Adoração & Arte

Copyright © 2017 by Ricardo Castro

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Ricardo Castro

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Ricardo Castro

C355a Ricardo Castro

Adoraçãp e arte / Ricardo Castro. 1.ed. João Pessoa,PB

Esta obra é uma produção independente Copyright [2017] by Ricardo Castro

Todos os direitos dessa obra reservados ao autor 1. Cristianismo 2. Literatura Brasileira Índice para Catálogo Sistemático:

1. Cristianismo CDD 230

2. Literatura Brasileira CDD BS6934

Dedicatória

Dedico este livro à minha amada esposa, Pastora Sulamita Castro. Dos levitas hodiernos sem dúvida ela é uma das mais preocupadas em adorar a Deus da maneira correta. Ela tem me ensinado muito, de diversas maneiras, inclusive sendo pessoa que é. Ela tem sido a alegria de minha família e a inspiração para os meus projetos;

Aos meus filhos Nathan e Ricardo Castro Jr que amam de verdade a música e, sobretudo, ao seu Deus. Às vezes me assusto com a facilidade com que aprendem Música. Eles são joias preciosas que Deus colocou em minhas mãos e têm enchido o meu coração de orgulho; A minha amada irmã Rachel Castro que mesmo morando na longínqua Manaus, sempre me supriu de caríssimos bons livros. Ela é a responsável pelo meu vício em livros; A minha amada mãe, Dona Zezé, que tem sido uma inspiração contínua para o meu Ministério. É uma guerreira que tem lutado como uma leoa pelos seus filhos;

À Igreja Bíblica Vida Eterna, que me acolheu como seu pastor e que tem me dado lições práticas do que é adorar. Agradeço também pelo seu incentivo, uma vez que diversos irmãos me questionavam quando esta obra ficaria pronta.

A todos os músicos e adoradores que como eu, querem apenas agradar ao Senhor;

Por fim, mas não menos importante, dedico este livro ao meu Deus que me salvou das garras das trevas e me fez um verdadeiro Adorador. A Ele toda Glória!

ÍNDICE

Dedicatória ............................................................ 5

PREFÁCIO .............................................................. 9

O QUE É ADORAÇÃO ....................................... 21

ADORAÇÃO EM ESPÍRITO ............................ 38

ADORAÇÃO EM VERDADE ........................... 48

AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO

ADORADOR......................................................... 58

ADORAÇÃO NO CULTO .................................. 79

INTIMIDADE NA ADORAÇÃO ...................................... 93

EXEMPLOS DE ADORAÇÃO ......................................... 100

A DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO

.......................................................................................................... 108

PARTE 2 MÚSICA ............................................. 117

QUAL A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA..................... 118

A ORIGEM DA MÚSICA ................................................... 125

A MÚSICA NA ADORAÇÃO............................................ 156

COMO DEVEMOS APRESENTAR A MÚSICA

COMO LOUVOR? .................................................................. 163

LEVITAS HOJE ...................................................................... 186

PARTE 3 ARTES ............................................... 206

O QUE A BÍBLIA FALA A RESPEITO DA

DANÇA ................................................................ 208

A DANÇA COMO ADORAÇÃO ...................................... 236

CONSELHOS PARA OS MINISTROS DE ARTES

.......................................................................................................... 244

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................... 256

BIBLIOGRAFIA ................................................ 259

SOBRE O AUTOR ............................................. 260

CONHEÇA OUTRAS OBRAS DO AUTOR 262

PREFÁCIO

A história da humanidade foi marcada pela queda do homem no jardim do Éden, quando a pureza da raça humana foi maculada pelo pecado. Esta queda denegriu o relacionamento dos homens com o Criador e levou o primeiro casal a ser expulso do jardim paradisíaco em que viviam.

Contudo, em Sua Magnânima Misericórdia, Deus propôs o Caminho de volta à comunhão com Ele mesmo.

Mas mesmo assim os homens escolheram buscar o seu próprio caminho. E foi por causa disso que surgiram as religiões. Por isso desde a mais remota civilização e até na mais sofisticada sociedade encontramos alguma forma de religião.

Entre os povos asiáticos encontramos uma religião baseada na influência dos espíritos ancestrais. Na cultura africana encontramos as religiões da magia com todos os seus rituais de sacrifícios de seres vivos. Na índia encontramos uma miscelânea de crenças que se expressam por meio da adoração dos mais de três mil deuses. Já na cultura indígena encontramos a pajelança e sua mitologia. Na Europa encontramos o catolicismo e outras formas de cristianismo. E até o ateismo e a ciência tornaram-se uma forma de religião.

Todas essas manifestações religiosas são expressões da tentativa humana de formar seu próprio caminho de volta a Deus.

A palavra Religião origina-se do termo latim

Religare, que significa religar. Esta definição nos dá a entender que as religiões são tentativas de religar a humanidade a Deus. Isso só prova que o homem tem latente no coração o desejo de conhecer o seu Criador. E a Bíblia nos revela que foi o próprio Deus quem colocou a eternidade no coração do homem. E é por esse motivo que o homem anseia pelo que é espiritual (Eclesiástes 3:11).

Tendo em vista que a criatividade humana quase não tem limites, as religiões e seus rituais se multiplicam na face da terra. E em cada uma delas existe alguma forma de expressão musical e de adoração. Os africanos com seus batuques, os asiáticos com sua veneração aos mortos, os católicos com seus rituais e suas imagens. Todos eles de alguma forma buscam a Deus.

Entretanto depois de muitos abusos praticados em nome de Deus, o homem passou a questionar a religião e sua necessidade à vida. E com a chegada do Iluminismo encabeçado pelos pensadores Spinoza, Locke e Voltaire, os homens adotaram uma postura crítica contra a Religião.

O Iluminismo foi um movimento da elite intelectual do século XVIII, que enaltecia o poder da razão e questionava todo e qualquer conhecimento transmitido pela tradição medieval.

Conquanto esse movimento trouxe um tempo de ouro para o pensamento, em contrapartida, trouxe também a descrença crescente quanto às coisas espirituais. A influência dessa atitude crítica foi devastadora na busca do homem por Deus. Muitos cessaram sua procura pelo Criador por acreditar que a ciência e a lógica eram a explicação para todos os fenômenos da natureza.

Outros ainda permaneceram buscando, porém passaram a desacreditar na Bíblia, dúvidando se ela realmente é a Palavra de Deus. Dessa forma deu-se início à chamada teologia liberal, que assolou a Europa no século XVIII, e que sua influência ainda tem eco em nossa geração.

Porém a despeito disso, nos últimos anos nos tornamos testemunhas de um reavivamento da busca do homem pelo que é transcendente e espiritual. E esse reavivamento se dá pelo fato de que, depois de muitas décadas de ceticismo e crítica à religião, os homens acabaram percebendo que não são feitos apenas de matéria.

Afinal de contas o homem tem uma alma e ela clama por satisfação espiritual.

Porém os sistemas filosóficos e as muitas religiões existentes, ao invés de trazer alívio à alma, trouxeram confusão. O que é facilmente perceptível em nossa geração é que devido ao modismo relativista, algumas pessoas procuram um deus que se acomode ao seu jeito de ser e de pensar. Foi daí que surgiu a miscigenação das crenças religiosas que é tão comum para nós.

Conhecemos, por exemplo, católicos de confissão que são espíritas na prática. Conhecemos também evangélicos que são tão supersticiosos (ou mais ainda) do que os umbandistas. Por fim, conhecemos pessoas que não aceitam nenhuma religião instituída, porém estão abertas a todas as experiências metafísicas.

Mas nem toda busca termina em confusão. O

número daqueles que vem a Cristo com um coração sincero tem crescido a cada dia. E

também podemos ver que as igrejas tem se preocupado mais com a questão da adoração, bem como tem se aberto para as suas diversas manifestações, incluindo aquelas que usam as artes como ferramenta. A cada ano vemos mais livros, congressos, simpósios e coisas afins, voltados para o assunto da adoração e do louvor.

Estamos vivendo um tempo em que a liberdade religiosa nos permite manifestar nossa adoração das mais diversas formas. Hoje a igreja tem chegado aonde os pioneiros do Evangelho apenas sonharam chegar. E isso tem trazido um impacto profundo na adoração.

Mas mesmo diante deste reavivamento da adoração não podemos nos enganar. Se existem os verdadeiros adoradores (João 4:22,23), os

falsos também existem. E da mesma forma que podemos

contemplar

o

acréscimo

dos

verdadeiros, é considerável o número daqueles que engrossam as fileiras dos falsos adoradores, que podem ser vistos em todos os seguimentos evangélicos.

É notório que hoje, em certo aspecto, a igreja encontra-se dormindo pesadamente como as virgens de Mateus 25:1-13. E quando falamos em

dormir estamos nos referindo a inércia em que a igreja se encontra. Certamente quem dorme não está cônscio de nada. Assim também se encontram muitos dos que têm adorado aquilo que não conhecem . Essa inércia e falta de conhecimento

criaram

uma

geração

de

adoradores que desconhecem ou desprezam o verdadeiro sentido da Adoração e do Louvor. É

por isso que boa parte das pessoas tratam a Adoração como um assunto secundário, apesar de ser vital para o Cristão. Esse quadro é alarmante, pois a cada dia vemos que o verdadeiro sentido da Adoração está se perdendo em meio a tantas inovações, modismos e teologias distorcidas. É

necessária uma reflexão profunda por parte do Povo de Deus quanto à prática da Adoração e um esforço no sentido de recuperar seu verdadeiro sentido.

O tema pode parecer pretensioso, mas na verdade não é. Porque a cada culto que frequentamos ou cada crente que conhecemos, ficamos mais convictos de que o sentido bíblico do Louvor e da Adoração tem se perdido em meio a tantas teologias que surgem. E cada uma delas defendendo sua forma de teologizar como a mais correta.

Portanto o autor quis analisar este assunto à luz das Escrituras para dirimir as dúvidas em face de tantas propostas teológicas que surgem a cada dia.

Apesar de sua limitação, o autor tentou trazer à tona uma reflexão sóbria e Bíblica sobre o tema.

Qual a diferença que há entre os verdadeiros e os falsos adoradores? Qual o propósito da Adoração?

Qual tipo de Música o adorador deve utilizar