15º Plano Bienal de Atividades do Secretariado Nacional 2000-2001 - Documentos da CNBB 63 - Digital
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15º Plano Bienal de Atividades do Secretariado Nacional 2000-2001 - Documentos da CNBB 63 - Digital - Conferência Nacional dos Bipos do Brasil
Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil 1991-1994
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
1ª edição – 2024
Direção-Geral:
Mons. Jamil Alves de Souza
Autoria:
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Projeto gráfico, capa e diagramação:
Henrique Billygran Santos de Jesus
978-65-5975-354-3
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da CNBB. Todos os direitos reservados ©
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
I. PERSPECTIVAS PARA OPERACIONALIZAR AS DGAE NO QUADRIÊNIO 2000 - 2003
1. Dimensão Comunitária e Participativa
2. Dimensão Missionária
3. Dimensão Bíblico-Catequética
4. Dimensão Litúrgica
5. Dimensão do Ecumenismo e do Diálogo Inter-Religioso
6. Dimensão Sócio-Transformadora
7. Indicações Práticas
II. PROGRAMAS GLOBAIS
O que são Programas Globais?
1.1. Implementação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
1.2. Implementação do Documento sobre Missão e Ministério dos Cristãos Leigos e Leigas
1.3. Campanha da Fraternidade
1.4. Formação sistemática e permanente de lideranças
1.5. V Assembléia Nacional dos Organismos do Povo de Deus
1.6. Campanha para a Evangelização
1.7. Fortalecimento dos Regionais
III. PROGRAMAS DAS DIMENSÕES
Atividades permanentes comuns
3.1. DIMENSÃO COMUNITÁRIA E PARTICIPATIVA
3.1.1. Setor Vocações e Ministérios (SVM)
3.1.2. Setor CEBs
3.1.3. Setor Leigos
3.1.4. Setor Família e Vida
3.1.5. Setor Juventude
3.2. DIMENSÃO MISSIONÁRIA
3.3. DIMENSÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA
3.4. DIMENSÃO LITÚRGICA
3.5. DIMENSÃO DO DIÁLOGO ECUMÊNICO E INTER-RELIGIOSO
3.6. DIMENSÃO SÓCIO-TRANSFORMADORA
3.6.1. Setor Comunicação
3.6.2. Setor Educação
3.6.3. Setor de Ensino Religioso
3.6.4. Setor Cultura
3.6.5. Pastoral Universitária
3.6.6. Pastoral Afro-Brasileira
3.6.7. Setor Pastoral Social
3.6.8. Pastorais ligadas à dimensão social
3.6.9. Organismos ligados à dimensão sócio - transformadora
IV. PROGRAMAS DA COORDENAÇÃO GERAL
2. Consultoria Jurídica
3. Assessoria Política à Presidência da CNBB
4. Assessoria de Imprensa
ANEXOS
Anexo 1. O PROJETO DE EVANGELIZAÇÃO RUMO AO NOVO MILÊNIO
Anexo 2. CELEBRAÇÃO DO GRANDE JUBILEU DO ANO 2000
APRESENTAÇÃO
O Plano Bienal é um instrumento de trabalho de todos os serviços pastorais diretamente ligados à Presidência, da Secretaria-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nele são apresentadas as atividades e projetos das Dimensões e Setores da CNBB, das assessorias específicas, assim como as reuniões ordinárias da Presidência, da Secretaria-Geral, do Conselho Permanente (CP), da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) e da Comissão Episcopal de Doutrina (CED).
O 15º Plano Bienal, projetado para o período de 2000 e 2001, fundamenta-se nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o período de 1999- 2002 e na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Ecclesia in America. Com as atividades constantes do Plano, o Secretariado-Geral deseja contribuir, efetivamente, para a missão evangelizadora da Igreja e responder aos apelos que o Santo Padre fez neste começo de milênio.
As atividades desse Plano, pensadas e realizadas em espírito de comunhão e corresponsabilidade, visam, também, a ajudar os Regionais da CNBB na tarefa comum de evangelizar o povo de Deus em nosso País.
Sua elaboração percorreu caminhos semelhantes aos dos anteriores. A redação atual apresenta um primeiro capítulo, Perspectivas para operacionalizar as DGAE no Quadriênio 2000/2003, onde se recolhe o trabalho de reflexão, realizado pela Presidência, CEP e assessores e assessoras nacionais da CNBB. Nele foram colocados itens que merecem maior atenção pastoral durante esse período. Em anexo, – consta uma série de reflexões e perguntas sobre o Projeto Rumo ao Novo Milênio que poderão servir para empreendimentos futuros, podendo se encontrar, nele, inspiração e também as principais atividades a serem realizadas no Ano Jubilar.
Os Programas Globais
exigem a participação de todos os Setores e Dimensões do Secretariado-Geral, para proporcionar maior eficácia às ações e propiciar o entrosamento das dimensões, setores, e de muitos outros organismos e instituições. Os programas são muitos, mas todos decorrentes dos apelos mais urgentes percebidos em nossa caminhada.
Além dos Projetos Específicos de cada Setor e Dimensão, constam, neste Plano, alguns Projetos Conjuntos
, que reúnem vários setores e/ou dimensões, em forma de parceria, para a execução de um projeto comum, sob a coordenação de um deles.
Ao apresentar este 15º Plano Bienal, aprovado pela Presidência e CEP, faço votos para que todos assumam em conjunto a sua implantação, fortalecendo sempre mais a pastoral orgânica dos organismos ligados à CNBB, de modo especial do Secretariado- Nacional e dos Regionais da CNBB.
Que o trabalho conjunto, fecundado pela graça de Deus, produza muitos frutos para a Igreja no Brasil, a fim de que, fiel aos apelos do Senhor neste final de século, possa entrar renovada no Novo Milênio que se aproxima.
Brasília, 16 de dezembro de 1999 Dom Raymundo Damasceno Assis Secretário-Geral da CNBB
I. PERSPECTIVAS PARA OPERACIONALIZAR AS DGAE NO QUADRIÊNIO 2000 - 2003
Em continuidade aos Planos Bienais anteriores, este 15º Plano Bienal (2000-2001) quer elencar as atividades dos organismos pastorais da CNBB, articulados sob a inspiração das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).
O texto que segue deseja servir de parâmetro para todas as atividades da CNBB, ajudando-a a evitar possível departamentalização e/ou caminhada paralela das dimensões pastorais que a constituem. Servirá, ainda, como inspiração às assessorias na preparação das assembléias gerais, reuniões do Conselho Permanente, reuniões da Presidência e CEP, na produção dos dois Planos Bienais (2000/2001 e 2002/2003), no trabalho das dimensões, setores pastorais e organismos. Quer servir também para operacionalizar as DGAE, articulando as seis dimensões da pastoral com as quatro exigências intrínsecas da evangelização inculturada.
1. Conscientes de que a história da CNBB não começa agora, a CEP e assessoria pretendem dar continuidade à renovação desencadeada em nossa Igreja pelo Concílio Vaticano II, assumindo, com novo vigor, os caminhos da evangelização por ela trilhados, conforme está descrito no primeiro capítulo das DGAE. Convém, enfim, ressaltar que os Planos e Diretrizes das últimas décadas visaram à eficácia pastoral, desenvolvendo nas Igrejas Particulares, e entre elas, a comunhão e a participação, a colegialidade e a corresponsabilidade
¹.
2. Para alcançar o objetivo acima exposto, assume-se também o conceito de evangelização inculturada, bem como suas exigências intrínsecas definidas no segundo capítulo das DGAE. A evangelização nesses novos contextos exige, além da renovação das atuais estruturas pastorais e a criação de novas que correspondam às exigências de uma nova evangelização, novo ardor, novos métodos, novas expressões e, sobretudo, uma espiritualidade que torne a Igreja cada vez mais missionária
².
3. O contexto em que se dá o novo processo de evangelização foi delineado no terceiro capítulo das DGAE: Novos desafios da realidade
. Sendo assim, toda a ação nesse quadriênio deverá levar em conta esse quadro, consciente de que diante das mudanças profundas e rápidas que caracterizam a sociedade de hoje, o evangelizador não deve cair na incerteza ou no imediatismo, mas se esforçar para compreender os novos desafios
³ . Esses desafios foram aglutinados em torno de cinco itens: 1. Mudanças sócio-econômicas recentes; 2. Causas das mudanças e perspectivas; 3. Mudanças culturais; 4. Crise ética e
5. Pluralismo religioso.
4. Em todas as atividades pastorais, e visando a alcançar uma eficaz articulação, a CNBB tentará aplicar os seguintes princípios: a) variedade-complementaridade de todas as forças vivas que promovem a comunhão orgânica na Igreja; b) autonomia, que garante a identidade de cada membro do corpo eclesial; c) subsidiariedade, que implica uma real descentralização da organização eclesial; d) participação responsável, que exige definição clara das competências⁴.
5. A CNBB fomentará, de maneira especial, incessante atitude de oração para que o Espírito Santo a assista em todas as suas atividades, mantendo-a sempre fiel à evangélica opção preferencial pelos pobres e ao princípio da colegialidade. Estas opções acompanham-na desde o início, e contribuem para impregná-la de uma mística que a ajude a sintetizar as coisas da razão e do coração, por meio de uma real e eficaz integração entre fé e vida e de uma escuta atenta dos sinais dos tempos. Dessa forma, também poderá proporcionar a todos uma autêntica experiência cristã, encontro com o Cristo vivo, por meio da Palavra, da Liturgia e do relacionamento humano, como sugere a Ecclesia in America. Essa experiência torna-se imprescindível aos cristãos, sobretudo nestes tempos de emergência da subjetividade e de riscos constantes de fragmentação.
6. A CNBB continuará estruturando sua ação pastoral na perspectiva das seis linhas ou dimensões constitutivas da ação evangelizadora e inspirando-se nas quatro exigências intrínsecas da evangelização inculturada: serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão. Cada dimensão tentará rever suas atividades e programas à luz dessas exigências, assumidas como a mística que impregnará todo o trabalho evangelizador.
1. Dimensão Comunitária e Participativa
1.1. – Valorizar o que é comum a toda a Igreja: vocação à santidade, dignidade batismal e missão, especificando-se, depois, as diversas vocações, serviços e ministérios.
1.2. – Incentivar a criação de estruturas de comunhão e participação em todos os âmbitos, tais como assembléias e sínodos diocesanos, conselhos e outros.
1.3. – Incentivar a mística da comunhão e corresponsabilidade, da autoridade como serviço, evitando as atitudes de clericalismo, autoritarismo, sectarismo...
1.4. – Incentivar as comunidades (CEBs e pequenos grupos) para que aprimorem o estudo e a vivência da Palavra, celebrem de forma criativa e inculturada, cresçam na vivência do amor fraterno e da comunhão, assumam a vida e missão da Igreja.
1.5. – Adequar as estruturas da Igreja à nova realidade social e eclesial dos movimentos, grupos e associações.
1.6. – Articular em todos os âmbitos e campos as diversas iniciativas e agentes, isto é, efetivar a Pastoral de Conjunto, a organicidade da