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Além do Véu - Lourdes Carolina Gagete
O sonho
O passado nem sempre passa.
De um modo geral existem dois tipos de sonhos: do subconsciente, que refletem tudo o que afetou a mente no estado de vigília (anseios, recalques, medos, traumas...) e sonhos reais, que são vivências no plano espiritual: desdobramentos da alma enquanto o corpo físico está adormecido. É comum dizer-se que, todas as noites, ensaiamos a desencarnação definitiva.
O primeiro (do subconsciente) é confuso e sem nexo. Nebuloso. O segundo, o das vivências no plano espiritual, é mais claro e lógico, dependendo, todavia, da evolução de cada um para sua maior clareza.
Enquanto o corpo físico repousa, o Espírito fica mais livre para realizar seus objetivos, seus interesses. Se ainda primário e acostumado a se alimentar de sentimentos vulgares, é atraído para os locais onde possa satisfazer-se. Onde estiver seu tesouro aí estará seu coração
– disse Jesus. De igual modo, se for um Espírito diferenciado, que luta contra as más tendências e deseja progredir para melhor servir a Deus, irá procurar um ambiente que lhe faculte trabalho e aprendizado. Irá à procura dos bons Espíritos para continuar aprendendo e evoluindo. Sonhos são lembranças vividas (ou imaginadas), válvula de escape das frustrações, dos desejos reprimidos, bem como, realidade vivenciada no mundo dos Espíritos, cujas lembranças afloram ao consciente quando despertamos. Muitas vezes, o dia seguinte reflete as companhias espirituais com as quais convivemos à noite, durante o sono. Acordaremos serenos e descansados, ou atormentados e esgotados.
O sono de Aramis foi agitado. Seu peito arfava. De repente, gritou e acordou suarento e assustado:
Meu Deus! Que tenho eu a ver com tudo aquilo que vi? Por que essa angústia a me oprimir o peito? Tive a sensação de que estava sendo asfixiado por alguém que me odeia; de que a morte me esperava com seu sorriso cadavérico. Que cidade estranha aquela! Sempre que tenho este pesadelo percebo frieza na expressão de todos. Estavam construindo uma forca. Uma forca para mim. Estarei enlouquecendo? Não. Não me sinto louco ou culpado. De que, afinal, acusam-me? Sei que querem me enforcar
.
Aramis procurou se acalmar apesar do grande desconforto. Na sua angústia sentiu que não estava só. Alguém, solícito, acompanhava-o. Era um ser amigo e amoroso que o reconfortava. Ouviu aquela voz veludínea, feminina, e se emocionou. Sentiu que estava sendo amparado por alguém muito querido ao coração.
Não sei quem me socorre em minha dor, mas lhe sou eternamente grato. Mas... por que ela me consola?
Era Aramis um cidadão normal, casado com Clara havia cinco anos. Casaram-se bem jovens; ele, com 22 anos e ela, com 19. Eram felizes, mas a falta de filhos os magoava. Já haviam tido uma filha, Júnia, que não chegou a completar um ano de vida.
Depois, Clara nunca mais engravidou. Vários médicos foram consultados, mas tudo estava bem com ela e com o marido. Foi-lhe sugerido um tratamento psicológico, pois a ansiedade poderia estar influindo nos seus hormônios. Mas iam protelando, afinal, eram ainda bem jovens e poderiam esperar um pouco mais.
Aramis ainda não havia contado a Clara o martírio que era aquele sonho insólito e repetitivo, no qual ele se sentia um réu à beira da morte. Teriam razões aqueles que acham ser o sonho um aviso? Uma premonição? Ou consciência culpada? Mas ele não se lembrava de nenhum ato indigno que o desabonasse. Levava uma vida digna. Era honesto. Fora bom pai enquanto Júnia vivera. Era bom marido e jamais dera a Clara motivos de sofrimento. Tinha, pois, a consciência tranquila. Cria na sobrevivência da alma, embora não admitisse a reencarnação. Na verdade, católico por tradição, temia procurar saber e ter de mudar seus pontos de vista. É bem mais fácil se acomodar, deixar como está. Meditar, procurar verdades, é sempre mais trabalhoso. Mas aquele sonho que se repetia... A aflição que sentia... E aquele amigo espiritual, na verdade uma amiga espiritual que sempre o reconfortava nos seus tormentos, seria o socorro vindo na hora certa?
O grito acordou Clara:
– Aramis! O que está acontecendo? Teve algum sonho ruim?
– Tive. Na verdade, foi um pesadelo. Um pesadelo que me persegue.
Clara acendeu a luz. Sentaram-se na cama.
– Não quer me contar?
E Aramis, pela primeira vez, se dispôs a lhe contar aquele sonho que se repetia sempre e que se lhe colara na mente como um decalque.
– Acalme-se primeiro. Depois você me conta. – E levantou-se para preparar um chá de erva cidreira, que ele bebeu devagar e ainda trêmulo.
– Pode me contar agora?
– Sim, estou mais calmo. Esse sonho tem-se repetido sempre ao longo de minha vida: nele, estou preso em uma rude prisão. O frio é sempre cortante e transforma as pessoas em dragões a soltarem fumaça pela boca e pelo nariz. Fina camada de neve cobre as ruas, um ar gelado entra pelas grades da prisão e sinto-me congelar. O barulho no pátio externo denuncia a azáfama de homens trabalhando. Estão sempre construindo uma forca enquanto falam e riem, antegozando o meu martírio, pois, dizem, serei enforcado no dia seguinte. A excitação dos curiosos e sedentos de novidades é transparente. Sinto-me morto por antecipação. Quero fugir dali. Grito minha inocência, mas ninguém me dá atenção. De repente, o carrasco chega... Crianças gritam e batem palmas. Senhoras de roupa longa e chapéu na cabeça apontam para minha cela. Então, acordo em desespero. Parece um filme de horror.
Clara ficou pensativa. Nunca imaginou que o marido pudesse estar vivendo uma experiência tão insólita. Pobre Aramis... que barra!
– O que você acha desses sonhos repetitivos, Clara?
– Ultimamente, tenho lido muito sobre existências passadas... Será... talvez... alguma coisa de outra existência, pela qual você passou e que o marcou muito? Terá morrido enforcado?
– Você acredita em reencarnação. Acha que...
– ... podem ser coisas do seu passado espiritual? Acho que essa hipótese não é descartável. Há muita lógica na reencarnação. Não acreditaria em Deus se vivêssemos uma só vida e depois morrêssemos. E veja que as oportunidades não são iguais para todos. Nesse caso, onde a tão falada justiça de Deus? Concorda?
– Nunca pensei muito nessas coisas, mas acho que sim. As desigualdades de oportunidades são mesmo desumanas. Vivêssemos uma só vida, tivéssemos somente uma oportunidade, onde estaria a justiça? E a criança que morre sem ter ainda consciência de si mesma? Não sei... não gosto de pensar...
Para Aramis, a reencarnação estava fora de cogitação, embora não fosse ateu. Não achava justa a unicidade de existência, mas daí a admitir que pudesse voltar várias vezes...
Clara o abraçou:
– Parece-me que você já desencarnou enforcado em alguma de suas existências. Isso deve tê-lo marcado tanto, que criou clichês espirituais. Marcas profundas no seu inconsciente.
– O mais intrigante é que sei que não morri naquela forca; que fugi daquela prisão sem ter sido castigado pelo crime do qual me acusavam, e que não sei qual foi. Se alguma vez morri enforcado, não foi daquela vez... Mas que bobagem estou falando!
– Não acho bobagem nenhuma. E a tal voz espiritual que fala com você? Como explicar? Ela sempre lhe fala nesses pesadelos?
– Sim! Nos momentos mais angustiantes, essa amiga fala comigo. Estranho é que me estimula a refletir sobre a pluralidade das existências. Mas, quando percebe que não acredito nisso, afasta-se contrariada.
Clara ficou pensativa:
– Tudo isso faz muito sentido. Sempre ouvi dizer que, quando chega o momento, a evolução nos empurra...
– Ora, Clara, você está se saindo uma filósofa!
– Da próxima vez que você ouvir a voz, logo ao acordar, concentre-se, ore e peça alguma informação. Quem sabe você não terá alguma inspiração?
– Quem poderá saber...?
firulaAramis e Clara ressentiam-se profundamente da falta de Júnia. Apesar de terem convivido com ela por tão pouco tempo, sentiam saudades daquela presença em suas vidas. Queriam ser uma família completa.
Decidiram, então, que Clara faria um tratamento. Depois disso, se mesmo assim não adiantasse, adotariam.
– Talvez você não engravide por ansiedade. Já ouvi casos onde isso aconteceu. Quem sabe, depois de termos um filho adotivo, a ansiedade passe e, então, teremos filhos biológicos.
Mas por mais que tentassem se conformar com aquela situação, quase que diariamente, a conversa girava em torno do mesmo assunto.
E os dias iam passando. O casamento caindo em desencanto e a tortura de Clara cada vez que constatava que mais um mês se passara, e ela não conseguira engravidar. Meu Deus! Sou uma árvore que não dá frutos. Aramis anda triste...
Naquela manhã, Aramis estava de péssimo humor, sem conseguir se concentrar no trabalho.
– Você está estressado, Aramis. Não quer tomar uma cerveja depois do expediente? – perguntou Andrezza, uma colega.
Aramis desculpou-se e não aceitou o convite. Percebia que a moça fazia de tudo para chamar sua atenção. Praticamente, oferecia-se a ele.
Obstinada, ela insistiu:
– Ora, Aramis, que mal poderá fazer uma cervejinha inocente? Conheço um barzinho da hora. Você precisa se divertir um pouco. Afinal, não é só de pão que vive o homem!
– Não é só de pão que vive o homem... – repetiu compassadamente.
Lembrou-se da amiga espiritual. Ela já lhe dissera isso logo após um de seus mais recentes pesadelos. Nesse momento, ele chegou a vislumbrar dois olhos cheios de amor sobre ele.
Aquela voz tão familiar... O grande reconforto que sentia ao ouvi-la... Agora ele sabia. Era sua filha Júnia que, da espiritualidade, tentava livrá-lo daquele processo obsessivo.
– A voz de Júnia... Os olhos de Júnia... Meu Deus!
– Que olhos?! Aramis, você está bem? – perguntou Andrezza, estranhando a referência a um assunto ausente no diálogo.
– Nada não, Andrezza. Desculpe-me. Estava divagando.
– Está vendo? Você está estressado. Mais um motivo para aceitar o meu convite. Vamos lá. Não aceito um não como resposta.
Aramis ainda tentou desconversar. Não lhe agradava a ideia de sair com Andrezza. Amava Clara e, justamente naquele dia, pretendia chegar cedo, pois fora desatencioso com ela pela manhã. Bem notara o olhar angustiado dela diante de sua cara fechada. Pretendia passar em uma floricultura e levar-lhe algumas rosas. O melhor das rusgas conjugais é a hora das pazes.
Um colega de ambos foi chamado por Andrezza:
– Olha só, Mário. O Aramis não quer aceitar meu convite para um happy hour. Não quer me ajudar a convencê-lo?
– Ora, Aramis! Que bicho o mordeu? Eu, hein? Mas vem cá, Andrezza. O convite é só pro Aramis? Eu estou disponível e tão carente...
– Engraçadinho... O convite é só pro Aramis, sim.
– Ahnn... Saquei.
– Não é o que a sua mente suja está pensando, Mário. Só convidei o Aramis, porque ele está com alguns problemas.
– Sabe que eu também estou cheio de problemas...
– Andrezza, fica mesmo para outro dia. Hoje, prometi a Clara chegar cedo – mentiu Aramis.
– O.K. Mas vai ter de me prometer que, qualquer dia desses, vamos sentar e conversar. Estou preocupada com você, meu amigo.
– Não vale a pena se preocupar comigo, Andrezza. Sou um caso perdido.
Andrezza, tão logo conheceu Aramis, sentiu que alguma coisa despertou dentro dela. Alguma coisa que não sabia explicar, que era um misto de revolta, frustração, medo, atração.
Com a convivência, percebeu que ele era amável e acessível. Então, o medo e a revolta que, sem saber explicar sentira, foram-se esmaecendo; jogados lá no seu porão mental. Sufocados. Mas a atração exacerbou-se. Gosto desse cara
.
Um dia, em que o observava disfarçadamente de sua escrivaninha, uma colega aproximou-se:
– Ah... O amor é lindo! Por que não cria coragem e o conquista de vez? Fica aí, como uma Julieta apaixonada... Sem nada fazer... Vá à luta, menina!
– Mas ele é casado.
– E daí? Já ouviu falar em divórcio?
– Não sei se quero realmente isso. Ele me desperta sentimentos contraditórios.
– Iiiiiiii... Não me venha com situações difíceis de entender. Você sabe que tenho ojeriza por questões psicológicas. Nunca ninguém sabe nada. Tudo é possível e tudo é impossível... Por isso sou formada em Matemática, na qual dois mais dois são quatro e sempre serão quatro. Ali. Na bucha. Sem subjetividade. Pa...pum.
Andrezza riu.
– Só você, amiga, pra me fazer rir. Mas não tem nada de complicado.
– Não? E os tais sentimentos contraditórios? Você ama e não ama? Quer e não quer ao mesmo tempo?! Quer coisa mais doida do que isso?
– Tá certo. Vou mandar meus receios pro espaço. Vou à luta!
E ela foi à luta. Só não tinha muita certeza se queria vencer ou não. Os tais sentimentos contraditórios...
A sós com Aramis, Mário comentou:
– Parece que as mulheres gostam de homens sofredores... Difíceis... Preciso mudar. Parecer problemático... Coitadinho...
– Deve ser por instinto materno. Mas a Andrezza... Bem sei os motivos dela... Aquilo é só veneno.
– Não está achando que ela...
– Deixa pra lá.
– Ah, se fosse comigo. Andrezza é um mulherão!
Aramis despediu-se. Naquele dia, chegou a casa mais cedo e com uma braçada de rosas vermelhas. Clara havia preparado um jantar caprichado.
Diante das rosas vermelhas e do carinho do marido, ela se emocionou, mas estava magoada com a forma com que ele a vinha tratando ultimamente. Estaria ele inculpando-a pela dificuldade em engravidar?
– Clara, não fique zangada. Não sei o que