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Anatomia Sistêmica e Integradora: Com Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem
Anatomia Sistêmica e Integradora: Com Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem
Anatomia Sistêmica e Integradora: Com Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem
E-book607 páginas6 horas

Anatomia Sistêmica e Integradora: Com Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem

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Sobre este e-book

O estudo da Anatomia Humana nas áreas de saúde é fundamental para compreensão dos temas aplicados no avançar do curso. A compreensão das estruturas anatômicas de forma integrada com aplicações práticas do conhecimento facilita a consolidação do conhecimento. Assim, o estudo integrado de anatomia com outros temas das áreas morfológica e clínica facilita a utilização de Métodos Ativos de Ensino-Aprendizagem (Maea) permitindo uma construção do saber de forma significativa. Dessa forma, o estudo da anatomia em sistemas integrados com aplicações de metodologias ativas como a Aprendizagem Baseada em Problemas e mapas mentais possibilita a consolidação do aprendizado com aplicações práticas do conhecimento. Esta obra também apresenta imagens de peças cadavéricas com representação esquemática por meio de desenhos livres com as estruturas anatômicas principais do corpo humano, possibilitando aos leitores uma compreensão prática e real do corpo humano. Os estudos desenvolvidos nos corpos do Laboratório de Anatomia do Demed estão de acordo com as normas éticas, apresentando aprovação do Comitê de Ética envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de São João del-Rei/Campus Dom Bosco – Caee: 60420916.0.0000.5151.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de jun. de 2024
ISBN9786525042695
Anatomia Sistêmica e Integradora: Com Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem

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    Pré-visualização do livro

    Anatomia Sistêmica e Integradora - Laila Cristina Moreira

    16479_Laila_Cristina_Moreira_capa_21x27-01.jpg

    Sumário

    CAPÍTULO 1.

    SISTEMA TEGUMENTAR

    Patrick Guilherme Carvalho Silveira

    José Victor Ribeiro Silva Gomes

    Liliane Vanessa Costa Pereira

    Miguel Henrique Dos Reis

    Thales Bajur Alves Miranda

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 2.

    PLANOS E EIXOS

    Gabriel de Almeida Jabrazi

    Luiz Fernando dos Anjos Pereira

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 3.

    SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO

    Yohann Pimentel Duarte

    Fábio Estevani Copati

    Luana Aparecida de Sousa Silva

    Júlia Torga Souza

    Maísa Carla Coelho

    Miguel Henrique Dos Reis

    Guilherme Galvone Fonseca Costa

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 4.

    SISTEMA NERVOSO

    Isabela Colem Castelo Borges

    Fernanda Quintão Ferreira

    Felipe Augusto Cini da Silva

    Gabriela Peixoto Barbalho

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 5.

    SISTEMA SENSORIAL

    José Carlos Resende Rodrigues

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 6.

    SISTEMA CARDIOVASCULAR

    Yasmim de França Soares Serapião

    Yasmin Alves Feitosa

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 7.

    SISTEMA RESPIRATÓRIO

    Kauê do Amaral Debone

    Lucas Neves Coelho Filho

    Maísa Carla Coelho

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 8.

    SISTEMA DIGESTÓRIO

    Giovana Abrão Pelodan Esteves

    Guilherme Sousa Toledo

    Leticia Ferreira Ribeiro

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 9.

    SISTEMA ENDÓCRINO

    Matheus Cavalcante Meira

    Larissa Morais Martins da Silva

    Laynara Morais Martins da Silva

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 10.

    SISTEMA URINÁRIO

    Jessica Alves Rodrigues

    João Paulo Miranda dos Reis

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    CAPÍTULO 11.

    SISTEMA GENITAL

    João Paulo Miranda dos Reis

    Jessica Alves Rodrigues

    Miguel Henrique Dos Reis

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    SOBRE OS AUTORES

    Pontos de referência

    Sumário

    Capa

    Anatomia sistêmica e integradora

    com metodologias ativas de ensino-aprendizagem

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil

    Laila Cristina Moreira Damázio

    Érika Costa de Alvarenga

    (org.)

    Anatomia sistêmica e integradora

    com metodologias ativas de ensino-aprendizagem

    Dedicamos esta obra aos estudantes, aos professores, aos pesquisadores e a outros profissionais que tenham envolvimento e interesse pelas áreas de Anatomia e Ensino na Área de Saúde.

    AGRADECIMENTOS

    Aos cadáveres que possibilitaram a oportunidade de neles estudarmos para, assim, construirmos conhecimentos que perpassam não somente o viés anátomo-morfológico, mas permitem descobrir acerca da história inerente de cada indivíduo.

    Aos estudantes da área de saúde que possibilitaram a construção do saber de forma integradora com a aplicação de métodos ativos de ensino-aprendizagem.

    Aos nossos familiares e amigos, que estimularam e encorajaram o nosso desempenho ao realizar esta valorosa tarefa.

    Oração ao Cadáver Desconhecido

    Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te de que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que, em seu seio, o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que, por ele, se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente.

    (Karel Rabistanky, 1876)

    Oração ao Cadáver Conhecido – Doação do Corpo em Vida

    Sua contribuição ao ensino, à pesquisa e à extensão foi reconhecida desde o momento que interessou em doar seu corpo em vida. Todos vocês não serão esquecidos. Todos os dias serão lembrados pelo importante papel de contribuir com a ciência e a formação de futuros profissionais da saúde. Sempre lembraremos das suas histórias e as motivações que perpassam seus depoimentos durante o processo de doação. Seu corpo na mesa anatômica representa conhecimento, solidariedade, doação e muita sabedoria. Todas as aulas de anatomia são envolvidas com ética, conhecimento e agradecimento. Obrigada por contribuir no processo de ensino dos estudantes! Obrigada por fazer parte deste aprendizado mesmo depois da sua morte! Obrigada por fazer do seu corpo o berço de conhecimentos futuros!

    (Prof.ª Laila Cristina Moreira Damázio, 2022)

    CAPÍTULO 1.

    SISTEMA TEGUMENTAR

    Patrick Guilherme Carvalho Silveira

    José Victor Ribeiro Silva Gomes

    Liliane Vanessa Costa Pereira

    Miguel Henrique Dos Reis

    Thales Bajur Alves Miranda

    Érika Costa de Alvarenga

    Laila Cristina Moreira Damázio

    1.1 ABERTURA DA SITUAÇÃO-PROBLEMA – SISTEMA TEGUMENTAR

    FS, 45 anos, cozinheiro, enquanto trabalhava, desequilibrou-se ao passar do lado de um fogão, e durante a queda ele tentou se apoiar em uma panela e a derrubou, consequentemente, espirrando óleo quente em seu antebraço esquerdo e em seu tórax. Logo após o incidente, o paciente aplicou uma compressa de gelo nas regiões lesionadas, todavia, devido à grande extensão das queimaduras, deu entrada no pronto atendimento. Em seus exames iniciais, apresentou sinais vitais estáveis, relatando dor de intensidade 6 em uma escala de 0 a 10, e foi constatado extensão de 2% de superfície corporal queimada (SCQ). Durante o atendimento, observou-se uma descamação da pele e formação de bolhas de base branca e indolores nas regiões lesionadas. Após ser atendido, o paciente retornou para sua casa e em dois dias notou um ressecamento das lesões. Além disso, cerca de 5 dias após o incidente, FS retornou ao pronto atendimento, pois sua lesão no antebraço esquerdo se tornou purulenta, apresentou edema de bordas e mudança de odor.

    1.2. INTRODUÇÃO AO SISTEMA TEGUMENTAR

    Certamente você já ouviu falar que os cabelos, ou mesmo a pele de nossos corpos, são formados por células mortas, mas como isso é possível? 

    Neste capítulo veremos o sistema tegumentar, composto por nosso maior órgão, a pele, que recobre todo o corpo humano, assim como os anexos que se encontram em diferentes disposições, compreendendo glândulas, receptores sensoriais, unhas, cabelos e pelos.

    Todos esses componentes trabalham de forma conjunta para construir um sistema muito importante de proteção contra elementos externos e internos que ameaçam a homeostase do organismo, participando dos processos de regulação da temperatura corporal, proteção contra micro-organismos, choques mecânicos, radiação ultravioleta (UV) e desidratação. Além disso, podemos citar ainda o papel na síntese de vitamina D e na recepção sensorial.

     Para estudar o sistema tegumentar é necessário compreender a divisão da pele em três regiões: a epiderme, a derme e a hipoderme, que em si possuem outras subdivisões. Começando pela mais superficial, a epiderme é composta por cinco estratos: córneo, lúcido, granuloso, espinhoso e germinativo, sendo que neste último se encontram as células tronco da epiderme, que são responsáveis por se dividir e deslocar-se em direção à superfície para a renovação do tecido. À medida que essas células se desprendem, elas são consideradas mortas e ficam repletas de queratina, formando a camada córnea. Já a derme possui apenas duas camadas: a papilar e a reticular. E por último, há a hipoderme, ou tecido celular subcutâneo, que desempenha a função citada anteriormente de isolar o corpo de variações externas de temperatura, assim como a de fixar a derme aos tecidos musculares e não apresenta camadas estritas como as outras divisões. 

    Além disso, há os folículos capilares que são invaginações da epiderme e se encontram na derme e hipoderme, sendo as partes metabolicamente ativas do cabelo, ou seja, onde ocorrem as divisões para o crescimento dos pelos, semelhantes à camada germinativa. Em ambas as situações, podemos observar a substituição do núcleo da célula por queratina à medida que se distanciam das matrizes de crescimento, em outras palavras, ocorre uma sobreposição de células mortas.

    Ainda na derme, vale lembrar a presença dos corpúsculos de Paccini e Ruffini, que servem de receptores para pressão e calor respectivamente. Esses corpúsculos são exemplos de anexos de grande importância na preservação de nossos organismos contra ameaças externas. Buscaremos entender, neste capítulo, o papel e a composição de cada camada e estrato da pele, identificando a presença e a localização desses anexos e também de outras características particulares dessas camadas, como a não vascularização da epiderme, por exemplo, que recebe sua nutrição por meio do contato com a derme. Esse contato é potencializado pela presença de saliências que existem na camada papilar da derme, denominadas papilas dérmicas.

    1.3. ANATOMIA DO SISTEMA TEGUMENTAR

    1.3.1. Pele

    O sistema tegumentar tem como seu principal componente a pele, sendo essa o maior órgão do corpo humano. A principal função da pele é a proteção oferecida ao corpo contra agentes mecânicos, térmicos, químicos e contra microrganismos invasivos e prejudiciais. Além disso, ela também desempenha diversas outras funções, tais como termorregulação corporal, síntese de vitamina D por meio da exposição à radiação ultravioleta (UV), reserva de energia e barreira contra a perda de água e de eletrólitos (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    Em geral, a pele é classificada em dois tipos principais: pele espessa (ou glabra) e pele fina (ou pilosa). A pele espessa está localizada em regiões mais expostas ao atrito como as palmas das mãos, as solas dos pés e as pontas dos dedos, enquanto a pele fina recobre todo o restante do corpo (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    A pele se divide em duas camadas, a epiderme, mais superficial, é constituída por tecido epitelial, e a derme, mais profunda, é composta por tecido conjuntivo. A hipoderme, também chamada de tela subcutânea, localiza-se abaixo da derme e não é considerada parte da pele, mas juntamente às duas camadas e às estruturas anexas elas compõem o sistema tegumentar (ou tegumento comum) (Figura 1) (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    Figura 1 – Componentes do sistema tegumentar

    Fonte: os autores

    1.3.2. Epiderme

    A epiderme é a camada mais superficial da pele, sendo constituída por um tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado. Essa camada é avascular e sua nutrição e oxigenação se dá por meio da difusão de nutrientes e oxigênio, provenientes de vasos sanguíneos, os quais estão presentes nas papilas dérmicas (seção 1.3.3). Existem 4 tipos celulares distintos nessa camada (Figura 2), sendo eles: os queratinócitos, os melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    1.3.2.1. Queratinócitos

    Os queratinócitos compõem aproximadamente 90% das células presentes na epiderme, e estão distribuídos por toda a camada. Como o próprio nome indica, eles são responsáveis pela síntese de queratina, proteína de filamento intermediário e uma das responsáveis pela proteção da pele. Os queratinócitos estão estruturados em 5 estratos: basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo (Figura 2) (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    Figura 2 – Camadas da epiderme (pele fina) e seus tipos celulares

    Fonte: os autores

    Dos 5 estratos presentes na epiderme, o estrato basal é o que está localizado mais profundamente, apoiado sobre uma lâmina basal (Figura 2), constituída de matriz extracelular. Ele é formado por uma única fileira de queratinócitos cuboides, responsáveis pela multiplicação celular na epiderme e sua renovação contínua. Além disso, os outros três tipos celulares epidérmicos (melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel) também estão presentes nesse estrato, porém em uma quantidade consideravelmente menor, quando comparados aos queratinócitos (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    O estrato espinhoso está localizado logo acima do basal, sendo composto por cerca de 8 a 10 camadas de queratinócitos, os quais iniciam um processo de diferenciação celular terminal, e são provenientes das células basais. Juntamente aos queratinócitos, também são encontradas no estrato espinhoso ocasionais células de Langerhans e projeções dos melanócitos (Figura 2). A junção dos estratos basal e espinhoso formam o estrato de Malpighi (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    Terceiro dos 5 estratos epidérmicos, o estrato granular é composto por 3 a 5 camadas de queratinócitos achatados, que estão passando pelo estágio terminal de sua diferenciação, a apoptose. Nesse estrato, as células apresentam grânulos, denominados grânulos lamelares (Figura 2), os quais são responsáveis pela liberação de um produto lipídico, que preenche o espaço intercelular desse estrato e dos estratos mais superficiais (lúcido e córneo). Essa secreção contribui para a formação de uma barreira na epiderme contra a perda de líquidos corporais, tornando-a moderadamente impermeável (STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    O estrato lúcido está presente apenas na pele espessa, como nas palmas das mãos, solas dos pés e pontas dos dedos, e é constituído por 4 a 6 camadas de queratinócitos achatados e mortos. Assim como foi dito anteriormente, a pele também é formada por células mortas, e essa porção corresponde aos estratos lúcido e córneo da epiderme, onde se encontram apenas queratinócitos mortos (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    O estrato córneo é o estrato mais superficial da epiderme. Na pele fina, ele é constituído por cerca de 25 a 30 camadas de queratinócitos mortos, achatados e finos, que se agregam em camadas como escamas, sobrepondo-se uns aos outros. Enquanto na pele espessa esse estrato pode conter mais de 50 camadas dessas células. Os queratinócitos do estrato córneo são o resultado final da diferenciação que ocorre por toda a epiderme, e eles também são chamados de corneócitos (Figura 2) (STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    1.3.2.2. Melanócitos

    Os melanócitos compõem cerca de 8% das células presentes na epiderme e sua origem embriológica deriva da crista neural. Eles estão localizados no estrato basal e possui projeções citoplasmáticas que alcançam o estrato espinhoso também (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    Os melanócitos possuem um núcleo grande e eucromático, seu citoesqueleto contém filamentos intermediários e no citoplasma há a presença de uma organela particular, o melanossomo. Assim como os queratinócitos basais, os melanócitos também estão aderidos à lâmina basal por meio de hemidesmossomos, entretanto não há conexões por desmossomos entre melanócitos e queratinócitos adjacentes. Além disso, as ramificações citoplasmáticas dos melanócitos se estendem e permitem que apenas uma célula possa fazer contato com até 30 queratinócitos (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010).

    Os melanócitos são responsáveis pela síntese do pigmento melanina, a partir do aminoácido tirosina, e essa produção ocorre por meio de suas organelas especializadas, os melanossomos. Estes são transportados pelas projeções presentes na célula até os queratinócitos, que os fagocitam e os conduzem para uma região localizada acima do núcleo do queratinócito. Desse modo, forma-se um escudo protetor para o DNA nuclear contra a radiação UV e seus efeitos nocivos (SOUTOR; HORDINSKY, 2015).

    A diversidade nos tons de cor da pele está associada à variação na quantidade de melanossomos presentes nos melanócitos. Pessoas com pele mais escura apresentam uma quantidade maior de melanossomos, que também estão mais dispersos, do que pessoas com pele mais clara. Já as pessoas que possuem albinismo apresentam uma deficiência de uma enzima chamada tirosinase, uma das responsáveis pela transformação da tirosina em melanina, o que causa a falta do pigmento na epiderme (SOUTOR; HORDINSKY, 2015).

    1.3.2.3. Células de Langerhans

    As células de Langerhans estão presentes nos estratos basal e espinhoso da epiderme (estrato de Malpighi) e nos apêndices da pele (exceto nas glândulas sudoríparas). Elas são células dendríticas imaturas que estão ligadas à resposta imune, pois são responsáveis pela apresentação de antígenos, quando estes entram em contato com a epiderme. Ao reconhecer um antígeno, elas migram para os tecidos linfoides, sendo conduzidas para um linfonodo regional (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010).

    Essas células são derivadas de monócitos da medula óssea vermelha, que se deslocam posteriormente para a epiderme. Seu citoplasma contém um complexo de Golgi desenvolvido, lisossomos e grânulos de Birbeck (organela particular desse tipo celular), e seu núcleo é indentado e eucromático. Similarmente aos melanócitos, as células de Langerhans possuem longas projeções ramificadas que se localizam entre os queratinócitos adjacentes (Figura 2) (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    1.3.2.4. Células de Merkel

    As células de Merkel são as células epidérmicas menos abundantes, elas estão localizadas no estrato basal (Figura 2), presentes em maior quantidade na pele espessa, principalmente nas pontas dos dedos. Essas células estão apoiadas sobre a lâmina basal e são associadas a queratinócitos por meio de desmossomos. Em sua base, esse tipo celular está conectado a uma estrutura que possui um formato de disco (disco de Merkel – seção 1.4.1.2), onde fibras nervosas aferentes se introduzem. As células de Merkel são mecanorreceptoras de adaptação lenta, e também há estudos que consideram que elas atuam como receptores sensoriais neuroendócrinos (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    Sua origem embriológica deriva da crista neural, e entre a 8.ª e a 12.ª semana de gestação, as células de Merkel começam a surgir na epiderme. Seu citoplasma apresenta grânulos densos e abundantes e o núcleo possui formato irregular (KIERSZENBAUM; TRES, 2016).

    1.3.3. Derme

    Logo abaixo da epiderme e da lâmina basal, está localizada a derme, uma camada da pele constituída por tecido conjuntivo, que possui fibras colágenas e elásticas. Além disso, também há dois tipos celulares presentes na derme, as células fixas, que são os fibroblastos, e as células migratórias, que abrangem macrófagos, mastócitos, neutrófilos, eosinófilos e células dendríticas intersticiais dérmicas (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    A derme se divide em duas partes, a derme papilar e a derme reticular, sendo o limite entre ambas indistinto (STANDRING, 2010).

    A derme papilar é a região mais superficial e representa cerca de 20% da espessura total da derme. Ela é constituída por tecido conjuntivo frouxo e possui as chamadas papilas dérmicas (Figura 1), que são invaginações da derme projetadas na face inferior da epiderme. As papilas dérmicas amplificam significativamente a área de contato entre a derme e a epiderme. Nelas, é encontrada uma vasta rede de vasos sanguíneos, que formam uma fonte de nutrição e oxigenação essencial para a sobrevida da epiderme. Além de prover sua nutrição e oxigenação, as papilas dérmicas também fornecem ancoragem mecânica à epiderme. Além disso, também são encontrados na derme papilar alguns receptores sensitivos, como os corpúsculos de Meissner e terminações nervosas livres (Figura 1) (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    A derme reticular está localizada abaixo da derme papilar, é composta por tecido conjuntivo denso não modelado. As fibras colágenas presentes na derme reticular estão distribuídas em uma disposição mais regular, paralelas entre si. Dessa maneira, origina-se uma orientação prevalente das fibras alinhada com as forças mecânicas locais, que auxilia a resistência da pele ao estiramento. Além das fibras colágenas e elásticas, também estão localizados na derme reticular: as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas, os folículos pilosos e alguns vasos sanguíneos e receptores sensoriais, como o corpúsculo de Ruffini (Figura 1) (KIERSZENBAUM; TRES, 2016; STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    1.3.4. Hipoderme

    A hipoderme, também chamada de tela subcutânea, não é uma camada que faz parte da pele, como foi dito anteriormente, mas está presente no sistema tegumentar. Ela é composta por tecido conjuntivo frouxo, e em algumas regiões do corpo, também há a presença de células adiposas (Figura 1). Além disso, são encontrados nessa camada vasos sanguíneos, que drenam e irrigam capilares da pele, e receptores sensoriais encapsulados, os chamados corpúsculos de Pacini (seção 1.4.1.4) (STANDRING, 2010; TORTORA; NIELSEN, 2013).

    As fibras presentes na tela subcutânea unem a derme às estruturas subjacentes. Porém, a junção supracitada não é considerada forte, o que permite o deslizamento da pele sobre as estruturas inferiores (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    A espessura da hipoderme varia entre as regiões do nosso corpo. Nas palmas das mãos, plantas dos pés, couro cabeludo e membros inferiores e superiores, a hipoderme possui uma maior espessura. Enquanto isso, nas regiões dorsais das mãos e pés, lados do pescoço, orelhas externas e face, a tela subcutânea se encontra mais fina (STANDRING, 2010).

    Além de favorecer a mobilidade da pele, a tela subcutânea exerce outros papéis por meio do tecido adiposo localizado nessa camada. Esse tecido possui três importantes funções: age como um isolante térmico; é responsável pelo amortecimento e absorção de choques; e também compõe uma importante reserva de energia metabólica para o corpo (TORTORA; NIELSEN, 2013).

    1.4. ESTRUTURAS ANEXAS DA PELE

    Tendo em mente o conhecimento anatômico acerca das camadas da pele e sua importância para a proteção do organismo, nos aprofundaremos, agora, nas estruturas que conferem função sensorial, regulação da temperatura, proteção especializada e muitas outras funções ao sistema tegumentar, os chamados anexos da pele. A seguir, esses anexos serão abordados separadamente na seguinte divisão: receptores sensoriais, pelos e cabelos, glândulas e unhas. 

    1.4.1. Receptores Sensoriais

    Os receptores sensoriais da pele (observados na Figura 1) são estruturas muito importantes para a preservação do corpo diante das ameaças e estímulos internos e externos. Eles estão espalhados por toda a extensão da pele, em diferentes profundidades, e possuem diversas modalidades de captação sensorial. Essas células especializadas podem ser terminações nervosas livres (STRAUSS; MATOLTSY, 1981), discos de Merkel, corpúsculos de Meissner, Pacini, Ruffini, Krause ou órgãos terminais pilosos (GARTNER; HIATT, 2007), cada uma apresentando mecanismo, profundidade e sensibilidade próprios.

    1.4.1.1. Terminação nervosa livre

    As terminações nervosas livres se distribuem pela maior parte do corpo humano e são sensíveis a estímulos mecânicos, térmicos, e, principalmente, dolorosos. São envoltos por células de Schwann e suas ramificações ficam espalhadas pela parte papilar da derme e epiderme (STRAUSS; MATOLTSY, 1981).

    1.4.1.2. Disco de Merkel

    Mais exclusivos que as terminações nervosas livres, os discos de Merkel se encontram especialmente nas pontas dos dedos e detectam pressão e toque tátil discriminatório, ou seja, são importantes na percepção e diferenciação de texturas. A terminação nervosa desse receptor forma uma estrutura discoide achatada, que se adere à célula de Merkel, encontrada entre o estrato basal da epiderme e a parte papilar da derme. O contato do tegumento com outros objetos gera deformação do queratinócito liberando neuropeptídeos guardados em vesículas. Esses neuropeptídeos entram em contato com fibras nervosas mielinizadas grossas do tipo A beta e geram um potencial de ação inicialmente forte, que se adapta parcialmente. Em seguida, a adaptação torna-se lenta, favorecendo a identificação de estímulos contínuos (GUYTON; HALL, 2017; KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    1.4.1.3. Corpúsculo de Meissner

    Os corpúsculos de Meissner são pequenos receptores formados por axônios mielinizados do tipo A beta e possuem função similar ao disco de Merkel. Entretanto, eles se adaptam rapidamente após o estímulo, gerando, portanto, uma maior sensibilidade ao movimento de objetos leves e vibrações de baixa frequência. Encontram-se nas papilas dérmicas da derme das regiões não pilosas da pele (pele glabra) e são abundantes nas pontas dos dedos, palmas das mãos, plantas dos pés, lábios, mamilos e nas regiões genitais (GUYTON; HALL, 2017; KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    1.4.1.4. Corpúsculo de Pacini

    Os corpúsculos de Pacini são encontrados no hipoderme ou na derme profunda, principalmente nas pontas dos dedos, mas também se encontram ao longo dos nervos, mesentério, perimísios, mesocólon e membranas interósseas. Eles possuem a capacidade de sentir estímulos profundos e apresentam adaptação rápida (GUYTON; HALL, 2017; KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    1.4.1.5. Corpúsculo de Ruffini

    Os corpúsculos de Ruffini são multiramificados e detectam toques táteis não discriminatórios e alongamento de pele. São pouco adaptáveis e, portanto, sinalizam estados contínuos de deformação da pele e de tecidos mais profundos. Localizam-se na derme reticular da pele e nas cápsulas das articulações. Nas articulações, esse receptor sinaliza o grau de rotação, sendo útil na propriocepção (GUYTON; HALL, 2017; GARTNER; HIATT, 2007).

    1.4.1.6. Corpúsculo de Krause

    Os corpúsculos de Krause são responsáveis pela sensação de frio e se encontram nas regiões limítrofes da pele com membranas mucosas, como ao redor dos lábios e genitais (KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    1.4.1.7. Órgão terminal piloso

    Os órgãos terminais pilosos captam sensações mecânicas leves aplicadas nos pelos da pele pilosa. Encontram-se na derme reticular, junto aos folículos pilosos, e apresentam adaptação rápida (KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    1.4.2. Pelos e Cabelo

    De modo geral, os pelos (Figura 1) são estruturas ligadas a regulação da temperatura corporal, sensibilidade e proteção contra partículas suspensas no ar e luz solar. Estão presentes por todo o corpo, exceto nas palmas das mãos, plantas dos pés e outras poucas regiões. No nariz, os pelos servem de filtro para o ar, prendendo partículas suspensas antes de entrarem nas profundidades do sistema respiratório. No couro cabeludo, onde normalmente se encontra a maior quantidade de pelos do corpo, eles agem como uma barreira para a luz ultravioleta, protegendo o escalpo (KIERSZENBAUM, 2016; DANGELO; FATTINI, 2007).

    No corpo, de maneira geral, os pelos são controlados por músculos eretores (Figura 1) de forma autônoma, acionados quando os sensores de temperatura detectam perda de calor. Por conseguinte, criam-se bolsas de ar aquecido nos espaços entre os pelos, dificultando a perda de calor para o meio externo, embora esse seja um mecanismo menos expressivo no ser humano (GUYTON; HALL, 2017; KIERSZENBAUM, 2016; DANGELO; FATTINI, 2007).

    Durante o período embrionário, o feto apresenta precursores para os pelos na forma de lanugos e subsequentemente velos. Primeiramente, durante os períodos embrionário e fetal, os lanugos são finos, sem pigmento e mais espaçados que os pelos. Após o nascimento, esses lanugos são substituídos por velos. Os velos são uma pelagem curta e sem cor que se mantêm em boa parte do corpo, exceto nos cílios, sobrancelhas e couro cabeludo, onde dão lugar aos pelos terminais. Em um segundo momento, durante a puberdade, os velos passam por esse mesmo processo nas regiões dos genitais, axilas e barba (KIERSZENBAUM, 2016; TORTORA, 2013; LOWE; ANDERSON, 2015).

    Cada pelo é formado por uma fusão de células epidérmicas mortas, queratinizadas e juntas por proteínas extracelulares. O pelo é formado por estruturas menores e é dividido em raiz e haste (LOWE; ANDERSON, 2015).

    A raiz do pelo (Figura 1) se encontra na derme e, por vezes, na hipoderme. O folículo piloso cerca a raiz e abriga as terminações nervosas (plexos da raiz do pelo) sensíveis ao toque. Na base de cada folículo existe uma abertura chamada de bulbo, onde se encontram a papila pilosa, que contém os vasos sanguíneos necessários para a nutrição e crescimento do pelo, além da matriz produtora das células que compõem os pelos. O folículo piloso, camada presente na raiz e exterior ao pelo é, por si, formado de uma bainha externa, que é uma continuação invaginada da epiderme, e uma bainha interna, que é um revestimento tubular de epitélio, entre a bainha externa e o pelo (KIERSZENBAUM, 2016; TORTORA, 2013; LOWE; ANDERSON, 2015). A haste (Figura 1) representa a parte superficial do pelo, projetada para fora da superfície da pele.

    O pelo e a raiz são formados por camadas concêntricas de células, divididas em 3 partes: medula, córtex e cutícula do pelo. A medula é composta por 2 ou 3 camadas de células em formato irregular e abrigam os grânulos de melanina. A quantidade desse pigmento varia de acordo com a cor do pelo, estando em grande quantidade no pelo escuro, baixa no cinza e ausente no branco. O córtex é composto por células alongadas entre as duas outras partes. A cutícula do pelo é constituída por uma única camada de células finas, achatadas e intensamente queratinizadas (KIERSZENBAUM, 2016; LOWE; ANDERSON, 2015).

    No ciclo de crescimento do pelo observam-se três estágios: crescimento, regressão e repouso. O estágio de crescimento dura de dois a seis anos e é caracterizado pela divisão das células da matriz pilosa, dando origem a novas células que empurram as antigas em direção ao meio externo. Durante esse processo, as células que formam o pelo morrem e sofrem um processo de queratinização (KIERSZENBAUM, 2016; TORTORA, 2013; LOWE; ANDERSON, 2015).

    Esse crescimento é interrompido no estágio de regressão, que dura de duas a três semanas. As células da matriz pilosa do pelo param de se dividir e ocorre uma atrofia do folículo piloso. Por fim, há o estágio de repouso, que dura cerca de três meses, e ocorre quando a raiz antiga se solta ou é empurrada para fora do corpo, gerando a queda do pelo antigo para dar lugar para um novo (KIERSZENBAUM, 2016; LOWE; ANDERSON, 2015).

    Por fim, é importante estabelecer a associação que os pelos possuem com duas outras estruturas: a musculatura lisa, que são os músculos eretores, já citados anteriormente, e as glândulas sebáceas, que secretam sebo dentro do lúmen do folículo piloso (KIERSZENBAUM, 2016; TORTORA, 2013; DANGELO; FATTINI, 2007). Essas últimas servem para lubrificar tanto o pelo quanto a pele e serão discutidas na próxima seção.

    1.4.3. Glândulas

    As glândulas são estruturas que secretam substâncias dentro ou fora da corrente sanguínea, podendo ser endócrinas e exócrinas, respectivamente. Além da direção da secreção, as glândulas são comumente classificadas quanto a modo, número de células e forma. Tratando-se do sistema tegumentar, iremos abordar algumas glândulas exócrinas, especificamente as que se encontram espalhadas por toda a superfície do corpo e secretam suor e sebo, suas funções, classificações e importância (KIERSZENBAUM, 2016; DANGELO; FATTINI, 2007).

    1.4.3.1. Glândulas sebáceas

    As glândulas sebáceas (Figura 1) são exócrinas, ou seja, dotadas de ductos ou canais que transportam a secreção até o epitélio, e holócrinas, suas células se destacam da glândula, desintegrando-se para liberar a secreção acumulada (KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    Além disso, elas são alveolares simples, o que significa que os alvéolos da glândula possuem uma camada externa de células epiteliais, as quais se diferenciam em células arredondadas (acinares). Essas células acumulam secreção para ser eliminada à medida que se afastam das células basais, onde ocorrem as divisões celulares, em direção ao centro do alvéolo. Por fim, toda a secreção é transportada para o meio externo por meio de apenas um ducto não ramificado (KIERSZENBAUM, 2016; GARTNER; HIATT, 2007).

    As glândulas sebáceas são, em sua maioria, apêndices dos folículos pilosos, e seus ductos secretam uma substância lipídica no

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