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Ateliês de Pesquisa: Tecendo Processos Formativos da Pesquisa em Educação e Diversidade
Ateliês de Pesquisa: Tecendo Processos Formativos da Pesquisa em Educação e Diversidade
Ateliês de Pesquisa: Tecendo Processos Formativos da Pesquisa em Educação e Diversidade
E-book148 páginas1 hora

Ateliês de Pesquisa: Tecendo Processos Formativos da Pesquisa em Educação e Diversidade

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Sobre este e-book

A coletânea intitulada Ateliês de Pesquisa: tecendo processos formativos da pesquisa em educação e diversidade é resultado da mobilização da utopia-esperança dos organizadores da obra, que, desde o ano de 2014, quando iniciaram a trajetória de professores-pesquisadores no Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPED), apontaram para os desafios que constituíam as singularidades e a natureza dos mestrados profissionais em Educação. Dentre elas, destacamos: aprender a atuar em Mestrado Profissional, considerando sua concepção e singularidade; formação do profissional pesquisador para atuar em contextos de diversidade nas redes de educação básica e superior; aprender outras formas de realizar pesquisa em educação, que se revelassem potencialmente implicadas e engajadas, tendo como horizonte de expectativa a realidade como ponto de partida-chegada; pensar métodos e dispositivos próprios e apropriados para o campo da Educação, considerando os distintos objetos de estudo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de dez. de 2019
ISBN9788547339173
Ateliês de Pesquisa: Tecendo Processos Formativos da Pesquisa em Educação e Diversidade

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    Ateliês de Pesquisa - Ana Lúcia Gomes da Silva

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    APRESENTAÇÃO

    Pesquisa engajada e implicada em Educação: experimentações no programa de pós-graduação em Educação e Diversidade

    Iniciamos a apresentação da obra intitulada Ateliês de Pesquisa: tecendo processos formativos da pesquisa em educação e diversidade com a alegria que mobiliza nossa utopia-esperança desde o ano de 2014, quando iniciamos nossa trajetória de professores-pesquisadores no Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPED), e assumimos o componente curricular Pesquisa Aplicada à Educação I e II (PAE). Esse compromisso assumido se revelou desafiador por várias razões, e, dentre elas, destacamos: aprender a atuar em Mestrado Profissional, considerando sua concepção e singularidade; formação do profissional pesquisador para atuar em contextos de diversidade nas redes de educação básica e superior; aprender outras formas de realizar pesquisa em educação, que se revelassem potencialmente implicadas e engajadas, tendo como horizonte de expectativa a realidade como ponto de partida-chegada; pensar métodos e dispositivos próprios e apropriados para o campo da Educação, considerando os distintos objetos de estudo.

    Indagávamo-nos sobre a construção de um corpo de conhecimentos fundados em uma episteme, em um saber rigoroso e consistente, com vistas à criação de um sistema de saber no campo da Educação – que seja próprio da área. Trata-se da questão da cientificidade para o campo educacional – identificar dificuldades, vazios e desafios, sugerindo possíveis alternativas de superação. Eis o desafio que está posto a nós, da área de Educação, e que vem nos movendo, conforme o poeta Manoel de Barros convida-nos a realizar, ao afirmar: Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.¹

    Convite feito, continuemos a caçar jeitos, modos, estratégias e encontrar outros métodos e dispositivos de construção de dados, assim como fizemos ao elaborar os Ateliês de Pesquisa, que começaram como atividade formativa e autoformativa no componente de PAE I e II e se desdobrou na construção dos Ateliês de Pesquisa como dispositivo de pesquisa, a fim de apresentar lastros epistêmico-metodológicos com nossas investigações implicadas e comprometidas com uma educação de qualidade social e, de fato, transformadora e integral na/com as diferenças e suas potências para que sejamos forçados a pensar e rompamos fronteiras com o que nos dermos a pensar na/com os nossos colaboradores da pesquisa.

    Afinal, ninguém nasce pesquisador! Aprendemos na prática e estudo cotidiano. Não é somente fazer uma pesquisa. É preciso ter coerência epistêmica e compromisso ético. Precisamos construir os nossos métodos na área da Educação. A emergência das questões escolares precisa ser pesquisada para construirmos dados sobre o cenário educacional do Brasil e da Bahia. Somos professores que pesquisam e pesquisadores que ensinam. Estamos no lócus, no exercício da docência, e vivenciamos a realidade da educação na teoria e na prática como dimensões de uma mesma realidade que nos desafia a compreender os processos educativos, as práticas pedagógicas, as aprendizagens, o ensino etc.

    Acreditamos, vislumbramos e lutamos por uma formação docente inspirada na perspectiva de Alexandrina Monteiro e Jaqueline Mendes² e nos estudos de Deleuze e Guattari, que nos convidam à reflexão: Trata-se de considerar a docência como uma experiência de sensibilidade e de pensamento que se compõe no coletivo, diferente da imagem daquele que apenas professa uma verdade.³

    Não queremos professar uma verdade, mas sim desequilibrar nossas certezas, aprendendo a suportar verdades provisórias, parciais, singulares, mas igualmente potentes, não lineares, nos modos de ser e aprender como docentes-pesquisadores.

    Desejamos excelente imersão leitora nos textos que compõem a obra!

    Os organizadores

    Sumário

    PROCESSOS FORMATIVOS: TERRITÓRIOS E HORIZONTES

    Nádia Hage Fialho

    ATELIÊS DE PESQUISA: TESSITURAS DE MÉTODOS E DISPOSITIVOS DE PESQUISA ENGAJADA EM EDUCAÇÃO

    Ana Lúcia Gomes da Silva

    Jerônimo Jorge Cavalcante Silva

    Pascoal Eron Santos de Souza

    ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UNEB: ESTUDO DE CASO NO DCH IV

    Juliana Barbosa da Costa

    Inglis Araújo da Silva Gomes

    Edson Ribeiro de Jesus

    OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE NA PERSPECTIVA DA FENOMENOLOGIA: A PRÁTICA DOCENTE CONTEXTUALIZADA COM A EDUCAÇÃO DO CAMPO NO SEMIÁRIDO

    Fredson Rodrigues de Araújo

    Laila Sampaio Lima

    TEORIA QUEER, NARRATIVAS DE VIDA, TRAJETÓRIAS DE FORMAÇÃO: A PESQUISA E A TESSITURA DO ESTRANHO 65

    Pedro Paulo Souza Rios

    QUESTIONÁRIOS E SUA APLICAÇÃO NA PESQUISA: APLICABILIDADE DOS DISPOSITIVOS DIGITAIS MÓVEIS DE COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE LETRAMENTO INFORMACIONAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA

    Jonas Martins Santos

    Gustavo Ellias de Carvalho Alves

    Johnny Gomes de Oliveira

    LÉXICO TRILÍNGUE DA CULTURA DA NAÇÃO KETU/NAGÔ NO BRASIL: UM OLHAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE JACOBINA/BA

    Wermerson Meira Silva

    Allisson Esdras

    Ana Carla Pimenta

    GRUPO FOCAL COMO DISPOSITIVO DE CONSTRUÇÃO DE DADOS

    Abinálio Subrinho

    Elciana Roque

    João Paulo Souza

    Ronaldo Alves

    MÉTODO AUTOBIOGRÁFICO

    Amanda Oliveira dos Santos

    Indaiara Célia da Silva

    SOBRE OS ORGANIZADORES/AUTORES

    PROCESSOS FORMATIVOS: TERRITÓRIOS

    E HORIZONTES

    Nádia Hage Fialho

    Com imensa alegria e muito honrada, participo da sexta edição do Ateliê de Pesquisa do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), que tem como título Tecendo processos formativos da Pesquisa em Educação e Diversidade. Diante dessa temática, proponho percorrermos, juntos, esse(s) lugar(es) da produção de conhecimentos que buscam dar conta dos processos formativos.

    Evidentemente que em uma breve exposição, como é o caso, não nos será possível avistar todos esses lugares, nem poderemos contemplá-los com a devida acuidade e dedicação. Por isso, procurarei explicitar, na malha dos conhecimentos referentes ao nosso campo, aspectos que me parecem substanciais para nossa atuação como pesquisadores e/ou como professores, implicados com a formação humana. Nesse sentido, destacarei dois fenômenos ou episódios que correm emparelhados na malha histórica, considerando a força que ambos ainda imprimem às concepções e teorias que orientam as nossas práticas, seja na docência, seja na pesquisa, no contexto escolar e educacional. Um diz respeito ao sujeito da educação; o outro refere-se às bases epistemológicas, conceituais, teóricas ou metodológicas que têm orientado a formação humana.

    A temática proposta pelo MPED também me proporciona mais um momento

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