Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

A partir de $11.99/mês após o período de teste gratuito. Cancele quando quiser.

Competência em informação no Brasil: Dimensão técnica e perspectivas
Competência em informação no Brasil: Dimensão técnica e perspectivas
Competência em informação no Brasil: Dimensão técnica e perspectivas
E-book305 páginas3 horas

Competência em informação no Brasil: Dimensão técnica e perspectivas

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Competência em informação no Brasil: dimensão técnica e perspectivas interdisciplinares, é uma obra coletiva, de caráter interdisciplinar, que busca apresentar estudos sobre a dimensão técnica da competência em informação. O objetivo é apresentar a temática, e a partir de estudo e discussões relatados ao longo dos capítulos, dar um novo sentido à mesma, oferecendo uma ressignificação a competência, considerando diferentes abordagens.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de set. de 2021
ISBN9786558404538
Competência em informação no Brasil: Dimensão técnica e perspectivas

Relacionado a Competência em informação no Brasil

Ebooks relacionados

Negócios para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Competência em informação no Brasil

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Competência em informação no Brasil - Elizete Vieira Vitorino

    1 A TÉCNICA INOVADORA – A TÍTULO DE INTRODUÇÃO

    ³

    A técnica é uma linguagem. Diz algo sobre o mundo, quando materializa uma visão do mundo. (Jarrosson, [1998], p. 157)

    Para Jarrosson ([1998], p. 160): a técnica é uma representação do homem e neste sentido é humana, até mesmo humanista. Inscreve-se na vontade de compreender, de questionar a sensação e de responder. A curiosidade e o desejo de saber, empurram a técnica. E, ainda: a técnica é uma vontade do homem, vontade de alargar os limites da sua condição, vontade de aumentar o seu conforto, vontade de utilizar a matéria a serviço do seu bem-estar.

    Se isto é fato, e assim o desejamos, podemos relacionar a dimensão técnica da competência em informação aos sentimentos humanos, ainda que com certas restrições, conforme nos alerta Yuval Noah Harari (2016) na obra Homo Deus. Para o autor, nossos sentimentos proveem significado a nossas vidas privadas, mas também a processos sociais e políticos (Harari, 2016, p. 233). Pode-se dizer que as próprias definições das dimensões da competência em informação – nelas a técnica, a estética a ética e a política – estão em aberto. Nesta perspectiva humanista, a fonte de significado e da autoridade volta-se aos sentimentos humanos, tornando-se profundo e rico e as experiências são a fonte de ressignificação da técnica.

    Sob este foco, a competência em informação consiste num processo, que ocorre por meio do desenvolvimento humano e das dimensões técnica, estética ética e política, em equilíbrio, na formação inicial ou continuada das pessoas. Ou seja, trata-se de um processo contínuo que se estende ao longo da vida e cujas características se voltam à melhoria da ação, da sensibilidade, dos aspectos coletivos e éticos.

    A teorização proposta por Rios (2006) e útil à compreensão desta perspectiva dimensional, concebe uma composição de dimensões que faz sentido à competência e, também, à informação, ou seja, a competência em informação comporta o sentido de saber fazer bem o dever, em outras palavras, a um fazer que requer um conjunto de saberes e implica um posicionamento diante daquilo que se apresenta como desejável e necessário. O fato está em um saber fazer bem (Rios, 2004, p. 47), porque o termo bem indicará tanto a dimensão técnica – de conteúdo e conhecimento – quanto as outras dimensões da competência em informação. Em síntese, o conjunto de propriedades de caráter técnico, ético e político – e, também, estético e sensível – é que define a competência em informação.

    A competência em informação deve ser considerada como uma totalidade, o que não implica uma cristalização num modelo – aliás, a ideia de criar uma modelização para a competência em informação vem se renovando com o passar do tempo: modelos e padrões antes tidos como básicos e necessários para se desenvolver a competência em informação nas pessoas, receberam outras conotações ao longo do tempo, tais como um framework⁴ – aberto e adequado às diversas situações e demandas da sociedade e da informação.

    A dimensão técnica – é a base, o suporte da competência, se reaviva na ação e diz respeito à capacidade de lidar com os conteúdos e conceitos e à habilidade em reconstruí-los, seja pelo uso de ferramentas tradicionais, seja pelo uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC). A técnica tem, por isso, um significado específico no mundo do trabalho, mas quando se considera a técnica desvinculada das outras dimensões – principalmente da estética e sua capacidade de transformação, melhoria, inovação, renovação, mudança etc. – se cria uma visão tecnicista, na qual se supervaloriza a técnica, ignorando sua inserção num contexto social e político. A dimensão estética é a percepção sensível da realidade, a perspectiva criadora. Uma apreensão consciente da realidade, a percepção de necessidades, de resolução de problemas e o potencial criador para o bem social e coletivo. A dimensão ética diz respeito à orientação da ação, cujo princípio do respeito e da solidariedade na direção da realização de um bem se destaca. Já, a dimensão política está vinculada ao compromisso social, coletivo, ou seja, à participação na construção da sociedade e ao exercício de direitos e deveres (por vezes se cruza com aspectos da ética). Esta dimensão ganha força no espaço democrático, mas, por outro lado, demanda esforços quanto a dilemas e conflitos que desafiam o cenário atual: desigualdades sociais, preconceito, violência, pobreza, entre outros (Rios, 2006, p. 93-109).

    Tratada ora como um movimento, ora como uma disciplina, ora como um fenômeno, ora como um processo, a competência em informação necessita do equilíbrio entre as quatro dimensões para se concretizar e se fazer útil para o desenvolvimento humano e social.

    Portanto, a competência em informação, considerada um conceito relativo e dinâmico, não pode mais ser definida em termos absolutos – é sempre possível desenvolver mais competência, e em níveis mais elevados. O movimento em busca da competência em informação, como um processo, quando iniciado, nunca termina. Por outro lado, em termos didáticos e procurando fazer um recorte necessário aos estudos sobre a temática, é possível isolar uma das dimensões e sobre ela realizar estudos promissores às demais dimensões.

    É sob este ângulo que esta obra se dedica: à perspectiva da dimensão técnica da competência em informação, buscando novos significados que podem enriquecê-la. O local de trabalho é uma dessas perspectivas.

    Bruce (1999) já alertava que a habilidade de reconhecer necessidades de informação, identificá-las e usá-las eficientemente têm preocupado os educadores de maneira crescente, enquanto, no local de trabalho, os gestores têm atentado mais para as habilidades com as TIC e computadores. Para a pesquisadora, isso talvez não faça mais muito sentido (ainda que o artigo tenha sido publicado na década de 1990, a reflexão da autora é bastante atual e pertinente). Na medida em que a tecnologia se torna mais amiga do usuário, a atenção passa a se voltar para o modo como as pessoas estão interagindo com os conteúdos e usando a informação disponibilizada por meio das TIC. Essa atenção se faz presente e recorrente, pois a necessidade de tomar decisões, solucionar problemas, criar novos produtos e serviços, também sugere a necessidade de as pessoas serem capazes de lidar com a informação, de fundamental importância no ambiente de trabalho.

    A consciência de usuários e gestores sobre a relevância do desenvolvimento da competência em informação no local de trabalho é visível nos estudos de Bruce: para a autora, dos diversos aspectos evidenciados nesta perspectiva, dois deles se mostram mais relevantes na vivência das pessoas no local de trabalho e ficam em primeiro plano na consciência do usuário da informação: tecnologia da informação e uso da informação (Bruce, 1999). Nota-se uma especial atenção ao manuseio intelectual da informação, em vez da habilidade técnica em TIC. De fato: ser competente em informação vai além de saber usar os recursos das tecnologias, mas sim, requer uso crítico e reflexivo de conteúdos informacionais. A autora revela outras faces que auxiliam a reconhecer a competência em informação no local de trabalho: as tecnologias auxiliando a comunicação entre as pessoas no ambiente de trabalho; essas mesmas tecnologias possibilitando a localização, uso e proveito de fontes de informação. A competência em informação vista como um processo e valendo-se da TIC para auxiliar na solução de problemas; a tecnologia facilitando a organização de dados que depois podem ser recuperados e transformados em informação e conhecimento estratégicos e, por fim, por meio da consciência ética elevando-se à condição de sabedoria e auxiliando e beneficiando outras pessoas na sociedade (Bruce, 1999).

    Diante dessas considerações, e vislumbrando a técnica, em específico, como uma habilidade ou forma requerida para a realização de uma determinada ação, Aristóteles (2009), afirmava que a técnica tem por finalidade a transformação do mundo da natureza em um mundo para o homem que se realiza na consecução de um determinado produto, configurando-se como um movimento que tende a um objeto externo à própria ação (Carone, 2001). A técnica é um meio ou os instrumentos para alcançar certos fins e um fazer humano.

    Para os sociólogos (Johnson, 1997, p. 230), embora a tecnologia não tenha adquirido ainda um lugar proeminente no pensamento sociológico, há que se destacar sua importância, principalmente para compreender o curso da história e a mudança social nos tipos de sociedades. Jarrosson ([1998]) ainda na década de 1990 alertava: é possível admitir que a ciência e a tecnologia são capazes de proezas surpreendentes, ou seja, com tempo, tudo é possível. Esta visão é, segundo o autor, enganadora: nem tudo é possível e qualquer avanço resulta de um trabalho esgotante (Jarrosson, [1998], p. 10-11). Estaria ele anunciando uma sociedade do cansaço, uma sociedade do desempenho, cujo apreço pelas TIC se tornou desenfreado, em detrimento da reflexão e pensamento crítico? Talvez, segundo Jarrosson ([1998], p. 23), ao mesmo tempo em que da ciência nasce a tecnologia que é usada para dominar a natureza, este uso da tecnologia produz sempre resíduos indesejáveis. Nas palavras do autor, produzimos alguma coisa que quisemos, produzimos, de forma inevitável, alguma coisa que não quisemos e estes efeitos indesejáveis podem mostrar que o domínio da tecnologia não proporciona o domínio da história – trazendo para o tema desta obra – não proporciona a competência em informação. O autor reforça:

    a tecnologia, que faz do nosso planeta uma aldeia onde tudo se sabe instantaneamente, amplifica esta impressão de caos. Para quê tanta ciência, se o dia de amanhã continua incerto? Pergunta o cidadão comum. (Jarrosson, [1998], p. 24)

    Contudo, há que considerar que a sofisticação das técnicas nem sempre é a resposta para evitar entraves. Ou seja, se os equipamentos tecnológicos se tornam capazes de tomar decisões e de assumir numerosas tarefas, os seres humanos já não poderão ter uma representação mental adequada do sistema e arriscam-se a se enganarem em caso de crise. Jarrosson ([1998], p. 120-122) sugere que a solução é dar aos seres humanos a melhor informação no momento certo e deixá-los decidir. É nesse momento que a complexidade se associa ao fenômeno: o fenômeno informacional, por exemplo, é complexo, à medida que inicialmente é técnico, mas depois descobrimos que também pode ser comercial, político, organizacional e humano. Estas dimensões se sobrepõem e não se sabe ao certo onde iniciam e onde terminam, nem tão pouco o peso de cada uma delas sobre o todo. Por isso, tomar uma decisão torna-se um processo difícil. Ao recusar essa complexidade do fenômeno informacional, o profissional fecha-se nas suas certezas e na sua visão redutora das coisas. A complexidade desencadeia uma crise de decisão.

    Portanto e, para Jarrosson ([1998], p. 131), para além dos aspectos simpáticos e de convívio, a internet mudou a maneira de fazer comércio, permitindo um aumento da concorrência e de possibilidades de tomada de decisão. Sendo assim, este sistema mundial de gestão da informação alterou a relação que mantemos com a realidade e isto deve ser considerado quando estamos tratando da técnica de modo equilibrado às demais dimensões: estética, ética e política.

    Em García Bacca (1987, p. 146) encontramos uma explicação: la técnica tiende, de suyo, a novedad, creación, originalidad, invento, ocurrencia; la reproducción, reedición, repetición son para ella tentaciones de la naturaliza [...]. A natureza, as coisas enquanto naturais têm essência; a técnica, por suas características, tem plano e, o plano domina a essência. A técnica é, por conseguinte, o plano mesmo de dominar a natureza. É neste plano que residem as dificuldades de tomada de posição diante de determinados cenários.

    Sobre esta questão, Lloyd (2005) explora uma concepção alternativa para a competência em informação, que se refere à experiência no uso da informação para o desenvolvimento da prática de trabalho. De acordo com a autora, ao desenvolver a competência em informação, as pessoas compreendem melhor o ambiente de trabalho da instituição, passam a construir uma identidade como trabalhador(a) e aprendem a trabalhar em equipe, por meio do acesso a diferentes fontes de informação. Os conteúdos informacionais estão disponíveis nos documentos administrativos, políticas, manuais de procedimentos, textos produzidos e formalizados pela própria empresa/instituição (fonte institucional); na comunicação entre os profissionais (fonte social) e na demonstração física/prática das atividades de trabalho por um profissional⁵ (fonte física) (Lloyd, 2005). Ser competente em informação requer do indivíduo habilidades para interagir com as diferentes tipologias de fontes informacionais a fim da inserção social e desenvolvimento da prática de trabalho.

    Eisenberg (2008, p. 40) enfatiza que esse conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes não só permite às pessoas encontrar, avaliar e utilizar as informações que precisam, mas talvez o mais importante, permite filtrar conteúdos que não são relevantes para satisfazer as necessidades de informação no local de trabalho. A competência em informação ajuda desse modo, a navegar com sucesso no presente e no futuro do cenário informacional e no mundo do trabalho. O autor ainda destaca que a competência em informação, associada às tecnologias para localizar, avaliar e usar conteúdos informacionais representa uma potencialização desta metacompetência. Contudo, considera as tecnologias como facilitadoras, o que consiste em dizer que também é fundamental o pensamento crítico para filtrar as informações.

    Estamos convencidos, dessa forma, de que a dimensão técnica, sob o domínio da atitude, da experiência e da sensibilidade, necessita receber novos e atentos olhares para o local de trabalho que encaminhem para o desenvolvimento humano e para a competência em informação, em plenitude.

    Referências

    ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco: texto integral. São Paulo: Martin Claret, 2009.

    BRUCE, Christine Susan. Workplace experiences of information literacy. International Journal of Information Management, [s. l.], v. 19, n. 1, p. 33-47, 1999. Disponível em: https://bit.ly/3jfAvsE. Acesso em: 6 ago. 2020.

    CARONE, I. A ética na prática da pesquisa científica. In: LASTÓRIA, L. A C. N.; COSTA, B. C. G. da; PUCCI, B. (Org.). Teoria crítica, ética e educação. Piracicaba: Ed. da UNIMEP : Autores Associados : FAPESP, 2001.

    EISENBERG, Michael B. Information Literacy: Essential Skills for the Information Age. DESIDOC Journal of Library & Information Technology, [s. l.], v. 28, n. 2, p. 39-47, mar. 2008. Disponível em: https://bit.ly/3pORuES. Acesso em: 6 ago. 2020.

    GARCÍA BACCA, Juan David. Elogio de la técnica. Barcelona: Anthropos, 1987.

    HARARI, Yuval Noah. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. 17ª Reimpressão, 2019.

    JARROSSON, Bruno. Humanismo e técnica: o humanismo entre Economia, Filosofia e Ciência. Lisboa: Instituto Piaget, [1998]. (Epistemologia e Sociedade, 82).

    JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

    LLOYD, Annemaree. Information literacy: different contexts, different concepts, different truths? Journal of Librarianship and Information Science, [s. l.], v. 37, n. 2, p. 82-88, jun. 2005. Disponível em: https://bit.ly/2MChyEF. Acesso em: 15 out. 2013.

    RIOS, Terezinha Azerêdo. Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

    RIOS, Terezinha Azerêdo. Ética e competência. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção Questões da Nossa Época, v. 16).


    Notas

    3. Esta introdução, além de trazer novos e atuais olhares à dimensão técnica, advinda de leituras mais recentes, também foi baseada em dois trabalhos, quais sejam: Vitorino (2016), que tratou de uma matriz para o desenvolvimento da competência em informação, na perspectiva das dimensões técnica, estética, ética e política, e Vitorino e Piantola (2019), livro que reuniu conteúdos e que finalizou um ciclo de estudos e pesquisas entre os anos de 2006 e 2014: Competência em informação: conceito, contexto histórico e olhares para a Ciência da Informação.

    4. O Framework a que nos referimos foi desenvolvido pela American Library Association (ACRL) e pela Association of College & Research Libraries (ACRL). Segundo a concepção, essa estrutura concebe a competência em informação como um movimento de reforma educacional que só realizará seu potencial por meio de um conjunto mais rico e complexo de ideias centrais e não mais com padrões e modelos fechados. Disponível em: http://bit.ly/3ttcK56. Acesso em: 5 ago. 2020.

    5. O profissional adquire a informação de como fazer a atividade de trabalho visualizando a prática de outro profissional.

    2 AS CONTRIBUIÇÕES DA COMPETÊNCIA DA INFORMAÇÃO PARA O PROCESSO DE COMPRA NA PERSPECTIVA DO USUÁRIO

    André Vinícius Gonçalves

    Leonardo Santos Amaral

    Warley Mendes Batista

    Nas últimas décadas, observam-se grandes mudanças nos padrões de consumo. Segundo Moura e Gomes (2014, p. 1), a constituição de uma espécie de civilização do desejo é viabilizada pelas tecnologias de comunicação e informação. Diante disso, os usuários ávidos pelo consumo e suportados pela infraestrutura de rede digital dispõem de uma oferta enorme de produtos e serviços.

    Com enorme facilidade e agilidade, usuários comparam as características técnicas e/ou econômicas dos produtos para a escolha do que melhor lhe atende, levando em conta aspectos como a qualidade, preço, prazo, entre outros.

    Para Lipovetsky (2006) esta nova realidade deu origem a um novo perfil de consumidor que na maioria das vezes detêm mais informação que o próprio vendedor, deseja respostas rápidas, é infiel e independente. Na visão do autor, o materialismo que norteou o consumo no século XX perdeu espaço para o consumo informacional que gera indivíduos mais críticos e conscientes de suas necessidades.

    O modelo de consumo padronizado e homogêneo que estava vigente perdeu espaço. O consumidor atual mudou de perfil e passou a priorizar diversidades, bem como estar sintonizado com as inovações e munido de informações detalhadas sobre os produtos.

    O cenário atual de globalização abriu um leque enorme de oportunidades e trouxe mudanças que proporcionam adquirir facilmente um produto do outro lado do mundo sem precisar sair de casa, utilizando apenas acesso à internet.

    Nesse contexto, é preciso saber lidar com um grande volume de informações, sobretudo com o uso de ferramentas especializadas que possibilitem filtrá-las e ao mesmo tempo ater-se apenas à escolha dos produtos e serviços mais adequados ao seu perfil.

    O consumidor necessita de informações suficientes para que passe da fase de avaliação durante o processo de compra. Nessa fase,

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1