Episclerite

Episclerite é uma doença benigna inflamatória autolimitante que afeta a parte do olho chamada episclera. A episclera é uma fina camada de tecido que situa-se entre a conjuntiva e a camada de tecido conectivo que forma o branco do olho (esclera). A episclerite é uma condição comum, e é caracterizada pelo início abrupto de dor ocular leve e vermelhidão.

Episclerite
Episclerite
Olho com episclerite
Especialidade oftalmologia
Classificação e recursos externos
CID-10 H15.1
CID-9 379.0
CID-11 406987739
DiseasesDB 4375
MedlinePlus 001019
MeSH D015423
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Existem dois tipos de episclerite, aquele em que a episclera é difusamente afetada (episclerite difusa), e outra, em que os nódulos estão presentes na episclera (episclerite nodular). A maioria dos casos não têm nenhuma causa identificável, embora uma pequena fração dos casos estão associados a várias doenças sistêmicas. Muitas vezes, pessoas com episclerite a experimentam recorrentemente. O tratamento visa diminuir o desconforto, e inclui colírios lubrificantes. Os casos mais severos podem ser tratados com corticosteroides tópicos ou medicamentos anti-inflamatórios orais (AINEs).

Sinais e sintomas

Os sintomas da episclerite incluem dor leve nos olhos, vermelhidão (hiperemia) e lacrimejamento.[1] A dor da episclerite é tipicamente leve, menos grave do que em esclerite,[2] e pode ser sensíveis à palpação.[3]

Existem dois tipos de episclerite: o tipo difuso, em que a vermelhidão envolve toda a episclera, e o tipo nodular, onde o rubor aparece mais nodular, envolvendo apenas uma pequena área, bem circunscrita (setorial).[4] O tipo difuso da episclerite pode ser menos doloroso do que o tipo nodular. Às vezes, pequenos nódulos estão presentes na episclera, que move-se ligeiramente sobre a esclera com uma leve pressão.[4]

A descarga é ausente com episclerite, e a visão não é afetada.[4] Pacientes com experiência na doença possuem uma fotofobia muito menor do que os pacientes com uveíte.[1] A episclerite não causa a presença de células ou de alargamento na câmara anterior do olho.[1]

Referências

  1. a b c Heath, Greg (10 de fevereiro de 2010). «The episclera, sclera and conjunctiva An overview of relevant ocular anatomy» (PDF). OT (em inglês): 36–42. Arquivado do original (PDF) em 13 de maio de 2013 
  2. Goldman, Lee (2011). Goldman's Cecil Medicine (em inglês) 4ª ed. Filadélfia: Elsevier Saunders. p. 2440. ISBN 1437727883 
  3. Chumley H.; Usatine RP, Smith MA, Chumley H, Mayeaux, Jr. E, Tysinger J (2009). The Color Atlas of Family Medicine: Chapter 16. Scleritis and Episcleritis (em inglês) 2ª ed. Nova Iorque: McGraw-Hill Education Medical. ISBN 978-0071769648 
  4. a b c Kunimoto, Derek; Kanitkar, Kunal; Makar, Mary (2004). The Wills eye manual: office and emergency room diagnosis and treatment of eye disease (em inglês) 4ª ed. Filadélfia: Lippincott Williams & Wilkins. p. 99–100. ISBN 978-0781742078 

Leitura adicional

  • Leibowitz, HM; Hyndiuk, RA; Lindsey, C; Rosenthal, AL (1984). «Fluorometholone acetate: clinical evaluation in the treatment of external ocular inflammation». Annals of ophthalmology (em inglês). 16 (12): 1110–5. PMID 6398026 
  • McGavin, DD; Williamson, J; Forrester, JV; Foulds, WS; Buchanan, WW; Dick, WC; Lee, P; MacSween, RN; Whaley, K (1976). «Episcleritis and scleritis. A study of their clinical manifestations and association with rheumatoid arthritis». The British journal of ophthalmology (em inglês). 60: 192–226. PMID 1268180. doi:10.1136/bjo.60.3.192 
  • Sainz de la Maza, M; Jabbur, NS; Foster, CS (1994). «Severity of scleritis and episcleritis». Ophthalmology (em inglês). 101 (2): 389–96. PMID 8115160. doi:10.1016/s0161-6420(94)31325-x 
  • Watson P. Diseases of the sclera and episclera. In: Tasman W, Jaeger EA, eds. Duane’s Ophthalmology. 15ª edi. Filadélfia, Pa: Lippincott Williams & Wilkins; 2009: capítulo 23.