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A montanha da loucura - Livro 5
A montanha da loucura - Livro 5
A montanha da loucura - Livro 5
E-book283 páginas3 horas

A montanha da loucura - Livro 5

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Sobre este e-book

As altas muralhas após a floresta indicam que o destino está próximo: os possuidores dos Objetos de Poder finalmente chegam a Corema para o aguardado encontro com a rainha Owl. Mas isso não indica que a jornada tenha acabado. Eles não imaginam o que os espreita dentro dos muros do castelo ou o desafio que terão de enfrentar bem longe da capital do reino. Perigos inimagináveis vão surgir, e inimigos e aliados podem se confundir. A empatia e a união serão mais do que necessárias para vencer mais essa batalha. Mas eles estarão preparados?
IdiomaPortuguês
EditoraPrincipis
Data de lançamento5 de jun. de 2024
ISBN9786550971892
A montanha da loucura - Livro 5

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    A montanha da loucura - Livro 5 - Marcos Mota

    Capa de A montanha da loucura de Marcos Mota

    Esta é uma publicação Principis, selo exclusivo da Ciranda Cultural

    © 2024 Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

    Elaborada por Lucio Feitosa - CRB-8/8803

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Literatura brasileira 869.93

    2. Literatura brasileira 821.134.3(81)-34

    Versão digital publicada em 2024

    www.cirandacultural.com.br

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada em sistema de busca ou transmitida por qualquer meio, seja ele eletrônico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização do detentor dos direitos, e não pode circular encadernada ou encapada de maneira distinta daquela em que foi publicada, ou sem que as mesmas condições sejam impostas aos compradores subsequentes.

    Para Vera e Roberto

    (in memoriam).

    Se alguém se aproximasse de um cômico mascarado, no instante em que estivesse desempenhando o seu papel, e tentasse arrancar­-lhe a máscara para que os espectadores lhe vissem o rosto, não perturbaria assim toda a cena? Não mereceria ser expulso a pedradas, como um estúpido e petulante?

    Erasmo de Roterdam (Elogio da Loucura)

    Sumário

    Prefácio

    Parte I

    Emily e Cassilda

    A desgraça

    A loucura

    Parte II

    Finalmente, Corema

    O castelo e a rainha

    Tornando­-se um guerreiro

    Desventuras de Arnie

    O arquiverso e suas dimensões

    Parte III

    A montanha

    O símbolo amarelo

    O homem por trás das cortinas

    O rei chifrudo

    Parte IV

    A espiral numérica

    Inimigos do reino

    Chuva de sangue

    A viagem de Isaac

    Parte V

    Os cultistas

    Decadência e ruínas

    Epílogo

    Prefácio

    Os diversos mundos foram criados por meio do conhecimento e da sabedoria.

    A paz, a harmonia e o bem reinavam entre as raças não humanas, até que uma força cósmica, posteriormente denominada Hastur, o Destruidor da Forma, o maior dos Deuses Exteriores, violou as leis das dimensões superiores e iniciou uma guerra.

    Para evitar a destruição de todo o universo, Moudrost, o Projetista, a própria Sabedoria, dividiu o conhecimento primevo e o entregou, por meio de sete artefatos, a seis raças de Enigma.

    Aos homens, a última raça criada, foram entregues as inteligências matemática e lógica. Às fadas, habitantes das longínquas e gélidas terras de Norm, a ciência natural. Aos aqueônios, a linguística. Aos anões alados, habitantes selvagens dos topos das montanhas, a história e geografia condensadas em um único tipo de conhecimento. Aos gigantes, os maiores dos Grandes Homens, a ciência do desporto. E aos anjos, primeira das raças não humanas, o conhecimento das artes.

    A guerra estelar cessou, resultando no aprisionamento dos Deuses Exteriores.

    Hastur, porém, conseguiu violar outra vez as dimensões da realidade e se livrar do confinamento, também conhecido como Repouso Maldito dos Deuses. Dessa forma, ele desapareceu na obscuridade, sendo obrigado a vagar pelo primeiro mundo das raças humanas à procura dos Objetos que lhe trariam o poder desejado e a libertação.

    O Destruidor da Forma intentava reuni­-los como única maneira capaz de destruir Moudrost e implantar o caos e a loucura no universo. Sua perturbadora fuga ao aprisionamento só foi percebida quando, um a um, os possuidores dos Objetos de Poder começaram a morrer misteriosamente, todos em datas próximas.

    Quinhentos anos se passaram; os Objetos começaram a ser encontrados e um novo grupo de possuidores se formou. Eles caminham rumo à capital do Reino para um encontro com a rainha, e já tiveram a primeira perda: Aurora.

    Conseguirão se manter unidos diante de todos os ardis das trevas?

    A história que se segue fala sobre liderança.

    Parte I

    Emily e Cassilda

    (500 anos atrás)

    O que faz um aqueônio ser um aqueônio?

    Durante anos, Emily se fez a mesma pergunta. E por mais que parecesse estranho, o fato era que ela sabia a resposta. Ainda assim, a pergunta retumbava em sua mente: O que caracteriza um aqueônio? O que o faz ser tão singular?.

    – Não me venha dizer que é a cauda! – insistia Cassilda.

    Para não estragar a amizade, Emily era comedida com as palavras, pois sabia que Cassilda estava errada.

    – Aqueônios têm cauda, homens não; anões também não; gigantes muito menos; bardos e fadas nem de longe. É a cauda que os define.

    – Não seja tola. Um anão alado que não voa, deixa de ser alado?

    – O anão tem asas ou não?

    – O que importa, Emy? Uma característica física é muito pouco para definir o pertencimento ou não a uma raça…

    – Ser alado significa possuir asas. É uma questão de significado atribuído. Não podemos perder a referência.

    – Suponhamos que ele não tenha asas, mas nasceu nas Altaneiras, de pai e mãe alados.

    – Ele não deveria ser chamado de alado. Mas por ter nascido naquele local, talvez…

    – Mas por ter nascido naquele local… – repetiu Cassilda, ironizando a amiga. – Nós sabemos que ele será considerado um anão alado. Ele será um alado independente de sua capacidade de voar. Percebe que não são apenas as asas que o definem? Ele tem descendência. É isso.

    – Transformar uma exceção em regra? Cassy, antes você estivesse usando termos falsos. Estamos indo para Corema para lecionar, inclusive, semântica. Use seus sofismas com qualquer outro, menos comigo.

    – Não seja leviana, Emily.

    Elas riram. Eram amigas, mas não se pareciam em quase nada. Talvez apenas na paixão pelas letras, pela retórica, pelo estudo da persuasão e outras disciplinas relacionadas à linguagem.

    Cassilda tinha um espírito livre, aventureiro. Era indomável. Para ela, não havia regras que sobrepujassem sua felicidade. Era expressiva e romântica, com seus enormes olhos verdes em um rosto magro e dissimulado. Como todo aqueônio, tinha cabelos negros e lisos que lhe desciam pelas costas e chegavam próximo da base da também longa cauda. E ela se achava atraente por causa disso.

    Emily era metódica e cautelosa, gordinha e tímida. Seus olhos repuxados para os lados pareciam sempre fechados por trás das grossas lentes dos óculos.

    Emily transmitia simpatia; Cassilda, arrogância velada.

    Cresceram juntas na Terra Aqueônia. Conquistaram todos os prêmios e títulos escolares nas aulas de linguística. Aos dezoito anos de idade, ambas passaram nas provas para, inicialmente, estagiarem e, mais tarde, tornarem­-se professoras universitárias na capital.

    A tragédia entre elas ocorreu durante a tão esperada viagem a Corema, no evento em que conheceriam pessoalmente o matemático Euclides.

    – Será que ele me reconhecerá?

    – Cassy, ele nunca a viu.

    – Eu escrevi dezenas de cartas para o professor nos dois últimos anos.

    Emily riu da amiga.

    – Talvez você tenha conseguido impressioná­-lo com sua tese. Apresente­-se como a garota das cartas. Euclides fará a associação e se sentirá confortável em conversar com você.

    – Não se trata de uma tese, Emy – Cassilda olhou­-se no espelho do quarto do hotel e com a cauda ajeitou o cabelo e puxou o pingente de seu cordão para fora da blusa. O pingente era um estranho e pequeno bastão semelhante ao de um gongo. – As fadas já descobriram que o som é um tipo de vibração, e também como ele se propaga. Elas definiram até mesmo o número de ciclos de onda por segundo necessário para que nossos ouvidos possam escutá­-lo.

    – Você está falando do que elas chamam de frequência?

    – Exato.

    Emily sorriu para a amiga. Era simplesmente brilhante ouvir Cassilda falar de seus estudos e descobertas, mesmo que pela centésima vez.

    – Som é linguagem, comunicação, Emy.

    – Escrita também.

    – Sim, minha amiga. E tanto um quanto o outro, som e escrita, são capazes de controlar a pessoa que recebe sua mensagem.

    Um brilho ambicioso tremeluziu nos olhos de Cassilda, enquanto ela remexia o pingente como se o protegesse em suas mãos.

    E nesse dia Emily percebeu que o conhecimento alcançado por sua amiga era uma faca de dois gumes. Poderia trazer tanto o bem quanto o mal para suas vidas.

    Por meio do conhecimento viria o poder. Mas Emily não estava certa de que Cassilda estivesse preparada para ele.

    ***

    Na universidade, as coisas não saíram conforme o esperado.

    – Raguesh deixou claro para os senhores, nesta manhã, o efeito conhecido como lente gravitacional, a deformação que os corpos provocam no espaço­-tempo. Isso implica em dizer que o espaço seja curvo. Muitos dizem que ele é finito e sem fronteiras. Mas esta questão realmente não importa para nós neste momento.

    O matemático Euclides iniciou bem sua palestra, referindo­-se ao grande estudioso das ciências naturais que encerrava sua participação.

    – Imaginemos, por hora, como seria se possuíssemos apenas duas dimensões – Euclides apontou para recortes de figuras geométricas sobre a mesa. Elas podiam ser vistas das arquibancadas circulares ao redor do púlpito central. – Este triângulo, este quadrado e este trapézio somos nós. Vivemos sobre o tampo desta mesa e tudo nos parece real. Movemo­-nos de um lado para o outro, para a frente e para trás, mas nunca para cima e para baixo, pois não fazemos nem ideia de que exista uma terceira dimensão: a altura. O que aconteceria se chegasse um ser tridimensional a este mundo plano?

    Euclides pegou uma maçã disposta na lateral da tribuna, segurando­-a no alto da mesa.

    – Todo tipo de contato que esta maçã fizer com o quadrado, o triângulo ou trapézio, seres bidimensionais, será considerado por eles, em primeiro instante, como uma aberração, algo sobrenatural; um contato sombrio, medonho, vindo do além.

    De seus assentos, os cientistas se inclinaram, observando com mais cautela e curiosidade a explicação. A atenção da plateia se fixava no tabuleiro, nas figuras geométricas e na maçã.

    Se não estivesse tão distante, no alto da arquibancada, Cassilda faria com que Euclides a escutasse comemorar a introdução da palestra. Ela se achava inebriada com o que ouvia, por isso não conseguia se segurar e acabava batendo palmas curtas, emitindo gemidos de emoção.

    Emily, a seu lado, também encantada, preservava a postura recatada.

    – A maçã diz olá, mas as figuras planas não conseguem entender as ondas sonoras que chegam até elas. Nossos seres planos podem pensar que é algo vindo de seu interior, mas também achar que estão ficando LOUCOS.

    Euclides frisou o último adjetivo.

    – A maçã decide se manifestar no plano bidimensional, mas este não a comporta, porque não possui altura. A maçã não pode ser contida em um local apenas com comprimento e largura; então, ela decide deixar impressões para que as figuras reconheçam sua presença. Ela quer fazer contato.

    O matemático pegou uma faca; os olhares estavam atentos a seus movimentos. Não havia um ruído sequer, senão o da lâmina cortando uma fatia da fruta.

    Ele embebedou em um tinteiro uma das faces da fatia e depois carimbou o tampo da mesa em várias regiões.

    – Estas manchas de tinta serão objetos estranhos, tentando denunciar a existência do ser tridimensional aos nossos seres planos – Euclides apontou para as marcas feitas na mesa. – O triângulo, ou o quadrado ou o trapézio, passará o resto de sua vida ignorando as impressões. Contudo, no dia em que ele decidir compreendê­-las, ele só logrará sucesso se admitir que as respostas que busca encontram­-se em uma dimensão à qual ele não pertence.

    O brilho nos olhos dos espectadores confirmou a excelência do exemplo que Euclides usava para introduzir suas teorias.

    – Senhores, não conseguimos encontrar uma fórmula para calcular o surgimento de números primos em uma sequência matemática, porque tal fórmula possui propriedades que não pertencem ao mundo que conhecemos. Não conseguimos regenerar rapidamente um ferimento porque precisaríamos manipular variáveis que nossa constituição física não comporta. Os efeitos da gravidade relatados, de forma esplêndida, por Raguesh não podem ser alterados, a menos que consigamos enxergar além do que nossos olhos podem ver no mundo material. Várias respostas da ciência dependem de um conhecimento que não encontraremos aqui.

    Um homem da mesma idade que Euclides, usando um bigode liso e torto, se pronunciou da plateia.

    – Onde você quer chegar com isso, professor Euclides?

    – Querido professor Random, eu quero apenas esclarecer que evoluímos muito em conhecimento. Mas o progresso da ciência só será possível daqui para a frente se olharmos além do que o mundo físico pode nos apresentar. Precisamos entrar em uma nova era do saber. O senhor percebe muito bem o que estou tentando dizer.

    – A experiência dos sentidos é a única fonte reconhecida de conhecimento – retaliou Random.

    Uma mulher de pele escura e cabelos negros cacheados, ali a seu lado, se remexeu. Ela demonstrou visível incômodo na interferência que Euclides sofrera no discurso.

    Cassilda também não gostou de ver seu ídolo ser interrompido daquela maneira rude. Ela torceu para que o matemático desse uma resposta capaz de calar a boca de seu interlocutor.

    – Você diz que a experiência dos sentidos é a única fonte reconhecida de conhecimento. Durante a noite, uma pessoa dorme e sonha que sua cadela morre atropelada. No dia seguinte, seu sonho se concretiza. Que aspecto dos sentidos acha­-se envolvido na experiência que essa pessoa teve? Talvez existam mais sentidos do que os cinco que costumamos ensinar aos nossos alunos, professor Random – rebateu o matemático.

    – Viemos aqui para escutá­-lo contar sobre seus estudos com números e fórmulas matemáticas, Euclides. A ciência não será validada por meio de metáforas.

    Euclides estava transtornado. Random era seu amigo, mas haviam discutido pouco antes de chegarem à universidade. Ele não precisava fazer todo aquele estardalhaço na palestra do amigo.

    – Não estou tentando provar minha teoria com figuras de linguagem. Eu as estou usando apenas para transmitir uma ideia, fazer com que vocês alcancem a magnitude de minhas descobertas.

    Random procurou uma folha em meio à papelada na mesa à sua frente e falou, enquanto lia:

    – Aqui está escrito que ouviríamos você falar sobre: probabilidade, estatística e a previsão do futuro.

    Emily percebeu o nervosismo de Cassilda, odiando ver Euclides colocado contra a parede daquela maneira injusta.

    O matemático parecia confuso.

    – Você nos promete revelar segredos da vidência envolvendo a matemática e os números primos. Mas ao que parece, vai construindo a ruína de sua própria carreira, professor! Está nos falando de sonhos e dimensões que não podem ser comprovados.

    Euclides devolveu um olhar fulminante para Random. E para surpresa de todos, a voz da desconhecida aqueônia, Cassilda, ressoou no auditório.

    – Esta é apenas a introdução de uma belíssima palestra. Se o professor não for interrompido novamente com grosseria, acredito que entenderemos tudo o que ele tem a dizer, quando chegar ao final de seu discurso.

    Emily teve vontade de se esconder, quando viu que todos os olhares se direcionavam para elas.

    Constrangido e surpreso, Random deixou que Euclides prosseguisse.

    O discurso ganhou termos mais técnicos a partir daquele instante. Euler foi o matemático mais citado. Várias fórmulas e cálculos foram rabiscados em um quadro móvel trazido até à frente.

    No intervalo que se seguiu à apresentação, a aqueônia correu ao encontro do palestrante.

    – Professor! Professor!

    Euclides a reconheceu da plateia, de quando afrontou Random.

    – Muito prazer, sou Cassilda Carter – apresentou­-se estendendo a mão. – Foi brilhante sua palestra, principalmente quando demonstrou que a fórmula de Euler para os poliedros diz respeito às dimensões desconhecidas. Uma dúvida, desculpe­-me! Foi ele ou o senhor quem deu esse nome às dimensões superiores?

    – Bem… fui eu.

    Cassilda abriu um sorriso, ainda mais admirada.

    – Quem mesmo é você? – perguntou Euclides, confuso.

    – Cassilda Carter, professora interina de linguagem.

    – A estagiária – corrigiu ele, quase que fazendo uma pergunta.

    Imediatamente a cauda de Cassilda se ergueu e, por cima de seus ombros, estendeu­-se entregando um cartão de visitas ao professor.

    Euclides sorriu desconcertado. Pegou e leu.

    – Você é uma aqueônia.

    Nesse instante, Emily se aproximou. Cassilda ainda sorria balançando a cabeça positivamente para o professor.

    – Eu descobri uma assustadora relação matemática entre diferentes frequências sonoras. Bastou­-me atribuir diferentes valores ao perímetro de uma circunferência, enquanto usava a fórmula de Euler. Aqui, estou me referindo ao pi (n) da fórmula – relatou como se abrisse um parêntese. – Os vários comprimentos de onda, lambda, equivalem àqueles valores. Euler utilizou algoritmo neperiano, relativo a John Neper, uma função que surge geralmente em processos naturais, por isso não conseguiu deduzir a quarta, a quinta ou a sexta dimensão.

    Euclides estava fascinado com o que acabara de escutar.

    – Carter. Cassilda Carter. Você é a moça das cartas! – reconheceu ele, por fim.

    – Sim… – respondeu ela, com um brilho no olhar. – E esta é minha amiga Emily.

    – Sejam bem­-vindas a Corema – saudou Euclides.

    – Fascinante – uma voz conhecida interrompeu as apresentações. – Uma aqueônia se interessando por matemática como um humano – era Random. Ele se aproximava seguido pela mulher que permanecera a seu lado durante a palestra.

    – Professor Random, estas são Cassilda e Emily – disse Euclides, tentando ser gentil.

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