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    Não se afaste das raízes
    Não se afaste das raízes
    Não se afaste das raízes
    E-book94 páginas56 minutos

    Não se afaste das raízes

    De Rafael Augusto Coutinho

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    Sobre este e-book

    O livro é composto por 365 poemas. Cada um, lido separadamente, representa o fragmento de um momento. Quando lidos em sequência dão o sentido completo. Há alguns temas secundários ao longo da obra, porém o tema central é voltado à valorização de meus pais e avós. Eles são as raízes que permitiram que muitos frutos crescessem. Há referências no decorrer dos escritos sobre as profissões de minhas avós e mãe, quando relaciono à minha escrita. O mesmo ocorre com meus avôs e pai. Foram necessários quase dois anos para concluir este livro, entretanto afirmo que o conteúdo presente nele antecede minha própria existência.
    IdiomaPortuguês
    EditoraEditora Dialética
    Data de lançamento23 de out. de 2020
    ISBN9786588064726
    Não se afaste das raízes

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      Não se afaste das raízes - Rafael Augusto Coutinho

      SUMÁRIO

      Capa

      Folha de Rosto

      Créditos

      APRESENTAÇÃO

      CAPÍTULO-1

      EPÍLOGO

      Landmarks

      Capa

      Folha de Rosto

      Página de Créditos

      Sumário

      Epílogo

      APRESENTAÇÃO

      Eu hoje me dou ao luxo de escrever por mais do que algum dia aparentava ser. Faço deste hábito o meu maior lazer. Ele me serve como um meio de me satisfazer. Afirmo desde já que faltarão páginas para tudo o que tenho a dizer. Esta história começou muito antes de eu coincidir em nascer. Por isso faço deste livro uma forma de me refazer, digo o que preciso a fim de renascer. Mas desejo ir além, mantê-lo focado em mim não é o suficiente para que eu me sinta bem. Exponho algo externo à minha vida, cada escrito é o ponto final a partir de uma longínqua partida.

      Por mais que pareça ter passado pouco tempo, trago em minha escrita a memória e valorização do caminho na terra batida. Posso dizer que isto iniciou antes que a luz tocasse minha retina, começou com o carpir e coser à chama da lamparina. Encontrei nos dias de hoje minha própria mina, a gratidão eterna que me afasta da caverna. Uma forma que me trouxe um motivo maior para viver. Me sinto então no dever de completar as palavras acima, há mais do que aquilo que trago em cada rima. Seria como me contradizer se não valorizasse a linha da costura e toda a estrutura que me permitiram escrever. Por isso eu o faço por mais do que o puro espanto e bel-prazer.

      CAPÍTULO-1

      Por mais um ano planto minhas sementes

      Eventualmente esta árvore que tanto cuido florescerá

      Terei então um cultivo farto que me orgulhará

      Farei como os que vieram antes sem pestanejar

      Deixarei algo importante para que possam desfrutar.

      Dia 1

      01/01/19

      Como antes, escrevo sentimentos decorrentes

      Não tão diferente de como um dia já fiz

      Indeciso se ainda sou feliz ou apenas descontente

      Escrevo mais uma vez para aliviar minha mente.

      Dia 2

      02/01/19

      Diferente do rastejar da serpente

      Caminho fitando o horizonte que não encerra

      Faço de estrelas meu maior culto

      E com tempo, sepulto minas sementes nesta terra.

      Dia 3

      03/01/19

      Tornou-se comum eu encontrar ladrões de frutos

      Quando estou prestes a colher estes levam tudo em minutos

      É cansativo trabalhar tanto e no fim ver tudo ser levado

      Quando ocorre, lembro-me que possuo raízes fortes e por estas sou grato.

      Dia 4

      04/01/19

      Costuro o máximo que posso a cada momento

      Guardo aqui as histórias que acabo vivendo

      Sou um admirador da arte do remendo

      Herdei-a com orgulho e dou continuidade escrevendo.

      Dia 5

      05/01/19

      Tento dar um passo de cada vez

      Como minha melhor versão faria

      Um passo por dia

      Jamais permito que a esperança seja tardia.

      Dia 6

      06/01/19

      Mergulho e descubro o que não consta na história

      Não permito sentir-me perdido durante a trajetória

      Uma vida não resume-se à uma memória de um dia

      E então me faço a pergunta que normalmente não faria

      Se eu fosse um livro, que tipo de livro seria?

      Dia 7

      07/01/19

      Talvez o motivo de minhas noites carregarem fantasmas encobertos

      seja o fato de que vejo meus sonhos quando estou de olhos abertos

      Uma forma de fugir de realidades cruéis e fechadas onde nada sinto

      Como se pudesse ascender e enfim ver, entre nuvens, o fim do labirinto.

      Dia 8

      08/01/19

      Me incomoda perceber que certos sonhos não têm idade

      Isso deixa mais claro ainda: luxo não é felicidade

      São desejos tão simples e ainda tão esperados

      Me entristece saber que estes não são alcançados.

      Dia 9

      09/01/19

      Esta vida não pode ser um atalho repleto por paisagens

      É preciso caminhar e criar passagens

      Seria tão sombrio e inerte ser isto apenas

      Deste fruto devem surgir novas sementes entre velhos dilemas.

      Dia 10

      10/01/19

      Ouço algumas mentes vazias com desatino

      Gritam e eu só vejo ideias quebradas vindo

      Pedindo o estrondoso toque de recolher do sino

      Com olhos assustados penso: É uma cilada bino!.

      Dia 11

      11/01/19

      Não desejo selar um olhar estático

      Ver uma forma sem vida, um ser apático

      Nada virá de um olhar vazio, fitando quem mais confio

      Deste modo sinto que a existência então seria um desafio.

      Dia 12

      12/01/19

      Sem viver em distintas, faço desta minha preferida

      Entre tantas outras ricas, Minas foi a escolhida

      A perfeita para que minha morte seja engolida

      e também para trazer à outros uma nova vida.

      Dia 13

      13/01/19

      Não posso permanecer fugindo

      Devo enfrentar aquilo

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