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O POLÍTICO - Platão
O POLÍTICO - Platão
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E-book154 páginas1 hora

O POLÍTICO - Platão

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Sobre este e-book

Ler Platão é ler parte essencial da formação do pensamento ocidental. A sua obra perdura e influencia as civilizações ocidentais há cerca de 2.400 anos. Assim, pode-se dizer que Platão é um eterno contemporâneo. O Político (em grego clássico: Politikos, em latim: Politicus) é um diálogo platônico que ocupa-se, como o nome indica, com o perfil do homem político. O diálogo visa indicar o conhecimento necessário ao político para que ele exerça um governo justo e bom. Nesta obra, Platão, através da proposta de Teodoro a o Estrangeiro e a Sócrates, o moço propõe fazer o retrato completo do Homem Político. Com tanta carência de bons politicos em nossa atualidade, O Politico é uma oportunidade de reposicionar nossos verdadeiros anseios em relação a ales.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de mar. de 2021
ISBN9786558940142
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    O POLÍTICO - Platão - PLATÃO

    cover.jpg

    Platão

    O POLÍTICO

    1a Edição

    Coleção Filosofia

    img1.jpg

    ISBN: 9786558940142

    LeBooks.com.br

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    Sumário

    APRESENTAÇÃO:

    Sobre o Autor

    Infância e juventude

    Platão e Sócrates

    A Academia de Platão

    Filosofia Platônica

    O Político e outras obras:

    O POLÍTICO

    UMA PEQUENA LIÇÃO DE LÓGICA: ESPÉCIE E PARTE

    O GROU E A SUA OPINIÃO

    ANIMAIS AQUÁTICOS E TERRESTRES

    QUADRÚPEDES E BÍPEDES.

    O CONCURSO DAS DUAS MAJESTADES

    O CAMINHO MAIS CURTO. RECAPITULAÇÃO

    CRÍTICA DA DEFINIÇÃO. OS RIVAIS DO POLÍTICO

    O RECURSO AO MITO

    AS ALTERNÂNCIAS DO MOVIMENTO E O SEU CURSO

    OS FILHOS DA TERRA

    OS PASTORES DIVINOS

    O MUNDO ABANDONADO

    O HOMEM NO ESTADO DE NATUREZA

    O PASTOR HUMANO: TIRANO OU REI?

    DEFINIÇÃO E USO DO PARADIGMA

    O PARADIGMA DA TECEDURA

    CAUSAS PRÓPRIAS E CAUSAS AUXILIARES

    A MEDIDA RELATIVA E AJUSTA MEDIDA

    A NORMA VERDADEIRA, A SÍNTESE DIALÉTICA

    AS DIVERSAS FORMAS DAS CONSTITUIÇÕES

    O VERDADEIRO CHEFE ACIMA DAS LEIS

    A ILEGALIDADE IDEAL. A FORÇA IMPONDO O BEM

    A LEGALIDADE NECESSÁRIA: OS DOIS PERIGOS

    AS CONSTITUIÇÕES IMPERFEITAS

    ELIMINAÇÃO DAS ARTES AUXILIARES

    A NATUREZA SOCIAL E SUAS CONTRADIÇÕES

    Notas e Referências

    "

    O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus."

    Platão, em A República

    APRESENTAÇÃO:

    Sobre o Autor

    img2.png

    Cópia em mármore do busto de Platão feito por Silanião, 370 AC

    Nome completo: Platão

    Escola/Tradição: Platonismo

    Data de nascimento: 428/427 a.C.

    Local: Atenas, Grécia Antiga

    Falecimento: 348/347 a.C.

    Local: Atenas

    Principais interesses: Retórica, Arte, Literatura, Epistemologia, Justiça,

    Platão foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia. Sua obra República é a primeira Utopia da história. Era discípulo do filósofo Sócrates. Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso. O mundo espiritual é mais elevado, eterno, onde o que existe verdadeiramente são as ideias, que só a razão pode conhecer.

    Infância e juventude

    Platão pertencia a uma das mais nobres famílias de Atenas. Como todo aristocrata de sua época, recebeu educação especial, estudou leitura e escrita, música, pintura, poesia e ginástica Era excelente atleta, participou dos jogos olímpicos como lutador. Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas recebeu o apelido de Platão, que em grego significa ombros largos. Por tradição de família, Platão desejava dedicar-se à vida pública e fazer uma brilhante carreira política, como descreveu em uma de suas muitas cartas.

    Platão e Sócrates

    Desde cedo, Platão tornou-se discípulo de Sócrates, aprendendo e discutindo com esse filósofo os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas. Quando Sócrates foi condenado à morte sob a acusação de perverter a juventude, Platão desiludiu-se da política e resolveu voltar-se inteiramente para a filosofia. Sua amizade com Sócrates quase lhe custa a vida. Foi obrigado a deixar a cidade, retirou-se para Megara, onde conviveu com Euclides, viajando em seguida por Cirene, Itália e Egito, entrando em contato com grandes mentalidades da época. Foram doze anos aprendendo, e transformando em sua filosofia própria.

    Quando regressou a Atenas, com a idade de 40 anos, abriu uma escola filosófica que recebeu o nome de Academia, pela razão de se reunirem mestres e discípulos nos jardins de um rico cidadão chamado Academus. Os estudos realizados por Platão deram-lhe a formação intelectual necessária para formular as próprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sócrates. A fim de eternizar os ensinamentos do mestre, que não havia redigido nenhum livro, escreveu vários diálogos onde a figura principal é Sócrates, com isso tornou conhecido o pensamento de seu mestre.

    A Academia de Platão

    Em sua escola, a Academia, Platão reunia-se com seus discípulos para estudar Filosofia e Ciências. No campo científico, dedicava-se especialmente à Matemática e Geometria. Mas o que o filósofo procurava transmitir era principalmente uma profunda fé na razão e na virtude, adotando o lema de seu mestre Sócrates: O sábio é o virtuoso Essa foi a preocupação máxima dos seus últimos anos, quando escreveu suas obras mais notáveis. Entre seus discípulos o que mais se destacou foi Aristóteles, que mesmo discordando do mestre, sofreu sua influência.

    Tal foi a influência de Platão, que a Academia subsistiu mesmo após a sua morte aos oitenta anos de idade. Quando em 529, o imperador romano Justiniano mandou fechar a Academia, junto com outras escolas não cristãs, a doutrina platônica já tinha sido amplamente difundida.

    Filosofia Platônica

    Para explicar seu pensamento filosófico, Platão escreveu em forma de diálogo, no livro VII da República, uma história famosa: o mito da caverna. Platão explica que a alma, antes de ficar aprisionada no corpo, habitava o mundo luminoso das Ideias, guardando apenas vagas lembranças dessa existência anterior. As ideias, para Platão, são objetos imutáveis e eternos do pensamento e servem para explicar a aquisição de conceitos, a possibilidade de conhecimentos e o significado das palavras. Para Platão, As coisas desfazem-se em pó e as ideias ficam.

    Platão é também famoso por sua teoria da anamnese (reminiscência), de acordo com a qual, muitos de nossos conhecimentos não são adquiridos através da experiência, mas já conhecidos pela alma na ocasião do nascimento, uma vez que a experiência serve apenas para ativar a memória.

    O Político e outras obras:

    O Político (em grego clássico: Politikos, em latimPoliticus) é um diálogo platônico que se ocupa, como o nome indica, com o perfil do homem político. O diálogo visa indicar o conhecimento necessário ao político para que ele exerça um governo justo e bom.

    Nesta obra, Platão, através da proposta de Teodoro a o Estrangeiro e a Sócrates, o moço (não confundir com Sócrates, o filósofo), propõe fazer o retrato completo do Homem Político.

    Síntese da obra

    O Estrangeiro (relacionado com ser desconhecido em casa onde se discute e não com o aspecto geográfico) procura ensinar ao seu discípulo Sócrates, o moço, a função de três utensílios filosóficos na prática da dialéctica. São eles a divisão ou diérese, a invenção e interpretação de mitos e os paradigmas funcionais.

    O pensamento platônico vai sendo demonstrado através do dinamismo dialético imposto pelos intervenientes. A sistematização do pensamento passa pela relação entre o homem político e as diversas e mútuas influências. Refiro-me ao mito, à constituição do poder, ao bom e à virtude. Os exemplos de bom e de virtude são abordados em O Político, mas a dado ponto o diálogo não aprofunda e assume outra direção. O aprofundamento acontece mais em Górgias, onde Platão filosofa sobre a desejável ligação entre a arte da Retórica e a Bondade.

    O homem político deve, assim, usar o seu poder retórico para alcançar o bem comum e não em proveito próprio.

    O Bem, para Platão, é a finalidade da vida, objetivo supremo. Dele depende o conhecimento. É a causa criadora que sustenta o mundo. É objetivo da Dialética o apreender a essência de todos seres e substâncias; o ser capaz de distinguir a natureza ideal do Bem, isolando-a de todas as outras coisas. Na dialética platônica, O uso dessa arma fundamental é sublinhado, em alguns momentos, pela ironia (ignorância simulada). Em A República, livro anterior a O Político e pertencente aos quatro grandes mitos escatológicos (Górgias, Fédon, República e Fedro), Trasímaco diagnostica diversas vezes essa ignorância simulada usada por Platão na voz de Sócrates.

    Será comparando O Político com, precisamente, A República, situada na já mencionada terceira fase da produção literária-filosófica do autor, que poderemos perceber as mudanças no pensamento do filósofo grego.

    A evolução filosófica de Platão durante o período a começar em A República, passando por O Político, até chegar

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