Agudas E Crônicas Ii
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Agudas E Crônicas Ii - Antônio José Melo Marques
Agudas e
crônicas
Crônicas
II
Antônio José Melo Marques
[ 2 ]
Oração como introdução ........................................................ 7
Texto inicial ............................................................................. 9
O Espírito Primordial............................................................. 11
A doença da doença ............................................................. 23
Arnaldo matou a saúde ........................................................ 34
Esta Fala versa sobre maturidade ....................................... 37
Textos blog ........................................................................... 42
Os computadores estão doentes ......................................... 50
A vida é bela ......................................................................... 51
O leão, o carneiro e o sumidouro ....................................... 54
Espesso e suave ................................................................... 64
No útero do melão branco ................................................... 67
Crítico de arte ....................................................................... 70
O amor aquariano ................................................................ 72
A drusa da mácula ................................................................ 73
[ 3 ]
Um Biquíni em La Villete
................................................... 81
Não PAC, não PEC .............................................................. 102
Entre o céu e o inferno: o vermelho e o azul em luta pela autoestima .......................................................................... 109
Crítico de arte ...................................................................... 113
Dedico este livro a todos aqueles que se dedicam a criar ideias, observar dentro delas o efeito dentro de si mesmos, e deduzir se tais ideias fazem bem ou mal ao ser humano a medida que se aproximam da verdade ou se aproximam da ilusão.
Não é uma tarefa fácil, pois bem e mal é sempre uma questão de ponto de vista de cada organismo, até que saibam da existência de uma verdade absoluta e justa acima das verdades e ilusões relativas.
Eis a principal diferença entre o Deus e os homens no seio de uma realidade universal sem diferenças quanto a essência dos seres existindo.
Crônicas 2, por Antônio José Melo Marques
[ 6 ]
Crônicas 2, por Antônio José Melo Marques Oração como introdução
Que sintamos Deus em tudo aqui, como um mar que nos rodeia, e nos penetra e nos purifica com o sal da sabedoria, do amor e do poder... Estamos em Deus!
Que tenhamos vindo descobrir o melhor de nós mesmos como base daquilo que devemos mudar... O pior de nós já não queremos.
Que estejamos desprovidos de julgamentos, preconceitos e medos que nos separam da nossa própria evolução...Devemos estar dispostos à verdade. A verdade cura!
Que o chamado novo propósito seja sentido tal qual ele é... Algo antigo de nós esperando o momento maduro de eclodir... O momento certo vem da coragem e do amor por nós mesmos!
Que não aceitemos as possibilidades ou mudanças sem os devidos questionamentos ou dúvidas... Mas não sejamos mais omissos em querer dirimi-los ou que outros sejam responsabilizados por nossas omissões...Não é justo guardarmos dúvidas diante de quem precisa discuti-las!
[ 7 ]
Crônicas 2, por Antônio José Melo Marques Que estejamos resolvidos a não nos prejudicarmos pelos prejuízos causados pelos outros, mesmo sendo os outros bem-intencionados ou queridos!
Que nós aqui reunidos sejamos bem mais de um sem deixarmos de ser a nós mesmos, e que tal fenômeno multiplica o bem tal qual o mal se multiplicou até hoje. Mas agora queremos mudar!
Que sejamos honestos durante todo este trabalho, com a certeza de estarmos dando o melhor de nós para o aperfeiçoamento dos significados!
Que nos sintamos agradecidos por estarmos aqui e escolhermos hoje não ficar preocupados, viciados, aterrorizados, deprimidos, preguiçosos, negligentes, indolentes, indecisos, incréus...
O divino que é em todos nós, nos ouvirá e falará no nível do nosso dizer e do nosso ouvir! Deus é justo...
Precisamos também ser.
[ 8 ]
Crônicas 2, por Antônio José Melo Marques Texto inicial
Os eventos vêm e vão, o movimento não cessa, o chamado o tempo não para. Talvez, se a terra parasse de girar sobre si mesma, e ao redor do sol, nos percebêssemos o repouso a parti da estática total...
Tomaríamos um susto tão grande que abalaria a fé.
Porque de tantos eventos, desde o sol até a dívida, a festa, o nascimento de mais um, o lixo que precisa ser retirado, só percebemos o continuo, o inexorável e não o eterno dentro de tudo isso, o calmo no olho do furacão, o neutro do imã contendo o positivo e o negativo. E por isso então nos sentimos como areia escorrendo sem parar lá na velha ampulheta, amontoando se no fundo, de uma nova dimensão desconhecida ao morrermos.
A realidade é tão sinistra, tão hostil?
Talvez sim se nos quisermos que a realidade seja do nosso gosto e comodidade. Mas, a algo mais importante e primaz a ser resolvido dentro de nos: Quem somos... Se somos filhos de Deus? Ou somos filhos da outra? Se somos para sofrer, Deus entra em agonia com a nossa dor, pois não há filho que não tenha o pai em si. E pensar num Deus
[ 9 ]
Crônicas 2, por Antônio José Melo Marques que sofre é dar a Deus apenas um caráter humano esquecendo se o universal.
Fomos educados para ser o que não somos quando fomos deseducados para ouvir, sentir e perceber a verdade.
E se não somos a verdade, o que pensamos ou não pensamos ser quando montamos num planeta gigante, pequeno diante de milhões de outros, e nos acomodamos em viver e morrer sem saber como nos usarmos com integridade.
O universo espera sem ânsia, pois o universo é a própria paciência, mas nos deveríamos ter mais ambição.
Saber usar a si mesmo é saber ser feliz! Ser feliz é usar a si mesmo por inteiro ou o uso do máximo de um mínimo conhecido, assim, naturalmente. Então, para que nos sejamos nos mesmos, busquemos em nos o repouso, um lugar intimo, onde tudo se rende a verdade...
O mar, os movimentos, as flores, os sonhos, tudo, exatamente tudo isso e ainda o nem concebido se fará em nos.
Este lugar é nosso espírito quando acordamos, quando despertamos além do hipnótico, do ilusório, do martírio, da dúvida, da culpa, da morte e do medo. Eis o eterno naquele que se arriscam no caminho do EU no Caminho divino.
Não haverão mais separações.
[ 10 ]
Crônicas 2, por Antônio José Melo Marques O Espírito Primordial
Os homens ainda olhavam com saudade para o céu pensando nos deuses que haviam ido embora em máquinas estranhas e incandescentes.
Era saudade, desamparo e desespero os sentimentos dos homens sós, obsessão portanto, pois quando os deuses estavam acessíveis e presentes na terra, os homens tinham esperança de ganhar alguns dos deuses sagrados, e assim resolverem logo as carências de sobrevivência que tanto os deixavam temerosos pela ameaça de um futuro escasso. Por certo, quando os deuses viajaram todos para além das nuvens espessas, tornando-se pontinhos escuros no azul do céu naquele dia mais triste, os homens ficaram completamente deprimidos. Viver sem deuses por perto era viver de nada.
Por isso, desde então, olhavam sempre para o alto, para onde os deuses haviam sumido, e não para o chão, quando as vicissitudes, os obstáculos se tornavam insuportáveis. E para não perderem