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A beleza da simplicidade Arte Naïve
A beleza da simplicidade Arte Naïve
A beleza da simplicidade Arte Naïve
E-book144 páginas34 minutos

A beleza da simplicidade Arte Naïve

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Sobre este e-book

Até ao final do século XIX a Arte Naïve, criada por artistas inexperientes e caracterizada pela espontaneidade e simplicidade, foi pouco reconhecida quer pelos artistas profissionais quer pelos críticos de arte. A pintura Naïve caracterizava-se pela sua clareza de linhas, cores vívidas e alegres, assim como pelas suas formas simples e precisas como aquelas representadas pelos artistas franceses tais como Henri Rousseau, Séraphine de Senlis, André Bauchant e Camille Bombois. Contudo, este movimento teve também outros aderentes tais como Joan Miró (influenciado por algumas das suas qualidades), Guido Vedovato, Niko Pirosmani e Ivan Generalic.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2024
ISBN9781780420653
A beleza da simplicidade Arte Naïve

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    A beleza da simplicidade Arte Naïve - Nathalia Brodskaya

    A Guerra da Independência, Traian Ciucurescu, 1877


    Óleo sobre vidro, 30 x 25 cm. Colecção particular

    Que idade tem a Arte Naïve

    Existem duas maneiras de definir a origem da Arte Naïve. Uma consiste em assumir que ela passou a existir quando foi aceite como forma artística, com um estatuto igual ao de qualquer outra. Neste caso, a Arte Naïve data dos primeiros anos do século XX.

    Outra é considerar que a Arte Naïve não é nem mais nem menos que isso mesmo, e olhar para trás, para a préhistória da humanidade e para um tempo em que toda a arte era algo que hoje pode ser considerado Naïve – dezenas de milhares de anos atrás, quando foram feitos desenhos nas pedras e foram pintadas as cavernas com ursos e outros animais.

    Se aceitarmos esta segunda definição, seremos inevitavelmente confrontados com esta intrigante questão: «Então quem foi o primeiro artista Naïve?» Há muitos milhares de anos, no despertar do conhecimento humano, vivia um caçador. Um dia, decidiu riscar na superfície macia de uma rocha os contornos de um veado ou uma cabra em corrida.

    Uma simples linha foi suficiente para dar forma à graciosa criatura e à leveza da sua fuga. A experiência do caçador não era a de um artista, mas simplesmente a de um caçador que tinha observado o seu «modelo» durante toda a vida. É impossível, a esta distância, saber o motivo que o levou a traçar este desenho. Talvez fosse uma tentativa de dizer algo importante ao seu grupo familiar; talvez tivesse o significado de um símbolo divino, um feitiço com a finalidade de dar sorte na caça. Do ponto de vista de um historiador de arte, uma expressão artística destas atesta o despertar da energia criativa individual e uma necessidade, após a sua acumulação através dos seus encontros com a natureza, de encontrar forma para a libertar.

    A Guerra da Independência, Emil Pavelescu, 1877


    Óleo sobre tela, 55 x 80 cm. Colecção particular

    Tecelão visto de frente, Vincent van Gogh, 1884


    Óleo sobre tela, 70 x 85 cm. Rijksmuseum, Amesterdão

    A Família Schuffenecker, Paul Gauguin, 1889


    Óleo sobre tela, 73 x 92 cm. Musée d’Orsay, Paris

    Eu, Retrato na Paisagem, Henri Rousseau, 1890


    Óleo sobre tela, 143 x 110 cm. Galeria Narodini, Praga

    Letreiro para uma Taberna, Niko Pirosmani


    Óleo sobre uma folha de estanho, 57 x 140 cm. Museu Georgiano de Belas Artes, Tbilisi

    O primeiro artista de todos, realmente existiu. Tem de ter existido. E foi verdadeiramente «naïve» no que ilustrou pois vivia numa época em que ainda não tinha sido inventado qualquer sistema de representação pictórica. Só muito mais tarde esse sistema começou, gradualmente, a tomar forma e a desenvolver-se. E só quando foi implantado é que passou a haver o chamado artista «profissional».

    É muito improvável, por exemplo, que as pinturas murais de Altamira ou de Lascaux tivessem sido criações de artistas sem habilidade. A precisão com que são representadas as características do bisonte, nomeadamente a sua agilidade massiva,

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