Vida além da morte: ciência comprova vida após a morte
De J. C. Faria
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Vida além da morte - J. C. Faria
Jain)
1 - NOSSA VIDA SE ESTENDE AO INFINITO
PERGUNTAS QUE NECESSITAM RESPOSTAS
A humanidade desde os seus primeiros tempos de existência, sempre manteve vivas em sua mente, certas perguntas tais como:
De onde viemos ?
Quem somos nós ?
Para que existimos ?
Para onde estamos indo ?
Existe realmente vida após a morte terrena ?
Ao longo de todos os milênios que nos separam desde aquelas origens da vida humana, temos desenvolvido a ciência e seus conceitos para tentarmos encontrar respostas adequadas.
Neste livro estaremos demonstrando através da ciência que efetivamente existe vida após a morte.
Entretanto, para que haja uma melhor compreensão deste tema por parte do leitor, faz-se necessário também explicar como é a vida humana, da forma como materialmente já a conhecemos, que é o que faremos neste primeiro capítulo. Em alguns aspectos, aliás, seremos até mesmo repetitivos, para que se possa bem gravar o conteúdo.
Em seguida, como abordado na Introdução, entraremos em alguns detalhes da ciência, inclusive da Física Quântica, nos dois capítulos que se seguem, para tornar nossas afirmativas mais claras mesmo que não entremos em qualquer aspecto de Matemática Superior, cuja formulação, entretanto, também se tornou necessária na demonstração científica de que de fato existe vida após a morte terrena.
REALIDADE É O QUE SENTIMOS?
O filósofo grego Platão já havia concluído em sua época (428 A. C. a 348 A. C.) que o ser humano não vive a realidade da vida, justamente por causa de seus limitados sentidos. Ele afirmava que nós vivemos de fato as imagens projetadas de algumas outras dimensões, e que estas sim constituiriam a realidade.
Platão chegou mesmo a criar uma metáfora de vida em uma caverna, na qual os homens e as mulheres estariam dispostos de tal maneira que somente podiam olhar para a frente, durante a sua vida. Por trás deles uma fogueira acesa projetava as sombras de suas vidas na parede que lhes ficava adiante. E assim, aqueles seres humanos somente viam as imagens da realidade que eram projetadas pela luz do fogo. Essa foi a metáfora de Platão conhecida como a Lenda da Caverna
.
E ainda, continuava Platão, quando algum daqueles indivíduos conseguia afinal olhar para trás e ver a luz da realidade, ficava durante algum tempo, como se fosse cego, até poder se adaptar e entender a realidade que de fato passara a ver.
Vários séculos transcorreram desde o esplendor daquela Grécia antiga e hoje a medicina e a ciência em geral já são capazes de descrever como nossos sentidos atuam, e demonstrar que aqueles conceitos expostos por Platão de maneira bastante simples e empírica, estavam corretos.
Vivemos as nossas vidas terrenas por meio das sensações que nos são transmitidas pelos nossos sentidos. E como esses são limitados, não vivemos a realidade efetiva do que ocorre...
NOSSOS SENTIDOS
De forma semelhante à apresentação de Platão que acabamos de expor, mas com outro enfoque, tudo em nossas vidas, se passa como se usássemos, de forma permanente, óculos com lentes escuras para proteção solar. E se assim fosse, veríamos tudo através dessas lentes, admitindo então que o que víssemos, seria a realidade na qual vivemos. Nossas percepções sempre seriam aquelas que as lentes escuras nos permitissem ver. Só tomaríamos ciência de que aquela suposta realidade não era de fato real, quando num eventual acidente, as lentes se quebrassem. O mundo então seria outro para a nossa visão.
Um paradigma nunca é contestado, a não ser em casos muito especiais. E é por isso que inúmeras certezas inconscientes e que não questionamos, orientam a nossa vida. Agrava-se ainda mais a situação, quando consideramos que muitas dessas convicções foram incutidas em nossas mentes desde a nossa infância. Ou seja, criaram-se fortes paradigmas que governam a suposta realidade de nossas vidas.
Façamos então uma análise sucinta de nossos cinco sentidos.
Vamos começar falando do sentido da visão. Nós efetivamente não vemos diretamente as coisas materiais com os nossos olhos. Os objetos na realidade não têm cores. O que nós vemos são as radiações eletromagnéticas da luz que se refletem nos objetos e são captadas através de nossos olhos e dirigidas ao nosso cérebro. Este então identifica e traduz essas radiações para uma linguagem
que possa ser entendida pela nossa consciência. É claro que em função da frequência da luz irradiada que captamos (a frequência da luz diferencia as cores), nos é possível distinguir o verde de um abacate ou o amarelo de uma banana.
Ou seja, nós efetivamente não estamos vendo os objetos, mas apenas a luz refletida dos mesmos. A visão que temos dos objetos é traduzida e materializada em nosso cérebro e, através deste, em nossa consciência. Esta, aliás, não faz parte de nosso corpo material e isso estará sendo demonstrado no transcorrer deste livro. Nesta demonstração, veremos que o nosso corpo físico é apenas uma ferramenta material provisória para permitir nossa vida nesta dimensão em que nos encontramos durante a existência terrena.
A visão manipulada pelo cérebro (ou seja, pelo sistema de tradução deste) segue um processo conhecido: inicialmente ele divide o objeto em formas, cores e padrões elementares, por meio dos impulsos eletromagnéticos que lhe chegam. Em seguida, o cérebro compara esses sinais com lembranças similares guardadas na sua memória, inclusive fazendo associação dos mesmos com emoções anteriores. Forma-se assim uma imagem integrada
que se projeta 40 vezes por segundo num anteparo frontal do cérebro, já que nossa visão
nem ao menos é contínua. Ela é como se fosse um antigo filme de celuloide enrolado num carretel e passando na frente da luz de um projetor. Aqueles 40 quadros por segundo são detectados pelo nosso cérebro como se fossem uma visão contínua, ou seja, nosso cérebro é programado para interpretar aquela passagem de imagens como contínua. Após este processo, a informação é remetida pelo cérebro à consciência.
Para mais facilitar o entendimento deste último conceito, lembremos como é produzido um desenho animado. São quadros separados, cada um com um desenho sequencial em relação ao anterior, assim simulando movimentos. Quando esses quadros são passados na tela numa certa velocidade, nosso cérebro não os vê individualizados, mas sim em sequência contínua de movimento.
Aliás, existe ainda um outro aspecto a respeito da visão que merece ser mencionado. O ato de fechar os olhos visualizando um objeto gera como resultado, pelos sinais eletromagnéticos da imaginação que são enviados ao cérebro, o mesmo efeito que aconteceria com a visão desse objeto realizada pelos olhos. O cérebro não diferencia a visão de uma ação que se executa, daquela proveniente da imaginação relativa a esta mesma ação.
E é também por isso que, de uma maneira geral, nós temos a visão que nosso conjunto sensorial percebe, pois ela vai depender de experiências e emoções passadas que tenhamos tido e daquelas que tenhamos no momento da visão. Ou seja, pessoas diferentes podem ter visões diferentes da mesma cena.
De forma semelhante que a visão, os sentidos do olfato e o gustativo são também traduções feitas em nosso cérebro (para posterior remessa às nossas consciências), das ondas eletromagnéticas geradas por reações físico-químicas produzidas no contacto das moléculas dos objetos que estejamos cheirando ou degustando, respectivamente com nosso nariz ou com as papilas gustativas de nossa língua. Essas coisas cheiradas e/ou degustadas na realidade não têm nem odor e nem sabor. A nossa ferramenta material cérebro
é que se encarrega da geração destes sentidos, ou seja, destas sensações de odor ou sabor sentidas, que são transmitidas à nossa consciência.
São diferenças de composições físico químicas dos objetos cheirados ou degustados que geram impulsos eletromagnéticos distintos, remetidos ao cérebro, para serem por este, interpretados.
Igualmente a audição oferece reação similar. O som na realidade é a vibração gerada pelo impacto nas moléculas de ar (por exemplo, por um tambor), constituindo uma onda vibratória, que chega aos nossos ouvidos e tímpanos e daí aos nossos cérebros. Da mesma forma, os cérebros traduzem essas ondas de vibração sonora como sons para as nossas consciências.
Até mesmo o tato é uma interpretação produzida pelo cérebro. Ao aproximarmos a nossa mão de um objeto, os campos eletromagnéticos da mão e do objeto se repulsam; e quando nossos músculos não conseguem mais superar esta força de repulsão, nosso cérebro interpreta esta falta de força superior à repulsão, como sensação de contacto. E então traduz para nossa consciência a sensação de contacto físico.
Em resumo, nossos sentidos nada mais são do que interpretações de ondas pelo nosso cérebro, transmitindo sensações diferentes à nossa consciência. Em outras palavras, trata-se de uma interpretação feita por nosso corpo para nos permitir viver nesta dimensão.
Contudo, vale lembrar que a quantidade de informação que o conjunto dos nossos sentidos envia simultaneamente ao cérebro, é imensamente grande. Por outro lado, a informação enviada pelo cérebro à consciência é bem menor, ou seja, é suficientemente filtrada e interpretada pelo cérebro antes da remessa ser efetuada.
Por exemplo, quando estamos lendo um livro, o cérebro também recebe informação da temperatura ambiente, da sensação de seu corpo sentado na cadeira e da roupa que se está usando, o ruído do ar condicionado ligado, o odor do perfume usado por você e, no entanto, ele consegue destacar a visão do texto do livro para remeter à consciência.
O mais curioso é que a ciência, durante muito tempo, entendeu que o que não fosse perceptível pelos nossos cinco sentidos, não deveria ser considerado como real. Essa conceituação era, pois, justamente o contrário do que atualmente a ciência considera como realidade.
Afinal, não nos esqueçamos de que a Terra gira sobre seu eixo e ao redor do Sol, e, além disso, tem vibração permanente e nossos sentidos, no dia a dia, não se apercebem disso.
A realidade é meramente uma ilusão, embora muito persistente. (Albert Einstein)
NOSSO CÉREBRO
Atualmente, torna-se mais fácil entender porque a humanidade que conseguiu explorar as viagens interplanetárias, as tecnologias de que dispomos, os detalhes da formação e constituição do planeta, somente saiba e de forma ainda limitada, a respeito do nosso cérebro.
Isto se explica pelo fato de que este nosso órgão material é na realidade extremamente complexo. Basta que nos lembremos que ele dispõe de centenas de bilhões de conexões possíveis (internas e externas).
A quantidade de seus neurônios (suas minúsculas células nervosas) alcança cerca de 100 bilhões. E cada neurônio tem até 10 mil pontos de conexão a outros neurônios, formando assim redes de comunicação que se multiplicam. Cada uma destas redes representa um pensamento, ou uma emoção, ou uma ideia, ou um objeto conhecido, ou um evento memorizado, ou uma habilidade... Estima-se que uma pessoa com 20 anos de idade tenha cerca de 180 mil quilômetros de circuitos cerebrais.
A visão de um limão, por exemplo, aciona numerosas redes, sendo uma para caracterizar o seu formato, outra para o verde, outra ainda para a fruta com seu aroma, mais uma para suas dimensões, e mais ainda outra para a textura de sua casca, etc etc.
As redes neurais de nosso cérebro dispõem de todas as informações relativas às nossas habilidades e às nossas experiências. Elas contêm informações detalhadas de nossa infância, de nossa adolescência, de nossa juventude, enfim de toda a nossa vida terrena.
Sua velocidade operacional é pelo menos mil vezes maior do que o mais rápido computador produzido atualmente pelo homem. E o cérebro tem ainda a capacidade de se reestruturar permanentemente durante a vida.
Embora nossos conhecimentos a respeito do cérebro ainda sejam limitados, já existe informação suficiente para entender seu funcionamento. Ele nunca desliga e controla todas as atividades de nosso corpo tais como os batimentos de nosso coração, a nossa temperatura corporal e o funcionamento de nossos órgãos em geral. Além disso, ele dispõe de uma grande memória específica dos acontecimentos de nossa vida no planeta, o que permite que tenhamos reações imediatas sem necessidade de consultar a memória maior de nossa consciência.
Até mesmo a geração e o controle de pensamentos, emoções e sentimentos que são exercidos, em última instância, pela nossa consciência, de nada valeriam para a nossa vida, se não fosse a tradução cerebral do que é recebido da consciência, para uma linguagem corporal adequada; e naturalmente seguida pelo envio das respectivas ordens, desde o nosso cérebro, para os músculos e os nervos do restante do corpo. São também essas redes das emoções (interligadas a todas as outras) que permitem localizar rapidamente as lembranças mais importantes que estejam memorizadas. Por exemplo, podermos certamente nos lembrar onde estávamos, quando soubemos que o Presidente Kennedy havia sido assassinado.
Qualquer ato novo que pratiquemos gera imediatamente o estabelecimento de uma nova rede com vários neurônios envolvidos. E as conexões se tornam cada vez mais fortes a medida que os atos se repetem; e cada vez mais se torna difícil de serem mudadas, formando assim paradigmas pessoais. Por outro lado, com o passar do tempo e ao se deixar de praticar aquele mesmo ato, suas conexões começam a se enfraquecer. Isso demonstra que o nosso cérebro é dinâmico.
A primeira reação imediata a um evento,