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A Viúva De Um Conde Imoral
A Viúva De Um Conde Imoral
A Viúva De Um Conde Imoral
E-book197 páginas4 horas

A Viúva De Um Conde Imoral

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Sobre este e-book

Eliza, Lady Sunderland, fica viúva após um ano de casamento. O pai abusivo, perto da ruína financeira, já planejou outro casamento. Quando o Visconde Pendleton descobre uma beldade defendendo uma idosa de rufiões, ele fica encantado. Contudo, Nate logo percebe que deve descobrir o passado sombrio de Eliza para salvar a mulher que ama.



Eliza é forçada a se casar sem ideia de que sua vida mudará para melhor. Casada há menos de um ano, o marido relutante mostra-se, para surpresa dela, gentil, até sua morte súbita. A Condessa Viúva de Sunderland permanece sob a proteção de seus sogros para criar a filha recém-nascida. No entanto, seu pai abusivo está à beira da ruína financeira e traça planos para outro casamento.
Nathaniel, Visconde de Pendleton, recebe o título com a pouca idade de doze anos. O Administrador das propriedades dele, um homem gentil, mas astuto, torna-se pai e mentor, incutindo no menino um senso agudo de responsabilidade e compaixão por seus inquilinos. Quinze anos mais tarde, a família o incentiva a visitar Londres e encontrar uma esposa. O ideal não lhe agrada, mas o senso de dever lhe diz que é o próximo passo lógico.
Lorde Pendleton se depara com Eliza na estrada, defendendo uma mulher idosa contra rufiões. Após resgatar a requintada donzela em perigo, ele se vê ferido. No entanto, Nate logo percebe que deve descobrir os segredos sombrios do passado dela, para de fato salvar a mulher que ama.
IdiomaPortuguês
EditoraTektime
Data de lançamento13 de jun. de 2023
ISBN9788835452676
A Viúva De Um Conde Imoral

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    A Viúva De Um Conde Imoral - Aubrey Wynne

    2

    CAPÍTULO UM

    A morte é o véu que aqueles que amam dizem conter a vida. Eles dormem e o véu é levantado.

    PERCY BYSSHE SHELLEY

    Meados de abril de 1818

    Propriedade Falsbury

    Lincolnshire, Inglaterra

    Eliza esfregou o mármore polido na parede de pedra, a mão enluvada traçando o nome do marido. Uma lágrima rolou por sua bochecha enquanto Althea se agarrava às suas saias, a criança irrequieta no mausoléu silencioso.

    Aqui jaz o corpo de

    Carson Roker, Conde de Sunderland

    Filho de Allan Roker, Marquês de Falsbury

    16 de junho de 1815

    Idade – 31 anos

    OSenhor lhe deu descanso de todos os inimigos ao redor. 11 Samuel 7:1

    — Oh, como sinto saudades do seu riso e força. Invejo que seu demônio não mais o persiga, mas o meu está em meu encalço.— o frio do calcário circundante se infiltrava nos ossos dela. — Como vou mantê-lo à distância?

    Ela fungou e se abaixou para tocar as bochechas rechonchudas da filha. O rosto minúsculo se ergueu, as duas covinhas espreitando em cada um dos cantos da boca enquanto ela sorria.

    — Consegue ver como sua bela filhinha cresce a cada dia, Carson? Sua mãe diz que ela tem sua tez e meus olhos, sua energia ilimitada e meu bom senso. Uma combinação perfeita, não concorda?

    Althea voltou a puxar as saias da mãe com impaciência.

    — Mamãe, agora. — um dedo gordinho apontava para o pequeno jardim atrás do mausoléu. O vitral no final do edifício lançava um arco-íris em tons pastéis em cima das flores ainda crescendo e do muro baixo de pedras.

    — Sim, meu doce, pode ir brincar.

    A menina correu em direção à saída dos fundos, mas parou. Os pequeninos pés saltando sobre o caleidoscópio de cores refletidas, os raios do sol brilhavam através do vidro colorido.

    Marelo. — ela disse e pulou para outra cor. — Vêdi. — outro pulo. — Zul.

    — Muito bom. Apenas mais duas, e saberá todas as cores. — ela ajeitou os cachos brilhantes como a meia-noite, que se rebelavam contra o confinamento do chapéu e fitas. O gorro ameixa rendado combinava com os olhos brilhantes da menina.

    Vô colhê fores.

    — Sim, vá colher algumas flores. Não muitas, e só das que já floresceram.

    Eliza deixou-se sentar-se com peso no banco em frente ao epitáfio de Carson. Althea gritava de prazer com as flores amarelas que pendiam pelo portão trancado. Um dia desses, o recinto não seria alto o suficiente para segurar a filha precoce.

    As visitas mensais eram um ritual reconfortante. No início, ela vinha sozinha e sofria. Para lamentar a morte do marido, ocorrida após um mísero ano de casamento, deixando-a como uma viúva grávida. Para lamentar o afeto com que sonhou por toda a sua jovem vida, apenas para tê-lo arrebatado tão depressa. Para lamentar o pai que jamais seguraria a filha, e a criança que jamais conheceria o homem que o pai chegou a ser.

    O casamento deles foi um arranjo por conveniência. Um dever para Carson, o Conde de Sunderland, um gêmeo que chegou a tentar passar as responsabilidades para o irmão. Uma fuga para Lady Eliza, filha do Marquês de Landonshire, uma fuga de um pai brutal e de uma infância solitária. O pai não se importava com o caráter patife de seu futuro genro. A prioridade era aumentar a própria riqueza e as ligações familiares.

    A reputação de Carson como libertino não foi exagerada. No entanto, Eliza encontrou no marido um coração generoso, mas vulnerável, disfarçado com muito primor com sarcasmo e álcool. A noite de núpcias foi breve e superficial. O noivo foi gentil, mas distante. Ela viu pouco o marido nos dias seguintes até que…

    Ela sorriu, lembrando-se do primeiro presente que ele lhe dera. Um buquê de flores que ele colheu ao amanhecer enquanto tropeçava a caminho de casa, com um mês de casamento. Ele bateu à porta dela, com uma das mãos atrás das costas, cheirando a álcool e clube. Após murmurar um pedido de desculpas por faltar com seus deveres na noite anterior, ele a entregou um buquê de violetas esmagadas.

    Combinam com os seus olhos.

    Ela olhou das pétalas mutiladas para o homem contrito que mostrava grande interesse nas próprias botas empoeiradas. Quando ela levou as flores no nariz, o doce aroma foi sua ruína. As lágrimas vieram sem ela querer e com velocidade quando Eliza agarrou o primeiro presente que recebeu de um homem na vida.

    Por Cristo, mulher, se chorar devido às flores murchas, inundará o Tâmisa quando eu lhe der joias.

    Ela apenas assentiu e fungou. Carson puxou um lenço e secou as bochechas dela, meio sem jeito. Quando ela olhou para ele, seus olhos se encontraram e se sustentaram. Algo passou entre eles naquele instante. Duas almas perdidas encontrando o mesmo refúgio na tempestade com que lutaram por toda a vida. Neste momento, ele a beijou. Lábios suaves e doces. Foi um tipo diferente do beijo da noite de núpcias. Não era cortês e cuidadoso, mas questionador e pesado com necessidade. O primeiro gosto que ela teve de paixão.

    Após este dia, ele lhe trazia um pequeno presente a cada vez que retornava. Seis meses mais tarde, as visitas dele aos clubes tornaram-se menos frequentes. Ele aparecia no café da manhã com as mãos firmes e os olhos claros. O pai de Carson dera a Eliza o crédito por essa transformação. Ela só balançava a cabeça. Eles jamais entenderiam o espaço vazio que ela e Carson preencheram um para o outro. Ele lhe deu segurança, proteção contra uma vida de abuso e risos. Ele a ensinou desejo, e que nem todos os homens eram insensíveis e cruéis. Ela se apoiou nele, incentivou-o a ser melhor através de sua adoração e compreensão constante.

    Pela primeira vez na vida, me sinto como o herói de alguém. Você me faz querer ser o homem que vejo em seus olhos.

    Eles forjaram uma intimidade e encontraram um amor hesitante e frágil. Eliza foi tão feliz, uma felicidade delirante. Então o destino agarrou essa felicidade pela garganta e tentou estrangulá-la. Todavia, Eliza ignorou a mão desonesta que lhe foi dada e, em vez disso, regozijou-se com a criança gerada por ela e Carson.

    Nos últimos meses, este lugar frio tornou-se um refúgio acalentador. No início, ela contava para ele da família e relatava os últimos acontecimentos. Ele sempre amou saber das fofocas. Era um jeito de agradecer ao primeiro homem que lhe mostrou bondade e carinho. Um jeito de combater a solidão após o acidente com o cavalo, sua morte abrupta. Com o passar do tempo, ela compartilhava esses pensamentos quase como um diário verbal. Neste mausoléu, ele parecia estar perto dela. Palavras que nunca passariam por seus lábios em outro lugar, ecoavam nessas paredes. Aqui, Eliza podia limpar a mente, acalmar a alma e renovar as forças. Ela conseguia sentir Carson aqui, senti-lo ouvindo e sorrindo, assentindo ou franzindo a testa.

    Ela estava contente com sua vida. Os sogros adoravam Althea e nutriam grande carinho pelas duas. Lady Falsbury deixara claro que a nora sempre teria um lar ao lado deles. Aquela vida anterior, cheia de dor e medo, começara a desaparecer, escondida em memórias distantes.

    No entanto, o passado tem um jeito de assombrar o presente.

    — Meu pai enviou outra carta. — Eliza ouviu o tremor na própria voz e mordeu o lábio. — Sei que sua família é poderosa, e ele não pode me machucar, mas… Ele me assusta, Carson.

    — Mamãe. — Althea gritou. — Vem ver minhas flores bonitas.

    — Já vai, Thea. — Eliza acenou para a filha e olhou para a pedra como se continuasse a conversa.

    — Sabe que o fim da guerra causou estragos nos investimentos de papai. O parceiro dele de negócios, o Sr. Bellum, quer um herdeiro e respeitabilidade na velhice, uma jovem esposa com conexões. O velho homem aumentou a oferta para se casar comigo. — Eliza agarrou o banco, as unhas raspando contra o ferro, os nós dos dedos brancos. — Eu me mantive firme, Carson. Mesmo quando ele ameaçava bater em mamãe todas as noites, eu permaneci firme por nossa filha.

    Althea gritou e chamou de novo, a voz estridente agora.

    — Mamãe, mamãe!

    Medo envolveu o coração de Eliza e o apertou. Ela juntou as saias e correu para o pequeno jardim. Um homem sentava-se na cerca de pedra, de costas para ela e com um chapéu preto alto cobrindo a cabeça. Althea se contorcia em seu colo. Os olhos violeta escurecidos de raiva enquanto lutava contra o estranho que a segurava. Eliza conseguia sentir o mal escorrendo daquela figura e reconheceu aqueles olhos cinzentos gelados, antes mesmo que ele se virasse para enfrentá-la. O olhar frio de aço dele a estimulou a entrar em ação.

    — Althea. — ela chamou enquanto puxava os braços da menina. — Devolva-a, seu monstro.

    — Não vamos assustar a pobre menina. Sou o avô dela. — Lorde Landonshire estava com Althea, segurando com firmeza. — Por que não nos apresenta?

    — O que está fazendo aqui? O que quer? — o coração dela disparou, e ela lutou para manter a calma.

    Ele havia envelhecido, as linhas profundas e marcadas em torno dos olhos e boca. A vida não o tratou bem nos últimos anos. E quando as coisas não iam bem para o Marquês Landonshire, alguém sempre pagava um preço. Um tremor percorreu-a todo o corpo, os dedos dobrados, querendo arranhar os olhos do bruto. Ela não se acovardaria, não alimentaria o apetite dele por medo. Neste segundo, Eliza poderia matá-lo, sem pensar duas vezes, para salvar seu bebê.

    — Ora essa, sabe bem o que quero. Quantas cartas enviei? — ele jogou a menina no ar, a saia ondulando enquanto ela descia de volta aos braços do avô. Com um grunhido, Althea deu um chute poderoso e pegou seu captor no queixo.

    Terror frio agarrou-se ao estômago de Eliza. Ela o observou segurar Althea pela cintura com um braço e acariciar seu pescoço com as costas da mão livre.

    — Solte-a. Por favor, solte-a.

    — Hm… Acredito que minha neta deva nos fazer uma visita. Já passou da hora, e sei que sua mãe adoraria ver como ela cresceu. Aqueles pequenos retratos que enviou não fazem justiça à garota. — ele sorriu, os dentes amarelos brilhando no sol da tarde. — Eu ainda posso fazê-la ceder, sua maldita rameira.

    Ela ajeitou os ombros, o queixo erguido.

    — Eu diria que sequestro está aquém do senhor.

    — Sou um marquês e o avô dela, sua estúpida. Ninguém me acusaria de sequestro. No entanto, fazê-lo decerto a levaria de volta ao meu teto. — o sorriso dele não era caloroso. — E nós dois sabemos que eu conseguiria convencê-la, assim que voltar para casa.

    — Já vendeu a propriedade do meu dote. Quanto mais poderia precisar?

    — Acabou-se tudo. Em um instante de desespero em que eu esperava dobrar o valor. Teria sido o suficiente se eu tivesse vencido a última mão. Ainda digo que aquele patife trapaceou. — ele deu de ombros. — Então aqui estamos. Como minha filha, deve me obedecer. Pelo menos, até os vinte e um anos.

    — Não vou me casar com aquele homem vil e ancião, nem levar minha filha para um lar sem amor. Ela é feliz e bem cuidada e…

    — Eu não dou a mínima para onde a pirralha vai. É de você que eu preciso. Estou em um impasse e necessito de dinheiro. Este casamento melhorará minha situação. — os dedos dele envolveram o pescoço de Althea com um movimento vagaroso e acariciaram os músculos tensos enquanto a menina engolia. — Uma coisa tão frágil, não é? Como seria fácil acabar com ela.

    Um soluço escapou da garganta de Eliza. Ela estendeu a mão, agarrou os braços de Althea e a puxou com todas as forças. Landonshire soltou as duas, que voaram para trás, caindo com força na grama. Althea agarrou-se ao pescoço de Eliza, choramingando e escondendo o rosto.

    — Vigie sua filha de perto quando a colocar na cama e puxar a colcha malva para cobrir esse corpo minúsculo. Tenha cuidado se ela vaguear enquanto você lê sob o seu carvalho favorito. O que tem uma bela vista para a linda fonte de cisne, sim? — ele pairou acima delas, bloqueando o sol, o rosto sombreado com apenas o pálido vislumbre de seus olhos e dentes visíveis. — Acidentes acontecem sem que percebamos.

    — A minha mesada de viúva, recebo-a a cada três meses. É sua. — ela odiava o gemido da própria voz, o medo que dava força ao pai. O pânico substituiu a coragem à medida que pensamentos mais horríveis entravam em seu cérebro. Como ele sabia como era o quarto de Althea? Ele os observava nas tardes que passavam no jardim? — Me… Meu advogado cuidará da transferência. Apenas nos deixe em paz. — a voz dela caiu para um sussurro. — Por favor.

    — As negociações já não são uma opção. Sabe o que deve fazer. — ele se abaixou e colocou as mãos nos ombros dela, colocando-a sentada. Ela segurou Althea contra o peito enquanto ele a puxava para ficar de pé.

    — Sei que toda a família estará em Londres na próxima semana. Que sorte! Acontece que estarei lá, em visita ao meu parceiro de negócios. Mandarei um convite para você na casa de Lorde Falsbury e sugerirei uma visita para lhe dar todas as notícias de casa. Passaremos uma tarde agradável com o Sr. Bellum e anunciaremos o noivado nessa mesma noite. Me entende?

    Eliza tentou

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