Deficiência Visual no Contexto da Educação Inclusiva, para Além das Limitações...As Potencialidades
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Sobre este e-book
A Educação Inclusiva que vem sendo experimentada pelo corpo docente e pelos alunos do ensino fundamental requer reflexões que avaliem seu percurso, desde sua implementação até o momento atual. Na tentativa de provocar essas reflexões nos professores, surgiu a proposta de iniciar uma pesquisa que investigasse as questões do ensino regular inclusivo do segundo segmento do ensino fundamental e do Atendimento Educacional Especializado, examinando a atuação do professor com seu aluno com deficiência visual. Nosso objetivo é provocar transformações no processo inclusivo, de modo que os alunos com deficiência visual tenham seu aprendizado em igualdade de condições com seus colegas de turma que não apresentam nenhuma deficiência.
Este livro examina aspectos educacionais, buscando compreender a essência do processo de ensino-aprendizagem de alunos com deficiência visual dos anos finais do ensino fundamental que frequentam o ensino regular em escolas situadas em área considerada periférica. Nesse sentido, torna-se indispensável identificar as dificuldades e inquietações que geralmente costumam ocorrer por parte do corpo docente, em referência ao acompanhamento e aproveitamento de seus alunos com deficiência visual. Portanto procuramos explanar a fala dos professores para analisarmos as dificuldades encontradas.
O período observatório inicia-se a partir de 2009, um ano após a proposta de mudanças na educação especial para a perspectiva da Educação Inclusiva. Decorridos 10 anos da tentativa de efetivação dessa política, evidenciamos a necessidade de uma avaliação inicial dos avanços e desafios experimentados nesse primeiro decênio, especificamente, tendo como referência o ensino regular de educandos com deficiência visual. Os resultados obtidos demonstraram o reconhecimento da maioria dos professores entrevistados em relação à necessidade de aprimorar seus saberes referentes ao ensino de pessoas com deficiência. Ao final, concluímos que os professores demonstram interesse em participar de formação continuada, em se articular com os profissionais de apoio e com os professores do Atendimento Educacional Especializado, visando atingir a participação efetiva dos alunos com deficiência nas atividades da sala de aula.
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Deficiência Visual no Contexto da Educação Inclusiva, para Além das Limitações...As Potencialidades - Aida Guerreiro de Oliveira
Sumário
CAPA
INTRODUÇÃO
1
EMBASAMENTO TEÓRICO
1.1 Documentos nacionais e internacionais norteadores da educação inclusiva
1.2 Histórico da educação especial no Brasil
2
REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Pesquisas contemporâneas
3
PARCERIA DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA COM O AEE
3.1 Diversidade em sala de aula: cegueira ou baixa visão?
3.2 Os recursos humanos e materiais do AEE/deficiência visual
3.3 Desafios na execução de projetos inclusivos para deficientes visuais
4
ENFOQUE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
4.1 Formação inicial e formação continuada
4.2 Autoformação
5
PERCURSOS DA PESQUISA
6
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO AMBIENTE DE INVESTIGAÇÃO
6.1 Período de observação do processo inclusivo
7
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS ENTREVISTAS
UM DESFECHO INCONCLUSIVO E PERSPECTIVAS
REFERÊNCIAS
SOBRE AS AUTORAS
CONTRACAPA
Deficiência visual no contexto
da Educação Inclusiva,
para além das limitações...
as potencialidades
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
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Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
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Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Aida Guerreiro de Oliveira
Edicléa Mascarenhas Fernandes
Deficiência visual no contexto
da Educação Inclusiva,
para além das limitações...
as potencialidades
Dedico esta pesquisa aos meus pais, Aurenando e Ursulina (in memoriam), que sempre me estimularam em meus estudos e que certamente estariam vibrando comigo neste momento. Dedico ao meu marido, Jorge Garcia, que sempre esteve ao meu lado e que também faz parte dessa conquista. Aos meus filhos, Ricardo e Leonardo, às minhas netas, Ana Júlia e Aida Beatriz, e a todas as pessoas com deficiência, a todos os alunos que passaram pelas minhas mãos e a todos os educadores que abraçam este tema.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, que sempre me deu forças para prosseguir e colocou pessoas muito especiais em meu caminho, as quais me auxiliaram nos momentos mais difíceis. Agradeço à FEBF, aos diretores e professores do mestrado em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas, pelo acolhimento e compreensão de minhas necessidades específicas, sendo eu a primeira aluna com deficiência do mestrado. Gratidão eterna à minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Edicléa Fernandes, pela paciência, carinho, dedicação e, inclusive, pela percepção das dificuldades encontradas, sempre me indicando o melhor caminho, direcionando-me e permitindo-me alcançar um degrau mais alto. Sem ela, eu não conseguiria!
Agradeço, com muito amor, ao meu marido, pela compreensão dos momentos em que não lhe dediquei a atenção merecida, por ter privado minha participação nos passeios e eventos musicais que ele tanto adora. Todo o nosso lazer foi impactado, mas nunca questionado. Obrigada, meu amor. Outro agradecimento muito especial que não posso deixar de realizar é a uma pessoa de minha família, minha única irmã, que me prestou socorro em vários momentos, mesmo a distância. Áurea, você vale ouro, conforme seu próprio nome indica.
Minha gratidão também à doce Elizabeth, uma colega de mestrado, não de minha turma, mas do grupo de pesquisa, que, surpreendentemente, contribuiu de forma valiosa para que este trabalho fosse concluído. Ela ajudou-me em vários âmbitos, como ledora, na formatação, nos cadastramentos em sites sem acessibilidade e, inclusive, com apoio psicológico. Beth, você foi demais! Deixo aqui meu agradecimento ao grupo de pesquisa NEEI, da UERJ, do qual tenho muito orgulho de fazer parte. Sempre muito atenciosos, colaboradores e essenciais para o meu amadurecimento como pesquisadora.
Destaco também um agradecimento especial à colega Lúcia, da biblioteca da FEBF, maravilhosamente colaboradora, atenciosa, sempre disposta a contribuir, principalmente nas questões inacessíveis. Ela demonstra o amor e vocação ao trabalho que exerce. Deixo meus agradecimentos aos professores entrevistados do CIEP Presidente João Goulart, que cederam seu precioso tempo para relatar suas vivências profissionais. Agradeço à diretora Jacimar Linhares por ter liberado esses profissionais. Não posso deixar de relatar nesta seção a importância da colaboração dos colegas de turma, que são tantos que seria impossível citar o nome de todos aqui. Foram muito preciosos e buscavam meios de tornar acessíveis textos, artigos, livros, trabalhos etc. Transformavam-se em ledores, gravavam áudios, descreviam imagens e oralizavam o que era possível. Foram essenciais para a minha participação efetiva nas aulas.
Encerro os agradecimentos citando o secretário do mestrado, Leonardo Barbosa, que sempre nos atendeu com muita cordialidade, buscando, prioritariamente, atender nossas solicitações. Enfim, agradeço a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a elaboração desta pesquisa.
Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...
(Rubem Alves)
APRESENTAÇÃO
Este livro foi elaborado com base na conclusão de uma pesquisa com foco na inclusão de deficientes visuais na educação básica e visa provocar reflexões diversas sobre as práticas específicas que devem ser adotadas no ensino comum.
Adquirir conhecimento é uma necessidade humana, e a presente obra busca, essencialmente, esse conhecimento com qualidade, tendo por base os aportes vygotskyanos.
Freire instiga-nos a pensar que não estamos no mundo para a ele nos adaptar, mas sim para transformá-lo. Devemos usar toda a possibilidade que temos para sermos coerentes a esse desejo de transformação.
O conteúdo desta obra apresenta a busca por direcionamentos e perspectivas para o desempenho satisfatório dos alunos com deficiência visual que frequentam as classes regulares, promovendo, dessa maneira, a sua permanência na escola.
Com base na hipótese de que as incertezas dos professores estão vinculadas à formação que tiveram e que permanecem tendo, seja continuada, em serviço ou por vias da autoformação, dedicaremos este livro aos professores das diversas áreas de ensino que almejam alcançar seus objetivos, atendendo às necessidades de todos os alunos, independentemente de suas condições físicas, psicológicas, neurológicas intelectuais e/ou sensoriais.
Ainda que saibamos que a etapa final deste estudo não nos traz respostas definitivas, concluo esta pesquisa com mais dúvidas que certezas, mas despertando pensamentos reflexivos por parte de pesquisadores e interessados no tema que, talvez, nos apresentem diagnósticos e prognósticos para a solução de nossos questionamentos.
PREFÁCIO
Deficiência visual no contexto da Educação Inclusiva, para além das limitações... as potencialidades
Viver é aprender. Aprender é viver. Portanto, quando se acredita que é possível, independentemente das circunstâncias, o viver faz sentido e o fazer assume novos significados. Neste livro, resultado de uma escrita tecida inicialmente como escrita de si e sobre si
, encontram-se contribuições para o pensar sobre a educação inclusiva com base na visão da e sobre a deficiência visual. A obra representa a trajetória de uma professora que, movida pelas circunstâncias pessoais e profissionais, desenha percursos de (auto)formação. Ao longo dessa trajetória, a professora descobre-se pesquisadora.
A autora, com sensibilidade e percepção argutas, trata dos desafios que envolvem o fazer pedagógico de professores que atuam em turmas em que se encontram incluídos alunos deficientes visuais. Ao fazê-lo, traz uma importante contribuição para o campo da educação inclusiva, sobretudo indicando uma perspectiva que, ao mesmo tempo, desmistifica a ideia de limitação e aponta para possibilidades. Não se trata, pois, de marcar a(s) deficiência(s), mas de mostrar que, para além delas, há algo que é inerente à natureza humana — o desejo e a capacidade de aprender. É esse desejo de aprender, de buscar possibilidades de (re)encontro cotidiano com o mundo, que permite contribuir para a ampliação do conhecimento sobre si e sobre os outros.
A busca de uma (auto)formação permanente permite construir, produzir e compartilhar conhecimentos. Esse permanente devir renova a crença em uma sociedade inclusiva de fato, na qual não seja necessário discutir modos e desafios para a inclusão, mas sim estratégias de promoção e de formação de cidadãos que se respeitam mutuamente.
Assim, o leitor é convidado a refletir sobre cada um dos aspectos que envolvem a educação inclusiva, tendo a deficiência visual como foco. Fica o convite para [...] recomeçar a viagem. Sempre. [...] O que dá o verdadeiro sentido ao encontro é a busca, e é preciso andar muito para se alcançar o que está perto
(José de Saramago).
Amélia Escotto do Amaral Ribeiro
Universidade do Estado do Rio de Janeiro