Esposa do Rei :A Coroa de Pregos

Esposa do Rei

A COROA DE PREGOS

Ela só queria viver livre de sua Majestade

Romance de Regência

Pet TorreS

Primeiro Livro na Trilogia

ESPOSA DO REI

Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras.

Apóstolo Paulo

Copyright © 2015 by Pet Torres books

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Esse é um trabalho de ficção. Os nomes, lugares, personagens e incidentes são produtos da imaginação do autor e tem sido usado na ficção e não para ser construídos como reais.  Alguma relembrança de personagens, vivos ou mortos, eventos atuais, locais e organizações são inteiramente uma consciência.

Todos os direitos estão reservados. Nenhuma parte desse livro deve ser usada e reproduzida de alguma maneira sem a permissão da autora e Pet Torres books.

Aos meus pais

Ás minhas irmãs

Aos meus sobrinhos

Aos meus familiares

A minha alma gêmea

Agradecimentos

A Deus, por presentear-me com o dom da escrita, permitindo que minhas palavras alcancem corações e criem mundos que conectam almas.

Aos meus queridos leitores, cuja imaginação e emoção dão vida a cada personagem, tornando esta história tão especial. Vocês são a razão de tudo isso existir. Obrigada por embarcarem nesta jornada épica e por confiarem suas horas a este romance.

Às bandas incríveis, que com suas melodias criaram a trilha sonora que guiou cada cena, cada emoção e cada página deste livro:

- Fantasy Medieval Music

- Gjallarhorn

- E tantas outras, cujas canções preencheram meu coração de inspiração, mesmo que não estejam citadas aqui.

Vocês, com suas músicas, foram como bardos ao pé do fogo, cantando histórias de coragem, amor e sacrifício, enquanto eu transformava essas notas em palavras.

A todos vocês, meu mais profundo e eterno agradecimento. Que este romance, escrito com tanto amor e paixão, inspire e emocione, assim como vocês me inspiraram.

Com carinho,

*Pet TorreS

Agradecimentos

Querido leitor,

Chegamos ao fim de uma jornada intensa e emocionante, e eu não poderia deixar de expressar minha mais profunda gratidão a você, que decidiu embarcar nessa história. Esposa do Rei: A Coroa de Pregos é mais do que um romance de época; é uma reflexão sobre amor, sacrifício e a coragem necessária para desafiar as imposições do destino.

Ao longo dessas páginas, você caminhou ao lado de Roxsanne, sentiu o peso de suas escolhas, compartilhou suas dores e vibrou com suas pequenas vitórias. Você conheceu Christopher, um homem que, apesar das adversidades, ousou amar, e testemunhou a intensidade e a complexidade de um rei marcado por sua própria história de perdas e ambições.

Obrigada por dedicar seu tempo, suas emoções e sua imaginação a este livro. Cada página lida, cada lágrima derramada e cada sorriso despertado são uma recompensa inestimável para mim, como autora.

Espero que esta história tenha tocado seu coração e deixado uma marca inesquecível, assim como cada personagem e cena ficaram gravados na minha alma enquanto eu os escrevia.

Se essa obra inspirou você de alguma forma, se trouxe reflexão ou até mesmo um novo olhar para o que significa lutar por liberdade e amor, então ela cumpriu seu propósito.

Deixo aqui meu abraço mais sincero e meu desejo de que sigamos juntos em novas histórias e aventuras. Que as páginas de muitos outros livros continuem a nos unir e a nos emocionar.

Com todo o meu carinho e gratidão,

Pet TorreS

Esposa do Rei: A Coroa de Pregos

Em um reino onde o poder e a traição caminham lado a lado, Roxsanne Oliver, a esposa do temido Rei Armany IV, decide forjar a própria morte para escapar de um casamento marcado pela violência e pela ausência de amor. Vestida com um hábito de freira, ela busca refúgio nas montanhas, onde encontra Christopher, um jovem soldado de coração puro, que a faz acreditar novamente no amor.

Mas o passado nunca permanece enterrado. Quando seu disfarce é descoberto, Roxsanne é arrastada de volta para o impiedoso mundo da corte, onde enfrentará as consequências de seus atos. Entre o ódio do rei, a dor de um amor proibido e as intrigas de um reino sedento por justiça, ela precisará enfrentar sua maior provação: um julgamento público que a condenará a um destino cruel e inesquecível.

Esposa do Rei: A Coroa de Pregos é um romance de época emocionante, que combina drama, paixão e sacrifício em uma história de amor proibido e redenção. Uma jornada inesquecível sobre coragem, escolhas e o alto preço da liberdade.

Prólogo - O Círculo da Realeza

O salão do Castelo Branco era magnífico. Lustres dourados pendiam do teto em arabescos elaborados, refletindo a luz de centenas de velas em um espetáculo cintilante. O piso de mármore branco brilhava como gelo, contrastando com os tapetes carmesins que delineavam o caminho até o trono real.

O trono, uma obra-prima de madeira entalhada e ouro, estava posicionado em um pequeno patamar elevado. Sobre ele, sentava-se o rei Armany IV, imponente em sua armadura cerimonial. Seus cabelos escuros, cortados em ondas que chegavam aos ombros, brilhavam sob a luz, e seus olhos negros observavam o salão com a intensidade de um predador.

Ao redor dele, os nobres do reino estavam reunidos, cada um tentando impressionar o soberano com presentes, palavras bajuladoras e demonstrações de lealdade. Homens e mulheres vestidos com as melhores sedas e joias disputavam atenção, como estrelas menores tentando ofuscar o sol.

Mas Armany IV permanecia indiferente. Sua expressão era uma máscara de desdém e cansaço.

O motivo da celebração era grandioso: o casamento do rei com sua quinta esposa, a jovem Lady Alisabeth Montclair, filha do poderoso marquês de Salden. O casamento era uma jogada política, mais um passo para solidificar alianças e assegurar o controle do reino.

Lady Alisabeth, vestida em um traje de noiva com detalhes dourados que imitavam raios de sol, estava ao lado do rei, como um adorno perfeito. Sua beleza era inegável, com cabelos negros como a noite e olhos castanhos que brilhavam com um misto de nervosismo e ambição.

— Que bela união, Majestade! — exclamou um duque idoso, curvando-se profundamente. — A realeza nunca esteve tão resplandecente.

O rei inclinou a cabeça levemente, reconhecendo o elogio, mas não respondeu. Seus pensamentos estavam distantes, presos a um nome que ele não pronunciava em voz alta há meses: Roxsanne Oliver.

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Roxsanne era uma sombra que pairava sobre o reino, mesmo após sua suposta morte. Ela havia sido tudo o que Alisabeth não era: vivaz, espirituosa e, acima de tudo, indomável. Quando Armany pensava nela, não sabia se era de raiva ou de saudade. Talvez fosse um pouco de ambos.

Ele apertou os dedos contra o braço do trono, como se o gesto pudesse afastar as memórias. Mas elas voltaram, implacáveis. Ele lembrou-se do sorriso de Roxsanne, da forma como ela desafiava suas ordens, e do olhar azul que tantas vezes o havia feito hesitar.

Quando soube da farsa de sua morte, algo dentro dele quebrou. Não era apenas a traição de uma esposa, mas a humilhação pública, a zombaria que ele sentia nas entrelinhas de cada olhar e cochicho em sua corte.

Agora, ao lado de Alisabeth, tudo parecia sem brilho, como uma pintura desbotada.

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No salão, a celebração prosseguia, com músicos tocando melodias alegres. Os convidados brindavam à saúde do rei e da nova rainha.

Alisabeth tentava cumprir seu papel de anfitriã, mas não podia deixar de perceber o silêncio gelado de Armany. Ele era um homem difícil de ler, e ela sabia que precisaria de muito mais do que beleza para conquistar sua confiança ou afeto.

Enquanto isso, no canto do salão, uma figura discreta observava a cena. Salete, a criada que um dia havia servido Roxsanne, estava ali, trazida pela rainha para ajudá-la em seus primeiros dias no palácio.

Salete mantinha-se à margem, os olhos atentos a cada movimento. Ela sabia mais do que qualquer um ali sobre os segredos do rei e de sua falecida esposa. E, em seu coração, carregava a culpa por ter ajudado Roxsanne a fugir, um ato que desencadeara uma tragédia que ela nunca esqueceria.

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Do lado de fora, em uma das varandas do castelo, um vento frio soprava. Christopher, agora um soldado promovido após a guerra, estava ali, isolado da multidão.

Ele olhava para o horizonte, onde as luzes do castelo se misturavam com as estrelas. Em sua mente, Roxsanne ainda era uma presença constante, uma ferida que nunca cicatrizava.

Você arruinou nossas vidas, ele murmurou para si mesmo, lembrando-se de suas últimas palavras para ela na prisão. Mas, ao mesmo tempo, uma parte dele sabia que a amava, mesmo em sua raiva e dor.

Christopher respirou fundo, apertando o punho contra a grade da varanda. Ele não sabia o que o futuro reservava, mas tinha a sensação de que ainda não havia visto o fim do legado de Roxsanne.

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Dentro do castelo, enquanto a celebração continuava, Armany IV levantou-se do trono, chamando a atenção de todos.

— Meu povo — começou ele, a voz firme e autoritária. — Hoje celebramos não apenas um casamento, mas a continuidade de nossa força como reino.

A multidão aplaudiu, mas havia algo no tom do rei que deixava os mais atentos inquietos.

— Que esta união seja um lembrete de que a lealdade e a honra são os pilares de nossa grandeza. E que aqueles que ousarem traí-los encontrarão apenas ruína.

Seus olhos varreram a multidão, e por um momento pareceram pousar sobre Salete. Ela congelou, sentindo-se exposta.

O rei continuou:

— Erros do passado não serão esquecidos. Mas o futuro pertence àqueles que permanecem fiéis à coroa.

O salão explodiu em aplausos, mas no coração de algumas pessoas, como Salete, Christopher e até Alisabeth, as palavras do rei soavam como um aviso sombrio.

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Enquanto o banquete prosseguia e a noite avançava, o vento carregava os ecos daquela celebração para longe, espalhando-os pelo reino. Era o início de uma nova era para o Castelo Branco, mas as sombras de Roxsanne ainda pairavam, como um fantasma que se recusava a ser esquecido.

Na vastidão das montanhas, nas lembranças de Christopher e nos murmúrios da corte, sua história continuava viva.

O ciclo estava longe de terminar.

Capítulo 1 - Baile no Palácio Branco

O Palácio Branco erguia-se como um símbolo de poder e majestade, suas torres de mármore branco refletindo a luz da lua com um brilho hipnotizante, criando uma aura quase mística ao redor de sua grandiosidade. Em uma noite clara, o palácio parecia irradiar um charme etéreo, como se as estrelas do céu tivessem descido para dançar ao redor de seus muros. O vento frio da noite passava suavemente pelas árvores do jardim, mas dentro do palácio, a atmosfera era completamente diferente. O calor das tochas e candelabros, acesos em cada esquina, enchia o ar de uma energia vibrante. No centro desse ambiente, o salão de festas estava prestes a receber um dos eventos mais aguardados pela nobreza: o Baile Real, oferecido por Sua Majestade, o Rei Armany IV.

As colunas do salão, feitas de mármore esculpido, estavam adornadas com folhas de ouro, refletindo a luz suave das lâmpadas e criando um brilho dourado que iluminava o ambiente com uma suavidade luxuosa. Tapeçarias de tecidos finos cobriam as paredes, representando cenas de batalhas lendárias e vitórias de dinastias antigas, enaltecendo ainda mais o poder da monarquia. O teto, alto e magnificente, estava repleto de candelabros de cristal pendendo, seus lustres cintilando como estrelas, e a música suave de uma orquestra de cordas tocava ao fundo, criando uma harmonia de sons que embriagavam os sentidos dos presentes.

A nobreza, composta por homens e mulheres em seus melhores trajes, enchia o salão com uma infinidade de cores e brilhos. Vestidos de seda deslizavam pelo chão com cada movimento, enquanto os uniformes militares, com suas medalhas e insígnias de prestígio, destacavam-se com uma elegância austera. Os homens usavam mantos bordados com ouro e pedras preciosas, e as mulheres, em seus vestidos elaborados, competiam em beleza e sofisticação. Os cabelos estavam cuidadosamente arrumados, alguns adornados com tiaras de pérolas ou broches de diamantes. Ao longe, os risos e conversas altas eram entrecortados por gargalhadas delicadas e o tilintar de taças de cristal, repletas de vinhos raros que fluíam em abundância.

O rei Armany IV, um homem de meia-idade com cabelos castanhos escuros, ainda de aparência vigorosa, observava a cena com um olhar penetrante e atento. Sua postura imponente e o trajo real, uma capa vermelha com bordados dourados e uma espada reluzente à cintura, refletiam sua autoridade indiscutível. Ele estava acostumado à reverência que sua presença provocava, e ao adentrar o salão, o som das trombetas cortou o ar, reverberando pela sala,