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O olho de Hórus - Vol 2: Histórias da mitologia egípcia
O olho de Hórus - Vol 2: Histórias da mitologia egípcia
O olho de Hórus - Vol 2: Histórias da mitologia egípcia
E-book222 páginas2 horas

O olho de Hórus - Vol 2: Histórias da mitologia egípcia

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Sobre este e-book

Entre as areias do deserto e à margem do divino rio Nilo uma poderosa e rica cultura há milênios se mantém, abençoada por um panteão peculiar de deuses.

O tempo passou, as religiões mudaram, mas o Egito antigo e seus deuses seguem em nosso imaginário. Quem nunca se deixou levar pelo mistério da escrita hieroglífica ou se assombrar pelos deuses metade humanos e metade animais?

O olho de Hórus: histórias da mitologia egípcia – Vol 2 reúne novas histórias que beberam das águas sagradas do Nilo, recontando os mitos sobre milenares deuses e faraós egípcios. Nas páginas dessa duologia você encontrará histórias sobre os deuses Osíris, Seth, Maat, Anúbis e tantos outros e também sobre os famosos faraós Tutankhamon e Akhenaton. Sobre o Nilo e as Pirâmides, e a escrita sagrada.

Uma viagem no tempo e no espaço, escrita pelas mãos de autores brasileiros contemporâneos apaixonados pelo Egito antigo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de mai. de 2021
ISBN9786587084664
O olho de Hórus - Vol 2: Histórias da mitologia egípcia

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    O olho de Hórus - Vol 2 - Cartola Editora

    capa2.jpg

    Organização:

    Thais Rocha

    São Paulo

    2021

    1ª edição

    Ficha técnica:

    R672o

    Rocha, Thais, 1992 -

    O olho de Hórus: histórias da mitologia egípcia - Vol. 2 / Thais Rocha (organização) - São Paulo: Cartola Editora, 2021.

    452kb. ; epub

    ISBN: 978-65-87084-66-4

    1. Literatura brasileira - conto. I. Título

    CDD: B869.3

    CDU: 82-3(81)

    Organização: Thais Rocha

    Revisão: Thais Rocha e Rodrigo Barros

    Diagramação, capa e projeto gráfico: Rodrigo Barros

    Acesse nosso site para saber mais sobre os autores.

    Todos os direitos desta edição reservados à Cartola Editora. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização por escrito da editora. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

    Sumário

    Apresentação

    Glossário

    A adaga dos deuses

    A arca do usurpador

    A balança de Maat e o coração de minha avó

    A canção da criação

    A deusa distante

    A fé secreta

    A maldição do faraó

    A menina que inventou as letras

    A misericórdia de Maat

    A nau solar

    A promessa do sol

    A troca de corações

    Chacais no cemitério

    Doze horas no submundo

    Entre o amor e a sabedoria

    Estrela do deserto

    Hieroglífico, ou o Anti-Fedro

    Livro de Toth

    Maat, Anúbis, Toth e a viúva do coração pesado

    Nebet per

    O escriba

    O homem de Isfet

    O lamento do chacal

    O peso de um coração

    O rei vermelho

    Os guardiões de Bubastis

    Por amor foi salvo da morte

    Sob a luz de Áton

    Apresentação

    Entre as areias do deserto e à margem do divino rio Nilo uma poderosa e rica cultura há milênios se mantém, abençoada por um panteão peculiar de deuses.

    O tempo passou, as religiões mudaram, mas o Egito antigo e seus deuses seguem em nosso imaginário. Quem nunca se deixou levar pelo mistério da escrita hieroglífica ou se assombrar pelos deuses metade humanos e metade animais?

    O olho de Hórus: histórias da mitologia egípcia - Vol 2 reúne novas histórias que beberam das águas sagradas do Nilo, recontando os mitos sobre milenares deuses e faraós egípcios. Nas páginas dessa duologia você encontrará histórias sobre os deuses Osíris, Seth, Maat, Anúbis e tantos outros e também sobre os famosos faraós Tutankhamon e Akhenaton. Sobre o Nilo e as Pirâmides, e a escrita sagrada.

    Uma viagem no tempo e no espaço, escrita pelas mãos de autores brasileiros contemporâneos apaixonados pelo Egito antigo.

    Glossário

    Deuses e faraós egípcios mencionados na duologia O Olho de Hórus:

    Aken

    Deus responsável por guiar a barca dos mortos no Duat, o mundo dos mortos egípcio. Não tinha um culto próprio, mas é mencionado em alguns textos, como no Livro dos Mortos.

    Ammit

    Conhecida como a devoradora, era a deusa que personificava a retribuição divina. Era uma fera com corpo misto de leão, hipopótamo e crocodilo, responsável por devorar a alma dos considerados indignos da vida eterna após a morte.

    Amon

    Originalmente, deus dos ventos. Mais tardes, seu culto é associado ao império e Amon é relacionado ao deus Rá.

    Anúbis

    Deus dos mortos, com cabeça de chacal, responsável por conduzir as almas para o Duat. Também acompanhava de perto o tribunal de Osíris e a pesagem dos corações.

    Áton

    Deus do sol, considerado uma das faces do deus Rá. Durante o reinado de Akhenaton (1352 a 1336 a.C.) foi declarado pelo faraó o deus único do Egito.

    Bastet

    (ou Bast) Deusa com cabeça de gato, associada ao amor e à fertilidade.

    Geb

    Deus da terra. Pai de Osiris, Ísis, Seth e Néftis e marido de Nut.

    Hapy

    Divindade que personifica as águas do rio Nilo.

    Hathor

    Uma das principais divindades do panteão egípcio, portanto, possuía diversas atribuições, mas era associada principalmente a atributos de feminilidade, tendo a vaca como seu animal sagrado.

    Hórus

    Deus com cabeça de falcão, filho de Ísis e Osíris, deus dos céus e dos vivos. Assume a função de faraó divino após a morte de seu pai.

    Isfet

    Deusa que personifica o caos, oposta, portanto, à deusa Maat.

    Ísis

    Uma das divindades mais importantes do panteão egípcio, seu culto se espalhou para fora das fronteiras do país, chegando até mesmo à Roma. Apesar de ter muitas atribuições, era associada principalmente à magia.

    Khonsu

    Deus associado à lua. Literalmente, seu nome significa viajante, o que pode estar associado ao movimento da lua no céu. Em associação ao deus Toth, era responsável pela passagem do tempo.

    Khnum

    Deus com cabeça de carneiro associado a aspectos criativos. Também era responsável pela regulação das águas do rio Nilo.

    Maat

    Deusa da verdade, da retidão, da ordem e da justiça. Os mitos nos contam que os corações dos mortos eram pesados no tribunal dos mortos contra a pena que Maat carregava na cabeça. Se o coração pesasse mais que a pena, o morto era considerado indigno e jogado à deusa Ammit.

    Mut

    Deusa primordial, considerada uma espécie de deusa-mãe. Esposa de Amon e mãe adotiva de Khensu.

    Neith

    Deusa da guerra e da caça, criadora de deuses e homens, divindade funerária e deusa inventora.

    Néftis

    Seu nome significa, literalmente, senhora da casa, entendida no sentido físico, como a casa para onde o sol retorna no fim do seu curso, ou seja, os céus noturnos. Mãe de Anúbis (dependendo da versão do mito, o pai pode ser Osíris ou Seth) e irmã de Ísis.

    Nun

    Deus que, acompanhado de sua contraparte feminina, Nunet, simbolizam a água primordial. Dessa água surgiu o universo.

    Nut

    Deusa do céu, simboliza a esfera celeste e é considerada mãe dos astros.

    Osíris

    Inicialmente, simbolizava a força do solo, que faz as plantas crescerem. Após ser assassinado pelo próprio irmão, Seth, torna-se deus dos mortos e preside o tribunal que julga as almas.

    Considerado uma das principais divindades do panteão egípcio, é a personificação do sol em seu auge. Como Hórus, também possui cabeça de falcão, o que posteriormente leva o culto dos dois deuses a serem fundidos.

    Sekhmet

    Deusa com cabeça de leoa, associada à guerra, à vingança e à medicina.

    Serket

    Deusa antiga, associada aos escorpiões.

    Seshat

    Associada à escrita, à astronomia, à arquitetura e à matemática. Seu nome significa a que escreve. Assim como Toth, é considerada uma deusa escriba.

    Seth

    Deus com cabeça de cão, ou de um animal fantástico. Deus das terras vermelhas do deserto, portanto associado à seca, à guerra e à desordem. Ao assassinar o irmão Osíris, assume a função de faraó dos deuses, mas é posteriormente deposto pelo sobrinho Hórus.

    Shu

    Deus associado ao ar seco, às características masculinas, ao calor, à luz e à perfeição. Pai de Geb e Nut, sendo responsável por separar o céu da terra.

    Sobek

    Deus com cabeça de crocodilo, associado ao poder dos faraós, à fertilidade e ao poderia militar. Era invocado especialmente para proteção contra os perigos presentes no rio Nilo.

    Toth

    Deus com cabeça de íbis, associado ao conhecimento, à sabedoria, à escrita e à música. Considerado o inventor da escrita hieroglífica.

    Apófis

    Serpente gigantesca, considerada a personificação do caos. Principal inimiga de Rá em seu caminho diário com a barca solar.

    Akhenaton

    (ou Amenhotep IV) Faraó cujo reinado durou entre 1352 a 1336 a.C. Lembrado principalmente por ter tentado substituir a religião politeísta egípcia por um culto monoteísta ao deus Áton. O nome Akhenaton foi adotado por ele após o decreto dessa fé, significando aquele que louva Áton.

    Amenhotep III

    Faraó que reinou entre 1391 e 1353 a.C. Seu reinado foi próspero e pacífico para o Egito. Pai de Akhenaton.

    Cleópatra VII

    Considerada a última rainha do Egito, reinou entre 51 e 30 a.C. Pertencia à dinastia Ptolomaica, família grega que assumiu o comando do Egito após a morte de Alexandre, o Grande em 323 a.C. Após a morte de Cleópatra, o Egito se tornou uma província romana.

    Nefertiti

    Rainha de Akhenaton. Alguns historiadores acreditam que ela tenha reinado como faraó após a morte de seu marido, antes de Tutankhamon assumir o trono e o título de faraó.

    Tutankhamon

    Faraó que reinou entre 1332 e 1 323 a.C. Filho de Akhenaton, mas não há consenso sobre quem teria sido sua mãe.

    A adaga dos deuses

    Pablyo Santos

    A família de Ezra estava toda ansiosa. O dia em que o garoto finalmente voltaria para casa estava chegando. E mesmo que, há alguns anos, tenham enfrentando algumas desavenças, sabiam da importância de manter a união familiar. Se adequar a tais tradições era uma alegria para Maomé e, a partir disso, tentariam não ser rudes com o garoto, que outrora contrariou a todos, quando revelou que deixaria o Islamismo.

    Hamed e Alia, pais de Ezra, demoraram anos para conseguir aceitar, embora a maioria das pessoas à sua volta acreditassem que isso era um erro terrível. Eles pretendiam continuar acolhendo o garoto como filho, e isso incluía recebê-lo após voltar de sua viagem de intercâmbio, onde explorava outras crenças. O garoto, que sempre deixou claro seu desejo de se tornar um jornalista, começou a caminhar para realização de novos sonhos, ao perceber que seu destino seria como um historiador.

    Estava tudo pronto, e em alguns minutos, Amon, irmão de Hamed, que fora incumbido de buscar o sobrinho no aeroporto, chegaria.

    A porta deu um estalo. Alguém estava manuseando o trinco. Ao abrir, todos gritaram alegremente, radiantes e expressando toda a consideração que tinham, porém, toda essa alegria evaporou pelos céus ao perceberem que Amon estava sozinho.

    — Amon, onde está meu filho? — Hamed perguntou, um tanto curioso.

    — Ele me encontrou, mas disse que não viria, mandou lembranças a todos e disse que… — Ele pausou por um momento, parecia não acreditar no ocorrido. — Ele simplesmente disse que estava atrás de uma adaga.

    — Adaga? — Alia perguntou, confusa.

    — Ele disse que não poderia contar, mas era importante, e seria um grande passo na carreira dele.

    Os pais ficaram decepcionados. Os parentes e amigos foram embora e, enquanto Hamed refletia em sua sacada de mármore, Alia e suas filhas mais novas desarrumaram toda a surpresa que prepararam.

    Enquanto o luar pairava nos céus de um povo clemente, numa cidade que esbanjava a beleza natural que mesclava a cultura do antigo e do atual Egito, o garoto, que apesar de tudo, sentia muita saudade de sua família, não desviou seu foco em momento algum.

    Ezra subiu uma enorme escadaria, apoiando sua mão em uma parede esculpida por pedras, portando uma mochila com dois cadernos para registrar tudo que pesquisava, uma agenda e uma camisa reserva. Ele também portava uma câmera, a qual comprou exatamente para este propósito. No findar das escadas, encontrou alguém que estava esperando há algum tempo, seu nome era Said, e ele buscava pela mesma coisa.

    O rapaz, também jovem e sonhador, com vestes estranhas e uma inquietação de quem estava sendo procurado por algum crime, apenas olhou para Ezra e disse que ali não era um lugar seguro. Estranho, pois, para o garoto da câmera, encontrar a adaga dos deuses nada mais seria que uma descoberta histórica.

    Há quem diga que tudo é resultado da desavença entre os deuses, muito antes do que se pode imaginar. Quando Seth assassinou seu irmão Osíris, para ocupar seu trono, este se tornou o juiz no além, após vencer a própria morte. Porém, Hórus, deus dos céus, filho de Osíris, derrotou seu tio por vingança, tornando-se o Rei dos Vivos no Egito. Há quem diga que após o feito, Hórus solicitou para que Rá estivesse sempre a favor dele e concedesse a ele uma adaga capaz de destruir o espírito de Seth de uma vez por todas, caso fosse necessário. Porém, a balança cósmica permaneceu em equilíbrio por muitos anos, e a adaga acabou perdida pelas terras do Egito.

    — Viu? É disso que se trata, é maior do que as pessoas podem imaginar! — Said disse, mostrando a Ezra um pergaminho enrolado, com todos aqueles dizeres, o que para ele não era uma novidade.

    — Onde achou este pergaminho? Eu sei muito bem do que se trata a adaga, e é por isso que pretendo encontrá-la. Essa é a informação que você tinha?

    — Claro que não — Said respondeu. — Venho procurando isso há muito mais tempo que você. E eu não tenho por que dizer onde encontrei isto.

    — Há um hieróglifo nas tumbas que existem na região de Minya. Segundo o Ministério Egípcio, havia amuletos, recipientes com vísceras e restos mortais mumificados, toda a mensagem gravada foi decodificada… só que um dos amuletos foi roubado! — Ezra disse, animado com a história, que achava intrigante.

    — Está falando desse aqui? — Said tirou um amuleto de dentro de uma bolsa, guardado minuciosamente embalado dentro de uma caixa de vidro. Era um objeto extraordinário, tinha a forma de um escaravelho e uma beleza estonteante.

    No entanto, após admirar a beleza do objeto, Ezra caiu na real. O amuleto roubado estava bem ali, nas mãos daquele homem que conheceu há poucos dias através da internet e de uma troca de mensagens. O fator do interesse em comum os uniu, o garoto com vontade de fazer história e o ladrão de artefatos históricos.

    — Você roubou o amuleto? Céus, você roubou um amuleto de mais de três mil anos antes de Cristo?

    — Acho que o grande historiador não entendeu, não é? A adaga não está perdida, Rá entregou a adaga para Hórus, mas o fez prometer que só usaria se realmente precisasse. A balança cósmica permaneceu em equilíbrio. O Egito passou por constantes fases de transições e esse artefato continuou nas terras do Egito. Havendo realmente um Deus ou vários deuses, isso aqui ficou guardado, assim como a adaga — Said explicou.

    — Então, a adaga não está exatamente perdida?

    — Claro que não, rapaz! Até o findar das dinastias, a adaga foi repassada a cada soberania, em cada dinastia, e se todas as pesquisas estiverem certas, ela foi enterrada junto a Cesarião, filho de Cleópatra, e também o último faraó. As pessoas pensam

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