Pequenos gestos, grandes impactos?
É muito comum nos depararmos com situações em que as pessoas não percebem o impacto de suas ações no cotidiano dos outros. Recentemente, levei minha mãe para fazer compras em um mercado que vende tanto no atacado quanto no varejo. Para quem não está familiarizado com esse tipo de estabelecimento, eles geralmente têm corredores mais amplos para acomodar carrinhos maiores e mais largos, especialmente para compras em grande quantidade. Em certos corredores, encontramos ilhas de produtos em promoção, o que pode causar congestionamentos. Para mim, a dinâmica é a mesma das escadas de uma estação de trem/metrô: eu sempre mantenho a esquerda livre e tento "estacionar" o carrinho em locais que não bloqueiem a passagem. No entanto, muitas pessoas não têm essa mesma consideração, deixando carrinhos no meio do caminho, até mesmo em pontos cegos. Nesse dia, essa situação se repetiu inúmeras vezes, tornando a experiência frustrante. Em alguns momentos, eu mesma movi os carrinhos para conseguir passar, evitando conflitos e mantendo a calma, em outras eu pedia licença às pessoas. No entanto, em uma ocasião, uma pessoa irritada com a situação fez exatamente o mesmo, colocando um carrinho vazio bem na minha frente. Pensei: “Poxa, logo eu?” Apesar da tentação de reagir da mesma forma, percebi que isso só alimentaria um ciclo de irritação.
Refletindo sobre o ocorrido, compreendi que cada pessoa tem sua própria noção de etiqueta e convivência, e tentar impor minha visão só pioraria a situação. Optei, mesmo incomodada, por agir de forma pacífica, movendo o carrinho e seguindo em frente. Entendi que, mesmo em pequenas atitudes, como essa, podemos influenciar positivamente nosso ambiente, promovendo uma convivência mais harmoniosa.
Ha pouco tempo compreendi que o bom senso nem sempre gera consenso devido à subjetividade das situações e das pessoas envolvidas, que têm diferentes valores, crenças e experiências. Fatores externos, como emoções e pressões sociais, também influenciam a percepção do bom senso, levando à falta de consenso em algumas situações. Embora o instinto humano às vezes nos impulsione a reagir da mesma forma, percebi que isso não afetaria apenas a pessoa que me incomodou, mas também poderia afetar outras pessoas que não têm nada a ver com a situação. Por isso, decidi não carregar essa raiva comigo. Quero ser diferente não para dar lições aos outros, mas porque me preocupo com meu bem-estar mental. Se, no meio desse processo, influenciar alguém a agir de forma mais consciente, será um bônus. O importante é cuidar da nossa saúde mental e promover um ambiente mais positivo para todos.
Pequenos gestos têm o poder de gerar grandes impactos, tanto positivos quanto negativos. A forma como cada indivíduo recebe e assimila esses acontecimentos, bem como a maneira como decidem se comportar diante dos outros, são determinantes para o desdobramento dessas interações.
Bom final de semana a todos!
Consultora de RH | Terapia Floral integrativa para o corporativo | Levo saúde mental e bem estar através da Terapia Integrativa
4 mFundamental esses cases para que novas empresas invistam em saúde mental de forma consistência e contínua. Parabéns pelos resultados alcançados. Essa é uma bandeira que faço questão de levar: Criar ambientes saudáveis através de novas consciências para as pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho ou não.