Discentes: Dbora Dutra Pinheiro Leodenil Alves Duarte Patricia Machado Oliveira
Disciplina: Epistemologia da Cincia Docentes: Iramaia Jorge Cabral de Paula
Cuiab - MT Junho/2012
Paul Karl Feyerabend (1924 1994)
Austraco; Doutor em Fsica Universidade de Viena; Doutor Honoris causa em Letras e Humanidades Universidade de Chicago; Profundo conhecedor de teatro e Filosofia; Lecionou Nas Universidade da California, Berkeley e no Instituto Federal de Tecnologia de Zurich; Muito criticado pelos fsicos assim como Popper, Lakatos e Kuhn; Sua obra mais famosa Contra o mtodo 1975.
O PIOR INIMIGO DA CINCIA
Principais Conceitos da teoria de Feyerabend
Anarquismo Epistemolgico; Pluralismo metodolgico; Contra induo; Contra-regra;
Humanismo;
Vale tudo; Incomensurabilidade.
ANARQUISMO EPISTEMOLGICO E PLURALISMO EPISTEMOLGICO
Anarquismo epistemolgico como oposio a um princpio nico, absoluto, fechado para as opes, contrrio a tradies rgidas que pretendem padres universais de validade
Para Feyerabend, o nico
princpio para que se
desenvolva o conhecimento : tudo vale (MANSSONI, 2005)
ANARQUISMO EPISTEMOLGICO E PLURALISMO EPISTEMOLGICO
Atividade Ldica processo no orientado e sem mtodo;
(MANSSONI, 2005)
CONTRA-INDUO
O cientista tenta aperfeioar as ideias que vo sendo vencidas ao invs de afast-las.
No existe nenhuma teoria que esteja em
harmonia com todos os fatos conhecidos no
seu campo de domnio.
CONTRA-REGRA
condio de coerncia
A cincia no conhece fatos nus pois, quando o cientista toma conhecimento de um fato ele o faz com o olhar permeado pelos seus prprios pressupostos.
EXEMPLO DE QUEBRA DE REGRA/MTODO:
Galileu movido pelo desejo de provocar a aceitao do ponto de vista de Coprnico introduziu conceitos e princpios novos, entre eles a inrcia e o princpio da relatividade dos movimentos, e assim realizou progresso para a cincia. (Massoni, 2005)
POPPER
FEYERABEND
Racionalismo crtico: generaliza as solues propostas para problemas epistemolgicos e metodolgicos diminui a fortaleza do ser humano;
Regras do racionalismo crtico: falseamento, aumentar o contedo, evitar hipteses ad hoc, etc;
Faz-se necessria uma mudana das cincias tornando-as mais anrquicas, mais subjetivas, onde os desvios e os erros s regras metodolgicas sejam pr-condies de progresso (Massoni, 2005).
Crtica ao racionalismo crtico: Pluralidade terica e base tica humanista para a epistemologia, mas apresenta ideais
hegemnicos interligados, quais sejam:
Honestidade do cientista busca
desinteressada pela Verdade;
Formular somente aquelas teorias que
possam ser refutadas;
Eixos
norteadores
do
pensamento
feyerabendiano:
pluralidade epistemolgica e o humanismo que, reunidos,
constituem um humanismo liberal e pluralista. O anarquismo: alternativa ao racionalismo crtico, por ser
capaz de abrigar todo a liberalidade do humanismo e todo o
pluralismo da viso epistemolgica feyerabendiana.
MONISMO X PLURALISMO
Oposio ao monismo metodolgico definitivamente com o racionalismo crtico; romper
MONISMO X PLURALISMO
No existe um mtodo conhecimento cientfico; nico para chegar-se ao
Epistemologia anarquista Razo apenas mais uma tradio, assim como magia, ocultismo e revelao, devido a isso tambm deve ser considerada.
MONISMO X PLURALISMO
Pluralismo metodolgico:
No se prende a nenhum mtodo especfico; Oportunismo cientfico.
MONISMO X PLURALISMO
Segundo Feyerabend (1975), a cincia progrediu no passado e progride hoje por que o cientista uma pluralista e no um seguidor de regras.
MONISMO X PLURALISMO
Feyerabend no pretendeu metodolgicos, como o tudo vale; postular princpios Isso esclarece o que quer dizer o oportunismo cientfico cientista escolhe qual regra ir empregar em cada situao de pesquisa.
Tudo vale
Tudo vale: Contnua busca de regras para relacionar teorias, observaes e hipteses de modo que seja atendida a situao de pesquisa no momento, dentro do respectivo contexto histrico e do conhecimento disponvel. Regras precisam ser reinventadas ou; Contra regra.
(...) Com o que disse, terei, talvez, dado a impresso de
que prego uma nova metodologia em que a induo
substituda pela contra-induo e onde aparecem teorias vrias, concepes metafsicas e contos de fadas, em vez de
aparecer o costumeiro binmio teoria/observao. Essa
impresso seria, indubitavelmente, errnea. Meu objetivo no o de substituir um conjunto de regras por outro conjunto do mesmo tipo: meu objetivo , antes, o de convencer o leitor de que todas as metodologias, inclusive as mais bvias, tm
limitaes. (Feyerabend, 1975, pg. 45)
Incomensurabilidade
No h como estabelecer critrios de progresso para passagem de uma teoria para outra nem tampouco justificativas racionais para essa passagem;
Incomensurabilidade entre teorias questo relativa que
dependente da formao do cientista.
Feyerabend e a Educao
Feyerabend Escola Nova Progressista: Professor busca o desenvolvimento da individualidade do estudante, seja ele ou ela criana, jovem ou adulto(a); Motivao e criao de oportunidades para que as
habilidades e idias particulares a esse estudante sejam
exteriorizadas e discutidas com seus pares no ambiente escolar, ou acadmico, e fora dele;
Feyerabend e a Educao
Feyerabend e a Educao
O ensino baseado na curiosidade e no no comando
professor convidado a promover essa curiosidade;
No usar apenas um nico mtodo para despertar a
curiosidade;
Ter espontaneidade;
Feyerabend e a Educao
Relao com a corrente Humanista:
Ao que julgo, o primeiro e mais premente problema retirar a educao das mos dos educadores
profissionais. Os constrangimentos decorrentes de notas,
competio e exames regulares devem ser afastados, importando tambm distinguir o processo de
aprendizagem do preparo para uma particular profisso. (Feyerabend, 1975, p. 340)
Aflies de Feyerabend
Feyerabend havia previsto uma rejeio s suas idias, porm, no imaginou que fosse ser to forte e chegou at a
arrepender-se de ter escrito Contra o mtodo, como descreve
na sua autobiografia:
Aflies de Feyerabend
Num certo momento, em meio comoo, adquiri uma depresso que me acompanhou por mais de um ano. [...] agora estava sozinho, presa de um tipo desconhecido de aflio, minha vida privada estava uma confuso e eu estava sem defesas. Muitas vezes desejei nunca ter escrito a p... daquele livro.