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Evangelização e Missão Profética da Igreja - Documentos da CNBB 80 - Digital
Evangelização e Missão Profética da Igreja - Documentos da CNBB 80 - Digital
Evangelização e Missão Profética da Igreja - Documentos da CNBB 80 - Digital
E-book148 páginas1 hora

Evangelização e Missão Profética da Igreja - Documentos da CNBB 80 - Digital

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Sobre este e-book

A 43ª Assembleia Geral da CNBB, em 2005, teve como tema central a evangelização e missão profética da Igreja diante dos novos desafios. Três foram os desafios tomados em especial consideração: o pluralismo cultural e religioso, a exclusão social persistente no Brasil e as questões éticas decorrentes das novas biotecnologias. Este Documento é fruto do diálogo entre os Bispos do Brasil sobre o tema, remetendo para todo o vasto patrimônio do Magistério da Igreja, especialmente encíclicas pontifícias.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de abr. de 2024
ISBN9786559753710
Evangelização e Missão Profética da Igreja - Documentos da CNBB 80 - Digital

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    Evangelização e Missão Profética da Igreja - Documentos da CNBB 80 - Digital - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    capa_doc80.jpg

    Evangelização e Missão Profética da Igreja

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    1ª edição – 2024

    Direção-Geral:

    Mons. Jamil Alves de Souza

    Autoria:

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    Projeto gráfico, capa e diagramação:

    Henrique Billygran Santos de Jesus

    978-65-5975-371-0

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da CNBB. Todos os direitos reservados ©

    Edições CNBB

    SAAN Quadra 3, Lotes 590/600

    Zona Industrial – Brasília-DF

    CEP: 70.632-350

    Fone: 0800 940 3019 / (61) 2193-3019

    E-mail: [email protected]

    www.edicoescnbb.com.br

    SUMÁRIO

    APRESENTAÇÃO

    INTRODUÇÃO

    Capítulo 1

    EVANGELIZAÇÃO E PROFETISMO

    1. O profetismo no Antigo Testamento

    2. O profetismo no Novo Testamento

    3. A Igreja continua a profecia de Jesus

    3.1. A partir da pessoa

    3.2. A comunidade como profecia em uma cultura individualista

    3.3. O serviço da solidariedade

    3.4. A caminho do reino definitivo

    Capítulo 2

    O TESTEMUNHO DA FÉ CRISTÃ E O PLURALISMO CULTURAL E RELIGIOSO

    1. Visão crítica da sociedade atual

    1.1. A Sociedade em mudança

    1.2. Conquistas da modernidade

    1.3. A crise da modernidade e da razão iluminista

    1.4. Alterações culturais e exclusão dos pobres

    1.5. Individualismo e fragmentação

    1.6. Horizontes sem transcendência

    1.7. A antropologia em questão

    1.8. O pluralismo ético e religioso: subjetivismo e relativismo

    2. A missão da Igreja diante do pluralismo cultural e religioso

    2.1. Valorização da pessoa: a nova humanidade (CNBB, Doc. 71 e 72; EA)

    2.2. Comunidade – testemunho de comunhão (Doc. 71, nn. 104-111.139-151)

    2.3. Caminhos para a construção de uma sociedade justa e fraterna (Doc. 71, nn. 156-175)

    3. Possíveis pistas de ação (Doc. 72, nn. 25-26; Doc. 71, nn. 84-85.123.176-185)

    3.1. Formar e animar comunidades eclesiais

    3.2. Novos horizontes para a juventude (cf. Puebla)

    3.3. Acreditar na família

    3.4. Obras que nascem da fé

    3.5. Promover Centros Culturais

    3.6. Incrementar novas formas de trabalho

    Capítulo 3

    O COMPROMISSO DA IGREJA EM FAVOR DA INCLUSÃO SOCIAL

    1. A realidade da exclusão

    1.1. Um fenômeno chocante

    1.2. Muitas formas de exclusão

    1.3. A raiz da exclusão

    1.4. Renda, terra e trabalho

    1.5. Os impactos da pobreza

    2. Construir a inclusão solidária

    2.1. Princípios e valores comuns na luta contra a exclusão

    2.2. O papel do Estado e as políticas públicas

    2.3. Iniciativas da sociedade civil

    2.4. A atuação da Igreja Católica

    Capítulo 4

    DIGNIDADE HUMANA E BIOTECNOLOGIAS

    1. Nova realidade: fascinante e preocupante

    1.1. Constante atenção da Igreja

    1.2. Genética e biotecnologia: das pressuposições às presumíveis certezas

    1.3. Genética: desvendando muitos segredos e levantando muitos questionamentos

    1.4. Biotecnologia: expressão de um novo poder

    2. Conquistas e esperanças

    2.1. Avanços em termos produtivos e médicos

    2.2. Possíveis avanços em termos de consciência e práticas sociais

    3. Missão profética da Igreja: anunciar o Evangelho da Vida

    3.1. As razões da nossa fé

    3.1.2. A Igreja na promoção da vida e da dignidade humana (DGAE, nn. 64s)

    3.2. Recordando algumas posições

    3.3. Iluminando algumas questões recentes

    4. Propostas concretas

    4.1. Às instituições, oferecemos subsídios para cursos de Bioética

    4.2. À sociedade, propomos diálogo leal

    4.3. Aos agentes de pastoral

    CONCLUSÃO

    JESUS CRISTO, ESPERANÇA DA HUMANIDADE

    SIGLAS

    APRESENTAÇÃO

    A 43a Assembléia Geral da CNBB (Itaici, SP, de 9 a 17 de agosto de 2005), teve como tema central a evangelização e missão profética da Igreja diante dos novos desafios. Três foram os desafios tomados em especial consideração: o pluralismo cultural e religioso, a exclusão social persistente no Brasil e as questões éticas decorrentes das novas biotecnologias.

    A escolha desse tema, vasto e complexo, foi motivada pelo desejo dos bispos de oferecerem sua palavra de discernimento e orientação para os cristãos católicos e para toda a sociedade sobre esses novos desafios. Com freqüência, os bispos e a CNBB, seu organismo representativo, são interpelados sobre qual é a palavra da Igreja em relação às várias questões da vida em sociedade. Essas ocasiões são propícias para anunciar o Evangelho e para exercitar a missão profética da Igreja.

    A evangelização, de fato, inclui a dimensão profética. A consciência da missão recebida de Jesus Cristo leva os pastores da Igreja a olharem a realidade que os cerca sob a luz do Evangelho de Jesus Cristo. A palavra profética, por vezes, é crítica, sobretudo quando estão em jogo a dignidade da pessoa, a sacralidade da vida, a justiça social e a forma de viver a religião. Mas também é uma palavra carregada de esperança, pois brota da certeza de que a verdade e o bem sempre encontram corações sensíveis e meios de se afirmarem, uma vez que estão fundados em Deus. O Espírito de Deus trabalha sempre e continua a renovar a face da terra.

    O tema central da Assembléia Geral dos bispos foi preparado por uma Comissão, escolhida ainda em outubro de 2004 e integrada por quatro bispos, além de peritos nas várias áreas contempladas e assessores. Antes mesmo da Assembléia Geral, todos os bispos tiveram a oportunidade de conhecer o texto de trabalho e de oferecer suas contribuições para a Comissão. Finalmente, durante a Assembléia Geral, o texto foi discutido e reelaborado, com a participação intensa dos membros da Assembléia, e recebeu a aprovação praticamente unânime do episcopado.

    Evidentemente, este Documento não esgota todo o ensinamento da Igreja sobre os aspectos envolvidos nos três grandes desafios tomados como tema; ele remete necessariamente para todo o vasto patrimônio do Magistério da Igreja, especialmente as encíclicas pontifícias.

    Desejam os bispos que este Documento seja lido e assimilado nas comunidades e que ele possa contribuir de maneira eficaz para a evangelização. Ele é especialmente recomendado aos sacerdotes e a todas as pessoas que devem transmitir o ensinamento da Igreja e formar a consciência dos fiéis. Com certeza, o texto também será uma referência útil para todas as pessoas que desejam conhecer o pensamento do episcopado brasileiro sobre as várias questões contempladas.

    Quero registrar aqui o agradecimento da CNBB à Comissão do tema central, que se dedicou muito e trabalhou intensamente. Deus os recompense.

    Brasília, 23 de agosto de 2005, festa de santa Rosa de Lima, Padroeira da América Latina.

    Dom Odilo Pedro Scherer

    Bispo Auxiliar de São Paulo Secretário-Geral da CNBB

    INTRODUÇÃO

    Com este título, a CNBB quer abordar, do ponto de vista de sua missão, algumas questões que, no presente momento de nossa história, interpelam profundamente nossa consciência de pastores. Isso porque a Igreja, peregrina na História, se sente solidária com todos os seres humanos, sobretudo com os pobres, comungando com seus sofrimentos e vivendo suas esperanças (GS, n. 1). Alegra-se com as conquistas da humanidade e sofre com suas dores. Em espírito de serviço e de diálogo, guiada pela luz do evangelho, oferece sua contribuição para a promoção da justiça e da paz no coração do mundo (GS, n. 3). No cerne de suas preocupações estão a pessoa humana, que deve ser salva, e a sociedade, que deve ser renovada (GS, n. 3).

    No presente momento de tão radicais mudanças culturais, em que se verifica uma profunda crise de valores, é dever da Igreja proclamar a Boa Nova da Paz, a Palavra profética de Jesus Cristo. Compete à sua missão profética, firmada na revelação e na lei natural, uma palavra sobre questões atuais que tocam muito de perto a dignidade da pessoa, a sacralidade da vida e a própria forma de viver a religião.

    Estamos conscientes do dever que temos como parcela significativa da sociedade brasileira e conscientes da missão da Igreja na formação cultural de nosso país. Por isso, não é aceitável a posição de grupos de mentalidade laicista que, em nome do Estado laico, pretendem negar à Igreja, e às religiões em geral, o direito de pronunciar-se sobre questões éticas que afetam a vida das pessoas e da sociedade. A laicidade do Estado é uma conquista, expressão de uma sociedade verdadeiramente democrática, em que todos os grupos e instituições, também as religiosas, possam participar em condições de igualdade. Já o laicismo é uma mentalidade, de origem positivista, que nega à religião o direito de participar das decisões que dizem respeito à vida da sociedade.

    Numa sociedade pluralista e democrática todos têm o direito de apresentar e defender suas convicções. Ainda assim, é preciso deixar claro que valores éticos e morais não se definem pelo consenso da maioria através de um processo de votação, sob pressão de propaganda organizada.

    Nossa intenção, além de

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