Folder Sobre Ditadura

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LIBERDADES DEMOCRTICAS

LEVANTE SUA BANDEIRA


ELABORADO PELA COMISSO DE ANISTIA DO MINISTRIO DA JUSTIA EM PARCERIA COM A SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

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APRESENTAO
Este caderno que voc est lendo contm vrias informaes, depoimentos e questes fundamentais sobre um tema de extrema relevncia a todos ns: liberdades e direitos democrticos. Atenta a este tema e preocupada em resgatar a memria do que ocorreu no perodo da Ditadura Militar no Brasil, a Comisso de Anistia do Ministrio da Justia criou o projeto Anistia Poltica: Educao para a Cidadania, Democracia e os Direitos Humanos com o objetivo de ampliar a sua dimenso educativa e pedaggica e contribuir para uma formao humana e poltica junto juventude. Temos a certeza que os jovens* so os protagonistas da realidade brasileira, capazes de contribuir para o exerccio de novas formas de democracia e cidadania e para a construo de uma sociedade mais justa, participativa e cidad. Conhecer o passado para construir o futuro indispensvel para consolidarmos um Brasil democrtico, justo e solidrio!
* Para garantir a igualdade entre os gneros na linguagem deste material, onde se l "o jovem" ou "os jovens", leia-se tambm "a jovem" ou "as jovens".

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CONHECER O PASSADO PARA CONSTRUIR O FUTURO


No a toa que histria uma matria obrigatria na escola. Conhecer a nossa histria entender quem somos, como o nosso Pas e o mundo se transformaram no que so hoje e o espao onde vivemos. Entender que nem sempre as pessoas vestiram bermudas, camisas, ternos e vestidos. Que nem sempre moraram nas casas como existem hoje, ou que j se sobreviveu trocando produtos sem usar dinheiro. No entanto, no preciso ir to longe para chegar a um momento que ainda precisa ser muito estudado: a ditadura militar. Durante 21 anos os militares comandaram o Pas em um chamado regime de exceo, no qual liberdades como as de ir e vir, de criar e de falar publicamente foram duramente reprimidas. Neste perodo muita gente se deu mal por ser contra o regime, mas mesmo assim continuaram lutando por compreender que as liberdades suprimidas e outras novas eram direito da populao e deveriam ser conquistadas. Muitos jovens e adultos comearam a se organizar e se mobilizaram com o objetivo de no aceitar o que estava acontecendo no Pas. A forma encontrada por muitos foi a de realizar em todo pas uma grande mobilizao popular atravs de organizaes, grupos polticos e diferentes movimentos. Alguns se organizaram em associaes clandestinas, e outros partiram para a luta armada, no campo e na cidade. A juventude marcou sua presena e resistncia atravs da Unio Nacional dos Estudantes (UNE); da Juventude Estudantil Catlica, do Movimento contra a Carestia, da Ao Libertadora Nacional e de outros movimentos.

GUS BENKE / ARQUIVO UNE/W3

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ACONTECEU AQUI...
1946 publicada uma nova Constituio para o Brasil, com inspiraes liberais e democrticas. Os governantes, que anos antes haviam flertado com o fascismo, iniciam campanha de perseguies polticas, especialmente aos partidrios das causas socialistas e comunistas.
1964 Em 1 de abril ocorre o Golp e de Estado: militares tomam o governo e instala-se a ditadura mili tar. Ocorrem vrias prises e protestos pelo Brasil. A sede da UNE, no Rio, incendiada e ocupada pelos militares e a UnB invadida por 400 policiais. Em 15 de abril, Castello Branco assu me a Presidncia da Republica.

ue os 1965 Decretado o Ato Institucional n2 (AI-2) que exting ntes, impe eleies indiretas para 13 partidos polticos existe sso e presidente e atribui a este o poder de fechar o Congre nrios. Ocorre nova invaso na UnB: 15 professores demitir funcio so explulsos e 210 pedem demisso em protesto.

1968 General Costa e Silva decreta o AI-5, um dos mais duros Atos Institucionais. Neste ano, o estu dante secundarista Edson Luiz Lima Souto morto em um conflito com os policiais. Ocorre a Marcha dos Cem Mil em protesto s represses e morte do estudante.
o Segurana Nacional, que priva 1969 Instituio da Lei de o Decreto cidadania. publicado cidado de muitos direitos de vidades os estudantes) que proibia ati 477 (voltado a reprimir er de suspender os diretoria pod polticas nas escolas e dava . Morre Carlos te censura e violenta represso infratores. For tico da resistncia. m pol Mariguella, importante personage
responsvel pelo 1970 Emilio Mdici encontra-se no poder. ssivo. Muitos estudantes e militantes perodo mais duro e repre so presos e violentamente torturados.

os militares encurralam e 1971 Depois de meses de perseguio, smbolo da resistncia executam o capito Carlos Lamarca, pela Comisso de Anistia do ditadura militar, anistiado em 2007 Ministrio da Justia.

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Alencar, 28 anos, comete suicdio 1974 O frei dominicano Tito de elas da tortura que sofrera. na Frana por no suportar as seq

1975 Morre, sob tortura, Vladimir Herzog, jornalista. Sua morte causa grande repercusso no Brasil e no exterior.
1978 Comeam as reunies pela formao do Comit Brasileiro de Anistia, com a proposta de lutar pela anistia ampla, geral e irrestrita.

1979 - Aprovao da Lei da Anistia L. 6.683/79. Garantia do retorno de vrios exilados polticos. A lei resultou de uma ampla campanha popular, iniciada nos primeiros dias aps o golpe de 64. Posse de Joo Figueiredo, ltimo presidente do regime ditatorial. Congresso de reconstruo da UNE em Salvador. 1982 Proibido o filme Pra frente Brasil por denunciar as torturas da ditadura.
1984 Auge da Campanha Diretas-J que exigia a eleio direta Pas para Presidente e a convocao de Assemblia Nacional. O milhares de pessoas, saindo rua em inteiro foi tomado mais manifestaes alegres, com panelaos e buzinaos. Em SP, um milho de pessoas foram s ruas no dia 16 abril. Pesquisas de mostram que 90% dos brasileiros queriam votar para presidente.

1985 Fim da Ditadura. O colgio eleitoral elege Tancredo Neves presidente e Jos Sarney, vice. Tancredo morre, assume Sarney. Sancionada Lei n 7.398 de 4 de novembro de 1985, conhecida como a Lei do Grmio Livre, que permitia a organizao autnoma dos estudantes secundaristas.
a 1988 Promulgao da Constituio Federal, conhecida como . Marcada pela forte presena de liberdades e Constituio cidad o direitos democrticos em seus artigos, dentre os quais o direit aos 16. do voto facultativo entre 16 e 18 anos, o chamado voto

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O QUE FOI A DITADURA MILITAR


Ditaduras so regimes polticos autoritrios "nos quais uma nica pessoa ou grupo de pessoas exerce o poder absoluto sobre o povo, sem aceitar oposio efetiva". Podemos citar como exemplos de ditadura o regime deposto no Iraque. O Brasil passou por vrios perodos autoritrios, sendo o ltimo iniciado em 1964 quando houve um golpe de estado que resultou na instalao de um governo militar.

Como agia?
A ditadura agia de diversas formas, editou duas novas Constituies (1967 e 1969) e vrios Atos Institucionais (AIs) que "legalizavam" o regime. Esses atos suprimiram vrios direitos civis, polticos e culturais, alm de proibir todas as formas de manifestao poltica e democrtica. Aqueles que "desobedecessem" eram reprimidos pela fora, com armas, tanques de guerra, metralhadoras, prises, torturas, perseguies, s vezes "desaparecendo" ou sendo encontrados mortos. Foram os anos chamados de "anos de chumbo". A ditadura tambm se utilizava da censura a toda forma de manifestao que considerava "subversiva". A se incluem reportagens e jornais, peas de teatro, msicas, filmes, etc. Em 1976, por exemplo, 292 msicas foram proibidas no pas e muitas outras eram censuradas parcialmente.

GUS BENKE / ARQUIVO UNE/W3

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BIOGRAFIAS

Conhecido como um dos principais opositores da ditadura militar no Brasil, Lamarca optou pela luta armada atravs da organizao Vanguarda Popular Revolucionria (VPR). Planejou inmeras aes para resgatar prisioneiros polticos. Enquanto isso, sua esposa e filhos se exilaram em Cuba. Em 1971 foi morto por policiais no interior da Bahia. Em 2007, depois de muitos anos, a famlia Lamarca teve concedido seu pedido de reparao junto Comisso de Anistia.

Carlos Lamarca

Carlos Marighella Deputado federal pelo PCB


(Partido Comunista Brasileiro) em 1946. Com o golpe de 1964 teve seus direitos polticos cassados. Posteriormente funda a Ao Libertadora Nacional (ALN) para resistir e derrubar o regime militar atravs da luta armada. Foi preso e torturado vrias vezes. Em 1969 assassinado pelos agentes do DOPs numa emboscada em So Paulo.

Frei Tito - Considerado um smbolo da luta contra a ditadura e a favor das liberdades, este frade dominicano tinha apenas 24 anos quando foi capturado dentro do prprio convento, pelo regime militar. Aps sofrer as mais terrveis torturas foi exilado na Frana. Entretanto, atormentado pelas lembranas e traumas sofridos, comete suicdio 4 anos mais tarde.
Foi preso durante a invaso sofrida pela UnB em agosto de 1968 e permaneceu dois meses em poder do Exrcito. Com o Ato Institucional n 5 (AI-5) passou clandestinidade mas continuou coordenando encontros estudantis e lutando contra o regime militar at ser preso no Rio de Janeiro. Na poca, tinha 26 anos. Somente no dia 12 de maro de 1996 teve seu bito oficialmente reconhecido.

Honestino Guimares

Iara Xavier Pereira militante poltica de esquerda, perseguida pelo regime militar. Fez parte da resistncia armada, por meio da Ao Libertadora Nacional, tendo realizado treinamento em Cuba. Viveu no exlio, de onde retornou em 1979. Engajou-se na busca de seus familiares mortos e desaparecidos polticos e na luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. Ivan Akselrud de Seixas - Preso pela Operao Bandeirantes aos 16 anos, juntamente com seu pai. Militante do Movimento Revolucionrio Tiradentes (MRT). Durante a priso foi torturado e impedido de manter contato com parentes e amigos. Atua, ainda hoje, no esclarecimento dos fatos ocorridos poca.

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COMISSO DE ANISTIA
Criada em 2001, a Comisso de Anistia do Ministrio da Justia tem ajudado o Brasil a escrever uma nova etapa de sua histria, contribuindo na consolidao da democracia do Pas. o reconhecimento por parte do Estado dos prejuzos causados s pessoas perseguidas por sua atuao em favor do retorno do regime democrtico. A Comisso analisa os pedidos de anistia formulados por pessoas que acreditam ter sido impedidas de exercer suas atividades profissionais ou econmicas por motivao exclusivamente poltica no perodo de 18 de setembro de 1946 a 05 de outubro de 1988. Centenas de brasileiros perseguidos politicamente esto resgatando sua cidadania e dignidade, por meio da Comisso de Anistia. Declarados anistiados, eles tm certeza de que no lutaram em vo pelo restabelecimento da democracia no Pas e para que, hoje, todos ns possamos exercer nossas liberdades.

Aconteceu!

Em julho de 2007 a Comisso de Anistia anistiou Aldo Arantes e Jean Marc Von Der Weid, dois ex-presidentes da Unio Nacional dos Estudantes (UNE), que poca da ditadura lutaram contra o regime militar e pela democracia no Pas. A deciso ocorreu durante o 50 Congresso da UNE. Em novembro de 2008, 44 anos depois, foi o ato de anistia ao presidente Joo Goulart, deposto pelo golpe de 1964. Foi um pedido de desculpas oficiais e um marco histrico para democracia, pois restava pendente a demanda de condenao da ditadura por parte do Estado brasileiro, algo que, de maneira oficial ainda no se havia produzido. Ainda em 2008, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou ao indita no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo deciso definitiva acerca da punio de agentes representantes do Estado que, durante o regime militar, praticaram atos de tortura.

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PROJETO EDUCATIVO: CARAVANAS DA ANISTIA


Em abril de 2008, a Comisso de Anistia deu incio ao que se intitulou Caravana da Anistia, uma das aes do projeto Anistia Poltica: Educao para a Cidadania, Democracia e os Direitos Humanos. A atividade vem realizando sesses de julgamento de processos de ex-perseguidos polticos, sesses de memria, ato de construo da bandeira das liberdades democrticas, e campanhas de arrecadao de documentos nos diversos estados da federao, em diferentes espaos, como escolas, universidades e espaos pblicos em geral, com o intuito de contribuir para o conhecimento, a reflexo e o debate atinente ao perodo histrico marcado pela Lei de Anistia - especialmente o perodo da ditadura militar - bem como difundir os trabalhos desenvolvidos pela Comisso de Anistia. A Caravana da Anistia pretende ainda percorrer alguns pases da Amrica Latina, especialmente aqueles que tiveram uma histria de represso militar semelhante a do Brasil, como a Argentina, o Chile, Paraguai e o Uruguai. At o final de 2008, a Comisso de Anistia percorreu 12 Estados do Brasil (Rio de Janeiro, So Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Gois, Paran, Bahia, Par, Acre, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Alagoas), realizando 17 Caravanas da Anistia, com julgamento de aproximadamente 250 requerimentos de anistiandos e anistiandas.

PROJETO MEMORIAL DA ANISTIA POLTICA NO BRASIL


Ao lado do Projeto Educativo est sendo implementado o projeto Memorial da Anistia Poltica no Brasil institudo em 13 de maio de 2008, com a publicao da Portaria Ministerial n. 858, que pretende , organizar, preservar e divulgar a memria e o acervo histrico dos perodos de represso poltica no Pas, previstos pela Lei n. 10.559/2002. O Memorial pretende reunir e sistematizar o acervo de documentos (dossis administrativos, fotos, relatos, testemunhos, livros, vdeos, udios, imagens, entre outros) acumulados pela Comisso de Anistia nos ltimos anos e, ainda, aqueles especialmente recebidos com a finalidade de integrarem o Centro de Documentao e Pesquisa do Memorial da Anistia Poltica no Brasil. O material receber o tratamento adequado, a fim de possibilitar a consulta e o estudo, criando as condies para que a memria da resistncia histrica do povo brasileiro fique acessvel cidadania. Essa iniciativa constitui uma poltica pblica fundamental para o acesso memria nacional, contribuindo social e historicamente, para identidade cultural dos brasileiros. Se voc quiser saber mais sobre os Projetos, basta mandar um e-mail para: Projeto Educativo: [email protected] Projeto Memorial: [email protected]

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PASSADO PRESENTE
Olhando para esta parte da histria do nosso Pas, vemos que a sociedade teve de lutar muito para conquistar suas liberdades e direitos. Os jovens foram parte fundamental neste movimento. Pensando nesta poca e naquela gerao, discuta com seus amigos e amigas "Que direitos voc tem hoje que outros no tinham naquela poca? Os jovens de ontem (re)conquistaram a democracia. A democracia, ento, no algo que cai do cu, mas uma sucesso de conquistas. mais do que a garantia do direito de votar, se expressar, ir e vir. no se conformar com aquilo que achamos estar errado. sair de uma posio e um discurso passivos como "eu no tenho nada a ver com isso" ou ainda "no adianta que nada vai mudar mesmo" para uma posio e um discurso ativos, com aes e atitudes que possibilitem a expresso do que pensamos e a conquista de novos direitos. Democracia se somar a outras pessoas que tambm acreditam no mesmo que voc; ter sua prpria opinio e assumir uma postura politizada; ser sujeito construtor e transformador da prpria histria.

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Democracia ...
- ver os filmes que voc gosta; - fazer manifestaes e protestos; - cantar suas msicas preferidas; - atuar em movimentos sociais, partidos polticos, associaes de bairros, igrejas; - se reunir com seus amigos; - pensar e descobrir outras formas de fazer uma poltica democrtica; - formar associaes; - participar das esferas pblicas; - dizer e escrever o que voc pensa; - utilizar a arte para expressar suas opinies e crticas; - Assistir TV, ouvir rdio, ler jornal, navegar na internet e ter acesso a todas as informaes disponveis; - participar de sindicatos; - votar conscientemente.

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Pense nisso:
Pensando nas conquistas democrticas do nosso passado recente, devemos nos questionar se vivemos uma plena democracia, isto , se h situaes de represso que ainda se perpetuam nos dias de hoje e que poderiam ou deveriam ser mudadas.

Violncia policial contra os jovens:


Como o tratamento policial para com os jovens? Nem sempre a polcia respeita os direitos da cidadania ao tratar com os cidados, e com os jovens tal situao ainda mais sria. Voc sabia: Que o Estatuto da Criana e do Adolescente disciplina um tratamento especial a ser conferido aos jovens quando ocorrem abordagens policiais, e que, quando o jovem entra em conflito com a lei deve ser submetido a ateno diferenciada das autoridades, visando sua educao antes do que sua punio?

Mobilizaes estudantis:
Ainda hoje as mobilizaes estudantis so reprimidas nas escolas e universidades, nem sempre as autoridades entendem a legitimidade do jovem para reivindicar seus direitos e apontar quais so suas lutas atuais. As formas de represso so variadas, e, muitas vezes, a fora policial indevidamente utilizada para impedir o jovem de se expressar. Voc sabia: Em agosto de 2007, durante a ocupao da reitoria da USP, os estudantes e militantes sociais foram retirados fora, pela tropa de choque da Polcia.

Msicas censuradas:
Durante os perodos de exceo (ditaduras), muitas msicas eram censuradas, proibidas de vir a pblico ou alteradas em seu contedo. Ainda hoje vivemos situaes semelhantes, em que os artistas so impedidos de expor a pblico seu trabalho. Voc sabia: Que os msicos Gabriel o Pensador e o conjunto Planet Hemp j tiveram seus shows proibidos para menores de idade e foram ameaados de processo penal pelo Ministrio Pblico por tratarem de temas relacionados ao uso de maconha em suas msicas? Que shows de Hip Hop - como o "Virada Cultural" dos Racionais MCs - so duramente reprimidos por fora policial por terem como pblico muitos jovens da periferia e por trazerem em suas letras uma forte crtica social e poltica? Analisando as situaes acima podemos pensar sobre as lutas que ainda devem ser travadas pelos jovens para a consolidao e ampliao de nossa democracia. Voc vai ficar de fora dessa histria?

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PARA OUVIR E TROCAR FIGURINHAS


Minha Alma O Rappa
A minha alma t armada e apontada Para a cara do sossego (sego...) Pois paz sem voz Pois paz sem voz No paz medo, (medo) s vezes eu falo com a vida s vezes ela quem diz Qual a paz que eu no quero conservar Para tentar ser feliz As grades do condomnio So para trazer proteo Mas tambm trazem a dvida Se voc que est nessa priso Me abrace e me d um beijo Faa um filho comigo Mas no me deixe sentar Na poltrona no dia de domingo, domingo Procurando novas drogas De aluguel nesse vdeo coagido pela paz que eu no quero Seguir admitindo pela paz que eu no quero, seguir pela paz que eu no quero, seguir pela paz que eu no quero, seguir Admitindo.

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T NA MO
LIVROS

DICAS DE SITES, LIVROS E FILMES PARA VOC SE ANTENAR

SITES
Comisso de Anistia do Ministrio da Justia www.mj.gov.br/anistia Grupo tortura nunca maiswww.torturanuncamais.org.br Comisso Especial de Mortos e Desaparecidos Polticos www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/ mortosedesap Movimento Nacional de Direitos Humanos www.mndh.org.br Unio Nacional dos Estudantes - www.une.org.br Brasil Cultura - www.brasilcultura.com.br Censura Musical -www.censuramusical.com Arquivo Pblico do Estado de So Paulo www.arquivoestado.sp.gov.br Dirios da Ditadura - www.diariosdaditadura.com.br Centro de Pesquisa e Documentao de Histria Contempornea do Brasil - www.cpdoc.fgv.br Domnio Pblico www.dominiopublico.gov.br Fundao Biblioteca Nacional http://www.bn.br/portal Arquivo Moroel Silveira (Universidade de So Paulo) - www.eca.usp.br/ams Acervo da Luta contra a Ditadura www.acervoditadura.rs.gov.br

O Poder Jovem, Histria da participao poltica dos estudantes brasileiros - Artur Poerner Brasil, nunca mais! - Grupo Tortura Nunca Mais Operao Araguaia- Eumano Silva e Tais Morais Ditadura Envergonhada, Escancarada, Derrotada, Encurralada, Srie de livros sobre a ditadura de lio Gaspari O ano que No Terminou - Zuenir Ventura Os Carbonrios - Alfredo Sirkis Marighella, O Inimigo Nmero Um da Ditadura Militar Emiliano Jos O coronel tem um segredo - Paulo Wright no est em Cuba Delora Jan Wright Condies ideais para o amor, reunindo "poemas, manifestos e correspondncia de um poeta-guerrilheiro"- Luiz Eurico Tejera Lisboa e Antonio Hohlfeldt O calvrio de Snia Angel - Joo Luiz de Moraes Lamarca, o Capito da Guerrilha - Emiliano Jos Galeria F, lembranas do mar cinzento - Parte I e II - Emiliano Jos O Fim da Ditadura Militar - Bernardo Kucinski Alm do Golpe: Verses e controvrsias sobre 1964 e a ditadura militar - Carlos Fico Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedade - Daniel Aaro Reis

FILMES
Hrcules 56, de Silvio Da-Rin, 2006 Batismo de Sangue, de Helvecio Ratton, 2006 Cabra-Cega, de Toni Venturi, 2005 Zuzu Angel, de Sergio Rezende, 2006 Lamarca, de Srgio Rezende, 1994 Terra em transe, de Glauber Rocha, 1983 Pra frente Brasil, de Roberto Farias, 1983 Que bom te ver viva, de Lcia Murat, 1989 Dom Hlder Cmara: o Santo Rebelde, de rika Bauer, 2004 Quase dois irmos, de Lucia Murat, 2004 Guerrilha do Araguaia a conspirao do silncio, de Ronaldo Duque, 2004 O ano em que meus pais saram de frias, de Cao Hamburger, 2006 O Desaparecido de Costa Gavras, 1982 Machuca de Andrs Wood, 2004 Histria Oficial de Luiz Puenzo, 1985 Cabra Marcado para Morrer de Eduardo Coutinho, 1984 Jango de Silvio Tendler, 1984 Tempo de Resistncia de Leopoldo Paulino, 1984

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E EU COM ISSO?
Depois que voc sacou as informaes e as histrias contadas aqui, se rena com seus amigos e colegas para bater um papo. Se ligue nas perguntas abaixo: 1. Voc considera que as conquistas dos ltimos 20 anos resolveram a questo da democracia no Brasil? 2. O que a democracia deveria ser e ainda no ? 3. Voc v semelhana entre as bandeiras dos jovens que lutaram contra a ditadura e aquelas da juventude agora? 4. Que novas bandeiras a juventude deve trazer para a democracia brasileira?

Quem contribuiu para reunir as informaes que voc acabou de ler


Eduardo Pazinato da Cunha, Flvia Carlet, Jos Ricardo Bianco Fonseca, Kelen Meregali Model Ferreira, Leonardo Nelsis Suarez, Marcelo Torelly, Marleide Ferreira Rocha, Paulo Abro Pires Jnior, Simone Steigleder Botelho, Sueli Aparecida Bellato, Tatiana Tanns Grama e Vanda Davi Fernandes de Oliveira. Estas pessoas participaram da produo do contedo desta cartilha. So integrantes da Comisso de Anistia do Ministrio da Justia e da Secretaria Nacional de Juventude da Presidncia da Republica. Saiba mais no site www.mj.gov.br/anistia, na pgina da Comisso de Anistia. L voc encontrar maiores explicaes sobre o que Anistia Poltica, os trabalhos da Comisso e outras iniciativas de resgate da histria da luta por direitos democrticos no pas.

Presidente da Repblica Luiz Incio Lula da Silva Ministro da Justia Tarso Genro Secretrio-Executivo do Ministrio da Justia Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto Presidente da Comisso de Anistia Paulo Abro Pires Junior Vice-Presidente da Comisso de Anistia Sueli Aparecida Bellato Secretria-Executiva da Comisso de Anistia Roberta Vieira Alvarenga Assessoria da Secretria-Executiva Adriana Thulher do Rosrio Priscila Bezerra Temperani Assessoria Jurdica Joaquim Soares de Lima Neto Vinicius Marcelus Rodrigues Nunes Assessoria Especial da Presidncia Marcelo Dalms Torelly Marleide Ferreira Rocha Chefe de Secretaria Evelin dos Santos Ferreira Setor de Assessoria e Projetos Andr Amud Botelho Flvia Carlet Kelen Meregali Model Ferreira Luana Andrade Bencio Marcio Rodrigo Penna Borges Nunes Cambraia Tatiana Tanns Grama Simone Steigleder Botelho Setor de Anlise Viviane Fecher Moreira Setor de Arquivo e Memria Andra Valentim Alves Ferreira

Setor de Atendimento Muller Luiz Borges Setor de Julgamento Simone Eliza Casagrande Setor de Contadoria e Finalizao Glaucia Bruno Souza Setor de Protocolo e Diligncia Jane Ferreira Braulino Conselheiros Aline Sueli de Salles Santos Ana Maria Lima de Oliveira Ana Maria Guedes Beatriz do Valle Bargieri Edson Claudio Pistori Egmar Jos de Oliveira Henrique de Almeida Cardoso Jos Carlos Moreira da Silva Filho Juvelino Jos Strozake Luciana Silva Garcia Marcia Elayne Berbich de Moraes Mrcio Gontijo Marina Silva Steinbruch Narciso Fernandes Barbosa Paulo Abro Pires Junior Prudente Jos Silveira Mello Roberta Camineiro Baggio Rodrigo Gonalves dos Santos Sueli Aparecida Bellato Vanda Davi Fernandes de Oliveira Vanderlei de Oliveira Virginius Jos Lianza da Franca

Esta edio foi produzida pela Comisso de Anistia Texto e Reviso: Eduardo Pazinato da Cunha, Flvia Carlet, Jos Ricardo Bianco Fonseca, Kelen Meregali Model Ferreira, Leonardo Nelsis Suarez, Marcelo Torelly, Marleide Ferreira Rocha, Paulo Abro Pires Jnior, Simone Steigleder Botelho, Sueli Bellato, Tatiana Tanns Grama e Vanda Davi Fernandes de Oliveira. Programao visual: W3OL Comunicao - Curitiba-PR / www.w3ol.com.br Diagramao: W3OL Comunicao - Curitiba-PR / www.w3ol.com.br Agradecimentos Secretaria Nacional de Juventude da Presidncia da Repblica que gentilmente cedeu o material da primeira edio, ao Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidncia da Repblica, Luiz Soares Dulci e ao Secretrio Nacional da Juventude, Beto Cury. Primeira Edio Material produzido pelo Instituto Paulo Freire em parceria com a Comisso de Anistia do Ministrio da Justia Texto: Antonio Lino, Edson Pistori, Flavia Carlet, Jonas Valente, Jos Ricardo Bianco Fonseca, Marcelo Torelly, Paulo Abro Pires Jnior e Tatiana Tanns Grama. Programao visual: W3OL Comunicao - Curitiba-PR / www.w3ol.com.br Reviso: Edson Pistori Diagramao: Luciane Mendes de Vasconcelos (W3OL Comunicao)

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