As estratégias aplicadas pelo intérprete educacional de Libras em aulas de inglês em escolas públicas de Teresina – PI: uma análise do perfil e da competência tradutória
()
Sobre este e-book
Relacionado a As estratégias aplicadas pelo intérprete educacional de Libras em aulas de inglês em escolas públicas de Teresina – PI
Ebooks relacionados
A diversidade linguística em sala de aula: concepções elaboradas por alunos do Ensino Fundamental II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeu Aluno Escreve como Fala, e Agora? Uma Intervenção Bem-Sucedida no Ensino Fundamental Ii Nota: 5 de 5 estrelas5/5Linguagem e educação – Fios que se entrecruzam na escola Nota: 1 de 5 estrelas1/5O Ensino De Língua Inglesa Na Escola Pública Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aprenda Pronúncia do Inglês Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLinguagem, surdez e educação Nota: 3 de 5 estrelas3/5Na trilha da gramática: Conhecimento linguístico na alfabetização e letramento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAssertividade pedagógica e produção de materiais didáticos para estudantes surdos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Ensino De Língua Portuguesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConversas com professores de língua portuguesa enquanto língua materna Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLeitura e Escrita: Da Escola para a Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnalfabetismo funcional, alfabetização e letramento e ações da escola Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDicionários Escolares: Utilização nas Escolas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProdução textual em Libras: a construção da escrita dos alunos surdos do CECM Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLíngua espanhola, pesquisa, ensino médio brasileiro e contextualização sociocultural: Por que e para quem? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino de Inglês em Escola Pública: uma proposta dialética e comunicativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Abordagem De Gramática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVariedades Linguísticas: da teoria à prática em sala de aula Nota: 5 de 5 estrelas5/5Em Torno (entorno) da Pedagogia da Variação Linguística Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs (Inter)Discursos na Formação Docente em Letras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA pedagogia da variação linguística na escola: experiências bem sucedidas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAvatar sinalizador de Libras aplicado em atividade de livro didático: estudo de caso Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artes Linguísticas e Disciplina para você
Um relacionamento sem erros de português Nota: 5 de 5 estrelas5/55 Lições de Storytelling: Fatos, Ficção e Fantasia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Redação: Interpretação de Textos - Escolas Literárias Nota: 5 de 5 estrelas5/5Guia prático da oratória: onze ferramentas que trarão lucidez a sua prática comunicativa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Príncipe: Texto Integral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Contextualizada Para Concursos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Nunca diga abraços para um gringo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Introdução À Musicalização Infantil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Planejando Livros de Sucesso: O Que Especialistas Precisam Saber Antes de Escrever um Livro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOficina de Escrita Criativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLeitura em língua inglesa: Uma abordagem instrumental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Oficina de Alfabetização: Materiais, Jogos e Atividades Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alfabetização em processo Nota: 4 de 5 estrelas4/5Teoria da Contabilidade na Prática: Casos de Ensino sobre a Nova Estrutura Conceitual Nota: 5 de 5 estrelas5/5Práticas para Aulas de Língua Portuguesa e Literatura: Ensino Fundamental Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLivros Um Guia Para Autores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA vida que ninguém vê Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Avaliações de As estratégias aplicadas pelo intérprete educacional de Libras em aulas de inglês em escolas públicas de Teresina – PI
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
As estratégias aplicadas pelo intérprete educacional de Libras em aulas de inglês em escolas públicas de Teresina – PI - Marcos Eduardo Alvarenga
1 REFERENTES HISTÓRICOS E OS ESTUDOS DA TRADUÇÃO
1.1 Tradução e interpretação no Brasil: o início
A prática tradutória reporta a períodos remotos da história da humanidade, passando pela Idade Média e chegando até os dias atuais. Algumas dessas primeiras referências são encontradas na bíblia, na qual podemos ver, por exemplo, o mito da Torre de Babel, o que tem motivado pesquisadores a teorizar acerca da origem da prática tradutória como uma atividade secular (WYLER, 2003; MILTON, 2010; OUSTINOFF, 2011).
Para autores como Barbosa (2004), Milton (2010) e Oustinoff (2011) esse mito é um dos fundadores da tradução, pois, daquele momento em diante, as pessoas falariam línguas diferentes; e, para que houvesse a comunicação entre as línguas de origens distintas, seria necessário aprender línguas estrangeiras ou contar com mediação do intérprete/tradutor.
Segundo Oustinoff (2011), a tradução está presente, ainda, em outros momentos, como no século IV, quando a bíblia foi traduzida por São Jerônimo, a pedido do Papa Damásio I. A vulgata
, como ficou conhecida, foi a tradução da bíblia do grego para o latim, e foi o texto usado até o concílio Vaticano, II em 1962. Nessa época, vigorava a ideia de que a tradução dos grandes livros para outras línguas deveria ser literal, para que seus ensinamentos fossem perpassados de geração em geração. Na idade média, caso o tradutor, ao fazer a tradução dos livros sagrados, alterasse o sentido do texto original, poderia ser levado à morte, seja na fogueira, seja na forca, tal como aconteceu com o humanista Étienne Dolet, em 1546, na praça Maubert, em Paris (OUSTINOFF, 2011).
Dolet foi um dos primeiros escritores a estabelecer uma teoria da tradução. Ele não admitia a tradução de palavra por palavra, ou seja, a tradução literal. Em suas práticas tradutórias, ele defendia tanto a tradução pelo sentido, levando em conta o contexto, quanto a liberdade do tradutor para fazer o seu trabalho. Por essa razão, Dolet foi considerado herege ao traduzir do grego para o francês uma passagem do diálogo socrático, levando ao entendimento do clero que a alma seria mortal.
Entretanto, diferente da visão adotada para a tradução das sagradas escrituras, a prática da tradução era algo que dividia opiniões no meio literário. Do final do século XVIII até início do século XIX, enquanto uma parte dos escritores e estudiosos consideravam o ato de traduzir divino, esclarecedor e essencial para os diferentes âmbitos sociais, para outros escritores, o tradutor seria como um traidor, isto é, alguém desajustado quanto ao ato de traduzir, que seria sempre uma subversão do texto original. Em relação a essa visão, existia o seguinte trocadilho italiano: "traduttore-traditore, que significava
tradutor-traidor" (MILTON, 2010; OUSTINOFF, 2011).
Já no Brasil, Segundo Wyler (2003), a tradução oral ou a interpretação e a tradução escrita remontam o período de seu achamento
. Contudo, a tradução oral ou a interpretação iniciou-se antes da tradução escrita, sendo que a segunda apenas veio a ter a sua prática estabelecida após a chegada dos jesuítas, em 1549. Assim, através das determinações de Dom João III, surgiram as instituições de ensino, e os colonos e indígenas que aqui habitavam passaram a ser catequizados pelos jesuítas, sendo que essa tradução era feita para uma língua-alvo que ainda não era o português, já que o latim era a língua que fazia as mediações entre os jesuítas e os nativos através do língua
.
Naquela época, o tradutor ou o intérprete de língua oral era conhecido como o língua
pelos indígenas, já que este agia como mediador, pois havia se tornado conhecedor e estudioso das línguas que coexistiam no Brasil, no período de seu achamento
. De fato, o primeiro registro de tradução na história do Brasil foi a chegada dos navegadores portugueses, no período do descobrimento (WYLER,