A Umbanda Traçada em Portugal
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A Umbanda Traçada em Portugal - Larri Bertani
Agradecimentos
Eu agradeço de todo meu coração à minha tutora espiritual, Mãe Ana de Iemanjá, Mãe Pequena Raquel, as Ekedjis da casa que sempre me deram suporte, Pai Pedro (Pedrinho), aos mais e velhos e mais novos da casa Iemanjá Estrela Guia, Mãe Nice e família, grande conselheira, Mãe Carolina Holanda, e a todos os meus filhos da Casa dos Guardiões e Clã Estrela da Manhã, meus mais sinceros agradecimentos. Blessed be Axé!
Prefácio
Quando falamos em Umbanda estamos falando em uma religião multicultural. Quando falamos em terreiros estamos falando em espaços povoados por pessoas das mesmas matrizes afro-indígenas brasileiras, mas também estamos falando de diferentes culturas que rodeiam os ritos e as tradições que cada dirigente iniciou-se ou aprendeu ou, sendo mais ousado, desenvolveu.
Devemos compreender que as culturas afro-indígenas eram variadas no passado, e devemos olhar o continente africano e o Brasil como extensas terras que abrigaram inúmeros povos nativos que desenvolveram a sua cultura e, por isso, é impossível traçar um parâmetro do que é certo e o que é errado dentro das culturas religiosas, apesar de que muitos de nós, dirigentes espirituais, acabarmos por fazer isso automaticamente, por sermos humanos. Entretanto, devemos abrir mão aos poucos de nosso ego e abraçar o conhecimento.
Sinto-me honrado em poder escrever este trecho, assim podendo compartilhar um pouco de meu conhecimento e experiência de terreiro. Devo dizer que é maravilhoso poder ter esse espaço.
Quando se fala em conhecer uma religião afro-indígena brasileira, como a Umbanda, que é nitidamente brasileira, mas detém raízes afro-indígenas, por ser ligada aos povos afro e aos povos nativos do Brasil, a experiência sempre será a melhor guia. A vivência do vestir o branco, do pisar descalço no chão de terreiro, de ter um pai e uma mãe ou só um deles, no âmbito espiritual, para ser nosso mentor encarnado. O ajudar o próximo, conhecer a natureza e sua magia, receber os ritos de iniciação, entregar as obrigações, as quais são ritos específicos entregues para fortalecer, agradecer, firmar, proteger, conectar, etc...
Dentro da experiência, o indivíduo poderá vivenciar em sua realidade, o que é uma tradição espiritual como a Umbanda. Poderá notar a realidade do mundo dos Umbandistas e da ancestralidade que acompanha cada um de nós e que é tão forte e presente na Umbanda.
As experiências necessárias são adquiridas com tempo e sem pressa. Ao participar de giras, conversar com guias, fazer entregas e oferendas nas matas, nas cachoeiras, nos rios, sempre com consciência ecológica, como aqui ensinamos aos nossos aprendizes e filhos de santo, a natureza deve ser preservada e elementos que poluem devem ser deixados de lado, pois Orixá é natureza, Orixá é vida, Orixá é pureza! Portanto, esses cuidados e esses pequenos detalhes são aponta crucial de uma jornada profunda ao redor da espiritualidade.
Quando entendermos o poder que mora dentro de cada um de nós e o amor puro que o sagrado nos transmite, as experiências se tornarão ainda mais vívidas.
A natureza, a ancestralidade, os espíritos, o respeito e o amor ao próximo que busca ajuda, unidos a vontade de ajudar e de fazer o outro melhor e mais feliz, são as essências primordiais da religião de Umbanda. Pois, Umbanda não é apenas religião e sim estilo devida, renascimento, crescimento e tudo isso só será adquirido convivência, prática, estudo e paciência.
Viver a Umbanda é viver uma nova vida que requer tempo, investimentos mentais e físicos e transformações íntimas muito profundas e cada terreiro, e templo, têm sua função, missão e verdade pessoal, que entra em contato com uma fonte infinita de possibilidades e forças sagradas, as quais, não podemos, nem devemos rotular, apesar de assim o fazermos muitas vezes, pois somos humanos.
Não há segredo que fique guardado àquele que busca, não há ignorância que sobreviva ao profundo desejo do saber e do viver e isso será buscado dentro de todas as experiências em um templo de tradição Umbandista, sempre em vista que existem diversas tradições, mas estas são apenas norteadoras e nunca devem ser aprisionadoras, pois as tradições se tornam inúteis se não exercitadas com bom senso e vontade de melhorar o que deve ser melhorado e, muitas vezes, elas mudam.
Portanto, embarque no estudo e na experiência da Umbanda e verá que jamais se arrependerá se encontrar os mestres certos. Desejo toda sorte em sua jornada.
Com amor e axé,
Sacerdote João Pedro de Marco do Templo Sete Matas
INTRODUÇÃO
Esse é um livro para pessoas que tem o desejo de conhecer um pouco mais das religiões de matriz africana. Claramente verão algumas diferenças entre os terreiros que vocês conhecem, e essa vertente de Umbanda Traçada
, embora digam que ela não existe, eu digo que hoje a maioria é traçada com outras tantas nações e fundamentos. É justo isso? Se essa vertente não existe, a partir de hoje podem chamar de Umbanda Traçada de Yá Larri d´Oxum (Sacer Soberana).
Esta situação não me sai da mente, de quando um zelador de santo, Umbandista que vai para o Candomblé, não deixa suas raízes secarem, ou seja, praticam suas ritualísticas de acordo com seu chamado, bem como de Exu atiço, Pombo Gira, Marinheiro, Boiadeiro... etc.
Mas quando a mãe de Santo feita no Candomblé passa a tocar um terreiro de Umbanda, é como se ela fosse rebaixada de grau, e não pode passar fundamentos ao seu ILÊ (terreiro), seus assentamentos e suas firmezas, não pode mais jogar búzios (um absurdo) Na casa de Umbanda não tem Orixá, são falangeiros e essa batota toda que eu não concordo.
Eu tenho plena confiança na minha mãe de Santo e em todo conhecimento que ela tem para passar aos seus filhos. Outra coisa muito importante que tenho lembrança, é que um dia disse a uma testemunha de Jeová que me abordou um domingo de manhã em casa, logo que ela se apresentou como testemunha, eu perguntei você viu a briga?
Se não presenciou, não é testemunha de nada.
Assim é nas religiões de uma forma geral, suas tradições são consuetudinárias, passadas de forma oral de geração em geração, cada povo e etnia tinha seu mito sobre determinado Orixá, e eu te pergunto: Há verdade nos mais variados mitos?
Vamos passear pelas páginas deste livro e encontrar um mundo vasto de histórias, preceitos, hierarquias, nomenclaturas e saudações, você vai entender que um Exu catiço não é diabo, ou que a Pomba Gira não desce para fazer o mal, muito pelo contrário, eles vêm para abrir caminhos.
Minha intenção é que seja um livro de uma linguagem tranquila e rápida, para completar esse tema de Umbanda Traçada, vamos falar um pouco sobre o Luciferianismo e Satanismo para encerrar nosso estudo.
1. A ORIGEM DOS ORIXÁS
1.1 – Olorum
Para entender a origem das deidades africanas, os Orixás e demais entidades que fazem parte desse contexto espetacular que é a Umbanda, é preciso em primeiro lugar conhecer a história de Olorum.
Para entender um pouco mais dessa história, vamos aprender um pouco sobre Olorum. Ele é considerado o Deus supremo das entidades africanas, como todos os outros povos acreditam no seu Deus criador, porém aqueles que se diferem do Deus Hebreu e de seu filho Jesus ou todos aqueles que se diferem do cristianismo são considerados pagãos.
● Judeus conhecem seu Deus como Eloim
● Gregos conhecem seu Deus como Zeus
● Muçulmanos conhecem seu Deus como Alah
● Nórdicos conhecem seu Deus como Odin
● Africanos conhecem seu Deus como Olorum
Deus é um, sempre foi e sempre será, mas muitos nomes lhe foram atribuídos ao logo dos séculos e das nações por onde Ele é cultuado.
Nomes usados por diferentes povos e religiões, referem-se simplesmente aos diversos caminhos em que, Deus manifesta a criação para cada povo na sua cultura específica.
Não esqueci dos povos indígenas Guaranis em que Deus é Tupã, Maias, Astecas, entre tantos outros em que Deus se manifesta por ser o criador de todo Universo.
A lenda de Olorum lembra muito a criação do mundo que a Bíblia cita em Gênesis, que também são mitos de um povo.
Todas as religiões do mundo tentam explicar a criação da humanidade, de onde viemos, quem somos e para onde vamos. Essa é a pergunta mais intrigante de todas,