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Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários
Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários
Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários
E-book340 páginas3 horas

Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários

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Sobre este e-book

Em trinta anos de atuação como projetista de instalações prediais, o engenheiro Roberto de Carvalho Júnior constatou diversas causas de patologia endógenas em sistemas prediais hidráulicos e sanitários que foram originadas por fatores inerentes à própria edificação, como falhas de projeto, falhas de execução, má qualidade dos materiais e mau uso das instalações.

Como professor de disciplinas de instalações prediais em faculdades de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, o autor observou a carência e a importância de uma bibliografia que atendesse às necessidades de aprendizado e consulta sobre patologia dos sistemas prediais de água fria, água quente, esgoto e águas pluviais.

Este livro foi desenvolvido com a finalidade de transmitir a engenheiros civis, arquitetos, projetistas e alunos dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, fundamentos teóricos e soluções práticas sobre manifestações patológicas em sistemas prediais hidráulicos e sanitários e suas causas, visando prevenir de falhas e adoção de medidas adequadas de reparos, bem como ressaltar que o estudo desses problemas não reside somente na atuação corretiva, mas na possibilidade da atuação preventiva, especialmente quando eles têm por causa falhas no processo de produção dos projetos de engenharia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de out. de 2021
ISBN9786555061673
Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários

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    Pré-visualização do livro

    Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários - Roberto de Carvalho Júnior

    capa do livro

    Table of Contents

    1 Vícios construtivos, defeitos e danos
    2 Manifestações patológicas em sistemas prediais hidráulicos e sanitários
    3 Patologia dos sistemas prediais de água fria
    4 Patologia dos sistemas prediais de água quente
    5 Patologia dos sistemas prediais de esgoto sanitário
    6 Patologia dos sistemas prediais de águas pluviais
    7 Norma de desempenho NBR 15575:2013 - parte 6: instalações hidrossanitárias
    Referências

    Landmarks

    Cover
    Table of Contents

    roberto de carvalho jÚnior

    patologia dos

    sistemas prediais hidráulicos e sanitários

    4ª edição

    Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários

    1.ª edição – 2013

    2.ª edição – 2015

    3.ª edição – 2018

    4.ª edição – 2021

    © 2021 Roberto de Carvalho Júnior

    Editora Edgard Blücher Ltda.

    Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4º andar

    04531-934 – São Paulo – SP – Brasil

    Tel.: 55 11 3078-5366

    [email protected]

    www.blucher.com.br

    Segundo o Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed.do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, março de 2009.

    É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios sem autorização escrita da editora.

    Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Angélica Ilacqua CRB-8/7057

    Carvalho Júnior, Roberto de

    Patologia dos sistemas prediais hidráulicos e sanitários / Roberto de Carvalho Júnior. – 4. ed. – São Paulo : Blucher, 2021.

    270 p. : il.

    Bibliografia

    ISBN 978-65-5506-167-3 (eletrônico)

    ISBN 978-65-5506-168-0 (impresso)

    1. Instalações hidráulicas e sanitárias 2. Construção civil e arquitetura I. Título.

    18-0249 CDD 696.1

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Instalações hidráulicas e sanitárias

    Dedico este trabalho aos meus queridos e inesquecíveis

    avós, Lucato e Lucrécia (in memoriam),

    e as minhas filhas, Lívia Beatriz e Maria Luísa.

    AGRADECIMENTOS

    Tive a sorte de contar com bons professores, colegas e colaboradores que, direta ou indiretamente, influenciaram este trabalho. Devo especiais agradecimentos ao arquiteto, professor e mestre Ésio Glacy de Oliveira, pelo apoio e incentivo no estudo das interfaces físicas e funcionais das instalações prediais com o projeto arquitetônico; ao engenheiro Prof. Dr. Ercio Thomaz, professor e pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) na área de construção civil, que, por meio de sua obra, despertou meu interesse pelo estudo das patologias da construção; ao engenheiro e mestre Sérgio Frederico Gnipper que, por meio de seu valioso trabalho na área de perícias despertou meu interesse pelo estudo das manifestações patológicas dos sistemas prediais hidráulico-sanitários.

    Sou particularmente grato às bibliotecárias Marilda Colombo Liberato e Ana Paula Lopes Garcia Antunes, que colaboraram nas pesquisas; aos colegas prof. dr. eng. Marcelo Fabiano Costella e prof.ª eng.ª Gabriela Schneider de Souza Bottega, pela colaboração no capítulo sobre a NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho (Parte 6: Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários); ao arquiteto Mario Sergio Pini, ex-diretor de relações institucionais da Pini, que sempre acreditou no meu trabalho e tornou-se um grande aliado na luta para a realização do sonho de editá-lo; e à Editora Blucher, pelo apoio e profissionalismo nessa parceria.

    Roberto de Carvalho Júnior

    www.robertodecarvalhojunior.com.br

    [email protected]

    PREFÁCIO 1

    De acordo com diferentes pesquisas e vários autores, as instalações prediais de água em geral lideram a ocorrência de patologias nos edifícios: vazamentos, entupimentos, mau cheiro, retorno de espuma e outros problemas se repetem com certa frequência nas edificações habitacionais, escolares, comerciais e outras, causando insatisfações aos usuários, danos colaterais a outros elementos e componentes da construção, e prejuízos à saúde e ao bolso dos seus proprietários, sejam eles públicos ou privados.

    Além das patologias visíveis, anteriormente exemplificadas, há patologias ocultas tão ou mais importantes, como a contaminação da água potável em reservatórios ou redes, erosões decorrentes de vazamentos, volume excessivo de água de descarga em vasos sanitários, torneiras e duchas com vazões acima das necessidades, isolação térmica inadequada de tubulações e/ou má localização de aquecedores, repercutindo em demasiada demora na chegada da água quente até os pontos de consumo. O desempenho hidráulico insatisfatório, subpressões ou sobrepressões, geralmente é acompanhado por desperdício de água, recordando-se que até chegar aos pontos de utilização essa água exigiu grandes investimentos em adutoras, reservatórios, estações elevatórias, estações de tratamento e outros.

    As falhas mencionadas, e uma série enorme de outros problemas relacionados aos sistemas prediais hidrossanitários, são tratadas de forma bastante objetiva e didática no presente livro, escrito numa linguagem simples, para fácil entendimento de profissionais e estudantes de escolas técnicas e de faculdades de engenharia e arquitetura. Além de contemplar aspectos gerais relacionados a projeto, execução, uso e manutenção das instalações, o autor relaciona diversas recomendações práticas para limpeza de reservatórios de água potável, desentupimento de pias de cozinha e de vasos sanitários, correção de problemas de retorno de espuma e outros, além de incluir diversas propostas para redução dos ruídos gerados nas instalações hidrossanitárias.

    Paralelamente à publicação da norma brasileira de desempenho de edificações habitacionais – ABNT NBR 15.575, em vigor desde julho de 2013, o lançamento do presente livro representa importante ferramenta para a otimização das instalações prediais de água fria e água quente, águas pluviais e sistemas de esgotos sanitários, contribuindo para a otimização do seu desempenho e para a racionalização do consumo de água.

    Eng. Ercio Thomaz

    Engenheiro Civil, mestre e doutor pela Escola Politécnica da USP.

    Professor do curso de mestrado do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, das disciplinas de Patologias das Edificações e Qualidade das Construções.

    Pesquisador do IPT, na área de Construção Civil.

    Coordenador Geral da Comissão de Estudos ABNT da norma NBR 15.575 – Desempenho de Edificação.

    PREFÁCIO 2

    O campo de estudo das patologias e do desempenho dos subsistemas de ativos urbanos, compreendendo edificações, sistemas (ex: viário) e redes (ex: gás) tem sido de nosso particular interesse nos últimos anos, em face da temática da Gestão da Manutenção desses mesmos ativos.

    Interessou-nos participar da geração de uma plataforma de Engenharia e Informática que desse apoio à efetiva Gestão da Manutenção, antecipando-se e mitigando as ocorrências (já que as manutenções emergenciais são inevitáveis), por meio de inspeções técnicas periódicas dos ativos, possibilitando planejamento, estimativas de custos e controle dos serviços de manutenção.

    O nosso esforço de engenharia definiu a montagem de uma base de dados, reunindo especificações, composições de custos, características dos serviços de manutenção, procedimentos de inspeção, de execução, de fiscalização e de conservação, patologias, e programação preditiva (essa programação, em conexão com o ciclo de vida dos produtos, durabilidade, garantias e desempenhos). Certamente, há de se concordar que parte dessas informações está à disposição de interessados, mas absolutamente dispersa nas bibliografias pertinentes ou até mesmo oculta pela indústria, ainda não aculturada pelo vetor da Norma de Desempenho e seus desdobramentos. As patologias foram pensadas e resgatadas para instruir as inspeções periódicas, e a programação preditiva, igualmente, para automatizar os processos de emissão das ordens de serviço de inspeções.

    São esses aspectos vivenciados que nos fazem saudar este novo trabalho do já consagrado autor de best-sellers didáticos, engenheiro e professor Roberto de Carvalho Júnior, Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários, em suas palavras, uma cartilha de prevenção de patologias desses sistemas. As patologias, que geralmente tem origem nas especificações pouco detalhadas de projeto, no uso indevido de materiais, nas falhas de execução, nas omissões de fiscalização, no mau uso e na falta de programação de inspeções periódicas e consequente falta de serviços de manutenção, todas vão desembocar em riscos, danos e prejuízos de alto custo social.

    É possível lançar um olhar para um futuro, que esperamos seja próximo, em que projeto, execução e uso estejam justificados por preceitos de adequação e conhecimento técnico, em que os empreendimentos sejam concebidos a partir do custo total, incluindo condições de uso, conservação e manutenção, e as ocorrências e a manutenção preditiva (fundamentada em inspeções perió­dicas) sejam dominantemente substituídas pela manutenção preventiva (fundamentada pela vida útil). Esse tempo, podemos afirmar, teve a contribuição dos objetivos propostos e alcançados pelo presente texto do engenheiro e professor Roberto de Carvalho Júnior, mais do que oportuno, indispensável para a formação da geração afluente de novos profissionais.

    Mário Sérgio Pini

    Arquiteto, membro do Conselho de Administração da Pini.

    PREFÁCIO 3

    Patologia das construções é uma ciência inspirada na medicina, pois assim como o corpo humano precisa de cuidados, a construção também carece de atenção. Aliás, a edificação muito se assemelha ao corpo humano e entende-se que, se Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, também a edificação foi criada a imagem e semelhança do homem. Ora, desde que este percebeu que precisava de proteção, conforto e bem-estar e que não poderia encontrar, exclusivamente na natureza, esses parâmetros, se empenhou em produzir suas proteções e se dispôs a concebê-las e, então, a construí-las. Nesse momento, o homem olhou, primeiramente para si, e fez refletir, nas edificações, os meios de satisfação de suas necessidades e de seus anseios de abrigo. Deste modo, a edificação, como reflexo do corpo humano, se assemelha muito a este: assim como o corpo humano possui ossos, analogamente as edificações têm estruturas; assim como o corpo humano tem carne e músculos que encobrem os ossos, as edificações possuem vedações; assim como temos pele que encobre e protege nossa carne, as edificações possuem revestimentos; da mesma maneira que temos veias e artérias, no nosso corpo, analogamente, as edificações possuem tubulações; da mesma forma que temos nervos, as edificações possuem instalações elétricas e assemelhados; assim como o nariz, a boca, os olhos e os ouvidos são órgãos de intercomunicação entre o interior e o exterior do corpo, as esquadrias (portas e janelas) o fazem às edificações; assim como os cabelos, nossa proteção superior, as edificações possuem coberturas.

    É patente que a patologia das construções, ao longo do tempo, se concentrou nas estruturas. Não há dúvidas sobre a importância desses sistemas, contudo, da mesma maneira que o corpo humano não se constitui unicamente de ossos, também a edificação não se compõe somente de estruturas, de modo que os demais subsistemas merecem igual atenção, principalmente porque existem, nas edificações, outros subsistemas mais sujeitos a anomalias.

    Nesse contexto, a relevância do presente trabalho se mostra no fato de ter preenchido uma importante lacuna, anteriormente existente dentro desta ciência e se apresenta, atualmente, como publicação única sobre o assunto.

    O livro aborda, de maneira extremamente objetiva, as anomalias incidentes em sistemas hidráulico-sanitários e fornece uma orientação precisa, aos profissionais atuantes nessa área, no sentido de combatê-las.

    Maior importância, ainda, se observa na sua participação dentro da, hoje, tão aclamada: Engenharia Diagnóstica, importante área da engenharia civil, que se incumbe de investigar as causas das manifestações patológicas das construções e combatê-las, de maneira profilática ou mitigatória, desde a sua origem e com a devida eficácia para que não reincidam.

    Em tempos que são encontradas consideráveis quantidades de anomalias em edificações, muitas delas diretamente atreladas aos sistemas hidráulico-sanitários, esta publicação se torna essencial à consulta dos profissionais que desejam se especializar na área ou, simplesmente, combater, de maneira eficaz, as anomalias incidentes nesses sistemas, seja na prática de reparos, construções, instalações ou projetos, mediante a inserção de parâmetros que lhes confiram melhor qualidade e maior nível de desempenho.

    Prof. Dr. Eng.º Civil JOSÉ CARLOS GASPARIM

    Doutor em Engenharia pela UNICAMP; Mestre em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade São Francisco. Graduado em Edificações pelo Centro Federal Coordenador nacional do curso de pós-graduação em Engenharia Diagnóstica do Instituto Brasileiro de Educação Continuada (INBEC).

    PREFÁCIO 4

    É sempre um desafio falar de um livro sobre a Engenharia Diagnóstica, sendo esse um tema novo na Engenharia e também tão amplo, e mais ainda, este sendo assinado em conjunto pelo grande Prof. Roberto de Carvalho Júnior, o qual sempre nos brindou com excelentes aulas e sempre passando aos nossos alunos todo o seu conhecimento e expertise nessa importante área da Engenharia. Resolvi então escrever sobre aquilo de que mais gostei no trabalho do Prof. Roberto desde a primeira vez que assisti a uma de suas aulas no nosso Curso de Especialização em Engenharia Diagnóstica. Suas colocações e exemplos apresentados sobre esse tema tão fascinante, produzia no nosso grupo de alunos, nas diversas turmas em que leciona pelo nosso País, a vontade de se inteirar cada vez mais nesse tema, com o seu conhecimento prático e a riqueza de informações deixava a todos evolvidos e preparados para os desafios de sua profissão, portanto temos certeza fazerem parte do assunto que originou o livro que ora prefacio, toda essa experiências nas salas de aula do nosso citado curso, assim como a relação produzida com nosso corpo discente. Escrevo então sobre o afeto, a sensibilidade e outras várias emoções e reflexões que o trabalho do Prof. Roberto de Carvalho Júnior nos evoca. Quão interessantes e enriquecedores são as descrições feitas por esse pesquisador com formação em uma área ainda desconhecida por muitos, mas de necessidade inconteste a todos os profissionais que atuam na área da construção. Leiam como eu com um olhar de admiração e interesse, na certeza de que mesmo sendo um assunto relativamente novo no Brasil a Engenharia Diagnóstica tem tudo para nos abrir novos horizontes na compreensão das ocorrências patológicas das construções, e esse livro não só contempla, mas aprofunda e traz novos cenários de conhecimento a todos.

    Antônio Bitencourt Nobre

    Diretor Executivo INBEC - Instituto Brasileiro de Educação Continuada.

    palavras iniciais

    As falhas construtivas são muito comuns e tão remotas quanto os mais antigos edifícios construídos pelo homem através dos tempos. Um exemplo clássico e muito conhecido de falha construtiva é a Torre da cidade de Pisa, no norte da Itália. Projetada para abrigar o sino da catedral de Pisa, a torre foi iniciada em 1173. Seus três primeiros andares mal tinham acabado de ser erguidos quando foi notada uma ligeira inclinação na Torre. Ela já nasceu inclinada, e sua construção chegou a ser interrompida diversas vezes na tentativa de resolver o problema, e por esta razão se tornou famosa no mundo inteiro como exemplo clássico de patologia da construção.

    Segundo o engenheiro Ercio Thomaz, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPt), patologia das construções é o campo da ciência que procura, de forma metodizada, estudar os defeitos dos materiais, dos componentes, dos elementos ou da edificação como um todo, diagnosticando suas causas e estabelecendo seus mecanismos de evolução, formas de manifestação, medidas de prevenção e recuperação.

    Desde 11 de março de 1991, quando entrou em vigor a Lei 8.078/90, que dispõe sobre a Proteção do Consumidor, conhecida como Código de Defesa do Consumidor – CDC, o CREA/SP apresentou para os profissionais o Manual do Profissional, que leva ao conhecimento da classe as modificações que a referida lei impôs às relações de consumo como um todo.

    Essas modificações obrigaram uma mudança de comportamento do profissional em relação aos seus clientes. Apesar dos rigores da nova lei, existe o aspecto favorável, pois, em virtude desses mesmos rigores, os profissionais técnicos, não somente da área de engenharia e arquitetura, mas de todos os segmentos da sociedade, foram compelidos a um esforço no sentido de um maior aprimoramento, qualificação e desenvolvimento, eliminando do mercado aqueles que não se adequaram.

    Por outro lado, nunca se deu muita importância às instalações do edifício, pois elas ficam embutidas (ocultas) sendo, portanto, muito comum a execução de obras sem os projetos complementares, como o projeto de instalações hidráulicas e sanitárias.

    Além disso, na busca por máxima economia e utilizando-se de materiais inadequados e de qualidade inferior e uma execução rica em improvisações e gambiarras em função da ausência de projeto e baixa qualificação da mão de obra, acaba-se comprometendo a qualidade final da obra.

    Por essa razão, os profissionais da área têm de conhecer profundamente as causas desses problemas que aparecem durante a execução da obra ou durante o uso do edifício após a conclusão, para que possam traçar um perfeito diagnóstico e, com isso, propor as melhores soluções técnicas para esses problemas.

    Para se ter uma ideia da importância desse trabalho, de acordo com diferentes pesquisas e vários autores, as instalações prediais hidráulico-sanitárias lideram o ranking de patologia da construção.

    É importante ressaltar que o estudo das manifestações patológicas em sistemas prediais hidráulico-sanitários não reside somente na atuação corretiva, mas na possibilidade da atuação preventiva, especialmente quando elas têm por causa falhas no processo de produção dos respectivos projetos de engenharia.

    Nesse sentido, a publicação da NBR 15575:2013- Desempenho de edificações habitacionais, foi um divisor de águas na construção civil brasileira, pois obriga as construtoras a conceberem e executarem as obras para que o nível de desempenho especificado em projeto seja atendido ao longo de uma vida útil. Sem dúvida nenhuma a publicação dessa norma garantirá um padrão mínimo de qualidade dos sistemas que compõem os edifícios, como as instalações prediais hidráulicas e sanitárias.

    Foi no decorrer de nosso trabalho profissional e acadêmico, observando e resolvendo problemas afins, que resolvemos fazer uma espécie de cartilha preventiva, de modo a melhorar a qualidade total da obra.

    Para a elaboração deste livro, valemo-nos da bibliografia indicada e da experiência conquistada, no decorrer dos anos, como projetista de instalações hidrossanitárias e professor da disciplina de instalações prediais em cursos de graduação nas áreas de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo.

    Cabe ressaltar que boa parte da pesquisa sobre patologia em sistemas prediais hidráulico-sanitários foi realizada, particular e principalmente, nas revistas Téchne, (Revista Tecnológica da Construção), editadas pela Editora Pini, com colaboração técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do estado de São Paulo, cursos ministrados, apostilas, manuais e catálogos técnicos de fabricantes de tubos (Tigre e Amanco), bem como nos catálogos de diversos fabricantes de louças, metais, aquecedores, dispositivos e equipamentos, utilizados nas instalações prediais hidráulico-sanitárias.

    Portanto, algumas citações, referências de desenhos e fragmentos de parágrafos importantes, colecionados durante a pesquisa bibliográfica, bem como em navegações pela internet nos sites desses fabricantes, foram selecionados e parcialmente transcritos.

    Aos leitores: apesar dos melhores esforços do autor, do editor e dos revisores, é inevitável que restem pontos a melhorar no texto. Assim, ficarei muito agradecido às comunicações dos leitores que apontem possíveis correções, eventuais enganos ou que contenham sugestões referentes ao conteúdo ou ao nível pedagógico que auxiliem aprimorar edições futuras. Para isso, contactem a

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