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O Agir Cristão No Compreender, Querer, Amar E Servir
O Agir Cristão No Compreender, Querer, Amar E Servir
O Agir Cristão No Compreender, Querer, Amar E Servir
E-book499 páginas4 horas

O Agir Cristão No Compreender, Querer, Amar E Servir

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Sobre este e-book

BUSCAMOS Neste livro sobre “O agir cristão no compreender, querer, amar e servir” vamos refletir sobre o agir do ser humano, que apesar de ser complexo, se define por quatro simples movimentos da mente: o sentir, o pensar, o querer e o agir. O sentir: através de nossos cinco sentidos: paladar, tato, visão, audição e olfato. Estes sentidos são instintivos, cegos, mas essenciais para nossa sobrevivência. Quando olhamos, por exemplo, para uma maçã e tocamos com a mão a sua textura, através do olfato sentiremos o cheiro agradável que exala, e se a mordermos, sentimos o seu paladar. Estas informações de nossos sentidos externos, vão para os nossos sentidos internos, que nos levarão a sentirmos vontade de comer a maçã, ansiedade por não poder comer e até repulsa, caso não gostemos de maçã. Também estes sentidos internos são cegos, são instintivos. Os animais, já a partir destes sentidos partem para o agir, comem a maçã, ou se não gostam, deixam de lado. Mas, nós seres humanos somos inteligentes, pensamos, refletimos. Nossos sentidos devem ser orientados pelo pensar, que nos leva a compreender a vontade de Deus. O nosso compreender: nossa inteligência, que pensa, reflete, analisa, pondera entre o que é bom justo e verdadeiro, e o que não o é. No caso da maçã, nosso compreender irá nos fazer refletir se a maçã é nossa, se faz bem para nossa saúde, etc. Enfim, se não existe algum impedimento de a comermos. Nós seres humanos, somos chamados a termos uma consciência de buscar o positivo, o que dá alegria, contentamento, satisfação profunda, a sermos ditosos e otimistas, a vivermos bem. Sabemos que a consciência é uma faculdade natural do homem. Ter consciência faz parte do homem. A consciência pertence, como os nossos sentidos e a nossa inteligência, às nossas faculdades primordiais. Assim como a vista é feita para distinguir a luz e as trevas, assim a nossa consciência tem por atividade própria distinguir entre o que é moralmente bom e o que é mau. Todos os homens em sua existência se veem, continuamente colocados perante questões, nas quais não se trata apenas do útil ou do nocivo, do vantajoso ou do prejudicial, mas do bem e do mal, impondo ao homem uma decisão. Pode acontecer que eu me veja diante de uma oferta sedutora, que me assegure a satisfação de meus desejos pessoais, mas ao preço de sacrificar claros princípios morais, tomando-me infiel a mim mesmo. Ou tenho de optar entre dois bens, dos quais só um pode ser realizado agora, enquanto o outro deve ceder o lugar. Quando se apresentam semelhantes ocasiões de opção, manifesta-se em meu interior uma voz, um impulso que me indicam o bem que deve ser feito naquele momento. A voz faz parte de mim mesmo. Procuramos utilizar como metodologia a espiritualidade Inaciana, contemplativa na ação, segundo o livro dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola PARA REALIZAR A EXPERIÊNCIA DE ENCONTRO PESSOAL COM JESUS, NO EXERCÍCIO ESPIRITUAL DO DIA-A-DIA O autor saluar antonio magni é leigo da Igreja Católica, formado em administração, economia e possui curso superior de religião pela Arquidiocese de Aparecida. Atualmente é oficial reformado da Aeronáutica. Além do ministério da Palavra é do grupo da Liturgia da Paróquia de São Pedro. orientador e acompanhante dos exercícios espirituais de santo Inácio de Loyola.
IdiomaPortuguês
EditoraClube de Autores
Data de lançamento28 de dez. de 2024
O Agir Cristão No Compreender, Querer, Amar E Servir

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    O Agir Cristão No Compreender, Querer, Amar E Servir - Saluar Antonio Magni

    1

    CAP SUMÁRIO Pag INTRODUÇÃO 4

    CAPÍTULO 1 O QUE ENTENDEMOS SOBRE

    LIDERANÇA (CRISTÃ) 11

    CAPÍTULO 2 CONHECER O COMPORTAMENTO

    HUMANO NO TRABALHO AJUDA NA LIDERANÇA 21

    CAPÍTULO 4 O LIDER CRISTÃO DEVE SE

    TRANSFIGURAR EM CRISTO JESUS 39

    CAPÍTULO 5 O LÍDER CRISTÃO DEVE APRENDER A

    PEDAGOGIA DE JESUS 44

    CAPÍTULO

    6

    O

    SENTIDO

    DA

    VIDA

    NO

    COMPREENDER, QUERER, AMAR E SERVIR 50

    CAPÍTULO 7 A BUSCA DE SENTIDO

    (COMPREENDER, QUERER, AMAR E SERVIR)

    ATRAVÉS DOS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS DE SANTO

    INÁCIO DE LOYOLA 63

    CAPÍTULO 8 DISCERNINDO A VONTADE DE DEUS

    USANDO A MEMÓRIA. A INTELIGÊNCIA, A

    VONTADE, O AMOR E O AGIR 78

    CAPÍTULO 9 REZAR O PECADO USANDO A

    MEDITAÇÃO: COMPREENDER COM A MEMÓRIA E

    A INTELIGENCIA E QUERER, USANDO A

    VONTADE, E O AMOR PARA AGIR 89

    CAPÍTULO 10 DESFAZER A CONFUSÃO QUE

    FAZEMOS ENTRE PERFEIÇÃO E SANTIDADE 105

    CAPÍTULO 11 BUSCAR CONTEMPLAR JESUS PARA

    COMPRENDE-LO E AMÁ-LO PARA MELHOR SERVIR

    AOS IRMÃOS 112

    CAPÍTULO 12 JESUS NOS LEVA A COMPREENDER, QUERER, AMAR E SERVIR NO NOSSO SENTIDO DE

    VIVER 146

    CAPÍTULO 13 TEMOS DE COMPREENDER A CRUZ

    PARA CHEGAR A RESSURREIÇÃO 163

    CAPÍTULO 14 COMPREENDER QUE O AMOR DE

    DEUS É QUE DÁ SENTIDO EM TODOS OS

    MOMENTOS DE NOSSA VIDA 185

    2

    CAPÍTULO 15 COMPREENDER QUE O AMOR DE

    DEUS É QUE DÁ SENTIDO EM TODOS OS

    MOMENTOS DE NOSSA VIDA 192

    EPÍLOGO 201

    BIBLIOGRAFIA 206

    LIVROS PUBLICADOS PELO AUTOR NO CLUBE DOS

    AUTORES 206

    3

    AGRADECIMENTO

    Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Ao padre Geraldo de almeida Sampaio, nosso professor no curso superior de religião e nas especializações em mariologia e Cristologia que fizemos aqui na arquidiocese de aparecida. E a todo o pessoal do CEI, Centro de Espiritualidade Inaciana de Itaici, que me proporcionaram todo conhecimento intelectual, e especialmente afetivo, da metodologia Inaciana. E onde tive a oportunidade de realizar uma especialização sobre orientação e acompanhamento espiritual, coordenado pela FAGE de Belo Horizonte.

    Oh! Verdade! Oh! Beleza infinitamente amável de Deus! Quão tarde vos amei! Quão tarde vos conheci! e quão infeliz foi o tempo em que não vos amei nem vos conheci! Meus delitos me têm envilecido; minhas culpas me têm afetado; minhas iniquidades têm sobrepujado, como as ondas do mar, por cima de minha cabeça. Quem me dera Deus meu, um amor infinito para amar-vos, e uma dor infinita para arrepender-me do tempo em que não vos ame como devia! Mas, em fim, vos amo e vos conheço, Bem sumo e Verdade suma, e com a luz que Vós me dais me conheço e me aborreço, pois eu tenho sido o principio e a causa de todos os meus males. Que eu Vós conheça, Deus meu, de modo que vos ame e não vos perda! Conheças a mim, de sorte que consiga arrepender-me e não me busque em coisa alguma minha felicidade a não ser em Vós, Senhor meu! (Santo Agostinho)

    Se queres chegar ao conhecimento de Deus, trata de antes te conheceres a ti mesmo. (Abade Evágrio Pôntico).

    Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no (Jo 24, 31).

    4

    INTRODUÇÃO

    Caros leitores/as neste livro sobre O agir cristão no compreender, querer, amar e servir vamos refletir sobre o agir do ser humano, que apesar de ser complexo, se define por quatro simples movimentos da mente: o sentir, o pensar, o querer e o agir. O sentir: através de nossos cinco sentidos: paladar, tato, visão, audição e olfato. Estes sentidos são instintivos, cegos, mas essenciais para nossa sobrevivência. Quando olhamos, por exemplo, para uma maçã e tocamos com a mão a sua textura, através do olfato sentiremos o cheiro agradável que exala, e se a mordermos, sentimos o seu paladar. Estas informações de nossos sentidos externos, vão para os nossos sentidos internos, que nos levarão a sentirmos vontade de comer a maçã, ansiedade por não poder comer e até repulsa, caso não gostemos de maçã. Também estes sentidos internos são cegos, são instintivos. Os animais, já a partir destes sentidos partem para o agir, comem a maçã, ou se não gostam, deixam de lado. Mas, nós seres humanos somos inteligentes, pensamos, refletimos. Nossos sentidos devem ser orientados pelo pensar, que nos leva a compreender a vontade de Deus. O nosso compreender: nossa inteligência, que pensa, reflete, analisa, pondera entre o que é bom justo e verdadeiro, e o que não o é. No caso da maçã, nosso compreender irá nos fazer refletir se a maçã é nossa, se faz bem para nossa saúde, etc.

    Enfim, se não existe algum impedimento de a comermos. Nós seres humanos, somos chamados a termos uma consciência de buscar o positivo, o que dá alegria, contentamento, satisfação profunda, a sermos ditosos e otimistas, a vivermos bem. Sabemos que a consciência é uma faculdade natural do homem. Ter consciência faz parte do homem. A consciência pertence, como os nossos sentidos e a nossa inteligência, às nossas faculdades primordiais. Assim como a vista é feita para distinguir a luz e as trevas, assim a nossa consciência tem por atividade própria distinguir entre o que é moralmente bom e o que é mau. Todos os homens em sua existência se veem, continuamente colocados perante questões, nas quais não se trata apenas do útil ou do nocivo, do vantajoso ou do prejudicial, mas do bem e do mal, impondo ao homem uma decisão. Pode acontecer que eu me veja 5

    diante de uma oferta sedutora, que me assegure a satisfação de meus desejos pessoais, mas ao preço de sacrificar claros princípios morais, tomando-me infiel a mim mesmo. Ou tenho de optar entre dois bens, dos quais só um pode ser realizado agora, enquanto o outro deve ceder o lugar. Quando se apresentam semelhantes ocasiões de opção, manifesta-se em meu interior uma voz, um impulso que me indicam o bem que deve ser feito naquele momento. A voz faz parte de mim mesmo. Sei que ela me aconselha para o meu bem; que, além do mero cumprimento de uma lei, ela visa ao bem que devo fazer para seguir o meu caminho na vida; que fazendo o bem indicado, melhorarei alguma coisa no mundo em que vivo. A voz não se cala, mesmo quando apresento, exponho motivos contrários às suas exigências, ou chamo a atenção para os obstáculos que se levantam contra o bem aconselhado. A voz insiste comigo, pedindo que eu me decida, e não me deixa repousar na indecisão.

    A informação de nossos sentidos externos, internos e o nosso pensar, continuam: vão para o mais profundo de nós, o nosso querer, a nossa vontade que decide: faço ou não faço. É

    no querer livre que está o amor. Decidindo para o que é bom justo e verdadeiro, estou amando: ao meu próximo, a mim mesmo, ao criador. E assim estou buscando a felicidade, a alegria, a paz. Se ao contrário, decido para o que não é bom, nem justo, nem verdadeiro, não estou amando, nem a mim, nem ao meu próximo, nem ao criador, logo estou buscando a infelicidade, a confusão, o pecado, me afastando de Deus e de sua vontade.

    Finalmente, após decidir-me, vou para o agir, faço o que decidi pela minha vontade livre: o bem ou o mal, e sou responsável pela minha decisão, responderei por ela! Por isso, quando refletimos sobre valores e normas éticas, ou quando emitimos juízos sobre a ação moral, sobre o bom ou mau procedimento de outros homens, ainda não estamos perante a consciência em sentido estrito, mas ante a nossa noção de valores. Sobre nosso agir e como agem nossos sentidos refletiremos com base nos ensinamentos de São Tomás de Aquino e Santo Agostnho.

    Quais os valores que me movimentam, me fazem agir hoje? Qual a minha escala de valores: qual é o meu tesouro? A 6

    busca do prazer a qualquer custo? O dinheiro, ficar rico? Minha família? A igreja? É muito importante você refletir sobre os seus valores maiores, o que movimenta sua vida: a busca do prazer, do dinheiro, do poder, da perversão moral; ou a busca sincera do bem, de Deus, da felicidade eterna, através da misericórdia, justiça e perdão.

    Logo, a consciência ocupa uma posição decisiva em nossa vida; o valor da minha vida não é determinado só pelo trabalho que presto, nem só pela minha posição social, nem mesmo pelas minhas capacidades e talentos, mas o valor da minha vida é determinado, substancialmente pela fidelidade com que sigo a minha consciência nas grandes e nas pequenas decisões, realizando concretamente o bem na minha vida e no mundo. O

    animal não tem consciência: é dirigido de modo seguro pelo seu instinto. O homem, pelo contrário, percebe, precisamente quando tem de tomar uma decisão consciente, e que a voz da sua consciência é muitas vezes, contra o seu capricho e tendências, contra a sua fome de sentir prazer. O homem, portanto, não age impelido por uma necessidade, mas decide-se livremente. É o encontro de duas liberdades: a da pessoa que ora e a de Deus. O

    resultado deste encontro depende tanto da pessoa quanto de Deus. A observação e reflexão das reações afetivas, parte constitutiva da aprendizagem, destaca-se na pedagogia inaciana.

    Os movimentos que se experimentam em nosso íntimo, no nível mais

    profundo,

    os

    sentimentos,

    influenciam

    nosso

    comportamento, as escolhas que fazemos e o rumo pra o qual orientamos nossa vida.

    Não é fácil acessar nosso mundo interior. Mesmo quando conseguimos dar nome a um sentimento, nem sempre descobrimos de fato sua origem, mas, o que de fato importa são a interpretação e a avaliação que fazemos, é perceber a direção para a qual nosso espírito se move. Os sentimentos provocados pela ação de Deus, pela vida e pelos acontecimentos, são a escola que nos ensina a crescer na vida espiritual, no conhecimento verdadeiro de Deus Encarnado.

    Nestes dias tenho refletido sobre como está a minha vida, como estou sendo um leigo cristão? Sou aposentado, da reserva 7

    da Aeronáutica. Busco viver bem com minha esposa, filhos, nora, genro netas e bisneto, bem como com nossos parentes, tanto do meu lado, como do lado de minha esposa. Somando ainda a família de minha nora. Na Igreja tenho procurado ser um discípulo, colocando-me à disposição, especialmente na liturgia, ajudando na montagem dos comentários e preces das missas, como animador e leitor nas celebrações. E hoje, junto com minha esposa, coordenadores da Comunidade São José de nossa Paróquia.

    Buscamos viver a espiritualidade dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, Juntamente com minha esposa Teka e muitos outros amigos. Já há mais de 24 anos buscamos conhecer e viver a espiritualidade Inaciana. Minha esposa e eu passamos por todas as fases da espiritualidade dos exercícios espirituais e atualmente somos acompanhantes e orientadores de exercícios espirituai. Isto tem sido uma maravilha para nós. Cada vez mais temos vivido um amor verdadeiro e amadurecido no matrimônio.

    Após a minha reserva, um tanto apressado da Força Aérea, fui trabalhar como engenheiro de manutenção em uma indústria de Taubaté. Foram dois anos de aprendizado e muitas dificuldades de relacionamentos no trabalho. Fui convidado a trabalhar em São José dos Campos em um Instituto de homologação de aeronaves, o IFI, com a grande missão de fiscalizar e homologar aeronaves da Embraer e das adquiridas fora do Brasil, ou mesmo fabricadas no Brasil. Foi um ano de estudos e muitos aprendizados. Mas, sentia estar desintegrado como pessoa, como marido e como cristão. Deixei-me levar pelos maus sentimentos e acabei indo ao fundo do poço, por pouco não joguei toda a minha felicidade fora! Mas graças à minha querida esposa, que manteve firme sua oração e confiança no meu amor, pudemos resgatar nosso matrimônio e iniciar uma nova etapa em nossa vida. Os exercícios espirituais foram essenciais nesse caminhar, bem como o auxílio do grupo de casais com os quais partilhamos nossas experiências espirituais e nosso dia a dia. A irmã Fátima e o padre Jesuíta Adroaldo, nossos acompanhantes espirituais, foram essenciais nessa caminhada.

    Foram nos dando dicas de estudo, orações e meditações, 8

    fundamentais para nossa reintegração matrimonial. O Padre redentorista Magalhães, através de suas orações e orientações, fez conosco uma verdadeira terapia de casal, fazendo-nos enxergar que temos ideias e temperamentos diferentes, mas Deus nos quis unidos para testemunhar, que o matrimônio é lindo e um caminho firme para juntos, chegarmos à eternidade.

    Mas, apesar de estar me sentindo bem, buscando me integrar como esposo, pai, avo e cristão fiel leigo, sinto muita dificuldade no relacionamento com as pessoas. Sinto que o comportamento e atitudes dos outros ainda influenciam por demais meus sentimentos e atitudes. São Paulo em sua carta, 2Cor 4, 7-15, diz que trazemos dentro de nós o imenso amor de Deus, mas somos frágeis em nossa humanidade, somos como

    vasos de barro, e precisamos contar com a Graça de Deus, continuamente. Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos.

    Sinto em meu coração que devo refletir sobre o que é ser um líder cristão, o agir Cristão. Tendo sido militar por quase 30

    anos, de sargento à oficial superior, sempre lidei com liderança, lembro-me ter sido até instrutor desta área, no curso de aperfeiçoamento de sargentos. Minha formação de Bacharel em administração de empresas e economia de empresas e Engenharia de Manutenção Aeronáutica, também me fez estudar e refletir sobre liderança. Mas, apesar de todo esse conhecimento na área, sinto ser essencial refletir sobre este tema: o agir cristão no compreender, querer, amar e agir, título de nosso livro. Cristo representa a culminância do sentido, do desejo e da criatividade, ensinando-nos a conhecer, querer, amar e servir; por isso precisamos segui-lo nessas dimensões. Em tudo AMAR e SERVIR... Com esta máxima, Santo Inácio de Loyola, fundador dos Jesuítas, nos indica duas características fundamentais para o 9

    nosso percurso vital e que são, inclusive, condições para nossa realização pessoal. Uma premissa que define uma ideia, um desejo, uma aspiração legítima de toda pessoa que crê.

    Compreender, Querer, Amar e Servir, deveriam ser o nosso mais nobre ideal de vida, porque estes conceitos transcendem qualquer proposta, tornando-se um atributo humano. Toda a vida espiritual do cristão se resume em compreender, querer, amar e agir, seguindo Nosso Divino Salvador, Jesus Cristo.

    Vamos refletir sobre a inteligência espiritual que é a capacidade de todo ser humano de questionar o sentido da vida e de se relacionar com o mundo em que vive. Ela permite as adaptações necessárias para lidar com os aspectos imateriais do dia a dia, como valores, propósito e consciência social. Para ela, a pessoa espiritualmente inteligente apresenta como sinais: a prática do autoconhecimento profundo, são levadas por valores idealistas, têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade, são holísticas, celebram a diversidade, têm independência, perguntam sempre por quê, têm capacidade de colocar as coisas ... A inteligência é uma coisa boa, dada por Deus. A pessoa inteligente é a pessoa que tem compreensão, que entende e sabe usar aquilo que aprende. Várias pessoas na Bíblia foram abençoadas com inteligência. Toda a inteligência e o conhecimento vêm de Deus.

    Mergulhando em meus estudos, e pesquisando em livrarias, nós chegamos à conclusão que liderança é um dos assuntos mais falados e escritos nos dias de hoje. Verifiquei uma enormidade de artigos sobre os conceitos, preconceitos, definições e indefinições, que chega a confundir e, até mesmo, fundir a cabeça de quem quer refletir sobre o que é ser um líder cristão ou um agir cristão. De cara, descobrimos que ser líder é diferente de ser gerente, e muito diferente de ser chefe, ou para nós da Igreja, de ser coordenador de pastoral. E ser líder cristão é mais diferente ainda de ser padre, bispo ou leigo. É muito mais! É

    ser discípulo missionário de Jesus, o maior líder! É ser servo, líder que serve! Não basta ter boa vontade de ser um bom líder cristão, é necessário: Ser, Saber e Saber Fazer.

    Uma grande ferramenta que temos descoberto nestes últimos anos, são os exercícios espirituais de Santo Inácio de 10

    Loyola. Trata-se, pois, de uma metodologia de desenvolvimento espiritual, proposta por Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (Ordem Religiosa dos Padres e Irmãos Jesuítas). A sua primeira redação, pelo próprio Inácio, se deu no ano de 1522, refletindo sua experiência espiritual. Mais tarde, foi enriquecida com sua experiência apostólica e sua formação intelectual (Paris, 1528-1535 e Veneza, 1536-1537).

    Esse é o grande motivo pelo qual escrevo este livro: que minha experiência e a experiência de minha esposa, nossos erros e acertos, ajudem a cada um de vocês leitor/aes amigos, a buscarem uma vida feliz e cheia de sentido e que a cura interior seja alcançada através da oração, da contemplação e da busca de nos conformarmos à pessoa de Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor. Os exercícios que iremos propor para vocês neste livro, podem ser resumidas em três grandes metas:

    -

    ser uma escola de oração, promovendo

    uma profunda união com Deus;

    -

    desenvolver as condições humanas e

    espirituais para que o exercitante possa tomar uma decisão importante na sua vida;

    -

    ser uma ajuda para a pessoa alcançar a

    liberdade de espírito, através da consciência do significado de sua existência, discernindo o que mais a conduz para a vida em plenitude.

    Isto significa que você, em nosso livro, vai encontrar também um roteiro de exercícios. Como um roteiro de exercícios físicos, a matéria é desenvolvida pela própria pessoa, ao praticar os exercícios. Comparando-se a exercícios musicais, ou seja, um roteiro de exercícios para aprender a tocar um instrumento musical, a beleza da matéria está no resultado que a prática dos exercícios produzirem. Com o passar do tempo, a execução da música torna-se espontânea e resulta na beleza da música, na sua afinação e na sintonia com a orquestra toda.

    Os Exercícios Espirituais que pretendemos lhes aplicar através no final deste livro, segundo o santo 11

    católico Inácio de Loyola, são "qualquer modo de examinar a consciência, meditar, contemplar, orar vocal ou mentalmente e outras atividades espirituais... Porque, assim como passear, caminhar e correr são exercícios corporais também se chamam exercícios espirituais os diferentes modos de a pessoa se preparar e dispor para tirar de si todas as afeições desordenadas e, tendo-as afastado, procurar e encontrar a vontade de Deus, na disposição de sua vida para o bem da mesma pessoa.

    Partindo deste pressuposto e baseado em sua própria experiência espiritual, Inácio de Loyola escreveu um roteiro a fim de ajudar os outros em seu crescimento espiritual: o livro dos Exercícios Espirituais. Consistem em um modo e um roteiro, totalmente fundamentado na experiência do santo, para ajudar as pessoas a perceber e acolher a íntima ação de Deus em sua vida, e acolhê-la em uma dinâmica de uma participação cada vez mais efetiva na Vida e na Missão de Jesus Cristo.

    A prática dos exercícios espirituais tem exercido influência significativa na vida da Igreja Católica ao longo dos séculos. Em 1922, Pio XI declarou e constituiu Santo Inácio de Loyola Patrono celestial de todos os Exercícios Espirituais e, por conseguinte, de todos os institutos, associações e congregações de qualquer classe que ajudam e atendem aos que praticam Exercícios Espirituais. O

    Papa Pio XI publicou, em 1929, a Encíclica Mens Nostra: Sobre os Exercícios Espirituais, na qual comunicava aos fiéis a sua decisão de estabelecer anualmente um retiro baseado nos Exercícios Espirituais para o Papa e membros da Cúria Romana.

    Bem só estou na Introdução e já estou querendo

    passar tudo para vocês! Vamos passar ao primeiro capítulo de nosso livro para iniciarmos um conhecimento sobre o que é ser um líder cristão. De cara, descobrimos que ser líder é diferente de ser gerente, e muito diferente de ser chefe, ou para nós da Igreja, de ser coordenador de pastoral. E ser líder cristão é mais diferente ainda de ser 12

    padre, bispo ou leigo. É muito mais! É ser discípulo missionário de Jesus, o maior líder! É ser servo, líder que serve! Não basta ter boa vontade de ser um bom líder cristão, é necessário: Ser, Saber e Saber Fazer, compreender, querer, amar e agir.

    13

    CAPÍTULO 1 O QUE ENTENDEMOS SOBRE

    LIDERANÇA (CRISTÃ)

    Caros amigos/as leitores mergulhando em meus estudos, e pesquisando em livrarias, nós chegamos à conclusão que liderança é um dos assuntos mais falados e escritos nos dias de hoje. Verifiquei uma enormidade de artigos sobre os conceitos, preconceitos, definições e indefinições, que chega a confundir e, até mesmo, fundir a cabeça de quem quer refletir sobre o que é ser um líder cristão. De cara, descobrimos que ser líder é diferente de ser gerente, e muito diferente de ser chefe, ou para nós da Igreja, de ser coordenador de pastoral. E ser líder cristão é mais diferente ainda de ser padre, bispo ou leigo. É muito mais! É

    ser discípulo missionário de Jesus, o maior líder! É ser servo, líder que serve! O líder cristão deve desejar e buscar uma comunhão real e sincera com Deus, por meio da qual a bênção de Deus irá alcançá-lo, e somente assim a sua função em abençoar pessoas poderá ser cumprida cabalmente, pois ele só pode oferecer aquilo que possui. Todo verdadeiro líder cristão, portanto, é um agente abençoador. Não basta ter boa vontade de ser um bom líder cristão, é necessário: Ser, Saber e Saber Fazer.

    Ser: amar a vida, equilíbrio, autocontrole, sempre em um crescer em santidade, que vê Deus no cotidiano de sua vida, integrado no seu tempo e no seu espaço e sempre em busca de uma formação permanente.

    Saber: técnicas de chefia e liderança, administração e economia básica, a palavra de Deus, elementos básicos da fé, saber a pedagogia de Jesus, as diversas características da pluralidade cultural e religiosa, fundamentos da teologia e das pastorais em que atua.

    Saber fazer: situa-se no agir cristão, bom relacionamento com as pessoas, capacidade de educar, boa comunicação verbal e gestual, ter uma pedagogia de encarnação, conhecer recursos e métodos educativos e administrativos e entender de planejamento participativo. Até o final do livro nós vamos procurar descobrir o que é ser líder cristão!

    São tantas as diferentes características de líderes nas empresas e nas Igrejas, que as pessoas já não sabem quem é quem 14

    na liderança da corporação. Em muitas situações, fica até difícil saber quem realmente manda. Mas, será que líder manda! Tenho descoberto que líder não manda, mas move, inspira e guia as pessoas para a execução dos afazeres. Os títulos corporativos e funcionais criam para a instituição, falsos líderes. Existem muito mais chefes do que lideres.

    No menu da liderança, encontramos diversas definições de liderança. Líder democrático, que procede da palavra demo, demonstração, isto é, você só tem uma pequena ideia de como funciona. Já para líder autoritário, cuja palavra é derivada de automóvel, sugere movimento, com ou sem direção, que atropela e passa por cima de tudo que encontra na dianteira. Temos o líder pragmático que deriva da palavra praga, que não pensa para agir e roga praga com base em muitos números e estatísticas. Temos ainda o líder carismático cuja palavra deriva do inglês car, exprimindo como um carro automático, que segue e muda a velocidade sem esforço e usa sempre o piloto automático. E, por fim, o líder situacional, palavra que é derivada de situação, pois, dependendo da situação, o líder está dentro, e se a coisa estiver feia, o guia está fora, e delega para outro. Bem, é claro que nestas definições existe uma boa dose de ironia. Mas não é à toa, pois em nossas pastorais, existe cada tipo de líder que dá até medo! A maioria quer ser maior até do que o grande mestre, Jesus Cristo!

    Querem ser bajulados e aplaudidos! Mas, Jesus nos disse: o servo não é maior que o mestre.

    Liderança é, sem dúvida, o tema mais importante das agendas

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