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O Vegetarismo e a Moralidade das raças
O Vegetarismo e a Moralidade das raças
O Vegetarismo e a Moralidade das raças
E-book74 páginas54 minutos

O Vegetarismo e a Moralidade das raças

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IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de nov. de 2013
O Vegetarismo e a Moralidade das raças

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    O Vegetarismo e a Moralidade das raças - Jaime de Magalhães Lima

    The Project Gutenberg EBook of O Vegetarismo e a Moralidade das raças, by

    Jaime de Magalhães Lima

    This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with

    almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or

    re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included

    with this eBook or online at www.gutenberg.org

    Title: O Vegetarismo e a Moralidade das raças

    Author: Jaime de Magalhães Lima

    Release Date: January 17, 2008 [EBook #24338]

    Language: Portuguese

    *** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK O VEGETARISMO E A MORALIDADE ***

    Produced by Pedro Saborano (produced from scanned images from BibRia)

    O Vegetarismo

    e a Moralidade das raças

    Composição e impressão

    --Emprêsa Gráfica «A UNIVERSAL»--

    DE FIGUEIRINHAS & MOTA RIBEIRO, L.DA

    --Rua Duque de Loulé, 111--Pôrto--

    9.o volume da

    Biblioteca Vegetariana

    Dr. Jaime de Magalhães Lima

    O Vegetarismo

    e a Moralidade das raças

    --Notavel Conferencia realisada no

    ATENEU COMERCIAL DO PORTO

    em 14 de Junho de 1912---------

    1912

    SOCIEDADE VEGETARIANA--Editôra

    393, AVENIDA RODRIGUES DE FREITAS

    PÔRTO

    O vegetarismo e a moralidade das raças

    I

    Tem os seus pergaminhos o vegetarismo. Não é uma doutrina nascida de ontem. Tem títulos autênticos de nobreza prolongada durante gerações sem número, respeitada nas mais altas civilizações em cujas superiores aspirações colaborou, definindo-as eloquentemente pela voz das suas mais belas e autorizadas individualidades e corroborando-as ardentemente pelo exemplo dos seus mais devotados apóstolos.

    Sem nos afastarmos da nossa propria civilização, sem sairmos d'este fóco de cultura chamado o ocidente da Europa onde nos criamos e onde os nossos mais remotos avós se criaram e educaram, legando-nos um espólio de sentimentos e ideias que constituem toda a nossa alma e que nos cumpre cultivar e aperfeiçoar para o transmitirmos aos nossos filhos acrescentado em formosura e benefícios, emendado, corrigido e depurado em seus vícios e insuficiências; dentro dêste círculo devéras estreito relativamente aos largos espaços em que fóra dele outras raças e outras condições naturais formaram sociedades que igualmente engrandeceram e honram a humanidade pelas concepções da vida que realizaram e de que foram veiculo e sublime instrumento no mundo; limitando-nos à exígua mancha do globo que é o nosso berço e o nosso lar e fazendo-o, não porque além dele não conheçamos corações iguais aos nossos, vivendo do mesmo alento, crentes na mesma fé e enamorados da mesma elevação mas sómente porque para o fim muito restrito que neste instante temos em vista convêm não distrair a atenção do que de mais nos toca e por isso será mais claramente demonstrativo: neste cantinho que acendeu seus fachos de luz em volta do Mediterraneo e de lá a fez irradiar através das montanhas até aos mares do norte, o vegetarismo foi e é uma das caracteristicas do zenit moral das civilizações, e como tal o aceitaram, proclamaram e praticaram os gênios que mais fundamente as compreenderam e mais brilhantemente as serviram.

    O reconhecimento deste facto é hoje uma verdade corrente. O mais rudimentar estudo do vegetarismo não deixará de o apontar. Por certo somarão milhões as folhas impressas em que se encontram os nomes de vegetarianos que foram na história dos povos da Europa como signais da sua grandeza e juizes e farois do seu tempo e dos tempos futuros. Mas nem é justo que se invoque o seu valor moral sem lembrar os que por uma sublimada inspiração no-lo mostraram, nem tão pouco seria prudente que, sómente porque uma verdade se tornou indiscutivel e porventura banal entre homens cultos, deixássemos de a repetir tão inumeráveis vezes quantas necessárias fossem para que ela se propague e produza todos os bens que só pela sua larga disseminação poderá produzir. E o vegetarismo, tendo já os seus altares e o seu heróico punhado de fieis em todos os paises que atingiram a sensibilidade moral e religiosa, está infelizmente longe de ter penetrado na concepção vulgar das obrigações humanas, como é mister para a redenção de tantos e tão dolorosos males que nos afligem e perseguem por culpa da nossa cegueira e obscuridade.

    Recordemos pois muito de passagem as lições dos profetas e mestres. É dever e é utilidade. E pena é que não possamos agora fazê-lo com a pausa que o encanto das suas palavras nos pede e que o proveito da própria educação imperiosamente nos aconselha.

    De Pitágoras a Shelley ou a Wagner ou a E. Réclus ou a Tolstoi que arautos não teve o vegetarismo, que divinos clamores não fez ouvir às multidões ignorantes da própria fortuna, escravas da primitiva animalidade ou ensandecidas e aviltadas em sórdidos prazeres!... Desde que a

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