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A Menina E O Caos
A Menina E O Caos
A Menina E O Caos
E-book149 páginas50 minutos

A Menina E O Caos

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Sobre este e-book

O caos me acompanhou durante toda a minha vida, tanto quanto a escrita, deve ser por isso que chamo cada poema de “pedaço de caos”. Cada poema meu é um sentimento que se tornou palavra. Cada sentimento é um pouco caótico – ou muito. Nunca houve um lugar onde eu pudesse soltar meus raios, tempestades e furacões sem parece melodramática demais para o gosto dos outros, para eles sentimentos devem ser no máximo céu nublado com pancadas de chuva. Papel e caneta, páginas sem fim no meu computador, sempre foram meus aliados em aliviar um pouco tudo o que eu sentia e sinto de maneira tão intensa, exagerada e catastrófica. Folhas em branco sempre entenderiam minhas metáforas, meus absurdos, meus reclames e falatórios, não há julgamentos entre a comunicação entre minha escrita e eu. Por isso esse livro existe. Cheio dos meus trovões sentimentais. Amor, tristeza, raiva, impaciência, força, revolta, paixão, solidão, todas essas coisas que mesmo com um corpo pequeno em algum momento eu já senti. Senti de verdade, sem esse medo que a maioria tem de se entregar às inevitáveis emoções, mas, com medo de dizer a alguém, desse modo, eu relampeei até A Menina e o Caos aparecer, como a versão escrita de cada sensação. Eu sou a menina, um ser humano simples, propício a acertos, erros, dores, amores e o que mais ver. Eu sou o caos, formado por todos os meus sentimentos tão fortes que se repartem em diversos títulos e estrofes, e se tornam poesia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de jan. de 2018
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    A Menina E O Caos - Jennifer Lima

    A Menina e o Caos

    Jennifer Lima

    A Menina e o Caos

    Copyright 2017 © by Jennifer Lima

    Diagramação Jennifer Lima

    Capa Paulo Henrique Reis de Melo/ Elias Carlos

    Revisão Jennifer Lima

    L693a Jennifer Lima

    A Menina e o Caos/ Jennifer Lima 1. ed -- Juazeiro, BA

    Esta obra é uma produção independente

    Copyright [2017] by Jennifer Lima

    Todos os direitos desta edição reservados à autora da obra.

    1. Poesia brasileira            2. Literatura brasileira

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Poesia brasileira CDD B869.1

    2. Literatura brasileira CDD B869

    Para os caóticos inspiradores e os caóticos inspirados; obrigada por me deixarem escrever sobre vocês, obrigada por lerem o que eu escrevi.

    Caos

    Substantivo masculino

    mit em diversas tradições mitológicas, vazio primordial de caráter informe, ilimitado e indefinido, que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo.

    p.ext. fil na tradição platônica, o estado geral desordenado e indiferenciado de elementos que antecede a intervenção do demiurgo.

    fís comportamento de um sistema dinâmico que evolui no tempo, de acordo com uma lei determinista, e é regido por equações cujas soluções são extremamente sensíveis às condições iniciais, de modo que pequenas diferenças acarretarão estados posteriores extremamente diferentes.

    O que é caos? Você acaba de ler a definição de um dicionário qualquer online. Não é como se eu tivesse criado um conceito diferente para caos nesse livro que você está prestes a ler, eu só o adaptei para as várias áreas citadas.

    O caos está presente de demasiadas formas na vida do ser humano, eu diria que cada coisa que sentimos é um pouco caótica, independente de ser boa ou ruim. Eu sou o tipo de pessoa que vive um caos a cada instante, e escrevo muito sobre eles. Para mim, eles parecem bobagens maximizadas pela minha mente de eterna menina, mas parecem bons nos papéis do Word, nas notas do meu celular, numa folha aleatória de um caderno de estudo, parecem reais e realmente relevantes, eles ganham toda uma nova visão.

    Eu transformei todo o meu caos interno, e definido por mim como patético, em poesias. Eu deixei toda essa confusão sentimental sair de mim da forma mais bonita que eu podia.

    E então outra palavra subjetiva aparece: beleza. Como João Victtor Gomes, o autor de Moscas Civilizadas Em Gaiolas Modernas, disse na orelha de seu livro: eu vejo beleza nas coisas feias e vejo feiura em coisas belas. Eu também sou assim.

    Gosto de escrever sobre as minhas avalanches sentimentais, mesmo quando os sentimentos que me motivam sejam ruins e cruéis, porque eu vejo beleza na sinceridade que vem do coração, não importa sobre o que se está sendo sincero. Eu fui sincera em cada palavra presente nas poesias, pois momentos vividos por mim me inspiraram e eu não me atreveria a mentir, principalmente para mim mesma, que me delicio com o entendimento do que estou sentindo tanto quanto talvez você se divirta lendo algumas poesias desse compilado.

    Espero não bagunçar você com minha bagunça, e que o meu caos todo exposto nessas páginas te ajude a conhecer e dominar o seu próprio caos.

    Jennifer.

    Eu sou só uma menina

    Com papada abaixo do queixo

    Com um dente arranhado

    O nariz furado

    O cabelo não penteado

    Cheia de sonhos quebrados

    E um amor pela vida, por viver.

    Eu conto lorota

    Eu faço piada

    E gosto de fazer sorrir

    Eu sou imperfeita

    Com meus receios, devaneios.

    Meus medos e terrores

    Presa nos horrores

    De não chegar onde eu sempre quis

    Eu me apaixono por esquisitos

    Eu derramo a verdade em meus olhos

    Leia eles, você vai me encontrar.

    Todo o meu passado virou poeira

    Meu ódio virou besteira

    É um sinal de recomeçar

    Uma postura, uma armadura rígida de atravessar.

    Uma alma tão frágil que se rasga em prantos

    Às músicas que falam de lar

    Eu tenho medo dessa batida ansiosa

    Do meu coração

    Que bicho rápido de se encantar

    Por olhos bonitos e risadas sinceras

    Por um abraço ou um toque de mão

    Eu não sei falar de política com convicção

    Eu sei que o Temer é ladrão e foi burrice tirar a Dilma

    Eu uso o humor como carta de alforria

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