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Diálogo e Escuta II:  Edição Atualizada
Diálogo e Escuta II:  Edição Atualizada
Diálogo e Escuta II:  Edição Atualizada
E-book106 páginas1 hora

Diálogo e Escuta II: Edição Atualizada

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Sobre este e-book

Livro com reflexões em artigos publicados na imprensa de autoria do autor. Uma série de trinta artigos selecionados com temas de interesse de jovens e adultos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de dez. de 2021
ISBN9781526023056
Diálogo e Escuta II:  Edição Atualizada
Autor

Dom Julio Endi Akamine

Arcebispo da Arquidiocese de Sorocaba.

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    Diálogo e Escuta II - Dom Julio Endi Akamine

    Apresentação

    Este segundo e-book é composto por artigos publicados no Jornal Cruzeiro do Sul e no Jornal Diário de Sorocaba.

    Como o primeiro e-book, este tem a finalidade de partilhar com o leitor (a) algumas reflexões para o momento de confinamento. Espero que possa ajudar o leitor (a) não só a matar o tempo, mas a vivê-lo e assumi-lo como graça e responsabilidade.

    Para que não fosse uma mera coletânea de temas variados e houvesse um mínimo de organização, os artigos foram agrupados em três partes desiguais em extensão.

    A primeira parte é a mais breve e gira em torno da Pandemia de Covid-19.

    A segunda e a terceira partes estão como que em movimentos opostos.

    Na segunda parte foram reunidos temas que dizem respeito aos católicos: a correção fraterna, o dia de finados, o juízo final, o céu, o inferno, o purgatório, o natal, a oração, o culto das imagens, a fé trinitária. Como se pode notar, são temas voltados para os de dentro.

    A terceira parte se dirige mais para os de fora. Por isso os temas tratados se referem ao empreendedorismo, à economia, à homofobia, ao aborto, à laicidade do Estado, à liberdade artística.

    Evidentemente essa distinção entre os de fora e os de dentro não tem o objetivo de separar as pessoas entre cristãos e não cristãos. Aplica-se somente para a organização de um material muito heterogêneo e desigual.

    Além disso, mais do que classificar as pessoas, esforcei-me em tentar fazer de todos os temas, religiosos ou não, uma oportunidade para o diálogo com os de dentro e com os de fora.

    Agradeço e aprecio, por fim, a simpatia do leitor (a) em percorrer estas páginas dedicando-lhe seu tempo.

    +Julio Endi Akamine

    Sorocaba, 13 de junho de 2020.

    Memória litúrgica de Santo Antônio

    ÍNDICE

    Apresentação

    Primeira Parte

    Por que a Pandemia?

    Vida sem graça

    Segunda Parte

    Disciplina e liberdade

    Corrigir o Pecador

    Finados

    O Último e as Últimas Realidades

    Educação e Fé

    Benefícios da Oração

    Para Receber o Benefício da Oração

    Pergunta impertinente

    A Morte Não é Nada!

    O Erro de S. Francisco Xavier

    As Migalhas e o Pão

    O Tempo é Superior ao Espaço

    A Contaminação do Ódio

    Um Santo Desconhecido

    Aborto ou Nascimento

    Terceira Parte

    Ensino Religioso Confessional

    A Vocação Cristã e Empreendedorismo

    Pobreza e Empreendedorismo

    Economia e Ética

    Aprenda a Descansar

    Vamos descansar um pouco!

    Os Cristãos São Homofóbicos?

    As Riquezas Ocultas do Vaticano

    Amazônia Querida

    Liberdade Artística

    A Arquidiocese e a Fundação Dom Aguirre

    Glória nos Céus e Paz na Internet

    Morte e Vida Severina

    Primeira Parte

    Tempos de Pandemia

    Por que a Pandemia?

    Sempre nos perguntamos sobre os motivos dos acontecimentos, ainda mais quando eles nos fazem sofrer. Buscamos as causas da pandemia e da crise econômica que se abate com mais força sobre os mais pobres. Procuramos saber de quem é a responsabilidade. Quais precauções não foram tomadas e a quem devemos culpar? Os porquês podem também chegar até Deus. Por que Ele permite todo esse sofrimento? Por que Ele não faz nada? Por que Ele demora? Por que não exerce a sua onipotência para vir em nosso socorro?

    Mesmo que devamos buscar as causas, gostaria de propor aos leitores desta coluna uma outra pergunta. Sem esquecer o porquê, antes integrando-o, reflitamos sobre o para quê. Qual é a finalidade de tudo isso? A atual desolação da pandemia ensina algo para mim e para a Igreja?

    Durante este tempo de distanciamento social, muitas pessoas têm partilhado comigo experiências que gostaria de sintetizar nesse para quê.

    A primeira lição vem das igrejas vazias. Olhamos para as nossas igrejas vazias e uma sensação terrível nos apavora: parece um sinal premonitório de uma debandada geral. As pessoas deixaram de buscar Deus, e as igrejas mais parecem um túmulo do que uma casa! Deus não é mais necessário, e a Igreja deixou de ser algo essencial para as pessoas. Mesmo sabendo que muitos têm verdadeira sede e fome de Deus, o sinal das igrejas vazias nos aponta para a necessidade de uma conversão missionária. Se o vazio das igrejas for, de fato, ouvido como uma advertência para a nossa conversão, esse vazio poderá se transformar também em sinal da ressurreição: eis que estarei convosco todos os dias até o fim.

    Lição importante é a graça de cuidar das pessoas. Uma fiel partilhou na rede social que, durante este tempo, tem feito viagens maravilhosas: todos os dias descobre algo diferente no marido e nos filhos, explora as riquezas insondáveis da Bíblia e da oração, percorre páginas de livros há tempos comprados e esquecidos na estante, redescobre a própria habitação ao fazer a faxina. E o que dizer de tantos gestos de delicadeza e de solidariedade cotidiana, pequenos e anônimos? Um grupo de pessoas arrecada cestas básicas. Outra pessoa, que tinha comprado uma centena de máscaras a caro preço, não hesitou em doá-las aos socorristas do SAMU que trabalhavam sem elas. Um seminário recebeu como novos hóspedes pessoas em situação de rua: dessa forma o seminário continua o seu trabalho de formação. Esses e muitos outros gestos de cuidado para com as pessoas, em tempos de pandemia ou não, demonstram que a maior riqueza deste país são os brasileiros. Devemos nos lembrar neste tempo de crise econômica que a maior riqueza de Sorocaba são os sorocabanos.

    Outra lição de fé veio de um irmão que tem descoberto como devemos levar a sério a palavra de Jesus: "onde estão dois ou três reunidos no meu nome, aí estou Eu no meio deles". Estando privado da missa com povo, ele me confidenciou que tem experimentado a presença de Cristo na Escritura e nos irmãos. Lembrei-me de doutrina tradicional da Igreja: Cristo está realmente presente na Eucaristia, mas essa presença não é dita real por exclusão mas por excelência. Cristo está realmente presente na comunidade reunida, quando se proclamam as Escrituras, e Ele se identifica realmente com os pobres. A presença de Cristo não é algo simbólico. O fato de estarmos vivendo sem assembleia litúrgica, sem a presença de povo nas igrejas, sem celebrações comunitárias é uma ocasião preciosa para estar em comunhão com Cristo através de outras formas. Elas não são formas alternativas. São formas de presença real de Cristo.

    Outra lição de teologia recebi de um fiel que me confidenciou que tem compreendido mais profundamente o que é a comunhão dos santos. A comunhão não é algo privado, e se ela é dada a um só fiel isso não constitui um privilégio excludente. Dar e receber a comunhão não é um delivery de pizza: só se beneficia quem

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