 5 em 5 a 5 anos / de 2 em Insp Dir 2 anos QUANT P/ EXAME 001 001 001 001 005 005 001 001 001 001 001 001 001 001 001 200 Gr 200 Gr 200 Gr 200 Gr 200 Gr 100 m 100 m 005 005 004

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QME (1) 03 05 02 02 20 10 03 03 03 03 03 03 03 03 03 1000gr 1000gr 1000gr 1000gr 1000gr 500 m 500 m 10 10 40

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio NOMENCLATURA PADRO DA TABELA PET 100 g PET 250 g PET 500 g PET 1000 g PET 5000 g PET 10000 g PET 20000 g DET M1A1 (2) DET M2A1 (2) Cordel Detonante PERIODICIDADE 1 EXAME 5 anos/ Insp Dir 5 anos / Insp Dir 5 anos/ Insp Dir 5 anos / Insp Dir 5 anos / Insp Dir 5 anos / Insp Dir 5 anos / Insp Dir 10 anos 10 anos 5 anos 2 EXAME de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 2 em 2 anos de 5 em 5 anos de 5 em 5 anos de 2 em 2 a QUANT P/ EXAME 002 001 001 001 001 001 001 005 005 100

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QME (1) 40 25 25 15 10 05 05 10 10 500

OBSERVAES: (1) A amostra ser remetida ao Laboratrio Qumico Regional, se a quantidade de munio existente na OM for maior ou igual a quantidade mnima de estoque (QME). (2) Realizam apenas exames de emprego prtico (balstico) no C Pr M

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio ANEXO G (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98) TABELA DE TAMANHO DE AMOSTRAS E MATERIAL AUXILIAR PARA EXAME BALSTICO
QTDE P/ AMOSTRA 20 30 5 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 6 12 12 12m 10m 12 12 12 12 12

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TIPO 1. Mun p/ arma porttil 2. Car .50 e .30 3. Mun p/ Can at 178mm 4. Mun p/ obus e morteiros 5. Estopilha 6. Detonador 7. Granada 8. EOP 9. EODE 10. Gr M s/ EOT 11. Gr M c/ EOT 12. EOT 13. Gr BC s/ Car Lmt 14. Gr BC c/ Car Lmt 15 Car Lmt 16. Mina 17. Petardo 18. Artifcios 19. Cordel detonante 20. Estopim 21. Acionadores 22. Acionador de retardo 23. Acendedor de Pavio 24. Espoleta Eltrica 25. Espoleta Comum

(1)QME 700 200 10 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 200 12 50 100 500 500 24 24 24 24 24

MATERIAL AUXILIAR E OBSERVAES sendo 11 de cada tipo sendo 6/cg min e 6 p/ cg max 12 tiros completos, s/ etphl 12 tiros completos, s/ det 12 tiros completos, s/ gr 12 tiros completos, s/ EOP 12 tiros completos, s/ EODE 12 EOT 12 Gr M 12 Car Lmt 11 Gr s/ Car Lmt 12 Eplt Cm e 4m Epim, ou 12 Eplt Eltr (s/ Epim) de cada tipo ou cor Epim, 3 Pet AE 100g e 3 Eplt Cm n 8 8 Eplt Cm n 8 e 100g Plv "A" 12 Eplt Cm n 8 4 Pet AE 100g ou 50g e 1m Crd Det Em Epim 4 Pet AE 100g ou 50g e 1m Crd Det 8m Epim, 4 Pet AE 100g ou 50g 1m Crd Det e 12 Acnd Fr

(1) QME - Quantidade mnima de estoque na OM para ser vivel a remessa da amostra para a Prova Balstica.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio 6. EXPLOSIVOS

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6.1 Definio: So substncias que, sob ao de um excitante, se transformam em grande volume de gases, sob grande presso, em um curto espao de tempo e com grande produo de calor. Anlise da Definio a) Necessidade de Excitao: Por menor ou mais variada que seja a excitao, ela sempre necessria. b) Grande Volume de Gases: Exemplo - 1 litro de plvora negra se transforma em 300 litros de gases; 1 litro de nitroglicerina se transforma em 700 litros de gases. c) Grande Presso: por esta presso que a carga de projeo de um cartucho desengasta o projtil e o lana a alguns quilmetros de distncia. Um explosivo se transformando dentro de um recinto fechado e de paredes resistentes, deve arrebent-lo. d) Curto Espao de Tempo: As velocidades de transformao variam segundo as espcies de explosivos, mas, aos nossos sentidos a transformao parece instantnea. e) Calor Desprendido: Em toda a transformao de explosivos, h grande desprendimento de calor. Exemplo: 1kg plvora eleva a 2.600C a temperatura dos gases 6.2 Velocidade de Transformao A transformao de um explosivo nunca instantnea, como parece aos nossos sentidos, varia de explosivo para explosivo, e depende: - Da qualidade do explosivo;
-

Das condies e forma de emprego; Da pureza e do estado de conservao.

Obs: concebendo-se vrios explosivos em forma de um fio sem nenhuma compresso, excitados ao ar livre, observaremos que a velocidade de transformao dos mesmos varivel; uns transformam-se mais rapidamente e outros so mais lentos em sua transformao. Os fenmenos observados so os seguintes: Fenmeno Queima (ou inflamao) Deflagrao Exploso Detonao Velocidade 01m em 90seg 1000 a 2000 m/s 2000 a 3000 m/s acima de 4000 m/s

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Um mesmo explosivo pode queimar, deflagrar ou explodir, influenciado pelas seguintes causas: quantidade, condies, forma de pureza e estado de conservao. 6.3 Classificao 6.3.1 Quanto a Velocidade de Formao a. BAIXO EXPLOSIVO (plvoras) - Empregados em cargas de projeo, artifcios pirotcnicos; estes queimam ou deflagram. b. ALTO EXPLOSIVO (explosivos brisantes ou de ruptura) Empregados em ruptura arrebentamento, fragmentao ou destruio e como iniciadores de exploses (estes explodem ou detonam). 6.3.2 Quanto ao Estado Fsico Os explosivos podem classificar-se quanto ao seu estado fsico: a. SLIDOS: TNT, Plvoras, etc. b. LQUIDOS: Nitroglicerina. c. GASOSOS: Gs de cozinha. d. PASTOSOS: Lama explosiva, Composto C3, C4, Blade, etc. 6.4 Propriedades Principais dos Explosivos: a. b. c. BRISNCIA: a capacidade que tm o explosivo de despedaar o seu recipiente PODER EXPLOSIVO: a capacidade que tem o explosivo de deslocar o meio circundante. PONTO DE FUSO: a temperatura mnima que o explosivo se torna lquido, sendo assim possvel o carregamento de granadas ou projteis. SENSIBILIDADE: a maior ou menor aptido que tem o explosivo para entrar em combusto, devido a uma circunstncia qualquer imprevista.

d.

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ESTABILIDADE: a maior ou menor capacidade que tem um explosivo de no se deteriorar em um determinado tempo. HIGROSPIOCIDADE: a maior ou menor tendncia que tem o explosivo de absorver a umidade do ar.

f.

6.5 Explosivos Militares Generalidades: Os explosivos militares em uso compreendem dois grupos:
-

Alto Explosivos; Baixo Explosivos;

O quadro abaixo mostra as principais diferenas entre eles: CARACTERSTICAS Modo de Iniciao Regime de Reao Resultado de Reao BAIXO EXPLOSIVO Chama ou centelha Combusto lenta Deslocamento ou projeo ALTO EXPLOSIVO Percusso ou choque Combusto rpida Ruptura ou brisncia

A comparao feita acima, contudo no absoluta. A Azida de Chumbo e o Fulminato de Mercrio, por exemplo, sendo alto explosivos so iniciadores em alguns casos por meio de centelha, por outro lado j vimos que as plvoras podem queimar, deflagrar ou explodir. Portanto para que um explosivo possa ser considerado de utilidade para o emprego militar, necessrio que se satisfaa uma srie de requisitos. Requisitos Gerais de um Explosivo a) Potencial Elevado. b) Insensibilidade ao choque, calor, atrito e excitamentos acidentais. c) Detonao completa sob a influncia da escorva. d) No deixar resduos slidos capazes de ocasionar acidentes. Explosivo de Projeo: a) b) c) d) e) Velocidade de transformao lenta. Velocidade de transformao facilmente regulvel. Nenhum desprendimento de produtos corrosivos. Temperatura de exploso pouco elevada. Satisfazer ao mximo os requisitos gerais.

Explosivos de Carregamento de Projteis a) b) c) d) Vivacidade e Brisncia varivel. Produzir gases deletricos ou txicos. Produzir com abundncia fumaa. Satisfazer requisitos gerais

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Explosivos Militares a) b) c) d) e) f) Empregar matria - prima nacional. No exigir matria de difcil aquisio do pas. Baixo custo e facilidade de produo em larga escala. No ser Higroscpico No apresentar reaes com metais. Insensibilidade ao choque, atrito, calor, assim possibilitando grande segurana. g) Grande poder de Brisncia; altamente potente. h) No produzir efeitos abrasivos. i) Convenincia para finalidade a que se destinar.

6.6 Baixo Explosivos a. Plvora negra a.1 Fabricao: A fabricao de plvora negra (plvora mecnica) no tecnicamente difcil, visto ser uma simples mistura que compem, no entanto sua grande sensibilidade inflamao tornam-se necessrias precaues especiais. a.2 Composio Salitre: KN03..............74% Carvo vegetal.........15,6% Enxofre.....................10,4% a.3 Emprego A plvora negra como baixo explosivo que , est compreendida entre os explosivos cuja velocidade de transformao se classifica como DEFLAGRAO. Em regimes mais lentos de transformao a sua combusto no passa de uma simples queima. A deflagrao caracteriza as plvoras e podem ser muito mais rpidas que uma simples queima , indo at a mais de 1000 m/s. A prpria deflagrao, em condies especiais de excitao ou presso, poder se transformar em exploso a 2000 a 3000 m/seg, porm nunca em detonao. Os explosivos que deflagram so usados na propulso dos projteis, porque possuem enorme fora explosiva, a transformao no se processando to rapidamente como dos altos explosivos, podem atuar no projtil ao longo do cano da arma, aumentando a impulsividade inicial, sem forar os tubos das armas. Hoje em dia usada na confeco de petardos, escorvas, rastilhos, etc.

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Atualmente as plvoras negras s so usadas em casos rarssimos, desta forma foram substitudos pelas plvoras coloidais. a.4 Inconvenientes como propelente: chama e muito grande; calor intenso e presso violenta, desenvolvida durante a combusto; provoca eroso excessiva nos tubos das armas; os resduos slidos que deixam nas cmaras, aps a combusto apresentam perigos para carregamentos posteriores; a velocidade de queima dificulta o controle. A uniformidade de queima indispensvel para os efeitos balsticos; instabilidade quando em depsito, sendo muito higroscpio, a umidade atua como adulterante e baixa a velocidade de queima; entra em combusto com facilidade. a.5 Velocidade de Transformao A velocidade de decomposio varia segundo as circunstncias sob as quais se produz, da temos que a plvora negra suceptvel de deflagrao ou de exploso. Quaisquer que sejam, porm as condies de combusto jamais detonaro. b. Plvora Coloidal b.1 Tipos As plvoras sem fumaa, ou coloidais, tambm conhecidas como plvoras qumicas so de 03 espcies. - plvoras de base simples (BS)- Nitrocelulose - plvoras de base dupla (BD) Nitrocelulose + Nitroglicerina - plvora de base tripla (BT) Nitrocelulose + Nitroglicerina + Nitroguanidina b.2 Finalidades Surgiram para substituir a plvora negra em determinados empregos. Atualmente so utilizados militarmente como propelentes. b.3 Composio corpo combustvel (celulose) 60 a 80%; corpo comburente (cido ntrico + nitroglicerina) 20 a 40%; dissolvente (ter, lcool, acetona); estabilizante (diafenil amina, anilina, cnfora).

b.4 Formato Gros de vrios formatos, pequenos lminas, fios gros esfricos, cilndricos, perfurados. O tipo cilindro perfurado

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muito usado nas plvoras de emprego militar geral. As plvoras para armas de pequenos calibres possuem uma s perfurao enquanto para os grandes calibres possuem at 7 perfuraes. b.5 Propriedades sua combusto completa e no deixa resduos slidos produz uma quantidade mnima de fumaa e suja pouco a alma do material seus efeitos so regulares e fceis de serem previstos (previso e velocidade inicial) a fora viva comunicada ao projtil quando em condies iguais de peso 2 ou 3 vezes maior que a plvora negra, sem que as presses sejam exageradas. manipulao relativamente fcil e pouco perigosa. Ao ar livre, queimam lentamente sem perigo de detonao. sua deflagrao s se produz sob presso bastante forte (a obtida nas bocas de fogo provocado pela carga de plvora negra da escorva ou estopilha)

6.7 Alto Explosivo: 6.7.1 Iniciadores Nos Iniciadores no ocorre uma transformao extremamente rpida. So sensveis ao choque, calor e atrito. Nas condies normais queimam, mas se postos ao fogo detonam. Sua fora e brisncia so fracas, mas suficientes para detonar alto explosivos. Devido a sua alta sensibilidade so utilizados na iniciao da cadeia explosiva. a) Azida de Chumbo Quando mida corroe cobre e zinco, formando um composto extremamente sensvel e perigoso, a Azida de Cobre, no caso de estar em contato com o lato. Por esta razo, usa-se o alumnio para envolver a Azida de Chumbo. Quando seca, no reage e nem corroe ao, ferro, nquel, alumnio, chumbo, zinco, cobre, estanho e cdmio. No afeta as camadas de tinta preta prova de cidos, leo cozido e verniz. Possui estabilidade excelente, no txico, mas desaconselha-se inalar a sua poeira, pois acarreta forte dor de cabea e dilatao dos vasos sangneos. Tem uma fcil obteno no mercado nacional e um baixo custo de produo. Devido a comparao com o Fulminato de Mercrio faz-se chegar a concluso que devido as suas qualidades, a Azida tende a substituir o Fulminato de Mercrio. As vantagens que a Azida apresenta so: - Velocidade de decomposio muito maior; - Detona mesmo mida; - menos sensvel ao choque e ao atrito; - Resiste ao calor por longo tempo; - No detona sobre luz intensa; - Sob presso, mantm suas qualidades explosivas;

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Fcil obteno, matria prima obtida com maior facilidade; Detonao segura; Por Ter maior densidade que o Fulminato de Mercrio, exige menores cargas para obter melhores resultados; Menor Higrospiocidade.

Obs: Como nica desvantagem, a Azida explode entre 300C e 330C, enquanto o Fulminato explode entre 170C e 190C. b) Fulminato de Mercrio Detona sob uma temperatura de 180C, sua sensibilidade ao choque aumenta com a elevao da temperatura. mais sensvel ao impacto do que a Azida de Chumbo e Estifinato de Chumbo. de mesma sensibilidade ao impacto, como o DDNP e o Tetraceno; estes 3 (trs) compostos so os mais sensveis iniciadores usados em munies militares. A sensibilidade do Fulminato de Mercrio uma das suas mais vantajosas caractersticas. A relativa instabilidade do Fulminato de Mercrio tem sido sua caracterstica principal mais desvantajosa, e razo principal dos esforos para a sua substituio ao deteriorar, produz um novo explosivo slido; experincias tm demonstrado que o Fulminato de Mercrio quando guardado durante 03 (trs) anos sob temperatura de 35C, no funciona; o mesmo acontece quando guardado sob uma temperatura de 50C durante 10 (dez) meses. Pelo teste de efeito til de Trauzil, v-se que o Fulminato de Mercrio mais poderoso que a Azida de Chumbo e comparado ao Trotil sua fora de expanso menor. Possui uma velocidade de detonao de cerca de 4000m/Seg. O Mercrio seus compostos so de conhecida toxidez. Mas o seu manejo no perigoso, mas do ponto de vista da toxidez seria perigoso um mnimo contato com a pele. Seu p no deve ser inalado. c) Estifanato de Chumbo ou Trinitrorresorcinato de Chumbo Cristais amarelo-alaranjados explodem a 210C, sensvel ao choque e a descarga eltrica (eletricidade esttica).Empregado em mistos detonantes, espoletas comerciais e detonadores. Destrutvel pelo hidrxido de Sdio a 20%. d) Tetraceno Sensvel ao impacto, tem uma das mais baixas temperaturas de exploso. Tem alto poder explosivo, igual ao Fulminato de Mercrio, quando comparado a um bloco de chumbo.(TRAUZIL) 6.7.2 Reforadores Tem sensibilidade intermediria, queimam por ao do calor, frico ou impacto. Detonam quando queimados em grande quantidade e servem para aumentar a chama dos iniciadores.

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a) Ciclonita (RDX) Conhecido com os dois nomes, cristalino, tendo um ponto de fuso de 202C; possui a mesma brisncia do Pent. mais sensvel ao Fulminato de Mercrio que o Tretil, possui grande estabilidade. O RDX nunca empregado isoladamente, todavia, muito empregado na composio de outros explosivos derivados, misturados tambm com leos ou ceras formam explosivos de destruio ou demolio. tambm conhecido com as seguintes denominaes: CTMTN; C-6; HEXOGNIO (Alemanha) e T4 (Itlia). b) Nitropenta (PETN) O Penta-Erythrith tetra-nitato, comumente chamado de PETN. derivado da nitrao do Penta Erythrith, o Pent considerado tambm como detonador. conhecido tambm com Pentil; possui uma sensibilidade intermediria, maior do que a do Tetril e menor que o Fulminato Possui extrema violncia de exploso, usado na confeco de cordis detonantes; sob a forma de cordel detonante, ele praticamente insensvel, ao choque atrito ou chama, necessitando apenas de uma espoleta para detonar. A extrema violncia da exploso desse cordel suficiente para fazer explodir qualquer outro que com ele esteja em contato. Serve em virtude de suas propriedades, para detonar simultaneamente vrias cargas afastadas entre si. O emprego do Pent e a combinao com o Trotil formam o Pentolite (50%-50%) c) Tetril O alto explosivo comumente chamado de Tetril o Tri-nitrometilmetramina ou Tetra-nitro-metil-anilina (Americana). um derivado do Benzeno pertence a mesma classe dos compostos do Tritil. O Tetril um p cristalino de cor amarela, praticamente insolvel na gua, mas solvel no lcool, acetona, benzeno e outros solventes. facilmente recristalizado e pode ser obtido com grande pureza quando puro funde entre 129 C e 130C. extremamente venenoso quando ingerido e praticamente isento de higrospicidade. O Tetril resulta da ao do cido ntrico sobre o Metil Anilina; mais sensvel ao choque e atrito que o Trotil, possui sensibilidade idntica ao cido pcrico ligeiramente mais sensvel a detonao que o Fulminato de mercrio e que o Trotil detona a um impacto de um tiro de fuzil. estvel nas temperaturas normais de armazenagem, mas quando aquecido acima de seu ponto de fuso, ele entra em decomposio, explode quando a temperatura atinge a 260C durante 5 Seg. O Tetril tm uma velocidade de detonao maior que a velocidade mxima do Tritil, experincias tm comprovado que o Tetril o mais forte dos explosivos militares. Empregado nos detonadores ou Reforadores, a alta fora explosiva e brisncia do Tetril o indicam, para o emprego nas cargas de arrebemtamento. Mas sua sensibilidade ao choque impede seu aproveitamento para tal fim.

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tambm muito utilizado para a confeco de espoletas e de detonadores para fins militares e civis. Nestes casos, ele comprimido no fundo das espoletas e coberto com uma pequena camada de Fulminato de mercrio ou de Azida de chumbo. 6.7.3 Arrebentamento (Ruptura) Constitui que chamamos de um Trem explosivo, a carga principal ou de arrebentamento, ou o esforo principal (a ao propriamente dita) Trem de Arrebentamento Escorva Iniciador Reforador Carga Principal (Ruptura)

6.8 Medidas de Segurana Constantes no C5-25, relativas as Espoletas. a) No deixar as espoletas e os explosivos expostos aos raios diretos do sol ou a qualquer outra fonte de calor. O calor faz com que o explosivo da espoleta fique mais sensvel, tornando-se assim mais perigoso de ser manuseado. b) No transportar espoletas nos bolsos. c) No retirar as espoletas da caixa, utilizando arame, prego ou instrumentos semelhantes. d) No bater, nem experimentar de outra forma uma espoleta. e) No estriar as espoletas com os dentes ou faca, usar para este fim o alicate de estriar. As espoletas so extremamente sensveis e explodem quando no manuseadas com o devido cuidado. Devem ser protegidas contra o choque e o calor elevado e no devem sofrer fortes presses. Nunca devem ser armazenadas juntamente com outros explosivos. S devem ser transportadas numa viatura com outros explosivos em casos de emergncia.

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7. Destruio:
A munio (ou elemento de munio) que no possa ser desmanchada, recuperada ou que no apresenta segurana para ser manuseada, devera ser destruda por queima, detonao ou lanamento no mar. A destruio de munies ser executada por pessoal HABILITADO dos Depsitos de Unidades devendo-se em cada caso observar as prescries constantes no manual C5-25. 7.1 Destruio de Explosivos, Munies e Elementos Componentes. - Generalidades: a) Devero ser destrudas: - as munies perigosas (Cat E) falhadas ou deterioradas; - as munies que no possam ser recuperadas; - as munies para as quais no haja vantagem ou possibilidade de aproveitamento de qualquer um de seus elementos componentes b) Nas munies de Cat E sero destrudas apenas pelo elemento que estiver nesta categoria, enquanto os elementos restantes es as matrias-prima aproveitveis sero recolhidos aos rgos competentes de conformidade com instrues especiais. c) No dever ser levada em considerao a parte econmica quando for necessria uma destruio, pois em casos de acidentes maiores sero os prejuzos materiais, pessoais e morais. d) A destruio dever ser feita por pessoal habilitado ao manuseio do material a ser destrudo, conforme o manual C525. O nmero de pessoas engajadas em tais servios dever ser o mnimo necessrio, porm no ser permitido em tais operaes o emprego de uma s pessoa, de pessoas inexperientes ou sem instruo. e) No permitido o uso de pisos de concreto nos locais de destruio, sejam elas feitas por queima, ou detonao. Esses locais devem ser limpos de vegetao e afastados de estradas, caminhos e habitaes. f) Durante as operaes de destruio sero empregados guardas, sinais de segurana e avisos a fim de que pessoas mo autorizadas ou desinformadas fiquem afastadas da rea de perigo.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio 7.2 - Mtodos de destruio

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As destruies podem ser executadas por um dos seguintes mtodos: - Detonao Queima ou combusto Imerso no mar.

E absolutamente proibido o aterramento ou lanamento de munies em fosso, poo, pntano, crrego ou terreno abandonado.

7.2.1 - Destruio por Detonao a) So usados para esse fim petardos do uso corrente em destruies; b) A iniciao da detonao ser, preferencialmente feita por meio de estopim com espoleta comum; c) O explosor com fios eltricos e espoleta eltrica poder ser usado mediante cuidados especiais a serem observados (ver Prf.65 do T9-1903) d) As espoletas eltricas ou no devero ser as destinadas as de fins militares, pois as de tipo comercial por serem fracas podero acarretar falhas na iniciao da detonao ou efetuar a detonao parcial da carga, ocasionado um disperso ou inicio de incndio - Material de Destruio 2 Alicates de corte; 2 Alicates especiais de estriar; Trena; Chave de fenda; Canivete; Fita adesiva; Fsforo; Espoleta comum; Estopim comum ou hidrulico; Petardo; Cordel detonante; Material de primeiros socorros.

- Material de Segurana Viatura em condies de transporte da munio e do pessoal; Ambulncia (com enfermeiro habilitado);

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Bandeiras vermelhas (para indicar a rea interditada para a destruio); Kit de primeiro socorros; Rdio Motorola para fcil comunicao; Roupas especiais; Capacete de ao.

- Medidas de Segurana a) O local da destruio dever ficar afastado de armazns, construes, estradas de rodagem e de ferro, paiis, etc... b) Observar as distncias mnimas de segurana, que deve ser no mnimo de 750m. c) Deve se levar ao local de destruio somente a quantidade de explosivo necessrio para operao a ser executada. d) Apenas uma pessoa dever ser responsvel pelas espoletas durante a operao de destruio. e) As espoletas no devero: 1) Ser carregadas no bolso, pois existem recipientes especiais para tal; 2) Ser armazenadas ou transportadas junto com alto-explosivo; 3) Ser deixadas expostas aos raios diretos do sol. - Preparao do Fornilho 1. O fornilho ser aberto no dia anterior a destruio, ele dever seguir a seguintes medidas: a) A sua rea dever ter 1 m2; b) 1,20 cm de profundidade e c) Poder ser preenchido no mximo at 90 cm. 2. O militar que vai preparar a distribuio da munio no fornilho dever ser um dos mais experientes da equipe de destruio. 3. O militar nunca dever preparar o fornilho sozinho, dever ter sempre a ajuda de 1 ou 2 auxiliares. 4. Ele dever distribuir a munio no fornilho respeitando a ordem da munio menos sensvel at a mais sensvel. 5. Ordem da carga: a) Mina AC; b) Tir 106; c) Tir 105; d) Tir 90; e) Cabea de rojo; f) Gr Bocal ; g) EOP h) Splm.

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- Preparao das Cargas de Destruio As medidas de segurana necessrias preparao as cargas de destruio so as previstas no C5-25, entretanto, recapturasse-a as seguintes regras de preparao das cargas iniciadoras e demolio, que devero ser rigorosamente observadas: a) Cortar transversalmente o estopim e abandonar de 05 a 08 cm da extremidade do carretel; b) Cortar e testar 30 cm de cada bobina para determinar o tempo de queima no incio de cada operao e sempre que uma nova bobina for utilizada. A queima ser feita na direo do vento. Todo estopim de uma mesma bobina dever queimar no mesmo tempo. c) Usar comprimento de estopim suficiente que permita o pessoal deslocar-se sem correr at um abrigo antes da carga explodir. Em nenhuma hiptese deve se usar estopim com menos de 01 metro de comprimento, ou que queime em menos de 02 minutos. d) Apenas uma pessoa dever ser responsvel pela guarda das espoletas durante as operaes de destruio. e) A espoleta deve ser segura com a ponta dos dedos, pois segurando com as mos o calor aumenta sua sensibilidade. No devem ser dadas pancadas sobre as mesmas, nem feita tentativas para desmont-las. f) Segurar o estopim comum no comprimento desejado, mantendo verticalmente, com cuidado, introduzir a ponta da espoleta at sentir o explosivo da mesma. No girar nem torcer o estopim no interior do orifcio da mesma, pois tal ao poder ocasionar a formao de pequenas centelhas. Se o estopim estiver com a ponta ligeiramente ovalada e no entrar na espoleta, gir-lo suavemente entre os dedos at que a ponta fique pontiaguda Nunca usar fora, se o estopim for muito grosso dever ser trocado. g) Quando o estopim estiver conectado a espoleta utilizar para fixlo apenas o alicate de estriar fazendo presso na parte conectada sem segurar a espoleta com mo. No permitir outro processo d estriamento. h) Permitir somente a permanncia de 10 espoletas de cada vez no local destinado ao escorvamento das cargas. i) Preparar os explosivos numa distncia nunca menor a 10 metros do local onde se achar o material a se destruir, ou de qualquer ponto onde estiverem preparando as escorvas e as cargas de destruio. j) De acordo com a rea disponvel e as cargas a destruir, o nmero de cargas escorvadas variar de 01 a 6. k) Preparar as cargas escorvadas e as escorvas de explosivos somente no momento de seu emprego. As cargas escorvadas que no forem utilizadas devero ser destrudas, no havendo retorno ao Depsito de Munio. l) Deve se levar para o local de destruio somente a quantidade de explosivo necessria a operao a ser executada.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio - Fechamento do Fornilho

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1. Colocar a carga de ruptura centralizada sobre a munio a ser destruda; 2. Para fechar o fornilho colocar com muito cuidado a terra at mais ou menos 30cm acima para completar o fornilho, deixando para fora 4 m de estopim comum e 1,50 cm de cordel; 3. Aps cobrir o fornilho, dever ser recolhido todo o material que foi utilizado na operao; 4. O pessoal dever estar em condies de retrair j postado na viatura e a mesma dever j estar ligada; 5. Em hiptese alguma o elemento que acender o estopim Ficar sozinho no local da destruio, para isto este elemento devera ser acompanhado de no mnimo mais um militar; 6. Os elementos devero Ter em mos um alicate de corte ou um canivete para que no caso de algum imprevisto possam rapidamente cortar o estopim; 7. Os mesmos aps acenderem o estopim no devero sair correndo do local, para evitar algum acidente. 8. Com o estopim j aceso o pessoal empregado na destruio dever se deslocar para um local seguro dentro da distancia mnimo para a segurana do pessoal; 9. Aps o acionamento da carga a equipe dever esperar no mnimo 10 minutos (tempo da dissipao dos gases) para retornar ao local da destruio e constatar possveis falhas. 10. No caso de no ter ocorrido o acionamento total da carga de ruptura dever ser respeitado o tempo de segurana para se fazer uma avaliao da situao que se encontra o fornilho. 11. Dever ser estriada outra espoleta comum em 4m de estopim; a mesma dever ser fixada no cordel detonante que ficou para fora do fornilho e imediatamente devera ser aceso o estopim. 12. Em caso de nova falha no acionamento da carga, o retorno ao local de destruio ser feito apenas por dois militares (os mais experientes), estes devero retirar somente com o auxlio das mos toda a terra que cobre o fornilho para posterior avaliao do motivo da falha. 13. Se o motivo da falha for a espoleta a mesma devera ser substituda. 14. Se a falha for ocasionada plos petardos os mesmos devero ser trocados.

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7.2.2 - Destruio por Queima a) A queima de resduos inflamveis dever ser feita em rea separada, quando o local no permitir a instalao de uma rea separada uma parte da rea de destruio de explosivos e munies dever ser reservada para isso no podendo, no entanto, as duas reas serem operadas ao mesmo tempo. Tal rea dever ser cercada por uma rede de arame com malha no superior a 1,2 cm e dever ser molhada antes de iniciadas as operaes preparatrias para queima. Quando for grande a quantidade de material a destruir, deve-se empilh-lo sobre o material inflamvel e atear o figo distncia, atravs de um rastilho de material inflamvel, ou ento deixar espalhada na pilha uma certa quantidade de plvora e acend-la por meio de um rastilho de no mnimo 7metros de plvora ou poder ser utilizado um estopim comum. No devero ser repetidas queimas num mesmo local sem que hajam desaparecido totalmente os vestgios do fogo da destruio anterior. Deve-se aguardar um intervalo de mnimo 24 horas entre duas queimas num mesmo local. Ao ter de se repetir uma operao de queima, devero se tomados cuidados contra brasas existentes ou calor retido no solo. Os explosivos ou munies a serem destrudos por combusto devero ser retirados de suas embalagens mesmo que estas sejam frgeis, porque at pequenos confinamentos podero acarretar exploso ou detonao. Somente dinamite exsudando em caixas, constituir exceo e no dever ser retirado da embalagem. Na rea de destruio por queima ou combusto todo o capim seco, folhas e outros materiais inflamveis, num raio de 60 metros do ponto de destruio devero ser removidos. Material de combate ao fogo dever existir nas proximidades e estar sempre em condies de ser utilizado. O local de destruio dever ser regado diariamente no final das operaes.

b)

c)

d)

e)

f)

- Destruio de plvora BD (queima rpida) e BS (queima lenta) a) A plvora retirada do cunhete dever ser espalhada no cho, em faixas de 5 cm de largura, tomando-se o cuidado para que uma faixa fique afastada da outra pelo menos 3 m; b) Para iniciar a queima da plvora usa-se um rastilho de material inflamvel de 7 m de comprimento; c) No devero ser repetidas as queimas no mesmo local sem que tenha desaparecido totalmente o vestgio de fogo da destruio anterior;

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d) Deve-se aguardar um intervalo no mnimo de 24 hs entre duas queimas no mesmo lugar; e) Na rea de destruio por queima todo o capim seco, folhas e outros materiais inflamveis, num raio de 60 m do ponto de destruio, devero ser removidos; f) Dever existir material de combate a incndio nas proximidades e o mesmo dever estar sempre em condies de ser utilizado. g) O local de destruio dever ser regado diariamente at o fim das operaes. - Queima de Gr 75 e Gr de mo a) Coloca - se duas fileiras paralelas com os orifcios virados uns para os outros com distncia de 5 dedos, colocando plvora dentro das seis primeiras granadas. Repetindo o mesmo processo da queima anterior. - Queima de Projtil de .50 e 7,62 traante. a) Para realizar uma boa queima preciso utilizar para cada dois cunhetes de projtil um de plvora, colocando dentro da pipoqueira. Respeitando 7 m de rastilho, para que de tempo ao pessoal que realizar a queima chegar ao abrigo. b) O rastilho deve ser sempre feito a favor do vento. - Destruio de Espoleta de cartucho .50 e 7,62 a) realizado o mesmo processo que a queima dos projteis. 7.2.3 - Destruio por Imerso no Mar a) As Autoridades Navais devem ser consultadas antes de serem tomadas as providncias para a realizao das operaes. b) O local escolhido dever ficar a uma distncia de pelo menos 16 Km do litoral e dever ser mais profundo que as circunvizinhanas, afim de que as munies no possam ser arrastadas para as praias opor ocasio das mars. c) Os materiais a serem destrudos devero peso suficiente para atingir o fundo do mar. As munies qumicas devero ser mergulhadas a uma profundidade de no mnimo de 1.200 metros, enquanto as demais munies devero atingir no mnimo 900 metros d) No permitida, em hiptese alguma a imerso de munies explosivas e artifcios em baas ou vias navegveis internas. e) Todo o material a ser destrudo por esse processo dever sempre que possvel, ser retirado de sua embalagem antes de ser lanado ao mar.

Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio - Destruio de Explosivo a Granel

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a) O mtodo mais seguro para a destruio a plvora negra imergi-la num curso dgua, caso o contrario poder ser destrudo por combusto. b) Apenas ferramentas de madeira ou de metal que no produzam fascas devero ser empregadas na abertura dos cunhetes. Somente a plvora de um cunhete de cada vez dever ser queimada de cada vez. c) No devera ser retirada dos cunhetes quantidade superior a 25 kg de cada vez. d) A plvora retirada dos cunhetes devera ser espalhada no cho em faixas de 5cm de largura, tomando-se o cuidado para que uma faixa fique afastada da outra pelo menos 3m. e) Para iniciar a combusto da plvora usa-se um rastilho de material inflamvel de pelo menos 7m f) As faixas de plvora negra e o rastilho devero ser dispostos de tal forma que ao serem queimados, a chama tome a direo do vento local. A queima da plvora rpida, sem o devido rastilho no haver tempo do operador abrigar-se. g) Os cunhetes de plvora que forem esvaziados devem ser lavados com gua. comum ocorrerem exploses em cunhetes supostamente vazios. Medidas de segurana devem ser tomadas a respeito. Plvora negra molhada ao secar readquire suas propriedades explosivas. h) Os elementos de munio que contenham pequenas quantidades de plvora negra, tais como espoletas, artifcios pirotcnicos, tiros de exerccio etc, devero se destrudos conforme instrues especficas de cada um. Em princpio o nmero mximo de granadas a serem destrudas juntas so de: at 40 mm - 20; de 57mm a 90mm - 10; de 105mm a 178mm - 05; acima de 178mm - 02. A distncia entre cada pilha de granadas dever ser de no mnimo 100m. 7.3 - Destruio de Munies Falhadas a) A responsabilidade pela segurana e policiamento dos campos de tiro cabe, exclusivamente ao oficial comandante da tropa que executar o tiro. Logo aps a sada, em cada exerccio de tiro, sob a superviso de um operador especializado e bastante conhecedor dos acidentes e perigos que podem oferecer as munies falhadas, o campo de tiro dever ser vasculhado para a localizao e destruio desses elementos. Os campos de tiro para armas de pequeno alcance, como rojes, granadas de mo e de fuzil devero ser limpos logo aps o trmino do exerccio, ao passo que os de grande alcance, como os de artilharia, morteiro ou de tanque, devero ser limpos periodicamente, respeitando-se as condies atmosfricas, cobertura natural do terreno, etc. As munies e componentes que no explodirem, so muito sensveis e no devero ser tocadas ou sacudidas,

b)

c)

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d)

e)

f) g)

h) i)

j)

k)

quando tiverem de ser destrudas por petardos de demolio. As munies falhadas sem espoletas, podero ser manuseadas com relativa segurana. Nos vrios casos em que necessrio remover a munio falhada de um lugar para outro, afim de destru-la, todas as operaes relacionadas com estes procedimentos devero ser executadas com a superviso, direo ou execuo de elementos capacitados conhecedores dos perigos que tal operao representa. Remover ou revolver um projtil que no tenha explodido, um convite ao desastre, pois nesses movimentos, as partes internas da espoleta podero se deslocar e acionar o arrebentamento do projtil. Nenhuma tentativa dever ser feita para desmontar um tiro de munio falhada. As munies falhadas nos campos de tiro tais como: projteis, espoletas, granadas etc, podero ser destrudas no prprio local por petardos de destruio. Blocos com COMP. C podero ser manualmente adaptados a invlucros vazios de forma a obter-se efeitos de carga dirigida para destruio de elementos pesados. As munies falhadas s podero ser transportadas por pessoal experiente e com muita cautela; os petardos sero colocados nas cabeas das munies. Para as granadas de artilharia a quantidade de petardo de TNT ou equivalente ser prevista na tabela do Prf.71 do T9-1903. Depois de colocada a carga as munies ser circundadas por sacos de areia ou de terras, para limitar o alcance dos estilhaos. As granadas explodidas na superfcie sem proteo adequadas de barricadas de sacos de areia, lanam estilhaos em todas as direes em at 1.000 metros, motivo pelo qual a rea limitada por esta distncia torna-se perigosas; se houver abrigo nas proximidades no local da destruio, o pessoal poder permanecer prximo, numa distncia nunca inferior a 100 metros do local da destruio. Quando houver elementos a destruir com mais de 50Kg de explosivos, a distncia de segurana sero as previstas na s tabelas para edifcios habitados. As instrues gerais para destruir munies falhadas nos campos de tiro so semelhantes em tudo quanto possvel s instrues descritas para destruies de munies de artilharia, as regras gerais de segurana tambm so as mesmas e devem ser observadas cuidadosamente. As granadas ou bombas de gs, devero ser manuseadas da mesma maneira que as demais. Fossos ou trincheiras, onde forem destrudas granadas de gs devero ser tapados ou descontaminados usando os elementos encarregados, mscaras e equipamentos de proteo quando tiverem de executar o servio.

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m) n)

A destruio de bombas de aviao de exerccio, contendo plvora negra feita por detonao no prprio local. Usarse- para isso petardos ou enrolar-se- nas mesmas um cordel detonante de 40cm de comprimento na parte superior da carga e aps fixado o conjunto, detonar atravs de espoleta comum. Deve se levar em conta direo do vento na rea onde as granadas sero destrudas para evitar que os gases atinjam o pessoal. A destruio dessas cargas quando deterioradas, e feita enrolando-se 50cm de cordel detonante, duas vezes na carga, aps fix-las aciona-se atravs de uma espoleta comum. Um cuidado especial dever ser tomado na verificao da destruio, pois haver a possibilidade da carga propriamente dita no ter sido destruda, mas to somente o engenho iniciador.

Depois da destruio das munies falhadas ter sido completada, o Oficial encarregado do trabalho pessoalmente, dever percorrer a rea para assegurar-se que nenhum elemento foi esquecido.

Tabela de explosivos necessrios destruio de granadas por detonao ( Prf. 71 T9 1903) Material a ser destrudo Quantidade de explosivo por tiro(*)

Gr M e de BC, RJ, 37, 40 e 57 250g mm 75, 76, 88 mm e Mun Morteiro 500g 105, 106, 120, 150 mm e 6.0 750 a 1.000 g 178, 190, 240, 280 mm e 8.0 1.250g 305 mm 1.500g (*)OBS: As quantidades constantes referem-se ao emprego do TNT. 7.4 Documentao para destruio - A OM quando ciente que a munio sob sua responsabilidade se encontra na categoria E, conforme Boletim de Exame, realizar a destruio na prpria unidade ( proibido o transporte da munio classificada na categoria E), e confeccionar um Termo de Destruio (Modelo anexo) que ter duas vias encaminhadas ao SAM/3.2 para controle do material destrudo.

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Fontes de consulta:
Manual Tcnico T9-1903 Armazenamento, conservao transporte e destruio de munio, explosivos e artifcios; RISG Regulamento Interno e dos Servios Gerais; Portaria n 061-EME-Res, 05 Jun 98; Boletim Regional Reservado n 11, de 31 Jul 87; C5-25 Explosivos e Destruies; IAMEx Inspeo Anual de Munio do Exrcito; NARSUP; L P 5 / DAM Lista Padro n 5 de Munio. Boletim Regional Reservado n 10, de 31 Mai 94; Boletim Regional Reservado n 20, de 31 Out 95; Boletim Regional Reservado n 11, de 31 Jul 04; Boletim Regional Reservado n 15, de 31 Ago 98; e Boletim Regional Reservado n 17, de 30 Set 98

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