Vivendo Com Traqueo E Gastro
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Vivendo Com Traqueo E Gastro - Mattheus Araújo
Traqueostomia: o que é e porque tenho
A traqueostomia (TQT
, como irei me referir daqui pra frente), como já explicado na introdução deste livro, é uma intubação, localizada no meu pescoço. Internamente, ela pega a minha traqueia.
A TQT, geralmente, é colocada nas pessoas quando estas estão com dificuldade para respirar naturalmente. Como ela é um cano introduzido no pescoço para pegar a traqueia, ela facilita a respiração da pessoa porque, ao invés do ar da pessoa passar pelo nariz até chegar aos pulmões, passará logo pela traqueia. Ou seja, o percurso do ar será menor, e assim a pessoa não terá tanta dificuldade para respirar.
Como você verá no próximo capítulo, no meu caso, por ser bem crítico clinicamente falando, eu não uso apenas a TQT. Faço uso também de uma ventilação mecânica, isto é, um aparelho que me ajuda a respirar. Mas há pessoas com TQT que possuem unicamente a TQT, sem precisarem de aparelhos.
Muitas pessoas, por curiosidade, já me perguntaram se ter uma TQT enfiada no pescoço me causa dores na região. Sempre digo que não, porque, de fato, não dói ter uma TQT. Os únicos momentos que me causam dor no orifício do pescoço é quando eu troco a TQT, como você verá no capítulo Troca de TQT
.
Estou tão acostumado com a TQT que, quando estou muito distraído, às vezes nem me lembro que sou traqueostomizado. Ou seja, é tão normal para mim que não me importo nem um pouco com ela.
Para este capítulo, eu termino por aqui as explicações sobre a TQT. No decorrer da leitura desta obra, principalmente nos próximos quatro capítulos, você saberá detalhadamente como é viver com TQT.
Agora, como prometido já no título do capítulo, irei contar a você porque tenho TQT. Farei isso relatando, de forma resumida, todo o meu percurso até chegar na necessidade de ter uma TQT. Preparado?
Se você leu a minha obra Distrofia muscular congênita na prática
, onde descrevi todas as limitações, dificuldades e desafios que o problema me impõe, viu lá que, indiretamente, uma das consequências da patologia é fazer com que minha imunidade esteja sempre baixa. Se você não leu o livro, procure adquiri-lo também porque, sabendo o que tem lá, você compreenderá esta obra com mais facilidade.
Entendendo isso (que, por causa da minha distrofia muscular congênita, minha imunidade é baixa), você entenderá que é muito fácil eu ficar doente. Assim é a condição da minha saúde.
Em dezembro de 2002, eu e minha família, com alguns membros da família de uma das minhas tias, descemos à praia. Pretendíamos passar alguns dias lá, mas, devido a alguns acontecimentos, ficamos apenas três dias.
Eu gostei muito daquela experiência. Tinha sido a primeira vez que eu havia ido para a praia e, sem imaginar, era a última vez. As lembranças daqueles três dias ainda hoje (2018) estão vivas na minha mente.
Só que lá, não me lembro bem o porquê, pegamos uma virose. E isso fez com que a minha patologia se agravasse ainda mais. Fiquei muito, mas muito fraco naquele tempo. E a consequência disso, dois meses depois (fevereiro de 2003), mudou minha vida totalmente.
Iniciei 2003 apresentando um pequeno desconforto respiratório. Não era nada demais, só estava me esforçando um pouco mais para puxar o ar. No entanto, a cada dia que passava essa dificuldade para respirar ia aumentando até que, no final de fevereiro daquele ano, fui removido de ambulância para a UTI com muita dificuldade para respirar.
Eu me lembro desse dia como se fosse ontem: eu acordei com muita dificuldade para respirar; minha mãe quis me levar ao médico já aí, quando acordei; insisti para que ela me levasse para a escola e, só para arrumar as coisas para irmos pro médico, ela me deixou na escola. O restante desse dia contarei nos próximos parágrafos.
Embora estivesse na sala de aula, eu não dava a menor atenção ao que a professora falava pois, naquele momento, minha concentração estava em juntar forças para respirar. Minha mãe chegou logo e abandonei a aula na metade.
Como minha mãe achou que uma passada no consultório do médico iria resolver meu problema, para lá ela me levou. Porém, chegando lá, o próprio médico chamou a ambulância e disse para me colocarem diretamente na UTI.
Quando eu passei da porta da UTI, não permitiram que minha mãe entrasse lá junto comigo; então, ela aguardou do lado de fora, preocupadíssima, os médicos explicarem minha situação.
Enquanto isso, as enfermeiras, seguindo as ordens que a médica ia passando, colocavam em mim uns fios, uns aparelhos, uma máscara, enfim. Hoje eu sei o nome de tudo isso e o porquê que foi posto em mim, porém, naquele tempo, ainda mais naquele dia, eu não sabia o que estavam fazendo comigo. Então, como eu tinha apenas oito anos incompletos e não entendia nada daquilo, chorava e me agitava muito. Tudo o que eu queria, naquele momento, era que a minha mãe estivesse do meu lado.
A médica, vendo que eu, agitado, dificultava enormemente a realização dos procedimentos que as enfermeiras tentavam fazer em mim, me prometeu que, se eu me acalmasse e deixasse as enfermeiras cuidar de mim, ela permitiria que minha mãe ficasse comigo o tempo