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Arena Dois (Livro 2 Da Trilogia Da Sobrevivência)
Arena Dois (Livro 2 Da Trilogia Da Sobrevivência)
Arena Dois (Livro 2 Da Trilogia Da Sobrevivência)
E-book302 páginas4 horas

Arena Dois (Livro 2 Da Trilogia Da Sobrevivência)

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Sobre este e-book

As habilidades de Thor se desenvolvem ainda mais enquanto ele se submete ao seu treinamento mais avançado, mesmo assim, ele vai precisar recorrer a poderes superiores aos que já usou, para poder sobreviver. Eles finalmente descobrem o lugar para onde a Espada foi levada e aprendem que para recuperá-la, eles terão de aventurar-se pelo lugar mais temido do Império: a Terra dos Dragões.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de set. de 2015
ISBN9781632911377
Arena Dois (Livro 2 Da Trilogia Da Sobrevivência)
Autor

Morgan Rice

Morgan Rice is the #1 bestselling and USA Today bestselling author of the epic fantasy series THE SORCERER'S RING, comprising 17 books; of the #1 bestselling series THE VAMPIRE JOURNALS, comprising 11 books (and counting); of the #1 bestselling series THE SURVIVAL TRILOGY, a post-apocalyptic thriller comprising two books (and counting); and of the new epic fantasy series KINGS AND SORCERERS, comprising 3 books (and counting). Morgan's books are available in audio and print editions, and translations are available in over 25 languages.Book #3 in Morgan's new epic fantasy series, THE WEIGHT OF HONOR (KINGS AND SORCERERS--BOOK 3) is now published!TURNED (Book #1 in the Vampire Journals), ARENA ONE (Book #1 of the Survival Trilogy), and A QUEST OF HEROES (Book #1 in the Sorcerer's Ring) are each available as a free download on Amazon.Morgan loves to hear from you, so please feel free to visit www.morganricebooks.com to join the email list, receive a free book, receive free giveaways, download the free app, get the latest exclusive news, connect on Facebook and Twitter, and stay in touch! As always, if any of you are suffering from any hardship, email me at [email protected] and I will be happy to send you a free book!

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    Ótimo livro, e uma brilhante dramatização dos eventos . Umas das histórias mais cativantes que alguma vez li.

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Arena Dois (Livro 2 Da Trilogia Da Sobrevivência) - Morgan Rice

ARENA DOIS

 (LIVRO II DA TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA)

MORGAN RICE

Sobre Morgan Rice

Morgan Rice é a autora do best-seller #1 DIÁRIOS DE VAMPIROS, uma série destinada a jovens adultos composta por onze livros (mais em progresso); da série de Best-seller #1 - TRILOGIA DE SOBREVIVÊNCIA, um thriller pós-apocalíptico que compreende dois livros (outro será adicionado); a série número um de vendas, O ANEL DO FEITICEIRO, composta por treze livros de fantasia épica (outros serão acrescentados).

Os livros de Morgan estão disponíveis em áudio e página impressa e suas traduções estão disponíveis em: alemão, francês, italiano, espanhol, português, japonês, chinês, sueco, holandês, turco, húngaro, checo e eslovaco (em breve estarão disponíveis em mais idiomas).

Morgan apreciará muitíssimo seus comentários, por favor, fique à vontade para visitar www.morganricebooks.com faça parte de nosso newsletter, receba um livro gratuito, ganhe brindes, baixe nosso aplicativo gratuito, obtenha as novidades exclusivas em primeira mão, conecte-se ao Facebook e Twitter, permaneça em contato!

Elogios selecionados para Morgan Rice

Eu vou admitir, antes de ARENA UM, eu nunca havia lido alguma coisa pós-apocalíptica antes. Eu nunca imaginei que seria algo que fosse me agradar… Porém, fiquei positivamente surpresa de como este livro é viciante. ARENA UM é um desses livros que você lê noite adentro até seus olhos ficarem cansados porque você não quer parar… Não é nenhum segredo que eu adoro heroínas fortes nos livros que leio… Brooke é valente, destemida, implacável e, apesar de haver romance no livro, Brooke não se deixa levar por isso… Eu recomendo muito ARENA UM.

--Dallas Examiner

Rice faz um ótimo trabalho de trazer o leitor para dentro da história desde o início, usando uma incrível qualidade descritiva que transcende a mera pintura do cenário... Bem escrito e extremamente rápido de ler.

 --Black Lagoon Reviews (sobre Transformada)

Um história ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um ótimo trabalho tramando uma inesperada reviravolta… Inovador e único. A série acontece em torno de uma garota… uma incrível garota!... Fácil de ler mas de ritmo extremamente acelerado. Apropriado para maiores de 12 anos.

--The Romance Reviews (sobre Transformada)

Prendeu minha atenção desde o início e não deixou mais escapar… Esta história é uma aventura incrível, de ritmo intenso e cheia de ação desde o início. Não há um momento entediante sequer. 

--Paranormal Romance Guild  (sobre Transformada)

Cheio de ação, romance, aventura e suspense. Ponha as suas mãos nesse e se apaixone mais uma vez.

--vampirebooksite.com (sobre Transformada)

Uma trama incrível e é especialmente o tipo de livro difícil de parar de ler à noite. O suspense do final é tão espetacular que imediatamente você vai querer comprar o livro seguinte, só para ver o que acontece. 

--The Dallas Examiner {sobre Loved}

TRANSFORMADA é um livro que pode competir com CREPÚSCULO e DIÁRIOS DO VAMPIRO, e fará com que você queira continuar lendo até a última página! Se você gosta de aventura, amor e vampiros, este é o livro para você!

--Vampirebooksite.com (sobre Transformada)

Morgan Rice prova mais uma vez que é uma talentosa contadora de histórias… Agradará uma grande variedade de público, incluindo jovens fãs do gênero vampiro/fantasia. Termina em um surpreendente suspense que o deixará impressionado.

--The Romance Reviews (sobre  Amada)

O ANEL DO FEITICEIRO reúne todos os ingredientes para um sucesso instantâneo: tramas, intrigas, mistério, bravos cavaleiros e florescentes relacionamentos repletos de corações partidos, decepções e traições. O livro manterá o leitor entretido por horas e agradará a pessoas de todas as idades. Recomendado para fazer parte da biblioteca permanente de todos os leitores do gênero de fantasia.

--Books and Movie Reviews, Roberto Mattos

Livros de Morgan Rice

O ANEL DO FEITICEIRO

EM BUSCA DE HERÓIS (Livro #1)

UMA MARCHA DE REIS (Livro #2)

UM DESTINO DE DRAGÕES (Livro #3)

UM GRITO DE HONRA (Livro #4)

UM VOTO DE GLÓRIA (Livro #5)

UMA CARGA DE VALOR (Livro #6)

UM RITO DE ESPADAS (Livro #7)

UM ESCUDO DE ARMAS (Livro #8)

UM CÉU DE FEITIÇOS (Livro #9)

UM MAR DE ESCUDOS (Livro #10)

UM REINADO DE AÇO (Livro #11)

UMA TERRA DE FOGO (Livro #12)

UM GOVERNO DE RAINHAS (Livro #13)

TRILOGIA DE SOBREVIVÊNCIA

ARENA UM: TRAFICANTES DE ESCRAVOS (Livro #1)

ARENA DOIS (Livro #2)

DIÁRIOS DE UM VAMPIRO

TRANSFORMADA (Livro #1)

AMADA (Livro #2)

TRAÍDA (Livro #3)

DESTINADA (Livro #4)

DESEJADA (Livro #5)

PROMETIDA EM CASAMENTO (Livro #6)

JURADA (Livro #7)

ENCONTRADA (Livro #8)

RESSUSCITADA (Livro #9)

SUPLICADA (Livro #10)

DESTINADA (Livro #11)

Ouça a TRILOGIA DA SOBREVIVÊNCIA no formato de audio book!

Disponível em:

Amazon

Audible

iTunes

Direitos reservados© 2012 por Morgan Rice

Todos os direitos reservados. Exceto como permitido pela lei de Direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida por nenhuma forma ou meio, ou armazenada em banco de dados ou em sistemas de recuperação, sem a permissão prévia do autor.

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Este é um trabalho fictício. Nomes, personagens, empresas, organizações, locais e incidentes são frutos da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência. A ilustração da capa é um direito reservado da f9photos, utilizada sob licença da Shutterstock.com.

ÍNDICE

U M

D O I S

T R Ê S

Q U A T R O

C I N C O

S E I S

S E T E

O I T O

N O V E

D E Z

O N Z E

D O Z E

T R E Z E

Q U A T O R Z E

Q U I N Z E

D E Z E S S E I S

D E Z E S S E T E

D E Z O I T O

D E Z E N O V E

V I N T E

"Muito antes de morrer, morre o covarde;

Só uma vez o homem forte prova a morte.

Das coisas raras de que tenho ciência,

Sempre me pareceu a mais estranha terem os homens medo,

Embora saibam que a morte, um fim a todos necessário,

Vem quando vem.

--Shakespeare, Júlio César

U M

Há alguns dias na vida que simplesmente parecem perfeitos. Alguns dias em que uma certa tranquilidade toma conta do mundo, quando uma calmaria o envolve de tal maneira que você sente que poderia simplesmente desaparecer, que você tem uma sensação de paz imune a qualquer preocupação. Imune ao medo. Ao amanhã. Posso contar momentos como esse nos dedos de uma mão.

E um desses momentos está acontecendo exatamente agora.

Estou com treze anos de idade e Bree, seis; e estamos diante de uma praia de área fina e fofa. Papai segura minha mão e mamãe segura a de Bree, nós quatro andamos pela areia quente, em direção ao oceano. Os pingos frios das ondas refrescam meu rosto, aliviando esse abafado dia de Agosto. As ondas se quebram ao nosso redor e papai e mamãe riem, despreocupados. Eu nunca os vi tão relaxados. Eu os vejo trocando olhares com tanto amor, quero guardar essa imagem em minha memória para sempre. É um dos poucos momentos que eu os vejo tão felizes juntos e não quero esquecê-lo. Bree grita, eufórica, empolgada com a quebra das ondas que batem seu peito e com a força da ressaca, que volta na altura de suas coxas. Mamãe a segura com firmeza e papai aperta mais minha mão, nos segurando contra a correnteza do oceano.

UM! DOIS! TRÊS! papai grita.

Meu pai me levanta no ar puxando minhas mãos e as mãos de Bree. Eu subo, mais alto que a onda e grito quando ela passa e se quebra atrás de mim. Fico impressionada que papai consegue fica para ali, tão forte, como se fosse uma pedra, aparentemente alheio às forças da natureza.

Quando mergulho no oceano, sinto um choque com a água gelada que toca em meu peito. Aperto a mão de papai com mais força quando a correnteza puxa e, novamente, ele me segura com firmeza no lugar. Sinto que, neste momento, ele vai me proteger de tudo, para sempre.

Onda após onda se quebra na praia e, pela primeira vez em muito tempo, mamãe e papai não estão com pressa. Eles nos levantam de novo e de novo, Bree grita de alegria. Eu não sei quanto tempo passou desde este maravilhoso verão, neste dia pacífico na praia, sob um céu cem nuvens, a água do mar espirrando em meu rosto. Não quero nunca que o sol se ponha, nem que isto mude. Quero ficar aqui, deste jeito, para sempre. E, neste momento, parece que assim será.

Abro meus olhos lentamente, confusa com o que vejo diante de mim. Não estou no oceano, mas, sim, sentada no banco de passageiro de um barco a motor, que acelera rio acima. Não é verão, mas inverno, os bancos estão cobertos de neve. Blocos ocasionais de gelo passam flutuando ao meu lado. Meu rosto está respingado de água, mas não da fresca bruma das ondas do oceano no calor, e sim de respingos gelados do Hudson no inverno. Pisco várias vezes até entender que não é uma manhã clara de verão e sim uma tarde nublada de inverno. Tento entender o que aconteceu, como tudo mudou.

Sinto um calafrio ao me sentar e olho a minha volta, repentinamente alerta. Não durmo à luz do dia há muito tempo e isso me surpreende. Rapidamente, tento me orientar e vejo Logan, estoicamente parado atrás do timão, seus olhos fixos no rio, navegando pelo Hudson. Olho pra trás e vejo Ben, com a cabeça entre as mãos e os olhos no rio, perdido em seus próprios pensamentos. Do outro lado do barco, está Bree, de olhos fechados, inclinada em seu banco, sua nova amiga Rose está abraçada a ela, dormindo em seu ombro e, sentado em seu colo, está nosso novo mascote, uma Chihuahua de um olho só, que também dorme.

Estou impressionada por ter conseguido dormir, mas, quando olho para baixo e vejo a garrafa de champagne pela metade, percebo que o álcool, que eu não tomava há anos, deve ter me deixado sonolenta – isso combinado com as inúmeras noites sem dormir e tantos dias de adrenalina. Meu corpo está tão ferido, tão dolorido e machucado, que eu devo ter dormido sozinha. Sinto-me culpada. Eu nunca deixei Bree fora de vista antes. Mas, quando olho para Logan, com sua imponente presença, creio que devo ter me sentido segura o suficiente para adormecer desse jeito. De certa forma, é como ter meu pai de volta. Será por isso que sonhei com ele?

Bom ter você de volta, ouço a voz grave de Logan. Ele olha na minha direção, com um pequeno sorriso no canto de seus lábios.

Inclino-me para frente, contemplando o rio diante de nós, o qual estamos cortando como se fosse manteiga. O ronco do motor é ensurdecedor e o barco percorre a correnteza subindo e descendo em movimentos sutis, balançando um pouquinho. O respingo gelado atinge diretamente o meu rosto, olho para baixo e vejo que ainda estou vestindo as mesmas roupas há dias. Elas praticamente estão grudadas na minha pele, coberta de suor, sangue e sujeira – e, agora, umidade dos respingos. Estou molhada, com frio e faminta. Faria qualquer coisa por um banho quente, um chocolate quente, uma fogueira e uma muda de roupas.

Olho para o horizonte: o Hudson parece um vasto e enorme mar. Estamos no meio da imensidão, distantes de qualquer margem, Logan sabiamente nos mantém longe de qualquer predador. Ao pensar nisso, eu imediatamente olho para trás, à procura de comerciantes de escravos. Não vejo nenhum.

Procuro por qualquer sinal de barcos no horizonte a nossa frente. Nada. Examino as linhas das margens em busca de algum sinal de atividade. Nada. É como se tivéssemos o mundo somente para nós. É confortante e desolador ao mesmo tempo.

Aos poucos, vou baixando minha guarda; Sinto como se tivesse dormido por muito tempo, mas pela posição do sol no céu, ainda estamos no meio da tarde. Eu não devo ter dormido por mais de uma hora, no máximo. Olho a minha volta procurando por algum ponto de referência. Afinal, estamos perto de voltar para casa. Mas não encontro nada.

Por quanto tempo eu dormi? pergunto a Logan.

Ele dá de ombros. Talvez uma hora.

Uma hora, eu penso. Parece que foi uma eternidade.

Verifico o ponteiro da gasolina, ele mostra que já está meio vazio. Isso não é um bom sinal.

Algum sinal de combustível em algum lugar? eu pergunto.

E, no momento em que o faço, percebo como é uma pergunta estúpida.

Logan olha pra mim, como se dissesse sério mesmo? Mas, é claro, se ele tivesse visto algum posto, ele teria parado.

Onde estamos? eu indago.

Essa é sua região, ele diz, Eu ia perguntar a mesma coisa pra você.

Examino o rio novamente, mas ainda não reconheço nada. Isso é coisa do Hudson – tão vasto, de extensão infinita, é tão fácil desnortear-se nele.

Por que você não me acordou? eu pergunto.

Por que eu deveria? Você precisava descansar.

Não sei mais o que falar para ele. É isso que acontece com Logan: eu gosto dele, e acho que ele gosta de mim, mas não sei se temos muito que falar um para o outro. E o fato de ele ser introvertido, e eu também, não ajuda.

Continuamos em silêncio, água branca vai se formando abaixo de nós, me pergunto quanto mais poderemos aguentar. O que faremos quando o combustível acabar?

Ao longe, detecto alguma coisa no horizonte. Parece algum tipo de estrutura na água. A princípio, pergunto-me se estou vendo coisas, mas então Logan estica seu pescoço, atento, e eu percebo que ele também deve ter visto.

Acho que é uma ponte, ele diz. Uma ponte demolida.

Vejo que ele está certo. Cada vez mais perto, está um altíssimo pedaço de metal retorcido, sobressaindo da água como se fosse algum tipo de monumento do inferno. Eu me lembro dessa ponte: ela costumava atravessar lindamente o rio; agora, é um monte de sucata, que mergulha na água fazendo ângulos irregulares.

Logan desacelera o barco, o motor vai silenciando à medida que nos aproximamos. Nossa velocidade cai e o barco se mexe violentamente. Os metais retorcidos aparecem em todas as direções, Logan navega, virando para a esquerda e para a direita, criando seu próprio caminho. Olho pra cima conforme avançamos sobre os escombros da ponte, que se emerge sobre nós. Parece que tem centenas de metros de altura, um testamento do que o homem, um dia, foi capaz de fazer antes de começar a matar uns aos outros.

A Ponte Tappan Zee, eu comento. Estamos à uma hora do norte da cidade. Temos uma boa vantagem, se eles vierem atrás de nós.

"Eles virão atrás de nós, ele diz. Pode apostar que sim."

Olho para ele. Como você tem tanta certeza?

Eu os conheço. Eles não esquecem, jamais.

Quando passamos pelo último resto de metal, Logan ganha velocidade e eu inclino para trás enquanto aceleramos.

Quão longe atrás de nós você acha que eles estão? pergunto.

Ele olha para o horizonte, sério. Finalmente, dá de ombros.

"Difícil dizer. Depende do tempo que levaram para reunir as tropas. A neve está pesada, o que é bom para nós. Talvez três horas? Seis, se tivermos sorte? Uma coisa boa é que essa belezinha aqui é rápida. Acho que podemos continuar na frente enquanto tivermos combustível.

Mas não teremos, eu falo, ressaltando o óbvio. Nós saímos com um tanque cheio – agora ele está na metade. Ficaremos vazios em algumas horas. O Canadá está bem distante. Como acha que podemos encontrar combustível?

Logan olha para a água, pensativo.

Não temos escolha. ele diz. Precisamos encontrar. Não há alternativa. Não podemos parar.

Precisaremos descansar em algum momento, eu falo. Precisaremos de comida e de algum tipo de abrigo. Não podemos ficar a essa temperatura dia e noite.

Melhor passar fome e frio do que ser pego por comerciantes de escravos, ele fala.

Penso na casa de meu pai, rio acima. Vamos passar bem ao lado dela. Lembro-me da minha promessa à minha cachorra, Sasha, de enterrá-la. Também penso em toda a comida que havia lá, na casinha de pedra – poderíamos pegá-la, iria nos sustentar por dia. Penso nas ferramentas na garagem de papai, em todas as coisas que seriam úteis. Sem falar das roupas extras, lençóis e fósforos.

Quero fazer uma parada.

Logan se vira e olha para mim como se eu fosse louca. Posso ver que ele desaprova minha ideia.

Do que você está falando?

Sobre a casa de meu pai. Em Catskill. Cerca de uma hora ao norte daqui. Quero passar por lá. Há muitas coisas que podemos resgatar. Coisas que iremos precisar. Como comida. E... eu pauso, eu quero enterrar minha cachorra.

Enterrar sua cachorra? ele pergunta, sua voz ficando mais alta. Você enlouqueceu? Você quer que todos nós sejamos mortos por isso?

Eu lhe prometi, eu digo.

Prometeu? ele retruca. A sua cachorra? Morta? Você está brincando.

Eu o encaro e ele percebe rapidamente que não estou.

Se eu prometo algo, eu cumpro. Eu enterraria você se eu prometesse.

Ele balança a cabeça.

Ouça, eu falo seriamente. "Você queria ir para o Canadá. Poderíamos ter ido para qualquer lugar. Esse era o seu sonho. Não meu. Quem sabe se essa cidade realmente existe? Estou seguindo você por um capricho seu. E este barco não é só seu. Eu só quero passar na casa de meu pai. Pegar algumas coisas que precisamos e enterrar minha cachorra. Não vai demorar muito. Estamos bem à frente dos comerciantes de escravos. Sem mencionar que temos uma pequena vasilha de combustível lá. Não é muito, mas vai ajudar."

Logan lentamente balança sua cabeça.

Prefiro não pegar esse combustível e não correr tanto risco. Você está falando das montanhas. Está falando de uns trinta quilômetros terra adentro, não é? Como acha que chegaremos lá após pararmos nas docas? Escalando?

Eu sei que tem um caminhão velho. Uma picape surrada. É só uma carcaça enferrujada, mas anda e tem combustível suficiente para nos levar e nos trazer de volta. Está escondida próxima à beira do rio. O rio nos levará até lá. O caminhão nos levará e nos trará de volta. Será rápido. E então continuaremos nossa longa jornada para o Canadá. Será o melhor para nós.

Logan observa a água silenciosamente por um longo tempo, seus punhos fechados firmemente em volta do timão.

Por fim, ele diz, Tanto faz. É a sua vida em risco. Mas eu vou ficar no barco. Você terá duas horas. Se não voltar a tempo, irei embora.

Eu lhe dou as costas e olho para a água, furiosa. Queria que ele fosse comigo. Sinto que ele só pensa nele mesmo e isso me deixa desapontada. Pensei que ele fosse melhor que isso.

Então, você só se importa consigo mesmo, é isso? eu pergunto.

Também me preocupa que ele não queira me acompanhar até a casa de meu pai; Não havia pensado nisso. Sei que Ben não vai querer ir eu gostaria de ter um pouco de proteção. Que seja. Eu ainda estou determinada. Fiz uma promessa e irei cumpri-la. Com ou sem ele.

Ele não responde e posso ver que está aborrecido.

Contemplo a água, evitando olhá-lo.  À medida que a água se agita em meio ao constante barulho do motor, percebo que estou brava não somente porque estou decepcionada com ele, mas também porque eu comecei a gostar dele, a contar com ele. Eu não dependia de ninguém havia muito tempo. É um sentimento assustador depender de alguém de novo, me sinto traída.

Brooke?

Meu coração se alivia com o som de uma voz familiar e eu me viro para ver minha irmãzinha acordar. E Rose também. As duas são como ervilhas de uma vagem, extensões de uma única pessoa.

Eu ainda mal consigo acreditar que Bree está aqui, novamente comigo. É como um sonho. Quando ela foi sequestrada, uma parte de mim estava certa de que eu jamais a veria de novo. Cada momento em que estou com ele, sinto como se tivesse recebido uma segunda chance, estou mais determinada do que nunca a cuidar dela.

Estou com fome, Bree fala, esfregando seus olhos com a parte de trás de suas mãos.

Penélope senta-se no coo de Bree. Ela não pára de tremer e então levanta seu olho bom em minha direção, como se dissesse que também está faminta.

Estou congelando, Rose ecoa, esfregando seus ombros. Ela veste apenas uma fina camiseta e eu me sinto muito mal por ela.

Eu compreendo. Estou com fome e com frio também. Meu nariz está vermelho e eu mal posso senti-lo. Essas guloseimas que encontramos eram deliciosas, mas pouco nutritivas – especialmente em um estômago vazio. E isso aconteceu horas atrás. Penso de novo no baú de comidas, no pouco que restou e me pergunto em quanto tempo ele ficará vazio. Sei que deveria racionar a comida. Por outro lado, estamos todos passando fome e não suporto ver Bree desse jeito.

Não sobrou muita comida, eu digo a ela, mas posso dar a vocês um pouquinho agora. Temos alguns biscoitos e biscoitos água e sal.

Biscoitos! elas gritam em uníssono. Penélope late.

Eu não faria isso, ouço a voz de Logan ao meu lado.

Olho para o lado e o vejo com um olhar de desaprovação.

Precisamos racionar.

"Por

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