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O manual de Epiteto e uma seleção de discursos
O manual de Epiteto e uma seleção de discursos
O manual de Epiteto e uma seleção de discursos
E-book173 páginas4 horas

O manual de Epiteto e uma seleção de discursos

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Sobre este e-book

Um guia sobre como desenvolvera mente e não se preocupar como que está fora de seu controle. Em seus escritos, a mensagem central, enérgica, direta e desafiadora, é que a base da felicidade depende de nós e que todos temos a capacidade, por meio de reflexão sustentada e trabalho árduo, de alcançar esse objetivo. Esta obra, uma verdadeira joia de conteúdo, ajudará o leitor a jogar fora as coisas com as quais passa muito tempo se preocupando inutilmente. Para ter à mão todas as horas.
IdiomaPortuguês
EditoraPrincipis
Data de lançamento15 de ago. de 2021
ISBN9786555526219
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    O manual de Epiteto e uma seleção de discursos - Epíteto

    capa_manual_epiteto.jpg

    Esta é uma publicação Principis, selo exclusivo da Ciranda Cultural

    © 2021 Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda.

    Traduzido do inglês

    A Selection from the Discourses of Epictetus with the Encheiridion, traduzido para o inglês por George Long

    Tradução

    Fábio Meneses Santos

    Preparação e Revisão

    Fernanda R. Braga Simon

    Revisão

    Renata Daou Paiva

    Produção editorial

    Ciranda Cultural

    Diagramação

    Linea Editora

    Design de capa

    Ana Dobón

    Imagens

    fran_kie/shutterstock.com

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

    E643m Epiteto

    O manual de Epiteto e uma seleção de discursos / Epiteto; traduzido por Fábio Meneses Santos. - Jandira, SP : Principis, 2021.

    160 p. ; 15,50cm x 22,60cm. (Clássicos da Literatura Mundial)

    Título original: A Selection from the Discourses of Epictetus With the Encheiridion

    Inclui índice. ISBN: 978-65-5552-572-4

    1. Filosofia. 2. Discurso. 3. Educação. 4. Ética. 5. Conselhos. 6 Ensino. I. Santos, Fábio Meneses. II. Título.

    Elaborado por Lucio Feitosa - CRB-8/8803

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Filosofia : 107

    2. Filosofia : 37.01

    1a edição em 2020

    www.cirandacultural.com.br

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada em sistema de busca ou transmitida por qualquer meio, seja ele eletrônico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização do detentor dos direitos, e não pode circular encadernada ou encapada de maneira distinta daquela em que foi publicada, ou sem que as mesmas condições sejam impostas aos compradores subsequentes.

    Epiteto

    Muito pouco se sabe sobre a vida de Epiteto. Dizem que ele era natural de Hierápolis, na Frígia, uma cidade entre o Meandro e um braço do mesmo rio chamado de Lico. Hierápolis é mencionada na epístola de Paulo aos Colossos (Colossos iv., 13); da qual se concluiu que havia uma igreja cristã em Hierápolis na época do apóstolo. A data de nascimento de Epiteto é desconhecida. O único fato registrado do início de sua vida é que ele era escravo em Roma, e seu senhor era Epafrodito, um esbanjador liberto pelo imperador Nero. Há uma história que conta como o mestre quebrou a perna de seu escravo após uma sessão de torturas; mas é melhor confiar nas provas de Simplício, o especialista no Encheiridion, ou Manual, que diz que Epiteto tinha o corpo fraco e mancava desde a infância. Ninguém sabe em que circunstâncias ele se tornou um escravo; mas tem sido um consenso em tempos modernos que os seus pais venderam a criança. Não encontrei, entretanto, nenhuma autoridade que pudesse confirmar essa declaração.

    Pode­-se supor que o jovem escravo demonstrava inteligência superior, pois seu mestre o enviou ou permitiu que frequentasse as aulas de C. Musônio Rufo, um eminente filósofo estoico. Pode parecer estranho que um mestre quisesse que um de seus escravos pudesse se transformar em filósofo; mas Garnier, o autor da Mémoire sur les Ouvrages d’Epictète, explica esse assunto muito bem em uma comunicação enviada a Schweighaeuser. Garnier afirma: Epiteto, nascido em Hierápolis, na Frígia, de pais pobres, aparentemente estava obrigado pelas vantagens de uma boa educação levada ao capricho, que era comum no período final da República e sob o regime dos primeiros imperadores, em meio às figuras prominentes de Roma contavam, entre seus numerosos escravos, gramáticos, poetas, retóricos e filósofos, do mesmo modo que os ricos financistas em tempos mais recentes foram influenciados a criar com grandes investimentos numerosas bibliotecas. Esta suposição é a única que pode explicar como uma criança desprezível, nascida tão pobre quanto Irus, pôde receber uma boa educação, e como um rígido estoico era escravo de Epafrodito, um dos oficiais da guarda imperial. Pois não podemos suspeitar que tenha sido por alguma predileção pela doutrina estoica, e para seu próprio uso, que o confidente e ministro encarregado das devassidões de Nero teria desejado contar com um escravo assim.

    Alguns autores acreditam que Epiteto foi alforriado por seu mestre, mas não encontrei nenhuma prova para essa afirmação. Epafrodito acompanhou Nero quando ele fugiu de Roma antes da chegada de seus inimigos, e auxiliou o tirano infeliz a se matar. Domiciano (Suetônio, Domiciano, 14) posteriormente condenou Epafrodito à morte por ter prestado esse serviço a Nero. Podemos concluir que Epiteto de algum modo tornou­-se livre e que começou a lecionar em Roma; mas somente depois da expulsão dos filósofos de Roma por Domiciano, em 89 a.C., ele se mudou para Nicópolis, em Épiro, uma cidade que foi construída por Augusto para comemorar a vitória em Ácio. Epiteto abriu uma escola ou sala de aula em Nicópolis, onde lecionou até quando estava em idade avançada. A hora de sua morte é desconhecida. Epiteto nunca se casou, como soubemos por Lucian (Demonax, cap. 55, tomo ii., ­Editora Hemsterh., p. 393). Quando Epiteto discordava frontalmente de ­Demonax, e tendo­-o aconselhado a ter uma esposa e gerar filhos, pois isso também, como dizia Epiteto, era o dever de um filósofo, deixar em seu próprio lugar um outro ser no universo, Demonax refutou a doutrina, respondendo: Dê­-me então, Epiteto, a mão de uma de suas próprias filhas. Simplicius diz (Comentários, cap. 46, Schweighaeuser.) que Epiteto viveu sozinho por um longo tempo. Finalmente acolheu uma mulher em sua casa como babá para uma criança, o que um dos amigos de Epiteto iria expor por causa de sua pobreza, mas Epiteto pegou a criança para si e a criou.

    Epiteto não escreveu nada; e tudo o que temos com seu nome, ­Fócio (Bibliotheca, p. 58) menciona entre as obras de Arriano Conversas com Epiteto [do grego: Homiliai Epichtaeton], em doze livros. Upton acredita que este trabalho seja apenas um outro nome para os Discursos, e que Fócio cometeu o erro de considerar as Conversas uma obra diferente dos Discursos. Mesmo assim, Fócio enumerou oito livros dos Discursos e doze livros das Conversas. Schweighaeuser observa que Fócio não tinha visto essas obras de Arriano sobre Epiteto, assim ele conclui com base nas breves menções a essas obras por Fócio. O fato é que Fócio não diz que ele leu esses livros, como geralmente o faz quando fala sobre os livros que enumera em sua Bibliotheca. A conclusão é que não temos certeza de que tenha havido alguma obra de Arriano chamada Os diálogos de Epiteto.

    Upton comenta, em uma nota em iii., 23 (p. 184, trad.), que há muitas passagens nessas dissertações que trazem ambiguidades ou que seriam bastante confusas por causa dos assuntos pequenos, e porque o assunto não se expande por copiosidade oratória, para não mencionar outras causas. Os discursos de Epiteto, ao que se supõe, foram proferidos de improviso e, portanto, uma coisa após a outra estaria nos pensamentos do narrador (Wolf). Schweighaeuser também comenta em uma nota (ii., 336 de sua edição) que a conexão do discurso é às vezes obscura, pois omite algumas palavras necessárias para indicar a conexão dos pensamentos. O leitor descobrirá que nem sempre conseguirá compreender Epiteto, caso não o leia com muito cuidado, e algumas passagens mais de uma vez. Ele deve também pensar e refletir, ou perderá boa parte dos significados. Não digo que o livro valha todo esse trabalho. Cada um que julgue por si mesmo. Mas eu não teria traduzido o livro se não o considerasse digno de estudo; e acho que todos os livros desse tipo requerem uma leitura cuidadosa, se é que vale realmente a pena lê­-los.

    George Long

    O Encheiridion, ou Manual

    1

    Das coisas, algumas estão em nosso poder, e outras não estão. Em nosso poder estão a opinião [do grego: hupolaepsis], o movimento na direção a um objeto [do grego: hormae], o desejo, a aversão [do grego: echchlisis], o afastamento de alguma coisa; e, em uma palavra, quaisquer que sejam nossos atos. Não estão em nosso poder o corpo, a propriedade, a reputação, os cargos (poder magisterial) e, em uma palavra, o que não são nossos próprios atos. E as coisas em nosso poder são por natureza livres, não sujeitas a restrições ou impedimentos; mas as coisas que não estão em nosso poder são fracas, servis, sujeitas a restrições, sob o poder de outros. Lembre­-se, então, de que, se você pensa que as coisas que são por natureza servis sejam livres, e as coisas que estão sob o poder de outros sejam suas, você será impedido, lamentará, será perturbado, irá culpar deuses e homens; mas, se você acredita que só o que é seu é seu, e se acredita que o que é de outro, como realmente é, pertence ao outro, ninguém jamais poderá obrigá­-lo, ninguém irá impedi­-lo, você nunca culpará ninguém, não acusará ninguém, não fará nada involuntariamente (contra a sua vontade), ninguém o irá prejudicar, não terá nenhum inimigo, pois você não sofrerá nenhum dano.

    Se, então, você deseja (almeja) coisas tão grandes, lembre­-se de que não deve (tentar) agarrá­-las com um mínimo esforço; mas deve deixar algumas totalmente de lado e adiar outras por enquanto. Mas, se você também deseja essas coisas (tais grandes coisas), e o poder (cargo) e riqueza, talvez você não ganhe nem mesmo estas (poder e riqueza) porque você visa também àquelas anteriores (grandes coisas); certamente você falhará nas coisas por meio das quais a felicidade e a liberdade são garantidas. Pratique imediatamente, então, para cada aparência rude: você é apenas uma aparência, e de forma alguma o que parece ser. Em seguida, examine­-o pelas regras que possui, e por isto primeiro e principalmente, se ele está relacionado com as coisas que estão em nosso poder ou às coisas que não estão em nosso poder; e, caso se refira a algo que não está em nosso poder, esteja pronto para dizer que não diz respeito a você.

    2

    Lembre­-se de que o desejo contém em si a profissão (esperança) de obter o que se deseja; e a profissão (esperança) na aversão (desviando­-se de algo) é que você não cairá naquilo que tenta evitar; e aquele que falha em seu desejo é desafortunado; e aquele que cai naquilo que deseja evitar é infeliz. Se, então, você tenta evitar apenas as coisas contrárias à natureza que estão sob o seu poder, não será envolvido em nenhuma das coisas que quisesse evitar. Mas, se você tentar evitar a doença, a morte ou a pobreza, será infeliz. Remova, então, a aversão de todas as coisas que não estão em nosso poder e as transfira para as coisas contrárias à natureza que estão em nosso poder. Mas destrua completamente o desejo por enquanto. Pois, se você deseja algo que não está em nosso poder, você será infeliz; mas das coisas em nosso poder, e que seria bom desejar, nada ainda está diante de você. Mas use apenas o poder de se mover em direção a um objeto e se afastar dele; e esses poderes, na verdade, apenas ligeiramente e com exceções e com remissão.

    3

    Em tudo que agrada a alma, ou supre um desejo, ou é amado, lembre­-se de acrescentar isto (à descrição, noção): qual é a natureza de cada coisa, começando da menor? Se você ama um vaso de barro, diga que é um vaso de barro que você ama; pois, quando for quebrado, você não se incomodará. Se você estiver beijando seu filho ou esposa, diga que é um ser humano que você está beijando, pois, quando a esposa ou filho morrer, você não será incomodado.

    4

    Quando você for executar qualquer ato, lembre­-se de que tipo de ato é. Se você vai tomar banho, imagine diante de si o que acontece em um banho público; alguns espirrando a água, outros empurrando uns aos outros, outros abusando uns dos outros e alguns roubando; e assim, com maior segurança, você se aprofundará no assunto se disser a si mesmo Agora pretendo me banhar e manter minha vontade de maneira conforme à natureza. E assim você fará a cada ação; pois, desse modo, se qualquer obstáculo ao banho acontecer, que este pensamento esteja pronto. Não era só isso que eu pretendia, mas também pretendia manter minha vontade de algum modo em conformidade com a natureza; mas não a sustentarei assim se estiver irritado com o que acontece.

    5

    Os homens não são incomodados com as coisas que acontecem, mas com as opiniões sobre essas coisas; por exemplo, a morte não é terrível, pois, se fosse, teria parecido assim para Sócrates; pois a opinião sobre a morte de que ela é terrível é a verdadeira coisa terrível. Quando, então, somos impedidos, perturbados ou entristecidos, nunca devemos culpar os outros, mas a nós mesmos, isto é, nossas opiniões. É a ação de alguém mal instruído culpar os outros por sua própria má condição; é a ação de alguém que começou a receber instrução colocar a culpa em si mesmo; e daquele cuja instrução já foi completada, nem culpar o outro, nem a si mesmo.

    6

    Não se exalte com nenhuma vantagem (excelência) que pertença a outro. Se um cavalo, quando está exultante, disser Eu sou bonito, alguém poderia aguentar esse fato. Mas, quando você está exultante e diz Eu tenho um lindo cavalo, você deve saber que está exultante por ter um bom cavalo. Então, o que é realmente seu? O uso das aparências. Consequentemente, quando no uso das aparências você está em conformidade com a natureza, então esteja feliz, pois estará exultante com algo bom que é realmente seu.

    7

    Como em uma viagem, quando o navio chega a um porto, se você sai para conseguir água, é uma diversão pegar um marisco ou alguma garrafa, mas sua atenção deve estar voltada para o navio, e você deve vigiar se o capitão começar a chamar de volta, e então você deve livrar­-se de todas essas coisas que apanhou para não ser amarrado e jogado no navio como se

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