A Menina E O Caos
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A Menina E O Caos - Jennifer Lima
A Menina e o Caos
Jennifer Lima
A Menina e o Caos
Copyright 2017 © by Jennifer Lima
Diagramação Jennifer Lima
Capa Paulo Henrique Reis de Melo/ Elias Carlos
Revisão Jennifer Lima
L693a Jennifer Lima
A Menina e o Caos/ Jennifer Lima 1. ed -- Juazeiro, BA
Esta obra é uma produção independente
Copyright [2017] by Jennifer Lima
Todos os direitos desta edição reservados à autora da obra.
1. Poesia brasileira 2. Literatura brasileira
Índice para catálogo sistemático:
1. Poesia brasileira CDD B869.1
2. Literatura brasileira CDD B869
Para os caóticos inspiradores e os caóticos inspirados; obrigada por me deixarem escrever sobre vocês, obrigada por lerem o que eu escrevi.
Caos
Substantivo masculino
mit em diversas tradições mitológicas, vazio primordial de caráter informe, ilimitado e indefinido, que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo.
p.ext. fil na tradição platônica, o estado geral desordenado e indiferenciado de elementos que antecede a intervenção do demiurgo.
fís comportamento de um sistema dinâmico que evolui no tempo, de acordo com uma lei determinista, e é regido por equações cujas soluções são extremamente sensíveis às condições iniciais, de modo que pequenas diferenças acarretarão estados posteriores extremamente diferentes.
O que é caos? Você acaba de ler a definição de um dicionário qualquer online. Não é como se eu tivesse criado um conceito diferente para caos nesse livro que você está prestes a ler, eu só o adaptei para as várias áreas citadas.
O caos está presente de demasiadas formas na vida do ser humano, eu diria que cada coisa que sentimos é um pouco caótica, independente de ser boa ou ruim. Eu sou o tipo de pessoa que vive um caos a cada instante, e escrevo muito sobre eles. Para mim, eles parecem bobagens maximizadas pela minha mente de eterna menina, mas parecem bons nos papéis do Word, nas notas do meu celular, numa folha aleatória de um caderno de estudo, parecem reais e realmente relevantes, eles ganham toda uma nova visão.
Eu transformei todo o meu caos interno, e definido por mim como patético, em poesias. Eu deixei toda essa confusão sentimental sair de mim da forma mais bonita que eu podia.
E então outra palavra subjetiva aparece: beleza. Como João Victtor Gomes, o autor de Moscas Civilizadas Em Gaiolas Modernas, disse na orelha de seu livro: eu vejo beleza nas coisas feias e vejo feiura em coisas belas
. Eu também sou assim.
Gosto de escrever sobre as minhas avalanches sentimentais, mesmo quando os sentimentos que me motivam sejam ruins e cruéis, porque eu vejo beleza na sinceridade que vem do coração, não importa sobre o que se está sendo sincero. Eu fui sincera em cada palavra presente nas poesias, pois momentos vividos por mim me inspiraram e eu não me atreveria a mentir, principalmente para mim mesma, que me delicio com o entendimento do que estou sentindo tanto quanto talvez você se divirta lendo algumas poesias desse compilado.
Espero não bagunçar você com minha bagunça, e que o meu caos todo exposto nessas páginas te ajude a conhecer e dominar o seu próprio caos.
Jennifer.
Eu sou só uma menina
Com papada abaixo do queixo
Com um dente arranhado
O nariz furado
O cabelo não penteado
Cheia de sonhos quebrados
E um amor pela vida, por viver.
Eu conto lorota
Eu faço piada
E gosto de fazer sorrir
Eu sou imperfeita
Com meus receios, devaneios.
Meus medos e terrores
Presa nos horrores
De não chegar onde eu sempre quis
Eu me apaixono por esquisitos
Eu derramo a verdade em meus olhos
Leia eles, você vai me encontrar.
Todo o meu passado virou poeira
Meu ódio virou besteira
É um sinal de recomeçar
Uma postura, uma armadura rígida de atravessar.
Uma alma tão frágil que se rasga em prantos
Às músicas que falam de lar
Eu tenho medo dessa batida ansiosa
Do meu coração
Que bicho rápido de se encantar
Por olhos bonitos e risadas sinceras
Por um abraço ou um toque de mão
Eu não sei falar de política com convicção
Eu sei que o Temer é ladrão e foi burrice tirar a Dilma
Eu uso o humor como carta de alforria