Contos com gigantes
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Contos com gigantes - Carolina Becker Koppe
Adamastor
O místico Kaiuawê comandava sua aldeia de forma muito tranquila. Era uma coletividade que habitava a costa atlântica da América do Sul antes mesmo de a América ser assim chamada. A harmonia do lugar em que moravam era dada pela sua relação com a natureza. Não havia nenhuma necessidade de extrair dela mais do que o necessário para o tempo presente.
O povo de Kaiuawê era somente um entre milhares de outros que habitavam essa porção da Terra. A relação que estabeleciam entre si era, em geral, respeitosa. Mas, a depender das crenças de cada um, havia momentos de desentendimento, os quais davam vazão, muitas vezes, a tristes batalhas.
O sistema de organização que geria a vida na aldeia de Kaiuawê era simples, assim como é a natureza. Os afazeres giravam em torno das necessidades de cada dia. Tudo era compartilhado. Ao místico era dada a tarefa de cuidar da saúde das pessoas da aldeia. Era ele também o responsável pelo contato direto com o invisível.
Durante as noites, o povo de Kaiuawê se reunia ao redor da fogueira para dançar, tocar instrumentos e contar histórias. Era nesse momento que as crianças mais falavam. O fato de serem novas na Terra trazia um quê de mistério àquilo que tinham para dizer. Elas eram a porta de saída para as novidades trazidas do além-tempo/espaço.
A relação que esse povo tinha com os animais era excepcional. Os habitantes da aldeia conversavam telepaticamente com eles. Tinham contato não somente com aqueles da floresta como também com os enormes animais que traziam algum tipo de compensação para o desiquilíbrio de energias que eventualmente pudesse circular pelo planeta.
Portanto, gigantes, só tinham visto mesmo aqueles de quatro patas ou com enormes asas. Até sabiam da existência de gigantes humanos adormecidos — o grande guerreiro que dorme no meio da floresta; a enorme menina dos cabelos negros que adormeceu na encosta de um altíssimo penhasco —, mas jamais haviam visto algum deles desperto, até o dia em que Adamastor chegou.
Os primeiros a avistar Adamastor foram as crianças. Ele chegou caminhando pelo oceano. Atravessou o Atlântico, saindo do seu lugar de origem, ao sul do continente africano, até chegar à faixa litorânea em que se encontrava o povo de Kaiuawê. Consigo, trouxe uma nuvem negra, anúncio de uma grande tempestade.
Chegou ali muito sisudo, com cara de poucos amigos. Mais tarde todos souberam que estava era desconsolado com o azar que havia tido no amor. Ao avistar as crianças na beira do mar, começou a esbravejar palavras sem sentido, mas que indicavam descontentamento. Foi nesse momento que a tempestade caiu, despejando lágrimas de amor ferido cuja cicatriz ainda não havia perdido naturalmente sua casquinha.
Assim como fazia em seu local de origem, escolheu um lugar à beira do mar e adormeceu por algumas horas. Tempo em que as crianças foram correndo contar para