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Depressão: Série psicologia cristã
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E-book100 páginas1 hora

Depressão: Série psicologia cristã

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Sobre este e-book

A depressão é considerada pela OMS ( Organização Mundial da Saúde) o "mal do século", uma doença, infelizmente, ainda cheia de tabus e preconceitos, mesmo dentro dos círculos cristãos. A OMS também estima que os transtornos depressivos atingem, hoje, quase 5% da população mundial. No entanto, é sabido que esse percentual é muito maior, considerando os altos índices de casos subdiagnosticados.
Caracterizada por uma tristeza crônica e profunda, a depressão é uma patologia silenciosa e, muitas vezes, incompreendida. Para muita gente, ela é sinônimo de fraqueza. Outras tantas atribuem o quadro a falhas na formação e na educação ou à falta de fé, mas tudo isso é um grande equívoco, pois a depressão é multifatorial, podendo ser genética, hormonal, um sintoma de outros transtornos, o resultado do uso de drogas e muito mais, ou seja, pode ser o somatório de muitos fatores, os quais serão explicados neste pequeno exemplar.
A intenção da Dra. Marisa é ensinar as pessoas a não permitirem ao mundo feri-las a ponto de gerar nelas transtornos psicológicos, como a depressão, por exemplo. Neste livro, ela nos ajudará a abrirmos nossas mentes para entendermos que Deus não nos quer doentes, e que temos a opção de continuarmos na ignorância ou de lutarmos, com todas as armas disponíveis, para livrar-nos da depressão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de nov. de 2020
ISBN9786557600214
Depressão: Série psicologia cristã

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    Depressão - Marisa Lobo

    Lobo

    CAPÍTULO 1

    DEPRESSÃO, O MAL DO SÉCULO 21

    A depressão pode ser caracterizada como uma tragédia silenciosa, que vem assustando cientistas do mundo todo. Estima-se que, só no Brasil, dez milhões de indivíduos sofrem com essa doença. Segundo a OMS, nos últimos dez anos, o número de pessoas depressivas aumentou para 18,4%. Isso corresponde a 322 milhões de indivíduos, ou seja, cerca de 4,4% da população mundial.

    Devido ao desconhecimento das pessoas sobre o tema, somente um em cada quatro indivíduos com depressão tem conhecimento do transtorno que o aflige e consegue buscar auxílio. Entretanto, 75% das pessoas depressivas não sabem que estão doentes e, por isso, sofrem sem tratamento adequado, apresentando, entre outros sintomas, perda da autoestima e da capacidade de concentração, o que leva a dificuldades profissionais e familiares.

    A depressão não surge de um dia para outro, e ninguém escolhe ser depressivo. Ela ocorre pouco a pouco, até que o indivíduo afunde no desamparo, no mau humor, no pessimismo e na incapacidade de reagir. Michael King, psiquiatra e professor do Departamento de Ciências sobre Saúde Mental da Universidade College de Londres (UCL), é um dos responsáveis pelo famoso teste PredictD, que busca prever o risco da depressão. Segundo ele, mesmo na atualidade, essa doença continua muito estigmatizada:

    Conhecer esses sintomas é importante para que o indivíduo possa sair do grupo dos 75% desconhecedores da doença e consiga buscar tratamento, que consiste em psicoterapia e, nos casos graves, no uso de medicamentos conhecidos como antidepressivos.

    A depressão é um transtorno psiquiátrico capaz de afetar qualquer pessoa, independentemente de sua classe social, cor, orientação sexual, religião etc. Qualquer indivíduo pode tê-la, apesar de haver casos em que uns têm mais predisposição do que outros. Ela se torna cada vez mais grave se não for tratada, sendo responsável pela maior causa dos suicídios.

    Ela provoca, ainda, ausência de prazer em coisas que antes faziam bem e incita alterações fisiológicas no corpo, sendo a porta de entrada para outros males. Dependendo da gravidade, também desencadeia doenças cardiovasculares, como infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e hipertensão.

    Diferença entre tristeza e depressão

    Tristeza tem motivo, e a pessoa sabe que está triste. Já depressão é uma tristeza profunda e, muitas vezes, sem motivo aparente. Mesmo se algo maravilhoso acontecer, o indivíduo continuará triste.

    A pessoa triste pode ter sintomas físicos, como aperto no peito, taquicardia e choro, inclusive, ela pensa constantemente sobre a razão da tristeza. Já a depressiva tem pensamentos suicidas e fica, pelo menos, duas semanas em uma tristeza profunda e contínua.

    Luto não é depressão

    As reações do luto, que se estabelecem em resposta à perda de pessoas queridas, caracterizam-se pelo sentimento de profunda tristeza, exacerbação da atividade simpática e inquietude.

    Quando normais, elas podem estender-se por um ou dois anos, devendo ser diferenciadas dos quadros depressivos propriamente ditos. Nesses casos, a pessoa preserva certos interesses e reage, de forma positiva, ao ambiente, quando devidamente estimulada.

    No luto, não se observa a inibição psicomotora característica dos estados melancólicos. Além disso, os sentimentos de culpa, por exemplo, limitam-se a não ter feito todo o possível para auxiliar alguém que morreu; em geral, outras ideias de culpa estão ausentes.

    As possíveis causas da depressão

    As depressões são doenças multicausais, que sofrem a interferência de diversos fatores etiológicos. Nelas, ocorre um comprometimento multigênico, sendo até três vezes mais frequente em pessoas com antecedentes hereditários positivos.

    Aliás, as depressões podem ser afetadas pelas estações climáticas do ano, sendo mais frequentes no inverno e em países de clima frio, e influenciadas por alguns fatores. Dentre estes, estão: privação de sono, intensidade de luz e luminosidade, traumas precoces de vida (orgânicos ou psíquicos), lesões estruturais do cérebro, infecções e viroses, situações de estresse e estilos de vida, condições profissionais específicas, agentes químicos e físicos, outras doenças clínicas e psíquicas (depressões secundárias) e uso de medicamentos.

    Alguns fatores psicossociais — como desemprego, aposentadoria, casamento e separação conjugal — estão correlacionados com o aumento nos índices de depressão. Sabe-se, por meio de dados de pesquisas, que duas a três pessoas entre dez têm, tiveram ou terão, ao menos, um episódio depressivo na vida.

    A depressão, portanto, pode incluir uma combinação de origens biológicas, psicológicas e sociais de angústia. Cada vez mais, estudos sugerem que esses fatores causam mudanças na função cerebral, incluindo alteração na atividade de determinados circuitos neuronais no cérebro. A sensação persistente de tristeza ou perda de interesse que caracteriza a depressão leva a uma variedade de sintomas físicos e

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