Como ingressar em uma universidade americana: E a Diferença que Isto Fará na Sua Vida
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Sobre este e-book
Estude nas melhores universidades do mundo e more num campus universitário americano por onde passaram pessoas como os presidentes John Kennedy e Barack Obama; Anthony Kiedis, vocalista do Red Hot Chilli Peppers; Sheryl Sandberg, do Facebook; e tantos outros. Com a defasagem do ensino superior no Brasil, muitos jovens e seus pais vêm buscando alternativas para uma educação de alta qualidade. Para quem deseja investIr numa excelente graduação, o sistema americano é encantador, pois, além de oferecer um ensino de ponta, permite ao aluno montar sua grade de aulas e ampliar seus horizontes, vivendo nas incríveis cidades universitárias. Este livro, escrito por quem conhece o assunto, e replete de dicas de alunos que tiveram sucesso no processo, apresenta o passo a passo para você chegar lá. Agora você tem em mãos tudo o que precisa para se preparar para esta nova jornada!
• Conheça todos os passos do processo de admissão às universidades nos Estados Unidos
• Escolha sua universidade ideal;
• Saiba como funcionam as bolsas de estudo para alunos acadêmicos e para atletas;
• Entenda como funcionam os rankings das universidades;
• Avaliar suas chances em relação às universidades onde deseja estudar;
• "Decifre" as informações nos sites das universidades;
• Compreenda como funciona o "vestibular" americano.
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Como ingressar em uma universidade americana - Emilio Carlos
copyright © 2018, by emilio costa
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Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sob quaisquer
meios existentes sem autorização por escrito do editor.
Diretor editorial
pedro almeida
Preparação
luiza del monaco
Revisão
barbara parente
Capa e projeto gráfico
osmane garcia filho
Ilustrações de capa
retrorocket e -strizh- | istock
Produção digital
celeste matos | saavedra edições
Logotipo da EditoraSumário
CAPÍTULO 1
Por que escrevi este livro
CAPÍTULO 2
Dicas para os pais
CAPÍTULO 3
O caminho a percorrer
CAPÍTULO 4
Por que estudar fora
CAPÍTULO 5
Bolsas de estudo
CAPÍTULO 6
O candidato atleta
CAPÍTULO 7
Por que estudar em uma escola americana?
Montando o seu curso
CAPÍTULO 8
As escolas americanas
As universidades particulares
As universidades públicas
Particulares x públicas — afinal, qual escolher?
As escolas de Liberal Arts
Harvard, Yale, Princeton, Stanford e mit
Cursos de Medicina, Direito, Odontologia e Veterinária nos eua
CAPÍTULO 9
O sistema de admissão às escolas americanas
Notas dos últimos quatro anos
GPA
Testes
O SAT
O SAT Subject Test
O ACT
SAT ou ACT, qual prestar?
O TOEFL e o IELTS
Os três mosqueteiros
Essay ou personal statement
Cartas de recomendação
Atividades extracurriculares e honors
Material especial
Entrevistas
Atenção às redes sociais
Transferência entre escolas
De um community college para uma universidade americana
De uma universidade americana para outra universidade americana
De uma universidade brasileira para uma universidade americana
CAPÍTULO 10
Como escolher a universidade ideal para você
CAPÍTULO 11
Como aplicar
Common Application
Coalition for Access, Affordability, and Success
UC — University of California System
Outras universidades
CAPÍTULO 12
Quando aplicar
CAPÍTULO 13
As applications foram enviadas. E agora?
CAPÍTULO 14
O visto de estudante
CAPÍTULO 15
Como ter sucesso na sua adaptação aos EUA
CAPÍTULO 16
Estágio de verão — (Summer Job)
CAPÍTULO 17
O que dizem os que conseguiram
CAPÍTULO 18
E depois da universidade?
CAPÍTULO 19
A BRASA — Brazilian Student Association
CAPÍTULO 20
Críticas ao sistema de ensino americano
CAPÍTULO 21
Mãos à obra
Agradecimentos
Websites interessantes
Termos-chave em inglês
Referências
CAPÍTULO 1
Por que escrevi este livro
"Se há um livro que você quer ler, mas que ainda não foi escrito,
então você deve escrevê-lo."
Toni Morrison
Parabéns! É com grande prazer que oferecemos a você uma vaga para a Universidade da Califórnia em Los Angeles —
ucla
, com início do curso no outono de 2016.
Você foi selecionado entre o maior grupo de candidatos que já houve nos Estados Unidos — mais de 97 mil estudantes se candidataram à
ucla
. Seus talentos e conquistas acadêmicas são excepcionais, e nós sabemos que você terá muito sucesso aqui. Na
ucla
, você pode montar seu próprio curso entre 3.800 disciplinas, mais de 125 graduações, mais de 80 especializações, pesquisa individual e aulas organizadas especialmente para você.
O trecho acima faz parte da carta de aceitação que meu filho recebeu da ucla em 2016. Outras sete renomadas universidades também enviaram cartas aceitando-o. Decidi escrever este livro para você saber como receber uma carta semelhante ao terminar seu terceiro ano do ensino médio.
Para isso, participei de muitas reuniões, apresentações, workshops e li o que pude sobre o assunto. Nessas oportunidades notei tanto a curiosidade quanto a angústia de pais e alunos que, familiarizados com o vestibular brasileiro, não entendiam o sistema de admissão às universidades nos eua, pois não havia nenhum livro escrito no Brasil que tratasse disso.
O processo de admissão é diferente por lá. No entanto, uma vez compreendido seu funcionamento, vemos que sua preparação não tem segredo, apesar de exigir um trabalho cuidadoso e detalhado.
Lendo este livro você conhecerá cada passo do processo de admissão às escolas nos eua. Aprenderá como interpretar as informações apresentadas nos sites das universidades, receberá informações sobre como escolher sua universidade ideal e sobre bolsas de estudo, também saberá como avaliar sua situação em relação às escolas desejadas e entenderá como funciona o vestibular
americano.
Quanto mais cedo você começar a se preparar, maiores serão suas chances. Se você estiver no início do ensino fundamental, ótimo. Se já estiver no último ano do ensino fundamental ou no ensino médio, fique esperto, pois seu desempenho nos quatro últimos anos de escola (do nono ano do ensino fundamental ao terceiro do ensino médio) contarão muito no processo.
Há muitas empresas ou profissionais especializados para ajudá-lo no processo de admissão. Utilizá-los ou não é uma decisão pessoal que dependerá muito dos seus pais, pois envolve um custo. No meu caso, desde o início decidi que contrataria uma dessas empresas para acompanhar o processo do meu filho. O serviço fez uma grande diferença. Muito do que apresentarei neste livro é resultado de conversas e orientações recebidas por profissionais. Mas isso cada família tem que decidir de acordo com suas possibilidades. É importante saber, contudo, que fazer todo o processo sem nenhuma orientação envolve um risco considerável. A empresa especializada não criará uma imagem falsa do que você é, nem embelezará artificialmente sua vida escolar e pessoal, mas aproveitará ao máximo suas potencialidades.
As pessoas e escolas que analisarão sua candidatura estarão a milhares de quilômetros de distância e tomarão suas decisões baseadas exclusivamente no material que você lhes enviar. Portanto, o material precisa estar impecável, e a ajuda de um especialista será importante nesta hora.
No fim do livro, apresento alguns endereços de empresas especializadas que poderão ser consultadas, mas minha sugestão é que você não se prenda somente a esses nomes e pesquise outros serviços e profissionais que possam auxiliá-lo.
Nos próximos capítulos deste livro, você notará que o ponto mais importante para o sucesso de sua candidatura será seu envolvimento em todas as etapas do processo. Conhecer bem essas etapas é imprescindível. Fique tranquilo, pois apresentarei cada uma delas a você.
Espero que este livro incentive você e seus pais a embarcarem nesta excepcional e gratificante, embora trabalhosa, aventura
de se candidatar a uma vaga em uma escola americana. Tenha certeza de que, além de receber uma educação de altíssima qualidade, a experiência pessoal e o amadurecimento que virão durante os anos em que você permanecerá nos Estados Unidos farão uma grande diferença na sua vida profissional e pessoal.
CAPÍTULO 2
Dicas para os pais
"Quando me dei conta de que meus pais estavam certos,
eu tinha filhos que não acreditavam em mim."
Hussein Nishah
É natural haver alguma insegurança quando pensamos em enviar nossos filhos para longe. Tomo a liberdade de falar um pouco sobre minha experiência pessoal para auxiliar os pais que ainda enfrentam esta decisão com alguma relutância.
O primeiro ponto para aceitarmos isso com tranquilidade é acreditar que estamos fazendo o que é melhor para eles. A separação não é fácil, mas se estivermos convencidos de que isso será importante para suas vidas, tudo vai se encaixando e passamos a ver o processo como algo natural. Eles crescem, nós os educamos, lhes damos uma boa formação acadêmica e moral, e eles seguem seus caminhos. Mesmo a milhares de quilômetros de distância, estaremos de alguma forma sempre perto deles, pois os meios de comunicação atuais ajudam muito. Somos pais privilegiados neste quesito. Face Time, Skype, Whatsapp, msn, e sabe-se lá o que mais surgirá daqui para a frente, nos dão a certeza de que poderemos contatá-los, e vê-los, com frequência.
As escolas americanas oferecem um ensino de qualidade, possuem excelente estrutura e são seguras. Além disso, nossos filhos serão educados em inglês, uma língua universal, e assim poderão, se quiserem, construir uma carreira internacional com maior facilidade. Ou poderão voltar para o Brasil com um grande diferencial. Sem contar o incrível network que farão, com amigos e contatos mundo afora, pois as escolas americanas recebem pessoas de todos os lugares. Eles terão ainda a possibilidade de obtenção do chamado double major,[1] que lhes permite obter duas graduações no término do curso ou uma graduação e uma especialização. Mas essa experiência vai além da parte acadêmica. Eles amadurecem de uma forma sadia. Têm que tomar decisões importantes, aprender a se virar
quando os problemas surgem. E eles fazem isso de maneira surpreendente, saindo dessa experiência muito mais preparados para enfrentar o mercado de trabalho e, pode-se dizer, a própria vida. Em resumo, acreditar que uma educação nos eua fará uma grande diferença em suas vidas ajuda em nossa decisão.
Uma vez que nós, os pais, estejamos convencidos de que isto será o melhor para eles, o próximo passo é mostrar-lhes todas as vantagens de empreender essa aventura. Alguns jovens desejam estudar fora por decisão própria ou por influência de amigos, mas muitos se convencem disso por meio de seus pais. Se você acha que este é o melhor caminho para seu filho, minha sugestão é: converse com ele sobre isso desde cedo. Mostre as vantagens de obter uma formação nos eua. Se a semente for plantada, gerará frutos. Com o tempo, ele passará a ver isso como algo natural. Ao fazer uma viagem aos eua, visitem uma universidade: os campi americanos são muito atraentes para os jovens, com seus imensos gramados bem cuidados, prédios antigos e um constante vai e vem de alunos. Eles se sentirão atraídos e motivados. Os anos que eles passarão lá serão inesquecíveis, mas exigirão dedicação. É imprescindível, portanto, que ele seja o maior interessado no processo.
O próximo passo é conhecer, mesmo que um pouco, o processo de admissão. A participação dos pais é importante. O processo é longo e trabalhoso, e há alguns reveses. Nossos filhos podem não ir tão bem quanto desejavam em algum teste, a universidade que eles inicialmente desejavam pode não ser alcançável, eles podem precisar de alguma ajuda no preenchimento de algum formulário ou querer conversar conosco sobre um essay.[2] Quando conhecemos o processo, é mais fácil auxiliá-los e incentivá-los. Um ponto importante é a escolha das universidades para as quais eles se candidatarão. Afinal precisamos saber sobre os preços, possibilidades de bolsa, localização e clima. Durante o curso, eles virão para o Brasil com frequência e nós os visitaremos nos eua. A localização da escola, portanto, conta muito. Acompanhar essa escolha é importante.
Em termos de dicas mais objetivas, comecem a guardar algum dinheiro. Eles podem obter bolsas, mas dificilmente elas cobrirão 100% das despesas. Nesta linha, é interessante abrir uma conta nos eua, o que é muito fácil: basta possuir um passaporte e um cartão de crédito. E é preciso estar lá pessoalmente. Não há nenhuma ilegalidade nisso. Escolha um desses bancos que têm presença nacional nos eua. Assim, quando seu filho escolher o lugar para onde deseja ir, provavelmente este banco terá alguma agência na cidade, nas proximidades ou, o que é mais comum, terá atm (caixa eletrônico) dentro da própria universidade. Há também a possibilidade de abrir uma conta nos eua por meio de algum banco brasileiro que possua agências lá. No meu caso, abri nos eua para não ter que pagar tarifas bancárias. Basta manter um certo saldo, que não é alto, e você não pagará tarifa nenhuma. Para enviar dinheiro, procure seu banco aqui no Brasil, alguma corretora, pois essas costumam cobrar taxas menores para remessas, ou pesquise na internet os novos sistemas de envio de recursos existentes. Faça remessas sempre que for possível. Desta forma, quando chegar o momento de seu filho ir, os recursos, ou parte deles, já estarão disponíveis nos eua. A incerteza cambial é sempre uma preocupação. Mas com uma conta lá, você consegue administrar isso com mais facilidade, fazendo as remessas quando julgar mais interessante.
A melhor combinação que encontrei foi abrir uma conta em meu nome e outra conjunta com meu filho, no mesmo banco. Não importa se você abriu sua conta na cidade X e ele abrirá na cidade Y. Hoje tudo é feito via internet e não exige nossa presença física. Dessa forma, você pode abrir apenas a sua conta e ir fazendo as remessas de acordo com sua conveniência. Mais tarde, quando ele souber para onde vai, abra junto com ele uma conta conjunta no mesmo banco, na cidade onde ele vai morar. Aí fica muito mais fácil transferir recursos da sua conta para a dele, daqui do Brasil, via internet. É muito seguro. Para os alunos, a conta bancária universitária pode ser aberta apenas com o passaporte e o visto de estudante. Nesse caso, eles terão acesso apenas a um cartão de débito, a conta é a mais simples possível, mas mais do que o suficiente para o que eles precisam.
Em geral, as tuition & fees[3] são pagas apenas durante 9 meses do ano (nas férias de verão, de junho a agosto, não há pagamento). Já as despesas de housing,[4] que incluem alimentação e moradia, quando eles moram no campus, podem ou não ser pagas durante os 12 meses. Mas isso varia de acordo com a universidade ou com os planos que os alunos escolhem, e ele deve verificar nos sites das escolas. Há escolas que aceitam pagamentos mensais, semestrais ou anuais. Cabe aos pais escolherem e não há diferença de preços entre os diferentes planos de pagamento. Em geral, as escolas são bastante flexíveis em relação a isso.
Os estudantes são obrigados a contratar um plano de saúde, a menos que já possuam algum nos eua. Eles giram em torno de US$ 2 mil anuais e são oferecidos pela própria universidade. Leiam a apólice com atenção para saber o que está incluído no plano e como funciona o atendimento.
Os alunos que moram no campus devem ficar atentos às datas de término das aulas durante as férias de verão e de final de ano, indicadas no calendário da escola. Em geral, eles terão que pagar uma diária para a universidade se ficarem um dia além da data prevista. Durante as férias de verão, de duração de 3 meses, eles têm que retirar todos os seus pertences da universidade. É costume eles formarem um grupo e alugarem um depósito para guardar tudo, pois fica bem barato. No fim de março, quando há o chamado spring break,[5] é possível que eles permaneçam na universidade, mas em geral tudo estará fechado, até mesmo os refeitórios. Se a escola do seu filho funcionar assim, essas datas de término das aulas serão importantes para a compra das passagens de volta para o Brasil ou para algum outro destino, evitando o pagamento das taxas de estada adicional (na escola do meu filho, cada diária na universidade após o término das aulas custa US$ 70,00).
Os alunos podem aproveitar as férias de verão para trabalhar (o Capítulo 16 trata sobre o summer job[6] com mais detalhes), mas também podem cursar disciplinas para se formarem mais cedo. No caso de cursar disciplinas, eles podem permanecer morando no campus. As tuitions podem até ser menores nesses meses. Além disso, há inúmeras oportunidades de trabalho durante o período letivo. Eles podem ser assistentes de pesquisas, trabalhar na biblioteca, na livraria ou mesmo nos refeitórios. Apesar de haver um limite de horas semanais permitidas, é uma forma de eles gerarem uma renda extra e irem se adaptando às responsabilidades de um trabalho.
Algumas escolas exigem que os alunos morem no campus no primeiro ano, liberando-os para morar fora depois. Para aqueles que não possuem bolsas de moradia pode ser interessante morar fora, pois muitas vezes acaba sendo mais barato. É preciso pesquisar. Eles formam grupos, alugam uma casa e dividem as despesas. De forma geral, alugar uma casa nos Estados Unidos é bem