Espiritualismo filosófico

Espiritualismo filosófico é uma corrente filosófica do século XIX, oposta ao materialismo e ao panteísmo, inspirada no romantismo e surgida em reação ao positivismo, que afirma o espírito como a realidade suprema da existência. Considera-se que seus principais representantes são Maine de Biran, Royer-Collard, Victor Cousin,[1][2][3] Félix Ravaisson, Henri Bergson, Louis Lavelle, dentre outros, na França, da chamada escola eclética e do "espiritualismo francês"[4]; Krause, na Alemanha;[5] Lopatin na Rússia, dentre outros do idealismo russo;[6][7] Cunha Seixas, Amorim Viana, dentre outros, em Portugal;[8][9] Ferreira França,[8] Farias Brito e Antônio Pedro de Figueiredo,[10] no Brasil, dentre outros.[9][11]

Doutrinas

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Farias Brito define o espiritualismo como a filosofia que "considera o espírito a realidade verdadeira e suprema, sendo a matéria, no mais rigoroso sentido da palavra, uma criação daquela realidade suprema ou devendo explicar-se como manifestação exterior do desenvolvimento mesmo do espírito".[12] Para ele, o espírito é "a energia que sente e conhece, e se manifesta, em nós mesmos, como consciência, e é capaz, pelos nossos órgãos, de sentir, pensar e agir".[13]

Segundo Brito, todos os sistemas, como dualismo, monismo, pluralismo, monadismo, realismo, idealismo, misticismo, transcendentalismo ou imanentismo são apenas modalidades do espiritualismo, do materialismo ou do panteísmo.[12]

Ver também

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Referências

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  1. Universalis, Encyclopaedia (27 de outubro de 2015). «Spiritualisme». Dictionnaire des Idées: Les Dictionnaires d'Universalis (em francês). [S.l.]: Encyclopaedia Universalis 
  2. Andrade Filho, João Batista (6 de fevereiro de 2018). «Os intelectuais românticos brasileiros e o discurso educacional em sintonia com a filosofia da educação de Victor Cousin / Les intellectuels romantiques brésiliens et le discours éducatif à l'écoute la philosophie de l'éducation de Victor Cousin». Revista de História e Historiografia da Educação. 2 (4). 8 páginas. ISSN 2526-2378. doi:10.5380/rhhe.v2i4.54051 
  3. Rocha, Marlos Bessa Mendes da; Dallabrida, Norberto; Villela, Heloisa de O. S.; Magaldi, Ana Maria; Martínez, Silvia Alicia; Silva, José Claudio Sooma; Paulilo, André Luiz; Marques, Jucinato de Sequeira; Rizzini, Irma (4 de março de 2012). A história da educação em debate : estudos comparados, profissão docente, infância, família e Igreja. [S.l.]: Mauad Editora Ltda 
  4. Mufike, Jerome Ndaye (2001). De la conscience à l'amour: la philosophie de Gabriel Madinier (em francês). Lista por Dominique Janicaud. [S.l.]: Gregorian Biblical BookShop 
  5. Ardao, Arturo (2008). Espiritualismo y Positivismo en el Uruguay. [S.l.]: Ediciones Universitarias 
  6. Громов А. В. Спиритуалистический монизм Л. М. Лопатина // Сумма философии. — Екатеринбург, 2005. — № 3. — С. 42—60.
  7. Ивлева М. И. Из истории спиритуалистической философии в России // Вестник Российского экономического университета им. Г. В. Плеханова. — М., 2007. — № 3 (15) — С. 38—44.
  8. a b Araújo, Bernardo Goytacazes de (2011). «As éticas espiritualistas de Cunha Seixas e Ferreira França» (PDF). Estudos Filosóficos (7) 
  9. a b Paim, Antonio (2007). História das Idéias Filosóficas no Brasil. 6ª ed. Londrina: Edições Humanidades. Arquivado na Wayback Machine em 18 de junho de 2022.
  10. «Figueiredo, Antônio Pedro de». www.cdpb.org.br. Consultado em 17 de maio de 2020 
  11. Júnior, Francisco Pinheiro Lima; Castro, Dinorah D'Araújo Berbert de. História das idéias filosóficas na Bahia (séculos XVI a XIX). Salvador: CDPB. Arquivado na Wayback Machine em 11 de fevereiro de 2022.
  12. a b Brito 2006, p. 333-334
  13. Brito 2006, p. 85.

Bibliografia

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