A Festa do Bom Jesus dos Navegantes em Propriá – SE: história de fé, espaço de relações sociais e laços culturais
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A Festa do Bom Jesus dos Navegantes em Propriá – SE - Adelina Amélia V. Lubambo de Britto
AGRADECIMENTOS
Nenhum trabalho de pesquisa é de natureza exclusivamente individual. É nesse sentido que julgo necessário manifestar minha gratidão àqueles que, sob diversas formas, prestaram-me inestimável auxílio neste momento da criação deste livro.
Agradecemos,
A DEUS por nos conceder saúde todos os dias oportunizando a realização deste sonho – editar este livro - , mesmo em tempos de Pandemia de Coronavírus – Covid-19 e vivendo em isolamento social. Eterna gratidão aos meus pais (in memoriam), vocês continuam vivos no meu coração. Aos meus filhos, Hildebrando Neto, Ana Carolina e Álvaro Luiz, meu genro Thiago Pacheco e às minhas noras Camilla e Cinthia pelo incentivo às minhas lutas. Não poderia deixar de agradecer ao meu marido Hildebrando Filho, que sempre me auxiliou nos serviços ligados à internet/computação, todas as vezes que recorro.
Minha eterna gratidão a Dom Mário Rino Sivieri (in memoriam) que nos deixou em junho de 2020, e à época da pesquisa se disponibilizou em falar sobre a festa e tecer opiniões valorosas, como também ao pároco que o acompanhava sempre, Monsenhor Oudair Francisco condutor da festa religiosa naquele período e que contribuiu com valorosas informações e posicionamentos.
Especial agradecimento aos fiéis romeiros, devotos e visitantes como também ao povo de Propriá, que muito contribuiu com a pesquisa e que todos os anos manifestam sua devoção ao Santo Protetor com suas presenças cada vez mais participativas.
Agradecida sempre, ao professor Dr. Orivaldo Pimentel (orientador) que lá atrás conduziu brilhantemente nossa pesquisa enquanto dissertação e com propriedade de conhecimento nos concedeu um fechamento vitorioso.
Ao nosso atual condutor de ovelhas em Cristo, Pe. Clebson Moura atual pároco de Propriá, por ter aceito ao convite de contribuir com este livro escrevendo o Prefácio, nossa eterna gratidão. E à colega professora e amiga Kátia Araújo pelas palavras carinhosas com as quais detalhou o nosso período de convivência e amizade, na apresentação, – não tenho palavras para agradecê-la; que nossa amizade se estenda por muitos anos.
Por fim, ao professor Dr. Rafael Sapucaia editor adjunto da Editora Dialética por ter garimpado minha dissertação e feito o convite para transformá-la em livro, como também a toda a equipe de editoração pelo carinho e apoio como foi conduzido este trabalho.
DEDICATÓRIA
Aos meus filhos Hildebrando Neto, Ana Carolina, Álvaro Luiz e aos meus netos, Antônio, Catarina e os gêmeos Bento e Benjamim (Bem-te-vi e Beija-flor) meu sentido de vida, dedico este livro.
EPÍGRAFE
Calor humano da multidão que se aperta, não forçada por qualquer obrigação ou costume, mas por prazer. Necessidade de Deus, felicidade de o ver, de o ouvir, de o tocar
(Guy Deleury)
PREFÁCIO
Esta obra intitulada A Festa do Bom Jesus dos Navegantes em Propriá - SE: História de Fé, espaço de Relações Sociais e Laços Culturais é fruto de uma importante pesquisa de mestrado acadêmico, realizada em 2010, pela pesquisadora e professora Adelina Amélia Vieira Lubambo de Britto. Nela encontramos uma visão acadêmica e científica acerca desse, que é o maior evento religioso da região do Baixo São Francisco, estado de Sergipe. Entretanto, apesar do seu inestimável valor acadêmico, as informações históricas contidas na obra, conseguem extrapolar a dimensão da ciência positiva, levando-nos a adentrar, por meio das vias psicológica e espiritual, a fé e as crenças daqueles que são partícipes desse evento, tão significativo e importante para Propriá e região.
À época da pesquisa, e dando continuidade com o presente título, a escritora organizou didaticamente sua obra em três capítulos, conforme a própria estrutura da Festa do Bom Jesus dos Navegantes, em Propriá. Com isso, a forma textual impulsiona o leitor a um belo movimento interior, espiritual e psicológico, por meio do qual se pode compartilhar os sentimentos dos participantes da festa, seja daqueles que tradicionalmente objetivam a festa religiosa, seja dos que buscam à festa católica, razão primeira e mais significativa do evento.
O primeiro capítulo da obra aborda a preparação da festa, englobando o panorama histórico de seu surgimento, nas primeiras décadas do século XX, bem como a sucessão anual da mesma, no que concerne ao momento preparatório, propriamente dito focando a movimentação dos grupos responsáveis pelo evento. O segundo capítulo dirige o olhar para a acolhida dos romeiros, devotos e turistas que povoam a cidade e região durante a semana da festa, enquanto se espera o grande dia da mesma, o último domingo de janeiro, no qual se celebra e festeja o Bom Jesus dos Navegantes em Propriá. E o terceiro capítulo fala sobre o ápice da festa, o domingo, como todas as suas solenidades, desde a Missa Solene na Catedral Diocesana de Propriá até a tradicional procissão fluvial no Rio São Francisco, acompanhada da admirável queima de fogos de artificio.
Concernente ao conteúdo acadêmico-científico, destacamos as informações históricas, sociológicas e políticas apesentadas nesta obra. A autora faz uma instigante problematização, acerca do choque de interesses entre os diversos grupos que compõem e sustentam a Festa do Bom Jesus dos Navegantes. Com isso, queremos salientar a importância dessa unidade que se estabelece na cidade, neste período, de modo que, embora com ideias e ideologias diferentes, na maioria das vezes, esses segmentos sociais e eclesiais conseguem uma articulação esplêndida , a tal ponto de encontrarem um denominador comum e estabelecerem de certo modo, uma ação conjunta, em prol da realização da festa.
A cidade de Propriá se torna palco do maior evento religioso do Baixo São Francisco em Sergipe. A Igreja Católica vê-se diante de um momento sem igual, de modo que, nem mesmo a festa do Padroeiro da cidade, Santo Antônio, consegue superar a imensidão que é a Festa do Bom Jesus dos Navegantes; tanto no que diz respeito ao número de participantes, quanto na intensidade religiosa e do senso de pertença à Propriá, cuja consequência é a promoção de um verdadeiro movimento de êxodo dos propriaenses dispersos pelo estado e pelo país. Há um retorno tão significativo que a cidade é tomada pelo brilho de tantos dos seus filhos ilustres, cuja presença vivifica a memória histórica e cultural da região, fortalecendo o vínculo que há entre ela e aqueles que nela viveram, e que, por um motivo ou outro, tiveram de sair, com o passar do tempo.
Diante disso, a autora explora essa dimensão do aumento demográfico temporário, porém titânico, que ocorre em Propriá nos dias em que se realiza a festa, destacando seus impactos econômicos e sociais, por meio do intercâmbio cultural ocorrido. E isso pode ser percebido não somente pelo aumento no número de pessoas, mas também pela movimentação comercial que aumenta significativamente, além das festas familiares e de grupos privados, que ocorrem paralelamente às celebrações do Bom Jesus dos Navegantes.
Além das mudanças na estrutura socioeconômica, que ocorrem devido ao gigantesco número de pessoas na cidade e região, há também uma importante experiência no quesito religiosidade, pois, com o ajuntamento de pessoas de diferentes culturas, pode-se notar a catolicidade entre aqueles que professam a mesma fé, ou seja, a unidade visível da Igreja Católica que, embora espalhada por diversas regiões, com povos diferentes, permanece unida na centralidade da fé cristã, que é Jesus Cristo.
A obra, como expressamos anteriormente, possibilita uma compreensão da Festa do Bom Jesus dos Navegantes, que extrapola a dimensão acadêmica e científica. Ela nos leva a uma vívida leitura, na