Difícil Retorno - Romantic Time 1
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Sobre este e-book
Voltar à cidade onde nascera foi um desafio para Andrei. Sua intenção era receber a herança do tio e logo partir, mas Nelly o fez mudar de ideia. Ao mesmo tempo em que a paixão o consome, Andrei descobre o terrível segredo que sua mãe lhe ocultava... e que pode destruir sua vida e o amor que sente por Nelly.
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Difícil Retorno - Romantic Time 1 - Jada Allbright
Difícil retorno
Jada Allbright
Voltar à cidade onde nascera foi um desafio para Andrei. Sua intenção era receber a herança do tio e logo partir, mas Nelly o fez mudar de ideia. Ao mesmo tempo em que a paixão o consome, Andrei descobre o terrível segredo que sua mãe lhe ocultava... e que pode destruir sua vida e o amor que ele sente por Nelly.
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Andrei's Return
Copyright © 2013 Jada Allbright
Tradução: Augusta Legat
Todos os direitos reservados. Exceto para uso em qualquer análise, a reprodução ou utilização deste trabalho, no todo ou em parte, em qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos, mecânicos ou outros, atualmente conhecido ou futuramente inventado, incluindo xerografia, fotocópia e gravação, ou qualquer armazenamento de informação ou sistema de recuperação, é proibido sem a permissão escrita do autor.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produto da imaginação do autor ou são usados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, estabelecimentos comerciais, acontecimentos ou locais é mera coincidência.
Publisher: Candice Press
Capa: Sunshine Design
CAPÍTULO I
A estrada, aberta na rocha da montanha, era estreita e dava voltas e mais voltas margeando precipícios e barrancos na sua descida para a planície.
Apesar do calor sufocante e dos raios abrasadores do sol, que nenhuma sombra amenizava, o carro ia de capota abaixada. O rapaz que o conduzia, contraía o rosto com expressão de sofrimento contido.
Ao seu lado, uma mulher cerca de trinta anos mais velha, contemplava a paisagem, com olhos que pareciam maldizê-la.
Os dois não falavam. Parecia que a mulher, abismada em seus pensamentos, esquecera que não viajava sozinha. Até que, numa curva mais fechada, o motorista teve que manejar o volante com mais energia e não conseguiu conter uma exclamação sufocada.
Arrancada de sua abstração a mulher voltou-se para ele.
— Deixe-me conduzir, Andrei. Você precisa descansar.
Andrei fez um gesto negativo com a cabeça.
— Não, mamãe. Você não é boa motorista. Não quero acabar no fundo de um precipício.
Outra vez seu rosto contraiu-se de dor ao sair da curva e corrigir a posição do carro.
— Está doendo muito? — perguntou a mãe, indicando a mão direita, inchada demais, que segurava o volante.
— Um pouco... — assentiu Andrei.
A dor e o calor não lhe davam vontade de falar e sua voz arrastava-se nas palavras. Contudo, indagou:
— Falta muito para chegarmos a Fronda City?
— Uma meia hora.
Andrei não replicou. Tinha cabelos castanhos, revoltos e a camisa desabotoada deixava ver seu torso musculoso. Respirou fundo o ar que parecia de fogo e olhou de relance para sua mãe, que tornara a absorver-se na contemplação da paisagem.
Um olhar que dirigiria a uma pessoa estranha, embora bastasse ver os dois para deduzir-se que tinham o mesmo sangue. Os olhos do rapaz eram tão negros quanto os da mulher e tinham o mesmo brilho intenso e ardente.
Muito magra, com a magreza das criaturas nervosas que se consomem interiormente, a mãe, sem saber que era observada pelo filho, olhava para as terras que atravessavam com expressão reveladora do ódio que lavrava no seu peito.
Andrei tornou a olhar para a estrada sinuosa, pensando:
Não a compreendo... Nunca poderei compreedê-la...
Muitas vezes dissera essas palavras a si mesmo.
— Mamãe, como é Fronda City? Seco e árido como essa região?
— Não. Lá existe muita água.
— Ainda bem. Estou com a garganta seca... O que o tio Edward plantava nas suas terras? Cereais?
— Frutas.
— Então deve haver não só água como árvores.
— Você pode achar um bom preço por elas. Numa semana podemos liquidar tudo e partir.
Andrei encarou sua mãe com estranheza e perguntou de chofre:
— Por que você odeia tanto esse povoado? Você e papai nasceram aqui... Eu também. Por que esse ódio tão grande?
Os olhos negros da mãe reluziam como carvões em brasa.
— Nesse lugar não há futuro para um rapaz ativo e inteligente como você.
Andrei teve que prestar maior atenção às curvas da estrada e desviou os olhos de sua mãe.
— Toda a minha vida tenho procurado compreender porque saiu de sua terra logo depois da morte de meu pai... Porque preferiu viver numa cidade desconhecida, sozinha, com um filho de cinco anos. Aqui, com certeza, o tio Edward teria nos ajudado, mas você obstinou-se em partir, para enfrentar uma vida trabalhosa. Foi coisa que nunca consegui compreender.
— Fui embora por sua causa. Trabalhei para que você estudasse e se formasse. Tem razões para queixar-se de mim?
— Claro que não, mamãe. Tenho uma grande admiração por você. Mas gostaria de compreendê-la. melhor... e não posso.
— Não tente nunca compreender as mulheres. Sempre agimos por motivos diferentes dos homens.
Andrei expeliu uma baforada de fumaça do seu cigarro.
— Imagino que a vida deva ser amarga para uma viúva jovem e sozinha. Mas não sei se será motivo para alguém odiar toda a humanidade como você. Era isso que eu queria saber. Porque se consome nesse ódio infrutífero que lhe resseca o coração e a impede de ser feliz.
— Pare de dizer tolices, Andrei. Você está criando fantasias. Saí do povoado para poder lhe dar um futuro melhor. Só por isso... Agora, você entra de posse da herança de seu tio, vende as terras e vamos embora outra vez.
Em tom determinado, Andrei declarou:
— Não pretendo vender.
— O que está dizendo? — perguntou a mãe, agressiva.
— Entenda, mamãe. Sempre tive vontade de conhecer o lugar onde nasci. Meu tio deixou-me cerca de dois mil acres de terra. O que um perito em agricultura pode querer de melhor? Não