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O Pai Nosso por um homem comum
O Pai Nosso por um homem comum
O Pai Nosso por um homem comum
E-book167 páginas2 horas

O Pai Nosso por um homem comum

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Sobre este e-book

Nos problemas de nossas vidas, nas mazelas, agruras e amarguras, nos ocasos insatisfatórios e nas incertezas, você já parou para observar que a solução está no nosso dia a dia? Observar a complexidade de cada segundo do nosso cotidiano nos revela que tudo acontece apenas para que nosso amanhã seja melhor, e este é o objetivo deste livro. Nesta obra, o autor mostra que nossas vidas não são comuns e que a felicidade é possível em qualquer circunstância desde que nos aproximemos de Deus e o segredo está revelado na oração que Jesus nos ensinou. Está tudo ali. Não é preciso complicar nada; e se o fazemos é porque estamos nos afastando de Deus então, dará errado.
Em momentos de uma vida comum e passagens simples, você vai descobrir sua grandeza e que nenhuma condição social ou financeira importa. A intenção é observarmos o mistério que há nas minúcias do nosso cotidiano: somos comuns apenas perante Deus, porque aos olhos de Deus somos únicos e exclusivos e é preciso que vivamos diante de Deus nossa essência com toda intensidade. Se não for assim, não haverá felicidade de fato.
Cada segundo de nossas vidas não acontece em vão. Cada segundo tem um porquê. Cada segundo de nossos dias é profundamente revelador. Mas para isso, temos que aprender a observá-los e, a partir daí, entendermos o que realmente importa nessa nossa passagem no planeta Terra.
É isso. É só isso.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento2 de ago. de 2024
ISBN9786525484914
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    O Pai Nosso por um homem comum - Luiz Henrique Lusvarghi

    Capítulo Primeiro

    Pai Nosso

    Quando temos um pai para chamar de nosso, temos um lastro, uma base de sustentação, uma firmeza que nos garante segurança a cada passo. Temos aquela força que nos remete aos lugares mais perigosos com a certeza de que nada vai nos afetar, nos derrubar. Mesmo quando nos sentimos sozinhos, aquela certeza de que aquele amparo existe, mesmo que distante, nos ajuda ou até nos basta para enfrentarmos qualquer desafio.

    Considero ser a pior falta de discernimento o sujeito ter um bom pai e não o buscar em sua vida. Ele está deixando de ser feliz à toa. A vida está passando e o sujeito está lá, sofrendo por pura burrice!

    Imagine-se vivendo numa cidade distante, passando por dificuldades financeiras ou de saúde, sentimental ou numa situação de desemprego, usando drogas ou álcool, sendo perseguido, enfim, e tendo um pai sábio, rico e que te ama. Que pode lhe estender a mão e lhe arrancar de qualquer atoleiro em que estejas metido, mas que você não o procura por desleixo ou esquecimento?

    Imaginou? Então, você estaria sendo sábio ou burro? Um asno, né, meu irmão! Pois é! Na Parábola do Filho Pródigo aconteceu exatamente isso. Aliás, se levássemos para nossas vidas as parábolas de Cristo ou, ao menos, soubéssemos delas, provavelmente eu nem precisaria estar escrevendo este livro, afinal, está tudo ali. Tudo. E somos tão desconexos com os apontamentos mais óbvios da vida que, mesmo estando tudo diante dos nossos olhos, não nos orientamos, não aprendemos, não seguimos. Somos burros demais! É verdade! Se eu fosse Deus, não teria paciência. Você também não teria. Nenhuma de nós teríamos. Mas Ele tem.

    Quando entendemos a existência e clamamos Pai Nosso, imagine, meu irmão, a força dessa expressão! Quando estas palavras saem de nossas bocas vindas do coração e da alma, não é apenas o aconchego dos braços do Pai rico e sábio que mora em outra cidade, não! É algo muito maior! O Pai rico e sábio que mora em outra cidade um dia não vai mais estar com você. E o tempo vai passar e nem o cheiro dele você vai mais sentir. Esta lembrança ficará com você por um tempo, mas depois a vida lhe ditará suas regras e você será obrigado a separar sua alma da alma dos que amam e já se foram — mas o Pai Nosso, o Pai de todos nós, o Criador, que está, inclusive, aconchegando até seu pai rico e que morava em outra cidade e que partiu desta vida, estará conosco para sempre. O significado destas duas palavras da oração que Cristo nos ensinou é de uma grandeza universal. UM PAI. UM SÓ CRIADOR. Que se separa Nele Próprio para nos unir e nos envia, todo santo dia, Seu Filho Deus por meio de Seu Santo Espírito que nos revela, tim-tim por tim-tim, o que devemos fazer para sermos felizes e dignos de sermos Sua mais esplêndida obra. Deu para você entender a Grandeza disso, meu irmão?

    E você quer saber o tamanho da nossa burrice? Nós não entendemos e não acolhemos. Não temos discernimento para entender. Imagine — Deus fez tudo o que existe. Sabemos, do Alcorão à Bíblia, que não cai uma folha da árvore sem que seja ordenado por Ele. Sabemos da loucura que é o tempo, desde o simples horário que a mãe leva o filho à escola até os anos luzes que medem as distâncias entre planetas, estrelas, satélites, galáxias, explosões cósmicas e os cambaus, mas não cai um só fio de cabelo de nossas cabeças sem que Deus ordene. Muito bem, esse mesmo Deus fabrica um mundo todo, mas confessa: o homem é minha melhor Criação e a que mais amo! E nós não conseguimos entender o sentido das duas primeiras palavras que Cristo nos ensinou na sua oração: Pai Nosso.

    Essas duas palavras significam tudo!

    Quando iniciamos a oração dizendo Pai Nosso, estamos dizendo: eu, José da Silva, sou filho amado e herdeiro de TODO o Universo juntamente com meus irmãos humanos. Meu Pai é o Criador e quer que zelemos de tudo! Mas Ele também nos fala que, sim, Ele tem um inimigo, o mal, e que somos ameaçados constantemente. O mal quer nos destruir a todo momento porque sabe que somos a obra mais amada por Deus e nos atingindo, atinge a Deus! Por isso nos atenta e nos quer fazer sofrer.

    Se Ele, o Pai, nos ensina a clamar Pai NOSSO, é porque existe outro que se considera soberano, mas não o é, e este tem seus filhos, que nem a eles ama. Deu para entender quão complexa são apenas estas duas primeiras palavras da oração? Se isso é nosso, é porque existem outras coisas, outras possibilidades que não nos pertencem — se isso é nosso, quer dizer que existe um aquilo que é deles.

    Então, quando dizemos e entendemos a grandeza destas duas palavras, Pai Nosso, estamos nos unindo ao Nosso Criador e nos blindando de todo mal. É como dizermos, e acionarmos: Toda a força do Universo inteiro, moldado e construído por meu Pai, meu e de todos os meus irmãos que também são dignos da força da Criação, está me blindando de todo o mal e me dignificando, conforme a promessa de Cristo, para que eu seja protegido e vitorioso e nenhum mal possa me alcançar!

    Nossas vidas, diuturnamente, são ameaçadas pelas forças do maligno. A todo momento. E na maioria das vezes não percebemos porque a força do Espírito Santo está agindo e nos protegendo.

    Vou lhe contar algo sobre como o Pai Nosso age em nossos corações e mentes, em nossas vidas, a todo segundo, para nos manter de pé e afastados do mal.

    Mas antes de lhe contar um ocorrido, preciso fazer-lhe um alerta para quando invocar o Pai Nosso. Lembre-se, meu irmão, que o Pai é de todos nós. Todos! Inclusive do seu inimigo, daquela pessoa que lhe magoou, daquele que você magoou e não tem coragem de pedir perdão, daquele com o qual você errou e do que errou com você. O Pai é nosso! Portanto, ao dirigir-se a Ele, limpe seu coração. Muitas vezes a oração não nos revela o caminho porque pedimos a Deus com o coração cheio de mágoa e desejando, mesmo que lá no fundo, o mal do outro. Jamais terás êxito numa conversa com seu pai desejando o mal ao irmão.

    Daí você vai falar: mas como não ter raiva ou ódio? Eu jamais vou conseguir ser um santo. Dessa maneira, então, vai ser sempre inviável pedir auxílio a Deus…

    Aí é que está o grande segredo destas duas incríveis e completas primeiras palavras da oração. Quanto mais você se aproximar de Deus, mais Ele vai tirar a mágoa do seu coração. A cada dia que você for ao Seu encontro, você vai sentir que as coisas vão ficando mais fáceis e seu coração vai se apurando. É impressionante como é verdade. Chega o momento que você vai citar o nome a Deus daquele seu irmão inconveniente na sua vida sem o sentimento de ódio. E o contrário do ódio, indubitavelmente, é o amor.

    Entenda, não somos seres vazios, correto? Basta você estar lendo este livro para saber que não poderá jamais ser comparado a um cachorro ou a uma pedra, certo? Se não somos seres vazios, é porque temos que ser preenchidos por algo. Então, se você tirar Deus da sua vida, o mal ocupará o espaço. E quando você aciona o Pai Nosso com negatividades dentro do coração, é a ação do mal que está agindo contra nosso Pai dentro deste espaço que é a sua alma, o seu espírito.

    Deus, meu irmão, está numa luta avassaladora contra o mal a cada instante dentro de você. Dentro de sua alma acontece uma luta brutal em que nosso Pai leva muita pancada. Mas quanto mais você se aproxima Dele, mais Ele vai lhe assoprando ao seu ouvido as diretrizes, os caminhos. E quanto mais você vai trilhando estes caminhos, mais Ele vai ganhando forças dentro de você!

    Portanto, nosso Pai é o Pai Nosso. De todos.

    Não tenha ódio ou ressentimento ao dirigir-lhe a palavra. É difícil? Muito. Mas se você aquietar seu coração e antes de rezar disser: Pai, afasta de mim todo sentimento negativo, aumenta minha fé, que é menor que um grão de mostarda. Aumenta, Pai, até que eu não tenha ódio de ninguém e ajude, meu Deus, estas pessoas para que, como eu, sejamos felizes e nos aproximemos cada vez mais de Ti. Me dê discernimento, Pai Nosso, para que na oportunidade eu corrija meus erros para com as pessoas que magoei ou que eu deixe transparecer às pessoas que comigo erraram que não tenho ódio ou mágoa. Não preciso ser amigo delas, Pai, mas não quero me permitir odiar alguém. Este sentimento não é digno de um filho do Senhor. E sou Seu filho…

    Você pode colocar as palavras que quiser, eu apenas dei um sentido a elas, e após isso, inicie sua oração.

    Deixe-me falar-lhe, então, sobre a paixão pela vida que o Santo Espírito de Deus nos proporciona após você retirar as mágoas, o ódio e a raiva do seu coração. Eu vou lhe mostrar como a vida tem amarguras, e vou lhe mostrar como Deus age.

    Na luta do bem contra o mal dentro de nossas almas, às vezes Deus perde algumas batalhas, mas Ele sempre será mais forte. Jamais iremos saber como era a relação com Deus na vida destes personagens. Jamais vamos saber se em determinado momento o mal causou doenças e acidentes e estas pessoas não se aproximaram, ou não se aproximavam, de Deus. Sabemos que não somos seres vazios, que seremos preenchidos por algo. Sabemos que o mal é ausência do bem, e o bem maior é Deus. Mas não podemos julgar nada porque Deus não nos dá esta condição. Mas posso lhes afirmar que o Espírito de Deus estava presente na vida de Silvério.

    Eu estou em um café em São Lourenço, numa quinta-feira, saboreando um bom expresso com espuma de leite quando um senhor magro, de feição boa, com uma elegante boina, senta na mesa ao lado e pede um com conhaque e canela, brincando com a garçonete:

    — Não me julgue pelo conhaque, hein…

    Tenho um livro na mesa e uma sacola de compras da Juliana, que perambulava pelas lojas com a Anna Laura e o João Henrique enquanto eu esperava neste local, no centro da cidade. O senhor vê o livro:

    — E, afinal, B. Travel era homem ou mulher? — E solta um leve sorriso.

    Vi que ele queria conversar e, pelo jeito, se inteirava sobre literatura, afinal, nem todos sabem que ninguém sabe se o autor de O Tesouro de Serra Madre era homem ou mulher. Respondi, também sorrindo:

    — Tá aí uma coisa que vamos morrer sem saber…

    — Como A. Fielding — ele sugeriu, ainda rindo levemente…

    — Sim. Elena Ferrante — completei para arrematar, também rindo. E vi que a prosa ia ser boa…

    O senhor se aproximou, puxou a cadeira e disparou:

    — Já vi que posso…

    — Por favor…

    — Mas seu café acabou — ele ainda rindo levemente…

    — Vou pedir um desse com conhaque e canela!

    — Não exagere… no café — ele disse. E riu um pouco mais solto…

    Ri também e perguntei:

    — O senhor é de São Lourenço?

    — Do Rio. Até os pardais de São Lourenço são do Rio! — E riu. — Mas estou há quase vinte anos na cidade. A família da minha esposa é daqui. E, na sua doença, ela quis terminar seus dias junto dos seus…

    — Puxa, sinto muito! Faz tempo?

    — Sente o quê, rapaz! Ela está melhor que nós! — E riu…

    — Sim, com certeza! Mas na época foi difícil, não?

    — Muito! A vida tem dessas coisas, sabe, rapaz?

    — Tem. Sei como é. As que te fazem desistir…

    — Sim! As que te fazem desistir. Mas me conta, você é de onde?

    — Sou de Andradas. Aqui no sul de Minas…

    — Sei. Não conheço, mas já ouvi falar. Tem bons cafés lá, também, não?

    — Sim! Bons cafés e ótimos produtores! E temos ótimos vinhos, queijos, biscoitos, doces e azeites…

    — Que

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