Branding: a arte de construir marcas
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Avaliações de Branding
11 avaliações3 avaliações
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mto top, ele fala de uma maneira bem leve e de fácil compreensão. Os capítulos parecem posts de blogs e conta histórias reais para ensinar sobre a essência do que é branding.
Uma frase que ficou marcada: "Branding é uma filosofia de gestão, uma postura empresarial que coloca a marca no centro das decisões." - Nota: 3 de 5 estrelas3/5Deu pra entender um pouco sobre branding e sobre as marcas.
- Nota: 4 de 5 estrelas4/5ótimo livri introdutório sobre o que é branding e como ele influencia na vida dos consumidores e empresas, mesmo sendo um livro de 2012, trás um olhar de certo modo atual para o assunto
Pré-visualização do livro
Branding - Marcos Hiller
FRIENDS
Touch down!
Nasceu meu primeiro livro. Reúno aqui artigos sobre branding, marketing, comunicação, tendências e consumo, os quais escrevi ao longo de 2011 e 2012 no meu blog. Fundamentalmente, a reunião desses artigos tornou-se um guia sobre marcas, esse valioso ativo intangível e com riqueza de significado, que ajuda a compor nosso estilo de vida. Se eu começar a descrever aqui, por exemplo, as minhas marcas favoritas de desodorante, plano de saúde, automóvel, pasta de dente, celular e cerveja, é possível ter uma noção de quem sou eu, correto? Sim. Hoje as marcas ajudam a compor nossa identidade e construir o que alguns autores chamam de statement of yourself.
Que este livro seja de grande utilidade para estudantes, profissionais, pesquisadores e interessados pelo estudo da marca. E quando falamos de marcas, é interessante que olhemos o mundo que nos rodeia e como as atuais transformações no âmbito social, cultural, econômico, político e tecnológico estão afetando de modo contundente e irreversível a forma como nos relacionamos com as marcas e com o mundo dos negócios.
Hoje o mundo está mudado. E está mesmo. Enquanto Nizan diz que propaganda é o negócio da alma
, a cada dia leio novos artigos e pesquisas que mostram a enorme descrença dos meios tradicionais de propaganda na atualidade. E o pior é que somos bombardeados diariamente com mensagens de todos os lados. Quanto menos esse negócio funciona, quanto menos esses tiros são eficazes em nos atingir, mais propagandas são feitas a ponto de incinerar os orçamentos de marketing das marcas. Vai que uma hora nos acertam. Peca-se pelo excesso. E eu não sou conivente com esse movimento.
Paralelo a isso, estamos em meio a uma revolução tecnológica jamais vista. Os chamados gadgets, como BlackBerry, GPS, iPhone, iPod, iPad, Android, Token e PlayStation 3, começam a se transformar em aparelhos absolutamente vitais em nosso dia a dia. As chamadas Redes Sociais, como Twitter, Facebook, YouTube, Foursquare, Orkut, MSN e LinkedIn, são plataformas tecnológicas que fazem parte de nossas vidas de forma cada vez mais próxima e se tornam a extensão de nossa vida real. Todos esses dispositivos estão impactando a forma como nós e novas gerações entendemos e enxergamos o mundo. Crianças que são literalmente viciadas em videogames, por exemplo, têm uma mobilidade motriz nos polegares que nós não temos.
O curioso disso tudo é que as mídias digitais estão na moda. De tudo que se investe em comunicação no Brasil, apenas 10% das verbas das empresas vão para esse setor. Eu acho pouco pelo tanto que se fala e pelo tanto de palestras e livros sobre esse assunto hoje em dia. Esse país é um grande paradoxo: nem 50% da nossa população tem e-mail, mas quase 100% das pessoas têm celular. Conheço gente que tem quatro celulares. Pode isso?
O fato é que estamos todos no mesmo barco, em um processo de aprendizagem mútua. Nunca os executivos de marketing estiveram diante de tantas dúvidas. O nível de exigência do consumidor atinge um nível jamais visto. O nosso cliente está mais bem preparado do que nunca. Mais que isso, ele tem uma ampla decisão de escolha e um poder nunca antes visto. E infelizmente grande parte das empresas limita seus diferenciais a uma tola guerra de preço, sendo que é no processo de encantamento de clientes em que se obtêm diferenciais realmente competitivos e se abocanha market share.
É mais ou menos nesse contexto que este livro está aterrissado. Espero que você aprecie a leitura e qualquer comentário, crítica, sugestão ou elogio não hesite em me tuitar (@MarcosHiller). Ah, quer conhecer melhor este quem vos escreve? Então vamos lá: meu desodorante é Rexona da Unilever, meu plano de saúde é Unimed, meu carro é um Renault Sandero, minha pasta de dente é Crest, meu celular é um iPhone da Apple e a cerveja que eu mais bebo hoje é a Heineken.
May the force be with us!
Os elementos que formam uma marca
Quando olhamos para um logo da Coca-Cola, do símbolo da Nike, do ícone do Android ou até mesmo para o boneco gordinho da Michelin, esquecemos que aquilo representa uma empresa. Na verdade, tudo isso são exemplos de elementos que compõem uma marca. Alguns autores já chegaram a listar até 40 elementos que podem formar a identidade de uma marca. Eu vejo sete grandes elementos que compõe uma marca e menciono aqui o que são cada um desses elementos, para que servem e como enxergá-los com a sua devida importância:
Nome: você já reparou que toda santa marca tem um nome? Claro! O nome é o principal elemento que identifica uma marca, seja ela qual for: Danone, Guaraná Jesus, Casas Bahia, Pampers, Facebook, entre outros milhões de marcas. Muito mais do que simplesmente identificar e comunicar o que representa, o nome da marca na contemporaneidade deve ter sonoridade, ser bonito de ver, de escrever, de digitar e gostoso de pronunciar, como é o caso de Häagen Dazs ou BlackBerry.
Logotipo: é a forma como se escreve ou a tipologia que se usa para escrever o nome da marca. E a escolha da fonte deve obedecer à essência de sua marca, ou seja, uma fonte mais chapada como Brastemp ou uma fonte e variações de cores que a Google usa, ou então algo mais caligráfico e rebuscado como é o caso da Coca-Cola. O fato é, dependendo da tipologia adotada, a percepção da marca pelo consumidor pode ser mais distinta do que se imagina. Vale a pena perder um pouco de tempo com isso.
Símbolo: é a imagem ou figura que representa sua marca. É a parte que pode ser identificada, mas não lida pelo consumidor. Como exemplo, temos a maçã da Apple, ou o swoosh da Nike, ou o jacaré da Lacoste, ou então o ninho de passarinhos da Nestlé. E por que quase todas as marcas que conhecemos sempre elegem um símbolo para se identificar e se comunicar conosco? Simplesmente pelo motivo de que nosso cérebro memoriza melhor a imagem do que a palavra. Pode ser mesmo uma questão de psicologia cognitiva, pois o ser humano reconhece e grava melhor um símbolo do que palavras. Apenas isso.
Mascote: é aquele ser que representa a sua marca, como, por exemplo, o Ronald McDonald’s; o Assolino, da Assolan; os Minus, da Minuano, ou então os três personagens do Blue Man Group, que representam a marca TIM. E por que grandes marcas se utilizam desses seres, na maioria das vezes, um tanto quanto esquisitos? Por que essas criaturas carregam aspectos lúdicos, que se conectam conosco de forma ainda mais intensa. Assim como o símbolo da marca, criar uma mascote intensifica ainda mais o processo de memorização da marca por parte de seu público-alvo.
Embalagem: é a roupa da sua marca, é o invólucro que se elege para vestir um produto e sua marca. E quando falamos de embalagem, desde o material até o design escolhido, ela também carrega potentes elementos de identidade e diferenciação de uma marca.
Registro: tão importante quanto selecionar nomes, símbolos, logotipos, mascotes e embalagem para sua marca, a sua proteção legal é uma etapa de fundamental importância. Criou um nome para sua marca? Vá ao site do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e consulte se há registros dos elementos que você criou.
Brand equity (valor de marca): o autor Joel Axelrod definiu com perfeição o conceito de brand equity: É a importância a mais que um consumidor paga para obter a sua marca preferida e não um produto parecido sem o nome de sua marca
. Podemos dizer que a DIESEL, por exemplo, tem um brand equity fantástico, pois, quando alguém paga cerca de R$ 2 mil para ter uma calça jeans, a pessoa poderia comprar outra, fisicamente parecida, por módicos R$ 79,90. Dessa forma, todo esforço de branding que você imprime na sua marca deve visar ao aumento do brand equity do