*Plataforma Fartura – Gastronomia do Brasil tem como propósito promover a transformação social e econômico por meio da gastronomia. A iniciativa tem o objetivo de mapear o caminho do ingrediente, da sua origem até o prato, a fim de disponibilizar conhecimento ao público – em forma de conteúdo, experiência/festivais – criando conexão entre os integrantes dessa cadeia.
Tucumã. Tucupi. Chibé. Matrinxã. As palavras que, a princípio, soam como se ditas em uma língua distante, na verdade são brasileiríssimas. Derivadas do tupi-guarani elas carregam o sabor de um Brasil genuíno. A Amazônia é ainda terra desconhecida para muitos. É espaço de luta pela preservação – não só da floresta em pé – mas também da cultura original alimentar desse pedaço de chão que os portugueses um dia batizaram de Brasil. A começar por aí: antes da chegada dos colonizadores europeus, os indígenas chamavam nosso território de Pindorama.
E esse país chamado Pindorama ainda pode ser visto, mesmo que de relance, em alguns pontos da floresta. A Amazônia Legal (definição política instituída pelo governo federal desde 1953) ocupa uma área de 5.217.423 quilômetros quadrados e é composta por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão. Por ali, entre os povos tradicionais, ainda impera a cultura perpetuada por indígenas e ribeirinhos.
No campo da gastronomia, cheiros, sabores e técnicas culinárias fazem com que os visitantes façam uma viagem no tempo, onde é possível experimentar pratos que só existem por ali. A floresta e os rios alimentam os homens. É claro que em época de globalização, seria inocência acreditar que não existem traços de estrangeirismo entre os preparos mais corriqueiros. Existe, no entanto, um esforço muito grande de se preservar o original. Ao andar pelas ruas de Belém, no Pará, é fácil encontrar as barraquinhas de tacacá repletas de pessoas sentadas tomando o caldo quente em suas cuias. O Mercado Ver-o-Peso é considerado um dos mais antigos do país e foi inaugurado em 1901. O